Bula do Cetrotide para o Profissional

Bula do Cetrotide produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cetrotide
Merck S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO CETROTIDE PARA O PROFISSIONAL

CETROTIDE®

acetato de cetrorrelix

Merck S/A

Pó liofilizado para solução injetável

0,25 mg

Apresentação

Pó liofilizado para solução injetável 0,25 mg.

Embalagem contendo 1 frasco-ampola, 1 seringa preenchida com 1 ml de diluente, 1 agulha

para injeção (calibre 20), 1 agulha hipodérmica para injeção subcutânea (calibre 27) e 2

lenços umedecidos em álcool.

USO SUBCUTÂNEO

USO ADULTO

Composição

Cada frasco-ampola contém:

acetato de cetrorrelix ................. 0,26 – 0,27 mg (equivalente a 0,25 mg de cetrorrelix base)

Excipiente: manitol.

Diluente: água para injetáveis.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Prevenção de ovulação prematura em pacientes submetidas a uma estimulação ovariana

controlada, seguida por coleta do oócito e técnicas de reprodução assistida.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

No programa de Fase III, a eficácia do Cetrotide®

foi estabelecida em estudos clínicos

adequados e bem controlados utilizando comparadores ativos. Além disso, um estudo clínico

não comparativo avaliou o esquema de dosagem múltipla de 0,25 mg de Cetrotide®

. O

tratamento de estímulo ovariano com FSH recombinante ou gonadotrofina menopáusica

humana (hMG) foi iniciado no dia 2 ou 3 de um ciclo menstrual normal. A dose de

gonadotrofinas foi administrada de acordo com o diagnóstico e resposta individual de cada

paciente

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

O cetrorrelix é um antagonista do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH). O

LHRH liga-se aos receptores de membrana das células hipofisárias. O cetrorrelix atua por

competição com o LHRH endógeno para ligação a estes receptores. Devido a este modo de

ação, o cetrorrelix controla a secreção de gonadotrofinas (LH e FSH). O cetrorrelix inibe a

secreção de LH e de FSH pela hipófise duma forma dose-dependente. O início da supressão é

virtualmente imediato e é mantido pelo tratamento contínuo, sem um efeito estimulante na

fase inicial. Nas mulheres, cetrorrelix retarda a elevação do LH e, consequentemente, a

ovulação. Em mulheres submetidas à estimulação ovariana, a duração da ação de cetrorrelix é

dose-dependente. Após uma dose única de 3 mg de cetrorrelix, foi reportada uma duração da

ação de pelo menos 4 dias. No dia 4 a supressão foi de aproximadamente 70%. Com uma dose

de 0,25 mg por injeção, injeções repetidas a cada 24 horas irão manter o efeito de cetrorrelix.

Tanto em animais como no homem, os efeitos antagonistas hormonais de cetrorrelix foram

totalmente reversíveis com o término do tratamento.

Farmacocinética

A biodisponibilidade absoluta de cetrorrelix após administração subcutânea é cerca de 85%. A

depuração plasmática total e a depuração renal são 1,2 ml x min-1

x kg-1

e 0,1 ml x min-1

x kg-

1

respectivamente. O volume de distribuição (Vd) é 1,1 l x kg-1

. A média das meias-vidas

terminais após administração intravenosa e subcutânea é de 12h e 30h, respectivamente,

demonstrando o efeito do processo de absorção no local da injeção. A administração

subcutânea de doses únicas (0,25 mg a 3 mg de cetrorrelix), bem como a posologia diária

durante 14 dias, demonstram uma cinética linear.

4. CONTRAINDICAÇÕES

 Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos análogos estruturais do hormônio

liberador de gonadotrofinas (GnRH), aos hormônios peptídicos extrínsecos ou a qualquer

um os excipientes.

 Gravidez e lactação.

 Mulheres na pós-menopausa.

 Pacientes com insuficiência renal e hepática de moderada a grave.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Deve ter-se cuidado especial em mulheres com sinais e sintomas de condições alérgicas ativas

ou com história conhecida de predisposição alérgica. O tratamento com Cetrotide®

não é

recomendado em mulheres com condições alérgicas graves. Durante ou após a estimulação

ovariana poderá ocorrer uma síndrome de hiperestimulação ovariana. Essa manifestação deve

ser considerada como um risco intrínseco do procedimento de estimulação com

gonadotrofinas. A síndrome de hiperestimulação ovariana deve ser tratada sintomaticamente,

ex: com repouso, eletrólitos/colóides por via intravenosa e terapêutica com heparina. Deve ser

dado suporte à fase lútea de acordo com a prática médica reprodutiva do centro. Até ao

momento, existe uma experiência limitada da administração de Cetrotide®

durante o

procedimento repetido de estimulação ovariana. Portanto, Cetrotide®

só deve ser utilizado em

ciclos repetidos, após avaliação cuidadosa da relação risco/benefício.

Gravidez e lactação

Cetrotide®

não se destina a ser utilizado durante a gravidez e lactação.

Não foi detectada teratogenicidade em ratos e coelhos; no entanto, foram observadas em

animais reabsorções precoces e aumentos dose-relacionados nas perdas de implantação.

não é indicado durante a lactação. Desconhece-se se o cetrorrelix é excretado no

leite humano.

Categoria de risco X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou

que possam ficar grávidas durante o tratamento

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas

Os efeitos de Cetrotide®

sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas são nulos ou

insignificantes.

Uso em crianças e idosos

Não há nenhuma indicação relevante para a utilização de Cetrotide®

em crianças e idosos. A

segurança e a eficácia de Cetrotide®

em pacientes idosos não foram estabelecidas.

