Bula do Ceftriaxona Sodica produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ceftriaxona dissódica
EMS S/A
pó para solução injetável intramuscular
500mg e 1g
pó para solução injetável intravenosa
“Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.”
CEFALOSPORINA PARENTERAL DE AMPLO ESPECTRO E AÇÃO PROLONGADA
I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: ceftriaxona dissódica
APRESENTAÇÕES
Via intramuscular (IM)
ceftriaxona dissódica - pó para solução injetável intramuscular 500 mg
Caixa com 1, 5 ou 50 frascos-ampola contendo pó estéril equivalente a 500 mg de ceftriaxona dissódica
acompanhado de ampola de diluente com 2 mL (lidocaína a 1%) para aplicação intramuscular (IM).
ceftriaxona dissódica - pó para solução injetável intramuscular 1 g
Caixa com 1, 5 ou 50 frascos-ampola contendo pó estéril equivalente a 1 g de ceftriaxona dissódica
acompanhado de ampola de diluente com 3,5 mL (lidocaína a 1%) para aplicação intramuscular (IM).
Via intravenosa (IV)
ceftriaxona dissódica - pó para solução injetável intravenosa 500 mg
acompanhado de ampola de diluente com 5 mL (água para injeção) para aplicação intravenosa (IV).
ceftriaxona dissódica - pó para solução injetável intravenosa 1 g
acompanhado de ampola de diluente com 10 mL (água para injeção) para aplicação intravenosa (IV).
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
ceftriaxona dissódica - pó para solução injetável intramuscular de 500 mg ou 1 g
Principio ativo: cada frasco-ampola contém, respectivamente, 500 mg ou 1 g de ceftriaxona sob a forma de sal
dissódico, aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio por grama de ceftriaxona.
Diluente: cada 1 mL de solvente para injeção intramuscular contém 10,665 mg de cloridrato de lidocaína
monoidratada, equivalente a 10 mg de cloridrato de lidocaína.
Excipientes: cloreto de sódio, citrato de sódio e água para injeção.
ceftriaxona dissódica - pó para solução injetável intravenosa 500 mg e 1 g
Diluente: cada ampola de diluente contém, respectivamente, 5 mL ou 10 mL de água para injeção.
II. INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas por microrganismos sensíveis à
ceftriaxona, como por exemplo:
- Sepse;
- Meningite;
- Borreliose de Lyme disseminada (estágios iniciais e tardios da doença) (Doença de Lyme);
- Infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar);
- Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas;
- Infecções em pacientes imunocomprometidos;
- Infecções renais e do trato urinário;
- Infecções do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas;
- Infecções genitais, inclusive gonorreia;
- Profilaxia perioperatória de infecções.
O tratamento com ceftriaxona é eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo a sepse neonatal e em
adultos, causadas por microrganismos sensíveis.38, 11, 41
É indicado no tratamento empírico da meningite em crianças acima de 1 ano associado à ampicilina.9
Sua
eficácia em adultos é comparável à da associação ampicilina e cloranfenicol12
e, em crianças, aos seguintes
antibióticos: cloranfenicol, ampicilina (isolados ou em associação), cefepima e cefotaxima, com a vantagem de
posologia apenas uma vez ao dia.9, 35, 32
No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas, sua eficácia é observada em crianças,
adultos e idosos, na pneumonia comunitária e hospitalar, de gravidade variável, e em casos graves.3, 15, 10, 21, 4, 25
Seu uso em dose única no tratamento da otite média aguda em crianças tem eficácia similar à do tratamento com
amoxicilina durante 7 a 10 dias, associação amoxicilina e ácido clavulânico e sulfametoxazol e trimetoprima, e
tem sua indicação como alternativa quando a aderência ao tratamento for questionável.40, 5, 3
A ceftriaxona mostrou-se eficaz no tratamento das infecções renais e do trato urinário não complicadas e
complicadas.4, 19
Sua eficácia e segurança também foram demonstradas em mulheres grávidas42
, crianças e adolescentes23
.
No tratamento da peritonite bacteriana espontânea em pacientes cirróticos, ocorre cura bacteriológica de até
100% em 48 horas.14
Na febre tifoide seu uso é seguro e eficaz, em adultos e crianças, comparável ao
cloranfenicol.29
Nas diarreias causadas por Shigella, Salmonella, E. coli e Campylobacter, em crianças, tem
eficácia similar quando comparado ao ciprofloxacino.24
Sua eficácia também é observada no tratamento empírico de infecções bacterianas em crianças e adultos
imunocomprometidos com neutropenia febril e câncer.18, 27, 1
Nesses pacientes, o uso de ceftriaxona diário, uma
vez ao dia, é mais custo efetivo do que a ceftazidima, três doses ao dia, ambos em associação à amicacina.34, 1
Na profilaxia perioperatória de infecções, sua administração em dose única no pré-operatório tem eficácia
superior ou igual a outros antibióticos administrados em múltiplas doses. É superior à associação de gentamicina
e metronidazol em cirurgias intestinais30
e a cefoxitina, em cirurgias abdominais.31
Em relação a cefepime (este
também em dose única), a eficácia nas cirurgias colorretais é semelhante.43
Nas cirurgias ginecológicas, biliares
e cardiovasculares, a eficácia de sua administração em dose única é similar a cefazolina em múltiplas doses.17, 22,
37
Nas cirurgias mamárias, observou-se menor incidência de infecção pós-operatória, quando comparado a
ceftazidima.39
Nas cirurgias ortopédicas, sua eficácia é semelhante à de cefuroxima.28
Na profilaxia de infecção após trauma penetrante, a administração precoce (dentro de 2 horas) de ceftriaxona 2 g
em dose única tem eficácia semelhante ao uso de cefoxitina na dose de 2 g, 3 vezes ao dia por 3 dias, associado a
um menor custo de tratamento.36
A ceftriaxona em uma única dose é eficaz para o tratamento da gonorreia com resultados de erradicação da
bactéria que variam de 98% a 100%.16, 19
Sua eficácia em dose única no tratamento do cancroide é similar à
azitromicina.26
Sua associação com doxicilina é tão eficaz quanto a associação clindamicina e ciprofloxacino no
tratamento da doença inflamatória pélvica.2
No tratamento da doença de Lyme, mostra-se superior à penicilina e pode ser considerada droga de escolha.6, 7, 8
No tratamento das celulites, sua eficácia é comparável a cefazolina.13
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Farmacodinâmica
Microbiologia
A atividade bactericida da ceftriaxona deve-se à inibição da síntese da parede celular. A ceftriaxona, in vitro, é
ativa contra um amplo espectro de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo altamente estável à
maioria das betalactamases, tanto cefalosporinases quanto penicilinases desses microrganismos. A ceftriaxona é
normalmente ativa in vitro contra os seguintes microrganismos e suas respectivas infecções:
Aeróbios Gram-positivos: Staphylococcus aureus (sensíveis à meticilina), Staphylococci coagulase-negativo,
Streptococcus pyogenes (Beta-hemolítico grupo A), Streptococcus agalactiae (Beta-hemolítico grupo B),
Streptococci beta-hemolítico (grupo não-A ou B), Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae.
Obs: os estafilococos resistentes à meticilina são resistentes às cefalosporinas, inclusive à ceftriaxona. Em geral,
Enterococos faecalis, Enterococos faecium e Listeria monocytogenes também são resistentes.
Aeróbios Gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente Acinetobacter
baumanii)*, Aeromonas hydrophila, Alcaligenes faecalis, Alcaligenes odorans, Bactéria Alcaligenes-like,
Borrelia burgdorferi, Capnocytophaga spp., Citrobacter diversus (incluindo C. amalonaticus), Citrobacter
freundii*, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes*, Enterobacter cloacae*, Enterobacter spp. (outros)*,
Haemophilus ducreyi, Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Hafnia alvei, Klebsiella oxytoca,
Klebsiella pneumoniae**, Moraxella catarrhalis (antiga Branhamella catarrhalis), Moraxella osloensis,
Moraxella spp. (outras), Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Pasteurella
multocida, Plesiomonas shigelloides, Proteus mirabilis, Proteus penneri*, Proteus vulgaris*, Pseudomonas
fluorescens*, Pseudomonas spp. (outras)*, Providentia rettgeri*, Providentia spp. (outras), Salmonella typhi,
Salmonella spp (não tifoide), Serratia marcescens*, Serratia spp. (outras)*, Shigella spp., Vibrio spp., Yersinia
enterocolitica, Yersinia spp. (outras).
*Alguns isolados dessas espécies são resistentes à ceftriaxona, principalmente por causa da produção de
betalactamase codificada cromossomicamente.