Pacientes com insuficiência hepática ou renal

A segurança, eficácia e farmacocinética de Cetrotide®

em pacientes com insuficiência renal

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Investigações in vitro mostraram que são improváveis interações com medicamentos

metabolizados pelo citocromo P450 ou glucuronizados ou conjugados de outra forma.

Contudo, embora não haja qualquer evidência de interações medicamentosas, especialmente

com medicamentos de uso corrente, gonadotrofinas ou com produtos que possam induzir a

liberação de histamina em indivíduos susceptíveis, não se pode excluir totalmente a

possibilidade de uma interação.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8ºC). Proteger da luz e umidade.

O frasco-ampola contém pó liofilizado branco. A seringa contém água como diluente. Não

utilize Cetrotide®

caso o pó branco contido no frasco tenha sua aparência alterada ou se a

solução preparada após a adição do diluente não esteja incolor, límpida e sem partículas. A

solução deve ser usada imediatamente após a preparação.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Cetrotide®

somente deve ser prescrito por um especialista com experiência nesta área.

A primeira administração de Cetrotide®

deve ser efetuada sob supervisão médica e em um

local onde o tratamento de possíveis reações alérgicas/pseudoalérgicas (incluindo de

anafilaxia potencialmente fatal) esteja imediatamente disponível. As injeções seguintes

podem ser autoadministradas, desde que a paciente tenha sido informada sobre os sinais e

sintomas que podem indicar hipersensibilidade, as consequências de tal reação e a

necessidade de intervenção médica imediata.

O conteúdo de um frasco-ampola (0,25 mg) deverá ser administrado uma vez ao dia, em

intervalos de 24h, de manhã ou à noite. Após a primeira administração, recomenda-se que a

paciente permaneça sob supervisão médica durante 30 minutos para assegurar que não há

qualquer reação alérgica/pseudoalérgica à injeção.

deve ser administrado por injeção subcutânea na parede abdominal inferior.

As reações no local da administração podem ser minimizadas alternando-se os locais da

injeção, retardando-se a repetição da aplicação em um mesmo local e injetando-se lentamente

o medicamento para facilitar a sua absorção progressiva.

Administração pela manhã: O tratamento com Cetrotide®

deverá ser iniciado no dia 5 ou 6

da estimulação ovariana (aproximadamente 96 a 120 horas após vinício da estimulação

ovariana) com gonadotrofina, devendo manter-se durante o período de tratamento com

gonadotrofinas, incluindo o dia de indução da ovulação.

Administração à noite: O tratamento com Cetrotide®

0,25 mg deverá ser iniciado no dia 5 da

estimulação ovariana (aproximadamente 96 a 108 horas após início da estimulação ovariana)

com gonadotrofina, devendo manter-se durante o período de tratamento com gonadotrofinas

até a noite anterior ao dia da indução da ovulação.

Para aplicar Cetrotide®

, siga o “Guia de instruções de uso”.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os efeitos indesejáveis notificados com mais frequência são reações locais no local da injeção

como eritema, edema e prurido que são normalmente transitórios e de intensidade leve. Nos

ensaios clínicos, estes efeitos foram observados com uma frequência de 9,4% após injeções

múltiplas de Cetrotide®

0,25 mg.

Uma síndrome de hiperestimulação ovariana leve a moderada (Grau I ou II da OMS) foi

notificada frequentemente e deve ser considerada como um risco intrínseco do procedimento

de estimulação. Ao contrário, a síndrome de hiperestimulação ovariana grave continua a ser

pouco frequente.

Foram notificados casos pouco frequentes de reações de hipersensibilidade, incluindo reações

pseudo-alérgicas/anafilactoides.

As reações adversas relatadas abaixo são classificadas da seguinte forma, de acordo com a

frequência de ocorrência:

Muito comuns: ≥ 1/10 (≥ 10%)

Comuns: ≥ 1/100, < 1/10 (≥ 1%, < 10%)

Incomuns: ≥ 1/1.000, < 1/100 (≥ 0,1%, < 1%)

Raras: ≥ 1/10.000, < 1.000 (≥ 0,01%, < 0,1%)

Muito raras< 1/10.000 (< 0,01%)

Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada

classe de frequência.

Distúrbios do sistema imune Incomuns

Reações alérgicas/pseudoalérgicas, incluindo

anafilaxia potencialmente fatal

Distúrbios do sistema

nervoso

Incomuns Cefaleia

Distúrbios gastrointestinais Incomuns Náusea

Distúrbios da mama e

sistema reprodutor

Comuns

Pode ocorrer síndrome de hiperestimulação

ovariana leve a moderada (grau I ou II da

OMS), a qual é um risco intrínseco do

procedimento de estimulação

Incomuns

Síndrome de hiperestimulação ovariana grave

(grau III da OMS)

Distúrbios gerais e alterações

no local de administração

Foram notificadas reações no local da injeção

(ex: eritema, edema e prurido). Geralmente

foram transitórias e de intensidade leve. A

frequência, tal como notificada nos ensaios

clínicos, foi de 9,4% após injeções múltiplas

de 0,25 mg de cetrorrelix

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou

para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

A superdose no ser humano pode resultar num prolongamento da ação, sendo improvável o

aparecimento de efeitos tóxicos agudos. Em estudos de toxicidade aguda em roedores, foram

observados sintomas tóxicos não específicos após a administração intraperitoneal de doses de

cetrorrelix 200 vezes superiores à dose farmacológica eficaz após administração subcutânea.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.