** Alguns isolados dessas espécies são resistentes por causa da produção de betalactamase de espectro ampliado
mediada por plasmídio.
Obs: muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam resistência a outros
antibióticos, como amino e ureidopenicilina, cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são sensíveis à
ceftriaxona. Treponema pallidum é sensível à ceftriaxona in vitro e em experimentação animal. Trabalhos
clínicos indicam que tanto a sífilis primária como a secundária respondem bem ao tratamento com ceftriaxona.
Com poucas exceções clínicas, isolados de P. aeruginosa são resistentes à ceftriaxona.
Microrganismos anaeróbicos: Bacteroides spp. (sensíveis à bile)*, Clostridium spp.(exceto C. difficile),
Fusobacterium nucleatum, Fusobacterium spp (outros), Gaffkia anaerobica (anteriormente Peptococcus),
Peptostreptococcus spp.
* Alguns isolados dessa espécie são resistentes por causa da produção de betalactamase.
Obs: muitas cepas de Bacteroides spp. produtoras de betalactamases (especialmente B. fragillis) são resistentes.
Clostridium difficile é resistente.
A sensibilidade à ceftriaxona pode ser determinada por meio do teste de difusão com disco ou do teste de
diluição com ágar ou caldo que utiliza técnicas padronizadas para testes de sensibilidade como as recomendadas
pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). O NCCLS fornece os seguintes
parâmetros para a ceftriaxona:
Teste de sensibilidade por diluição (concentrações inibitórias em mg/L): sensível = 8 mg/L; moderadamente
sensível 16 – 32 mg/L; resistentes = 64 mg/L.
Teste de sensibilidade por difusão que utilizam disco com 30 mcg de ceftriaxona (diâmetro da zona de inibição
em mm): sensível = 21 mm, moderadamente sensível = 20 – 14 mm, resistentes = 13 mm.
Os microrganismos devem ser testados com os discos de ceftriaxona, uma vez que ficou demonstrado in vitro,
que a ceftriaxona é ativa contra certas cepas que se mostraram resistentes em discos da classe cefalosporina.
Quando as normas recomendadas pelo NCCLS não estão disponíveis, pode-se utilizar outras normas bem
padronizadas de sensibilidade e interpretação dos testes.
Farmacocinética
A farmacocinética da ceftriaxona não é linear, e todos os parâmetros farmacocinéticos básicos, exceto a meia
vida de eliminação, são dependentes da dose se baseados nas concentrações totais da droga.
Absorção
A concentração plasmática máxima depois de dose intramuscular única de 1 g é de cerca de 81 mg/L e é
alcançada em 2 – 3 horas após administração. As áreas sob as curvas de concentração plasmática x tempo, após
administração IM e IV, são equivalentes. Isso significa que a biodisponibilidade da ceftriaxona após
administração IM é de 100%.
Distribuição
O volume de distribuição da ceftriaxona é de 7 a 12 litros. A ceftriaxona mostrou excelente penetração tissular e
nos líquidos orgânicos após dose de 1 – 2 g. Alcança concentrações bem acima da concentração inibitória
mínima contra a maioria dos patógenos responsáveis pela infecção e é detectável por mais de 24 horas em mais
de 60 tecidos ou líquidos orgânicos, incluindo pulmões, coração, fígado e vias biliares, amígdalas, ouvido médio,
mucosa nasal, ossos e fluidos cérebro-espinhal, pleural, prostático e sinovial.
Na administração intravenosa, a ceftriaxona difunde-se rapidamente para o líquido intersticial, onde a
concentração bactericida contra organismos sensíveis é mantida por 24 horas.
Ligação proteica
A ceftriaxona liga-se de modo reversível à albumina, diminuindo a ligação com o aumento da concentração.
Assim, para uma concentração plasmática <100 mcg/mL, a ligação proteica é de 95%, enquanto para uma
concentração de 300 mcg/mL, a ligação é de 85%. Por causa do conteúdo mais baixo de albumina, a proporção
de ceftriaxona livre no líquido intersticial é proporcionalmente mais alta do que no plasma.
Passagem para o líquido cefalorraquidiano
A ceftriaxona atravessa as meninges inflamadas de recém-nascidos, lactentes e crianças maiores. Concentrações
da ceftriaxona >1,4 mg/L têm sido encontradas no LCR, 24 horas após administração de 50 – 100 mg/kg de
ceftriaxona por via intravenosa (recém-nascido e lactentes, respectivamente). A concentração de pico no líquor é
atingida cerca de 4 horas após injeção IV e resulta em um valor médio de 18 mg/L. O grau de difusão médio no
líquido cefalorraquidiano (LCR) corresponde a 17% da concentração plasmática nos pacientes com meningite
bacteriana e 4% em pacientes com meningite asséptica.
Em pacientes adultos com meningite, a administração de 50 mg/kg produz, em 2 a 24 horas, concentrações no
LCR muitas vezes superiores às concentrações inibitórias mínimas necessárias para a grande maioria dos
microrganismos causadores de meningite.
Passagem placentária e excreção pelo leite
A ceftriaxona atravessa a placenta e é excretada pelo leite em baixas concentrações.
Metabolização
A ceftriaxona não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos
pela flora intestinal.
Eliminação
A depuração total do plasma é 10 – 22 mL/min. A depuração renal é 5 – 12 mL/min.
Em adultos, cerca de 50% – 60% de ceftriaxona são excretados sob a forma inalterada na urina, enquanto 40% –
50% são excretados sob a forma inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de,
aproximadamente, 8 horas.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Nos recém-nascidos, a eliminação urinária representa cerca de 70% da dose administrada. Em crianças com
menos de 8 dias de vida e em indivíduos idosos, com mais de 75 anos, a média da meia-vida de eliminação é
cerca de 2 a 3 vezes mais longa.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, a farmacocinética da ceftriaxona é minimamente alterada,
sendo a meia-vida de eliminação apenas discretamente aumentada. Se apenas a função renal está prejudicada, há
um aumento da eliminação biliar da ceftriaxona; se apenas a função hepática está prejudicada, há um aumento da
eliminação renal dessa substância.
Hipersensibilidade: este medicamento é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade à
ceftriaxona, a qualquer um dos excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico. Pacientes com
histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior
risco de hipersensibilidade à ceftriaxona (vide item “Advertências e Precauções – Hipersensibilidade”).
Lidocaína: contraindicações à lidocaína devem ser excluídas antes da administração de injeções intramusculares
de ceftriaxona, nas quais a solução de lidocaína deve ser utilizada como solvente. Favor consultar as
contraindicações descritas na bula da lidocaína. Soluções de ceftriaxona que contém lidocaína nunca devem ser
administradas por via intravenosa.
Neonatos prematuros: este medicamento é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-menstrual
(idade corrigida) de até 41 semanas (idade gestacional + idade cronológica).
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia: recém-nascidos com hiperbilirrubinemia não devem ser tratados
com ceftriaxona. Estudos in vitro mostraram que a ceftriaxona pode deslocar a bilirrubina de sua ligação com a
albumina sérica, levando a um possível risco de encefalopatia bilirrubínica nesses pacientes.
Neonatos e soluções intravenosas que contém cálcio: este medicamento é contraindicado a neonatos (≤ 28
dias) caso eles requeiram (ou possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão
contínua de cálcio como a nutrição parenteral, por causa do risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide
itens “Posologia e Modo de Usar”, “Interações Medicamentosas” e “Reações Adversas – Interação com cálcio”).
Hipersensibilidade: assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de
hipersensibilidade sérias e, ocasionalmente, fatais foram reportadas em pacientes tratados com ceftriaxona (vide
item “Reações Adversas”). No caso de reações de hipersensibilidade graves, o tratamento com ceftriaxona deve
ser descontinuado imediatamente e medidas de emergência adequadas devem ser iniciadas. Antes do início do
tratamento, deve-se concluir se o paciente apresenta histórico de reações de hipersensibilidade à ceftriaxona,
outros cefalosporínicos ou qualquer outro tipo de agente betalactâmico. Deve-se tomar precauções, caso este
medicamento seja administrado em pacientes com histórico de hipersensibilidade a outros agentes
betalactâmicos.
Anemia hemolítica: anemia hemolítica imune mediada foi observada em pacientes que receberam
antibacterianos da classe das cefalosporinas, incluindo ceftriaxona. Casos graves de anemia hemolítica, incluindo
óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças. Caso um paciente desenvolva anemia durante
o uso de ceftriaxona, o diagnóstico de uma anemia associada à cefalosporina deve ser considerado e o uso da
ceftriaxona interrompido até que a etiologia seja determinada.
Diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD): CDAD foi relatada com o uso de quase todos os agentes
antibacterianos, incluindo ceftriaxona, e pode variar na gravidade, de diarreia leve à colite fatal. O tratamento
com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon, levando a um crescimento exacerbado do C. difficile.
C. difficile produz toxinas A e B, as quais contribuem para o desenvolvimento de CDAD. Cepas de C. difficile
hiperprodutoras de toxina causam aumento da morbidade e mortalidade, pois essas infecções podem ser
refratárias à terapia antimicrobiana, podendo requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em todos os
pacientes que apresentarem diarreia após uso de antibióticos. É necessário histórico médico cuidadoso porque já
foi relatada a ocorrência de CDAD mais de dois meses após a administração de agentes antibacterianos.
Caso haja suspeita de CDAD ou o diagnóstico seja confirmado, o antibiótico não específico em uso contra C.
difficile talvez necessite ser descontinuado. O manejo adequado de líquidos e eletrólitos, suplementação proteica,
tratamento antibiótico para C. difficile e a avaliação cirúrgica devem ser instituídos.
Superinfecções: superinfecções com os microrganismos sensíveis podem ocorrer como com outros agentes
antibacterianos.
Precipitados de ceftriaxona cálcica: precipitados de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar foram observados
durante exames ultrassonográficos em pacientes que, particularmente, estavam recebendo doses de ceftriaxona
iguais ou superiores a 1 g/dia. A probabilidade de surgimento desses precipitados, aparentemente, é maior em
pacientes pediátricos. Os precipitados desaparecem após descontinuação do tratamento com ceftriaxona e são
raramente sintomáticos. Em casos sintomáticos, o gerenciamento não cirúrgico conservador é recomendado e a
descontinuação do tratamento com ceftriaxona deve ser considerada pelo médico com base na avaliação
individual do risco-benefício. À luz da evidência científica atual, não foram observados casos de precipitações
intravasculares em pacientes, exceto em recém-nascidos tratados com ceftriaxona e soluções ou produtos que
contenham cálcio. No entanto, este medicamento não deve ser misturado ou administrado simultaneamente com
soluções ou produtos que contenham cálcio, a qualquer paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos
venosos para infusão (vide itens “Interações medicamentosas” e “Reações adversas”).
Pancreatite: casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar obstrutiva, foram raramente relatados em
pacientes tratados com ceftriaxona. A maior parte desses pacientes apresentava fatores de risco para estase /
aglutinação biliar, como tratamento prévio intenso, doença grave e nutrição parenteral total. O papel de fator
desencadeante ou de cofator de ceftriaxona relacionado à precipitação biliar não pode ser descartado.
Monitoramento hematológico: durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito
regularmente.
O diluente de ceftriaxona dissódica IM, composto de uma solução de lidocaína, nunca deve ser
administrado na veia. Dessa forma, sempre utilize ceftriaxona dissódica IM somente por via intramuscular,
nunca por via intravenosa.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso
deste medicamento.
Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação genética, é necessário
cautela nos três primeiros meses de gestação, a não ser em casos absolutamente necessários.
A ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez não foi estabelecida em seres
humanos. Estudos de reprodução em animais não evidenciaram embrio ou fetotoxicidade nem teratogenicidade,
ou eventos adversos sobre a fertilidade (tanto masculina quanto feminina), o nascimento ou o desenvolvimento
peri ou pós-natal. Em primatas, não foi observada embriotoxicidade ou teratogenicidade.
Como a ceftriaxona é excretada no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela em mulheres
que amamentam.
Uso em idosos
As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes geriátricos.
Uso em pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia da ceftriaxona em recém-nascidos, lactentes e crianças foram estabelecidas para as
doses descritas no item “Posologia”. Estudos mostraram que a ceftriaxona, assim como outras cefalosporinas,
pode deslocar a bilirrubina da albumina sérica. Este medicamento não é recomendado para neonatos,
especialmente prematuros, que apresentem risco de desenvolver encefalopatia por causa da hiperbilirrubinemia
(vide item “Contraindicações”).
Insuficiência hepática e renal
Vide item “Posologia e Modo de Usar”.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com ceftriaxona, efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo, tontura), os quais
podem influenciar a habilidade de dirigir e operar máquinas (vide item “Reações adversas”). Pacientes devem
ser cautelosos ao dirigir ou operar máquinas.
Até o momento, não se observaram alterações da função renal após administração simultânea de doses elevadas
de ceftriaxona e potentes diuréticos, como a furosemida.
Há evidências conflitantes sobre o potencial aumento na toxicidade renal dos aminoglicosídeos, quando
administrados com cefalosporinas. O monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal descritos
na prática clínica deve ser rigorosamente cumprido, quando houver administração em combinação com
ceftriaxona.
A ceftriaxona não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração de álcool.
A ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol, que está associado a uma possível intolerância ao álcool e
a sangramentos observados com outras cefalosporinas.
A probenicida não tem influência sobre a eliminação de ceftriaxona.
Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de cloranfenicol e ceftriaxona.
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a
reconstituição de ceftriaxona ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois
pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também é possível quando este
medicamento é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo acesso de administração IV. Este
medicamento não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões
contínuas que contêm cálcio, tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros
pacientes, exceto em recém-nascidos, ceftriaxona e soluções que contenham cálcio podem ser administrados
sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível. Em estudos in vitro que
utilizaram plasma adulto e neonatal do sangue do cordão umbilical, foi demonstrado que recém-nascidos
apresentam um risco aumentado de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “Posologia” e
“Contraindicações”).
O uso concomitante de ceftriaxona com antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de sangramentos. Os
parâmetros de coagulação devem ser monitorados frequentemente e a dose do anticoagulante deve ser ajustada
adequadamente durante e após o tratamento com ceftriaxona (vide item “Reações adversas”).
Interações com exames laboratoriais
Em pacientes tratados com ceftriaxona, o teste de Coombs pode se tornar falso positivo. Assim como com outros
antibióticos, pode ocorrer resultado falso positivo para galactosemia.
Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer resultados falsos positivos.
Por esse motivo, a determinação de glicose na urina durante o tratamento com ceftriaxona deve ser feita por
métodos enzimáticos. A presença da ceftriaxona pode falsamente reduzir os valores estimados de glicose no
sangue, quando obtidos a partir de alguns sistemas de monitoramento da glicose sanguínea. Favor consultar as
informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem ser utilizados, se
necessário.
Condições de conservação
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da luz e da umidade e
manter em lugar seco. Manter o frasco-ampola dentro do cartucho.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A ceftriaxona dissódica IM e IV é constituída de pó cristalino branco a amarelo alaranjado e livre de partículas
estranhas. Após reconstituição, ceftriaxona dissódica IM e IV é uma solução límpida, amarela alaranjada e livre
de partículas estranhas.
A ceftriaxona dissódica não possui características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em
relação a outros pós e soluções.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Descarte de seringas / materiais perfuro-cortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros materiais
perfuro-cortantes:
. As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
. Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte apropriado, à prova de
perfurações.
. Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
. A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
. O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme indicado pelo
prestador de cuidados de saúde.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser
descartados no esgoto e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local
estabelecido, se disponível.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos e crianças acima de 12 anos: a dose usual é de 1 - 2 g de ceftriaxona em dose única diária (cada 24
horas). Em casos graves ou em infecções causadas por patógenos moderadamente sensíveis, a dose pode ser
elevada para 4 g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): dose única diária de 20 – 50 mg/kg. Não ultrapassar 50 mg/kg. Este
medicamento é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade gestacional + idade
cronológica) de até 41 semanas (vide item “Contraindicações”). Este medicamento também é contraindicado a
recém-nascidos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm
cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua como a nutrição parenteral, devido ao risco de precipitação de
ceftriaxona cálcica (vide item “Contraindicações”).
Recém-nascidos, lactentes e crianças (15 dias até 12 anos): dose única diária de 20 - 80 mg/kg.
Para crianças de 50 kg ou mais deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas maiores ou iguais a
50 mg/kg de peso corpóreo devem ser administradas por períodos de infusão superiores a 30 minutos.
Pacientes idosos: as doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes idosos, desde que o paciente
não apresente insuficiência renal e hepática graves.
Duração do tratamento: o tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como se
recomenda na antibioticoterapia em geral, a administração de ceftriaxona deve ser mantida durante um período
mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento da febre ou após obterem-se evidências de erradicação da
bactéria.
Terapêutica associada: tem sido demonstrado, em condições experimentais, um sinergismo entre ceftriaxona e
aminoglicosídeos, para muitos bacilos Gram-negativos. Embora não se possa prever sempre um aumento de
atividade com essa associação, esse sinergismo deve ser considerado nas infecções graves com risco de morte
causadas por microrganimos, como Pseudomonas aeruginosa. Por causa da incompatibilidade química entre
ceftriaxona e aminoglicosídeos, esses medicamentos devem ser administrados separadamente, nas doses
recomendadas. A incompatibilidade química também foi observada na administração intravenosa da ansacrina,
vancomicina e fluconazol com ceftriaxona.
Instruções posológicas especiais
Meningite: na meningite bacteriana de lactentes e crianças, deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg em dose
única diária (dose máxima de 4 g). Logo que o germe responsável tenha sido identificado e sua sensibilidade
determinada, pode-se reduzir a posologia. Os melhores resultados foram obtidos com os seguintes tempos de
tratamento:
Neisseria meningitides 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (Doença de Lyme): a dose preconizada é de 50 mg/kg até o total de 2 g em crianças e
adultos, durante 14 dias, em dose única diária.
Gonorreia: para o tratamento da gonorreia causada por cepas produtoras e não produtoras de penicilinase,
recomenda-se uma dose única intramuscular de 250 mg.
Profilaxia no peri-operatório: para prevenir infecção pós-operatória em cirurgia contaminada ou
potencialmente contaminada, recomenda-se dose única de 1 a 2 g de ceftriaxona 30 a 90 minutos antes da
cirurgia. Em cirurgia colorretal, a administração de ceftriaxona com ou sem um derivado 5-nitroimidazólico (por
exemplo, ornidazol) mostrou-se eficaz.
Insuficiência hepática e renal: não é necessário diminuir a dose em pacientes com insuficiência hepática desde
que a função renal não esteja prejudicada. Somente nos casos de insuficiência renal pré-terminal (depuração de
creatinina < 10 mL/min), a dose de ceftriaxona não deve ser superior a 2 g/dia.
Não é necessário diminuir a dose nos pacientes com insuficiência renal, desde que a função hepática não esteja
prejudicada.
No caso de insuficiências hepática e renal graves e concomitantes, deve-se determinar a concentração plasmática
de ceftriaxona a intervalos regulares e se necessário, fazer o ajuste da dose.
Em pacientes sob diálise não há necessidade de doses suplementares após a diálise. Entretanto, as concentrações
séricas devem ser acompanhadas, a fim de avaliar a necessidade de ajustes na posologia, pois a taxa de
eliminação nesses pacientes pode ser alterada.
Modo de usar
Administração intramuscular: dissolver ceftriaxona dissódica IM 500 mg em 2 mL e ceftriaxona dissódica IM
1g em 3,5 mL de uma solução de lidocaína a 1% e injetar profundamente na região glútea ou em outro músculo
relativamente grande. Recomenda-se não injetar mais do que 1 g em um sítio de administração.
O diluente de ceftriaxona dissódica IM, composto de uma solução de lidocaína, nunca deve ser
administrado por via intravenosa (vide item “Contraindicações”). Dessa forma, sempre utilize ceftriaxona
dissódica IM somente por via intramuscular, nunca por via intravenosa.
Administração intravenosa: dissolver ceftriaxona dissódica IV 500 mg em 5 mL ceftriaxona dissódica IV 1 g
em 10 mL de água para injetáveis e então administrar por via intravenosa direta, durante 2 a 4 minutos.
Infusão contínua: a infusão deve ser administrada durante, no mínimo, 30 minutos. Para infusão intravenosa, 2
g de ceftriaxona dissódica são dissolvidos em 40 mL das seguintes soluções que não contenham cálcio: cloreto
de sódio 0,9%, cloreto de sódio 0,45% + dextrose 2,5%, dextrose 5%, dextrose 10%, dextram 6% em dextrose
5%, amino-hidroxi-etil 6% – 10%, água para injetáveis. A solução de ceftriaxona dissódica não deve ser diluída
em frasco com outros antimicrobianos ou com outras soluções que não as citadas acima, devido à possibilidade
de incompatibilidade.
Incompatibilidades
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a
reconstituição de ceftriaxona ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois
pode ocorrer formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando este
medicamento é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo equipo de administração IV. Este
medicamento não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões
contínuas que contêm cálcio, tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros
pacientes, exceto em recém-nascidos, ceftriaxona e soluções que contenham cálcio podem ser administrados
sequencialmente, entre as infusões, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível.
Até o momento não houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais contendo cálcio ou interação
entre ceftriaxona intramuscular e produtos que contêm cálcio (IV ou oral).
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos tais
como, amsacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
O volume final do medicamento preparado segue abaixo:
ceftriaxona dissódica IV Volume final
500 mg 5,36 mL
1 g 10,72 mL
ceftriaxona dissódica IM
500 mg 2,36 mL
1 g 4,22 mL
A dose de substância ativa por kg de peso corpóreo segue abaixo:
Concentrações de
ceftriaxona dissódica
Quantidade nominal de
substância ativa
Dose máx. teórica de
substância ativa por kg*
500 mg 614,4 mg 8,8 mg/kg
1 g 1228,8 mg 17,5 mg/kg
* Para este cálculo foi considerado o peso médio corpóreo de 70 kg.
Estudos clínicos
As reações adversas mais frequentemente reportadas para ceftriaxona são eosinofilia, leucopenia,
trombocitopenia, diarreia, erupção cutânea e aumento das enzimas hepáticas. Os dados para determinar a
frequência das reações adversas de ceftriaxona foram obtidos de estudos clínicos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas,
aumento das enzimas hepáticas e erupção cutânea.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia,
coagulopatia, cefaleia, tontura, náusea, vômito, prurido, flebite, dor no local da administração, febre e aumento
da creatinina sérica.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hematúria,
glicosúria, edema e calafrios.
Pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de ceftriaxona. Essas
reações foram reportadas por uma população de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com segurança
sua frequência e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao fármaco.
Problemas gastrintestinais: pancreatite, estomatite e glossite.
Alterações hematológicas: casos isolados de agranulocitose (< 500/mm3) foram relatados, a maior parte deles
após 10 dias de tratamento e doses totais de 20 g ou mais.
Reações cutâneas: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) e casos isolados de graves reações
cutâneas, como eritema multiforme, síndrome de Stevens Johnson ou síndrome de Lyell / necrólise epidérmica
tóxica.
Alterações no sistema nervoso: convulsão.
Infecções e infestações: superinfecção.
Outros efeitos colaterais raros: sedimento sintomático de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar (litíase biliar),
icterícia, kernicterus, oligúria, reações anafiláticas e anafilactoides.
Interação com cálcio: dois estudos in vitro, um utilizando plasma de adultos e outro plasma neonatal do sangue
do cordão umbilical, foram realizados para avaliar a interação de ceftriaxona e cálcio. Concentrações de
ceftriaxona de até 1 mM (em excesso de concentrações obtidas in vivo, após administração de 2 g de ceftriaxona
em perfusão durante 30 minutos) foram usadas em combinação com concentrações de cálcio de até 12 mM (48
mg/dL). A recuperação de ceftriaxona do plasma foi reduzida com concentrações de cálcio de 6 mM (24 mg/dL)
ou superior no plasma de adultos ou 4 mM (16 mg/dL) ou superior no plasma neonatal. Isso pode ser reflexo da
precipitação de ceftriaxona cálcica.
Em recém-nascidos que receberam ceftriaxona e soluções que continham cálcio, foi relatado um pequeno
número de casos fatais, nos quais um material cristalino foi observado nos pulmões e rins durante a autópsia. Em
alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada para ceftriaxona e para as soluções contendo
cálcio e, em algumas dessas vias de infusão, foi observado um precipitado. Pelo menos uma fatalidade foi
relatada com um recém-nascido no qual ceftriaxona e soluções que continham cálcio foram administrados em
diferentes momentos, em vias de infusão diferentes; e nenhum material cristalino foi observado na autópsia
desse neonato. Não houve relatos semelhantes em pacientes não neonatos.
Foram relatados casos de precipitação de ceftriaxona no trato urinário, principalmente em crianças que foram
tratadas com altas doses (por exemplo, doses maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total excedendo 10
g) e que apresentavam outros fatores de risco (por exemplo, desidratação, confinamento a cama). Esse evento
pode ser assintomático ou sintomático, e pode levar à obstrução da uretra e insuficiência renal aguda, mas é
geralmente reversível com a descontinuação de ceftriaxona.
Efeitos colaterais locais: em raros casos, reações de flebite ocorrem após administração intravenosa. Essas
podem ser minimizadas pela prática de injeção lenta do produto (2 – 4 min).
Investigações: resultados falso positivos para os testes de Coombs, galactosemia e métodos não enzimáticos
para determinação da glicose.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.