Bula do Cezolin para o Profissional

Bula do Cezolin produzido pelo laboratorio Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cezolin
Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CEZOLIN PARA O PROFISSIONAL

Cezolin®

Cefazolina sódica

Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda

Pó para solução injetável

BioChimico

4005081-11 Texto de bula - Cezolin 2

cefazolina sódica

VIA INTRAVENOSA

VIA INTRAMUSCULAR

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Embalagem contendo 50 frascos-ampola

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de 1g contém:

Cefazolina sódica............................................1,048g*

*equivalente a 1g de cefazolina

II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Cezolin® é indicado para o tratamento das seguintes infecções graves causadas por microrganismos suscetíveis:

-Infecções do trato respiratório causadas por Streptococcus pneumoniae, Klebsiella spp., Haemophilus influenzae,

Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes), estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. A

penicilina benzatina injetável é considerada o medicamento de escolha no tratamento e prevenção de infecções

estreptocócicas, incluindo a profilaxia da febre reumática. A cefazolina é eficaz na erradicação dos estreptococos da

nasofaringe; porém, até o momento não existem dados da eficácia da cefazolina na prevenção subsequente da febre

reumática.

-Infecções do Trato Urinário causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp., e algumas cepas de enterobacter e

enterococos.

-Infecções da Pele e Estruturas da Pele causadas por Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes),

estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e outras cepas de estreptococos.

-Infecções do Trato Biliar causadas por Escherichia coli, diversas cepas de estreptococos, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. e

Staphylococcus aureus.

-Infecções Ósseas e Articulares causadas por Staphylococcus aureus.

-Infecções Genitais (ex., prostatite e epididimite) causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. e algumas

cepas de enterococos.

-Septicemia causada por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes),

Proteus mirabilis, Escherichia coli e Klebsiella spp.

-Endocardites causadas por Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes) e estreptococos beta-

hemolíticos do grupo A. Culturas apropriadas e estudos de suscetibilidade devem ser realizados para determinar a suscetibilidade

do microrganismo causador à cefazolina.

-Profilaxia Cirúrgica: a administração profilática da cefazolina no pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório pode reduzir

a incidência de algumas infecções pós-operatórias em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos classificados como

contaminados ou potencialmente contaminados. O uso profilático da cefazolina pode também ser eficaz em pacientes cirúrgicos

nos quais uma infecção no local da cirurgia pode representar um grave risco (por exemplo, durante cirurgia cardíaca a céu-aberto

ou artroplastia prostética). A administração profilática da cefazolina geralmente deve ser interrompida após um período de 24

horas após o procedimento cirúrgico. Em cirurgias onde a ocorrência de infecção pode ser particularmente devastadora (cirurgia

cardíaca a céu-aberto e artroplastia prostética), a administração profilática da cefazolina pode ser continuada por 3 a 5 dias após

a cirurgia. Se houver sinais de infecção, amostras para cultura devem ser colhidas para identificação do organismo causador, de

modo a instituir-se um tratamento apropriado (ver 8. Posologia e Modo de usar).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A cefazolina tem se mostrado efetiva em adultos e crianças

(7)

contra infecções causadas por uma variedade de bactérias Gram-

positivas e Gram-negativas. Níveis de cefazolina no soro são duas a três vezes maiores que as mesmas doses de cefaloridina ou

cefalotina(6)

. A cefazolina tem atividade antibacteriana similar a da cefalotina. As principais vantagens em relação à cefalotina

são sua concentração sérica mais alta e por maior período e a menor possibilidade de dor após a administração intramuscular.(8)

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Em estudos clínicos, dos 394 pacientes com infecções geniturinárias causadas por Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e

Proteus mirabilis, 92,4% apresentaram resposta clínica favorável. Dos 32 pacientes acompanhados bacteriologicamente por pelo

menos 2 semanas após o encerramento do tratamento para infecção no trato urinário, 27 (84%) não apresentaram bacteriúria

durante esse período. Em pacientes com pneumonia e bronquite, uma alta porcentagem de respostas clínicas favoráveis foi

observada, 93,8% e 88,9%, respectivamente. Uma resposta clínica favorável foi obtida em 92,7% dos 247 pacientes no grupo

com infecção respiratória, e uma resposta bacteriológica satisfatória foi atingida em 76,1%. Dos 116 pacientes com infecções na

pele e tecidos moles tratados com cefazolina, uma resposta clínica favorável de 88% foi atingida e uma resposta bacteriológica foi

documentada em 78% dos pacientes. 43 casos de bacteremia foram tratados com cefazolina, obtendo-se uma resposta clínica

favorável em 36 (83,7%), e uma resposta bacteriológica satisfatória em 34 (79,1%) pacientes. Dos 25 pacientes com infecções

ósseas e articulares variadas, o tratamento com cefazolina foi efetivo em 20 (80%) pacientes e uma resposta bacteriológica

satisfatória foi obtida em 18 (72%) pacientes. A cefazolina mostrou-se clínica e bacteriologicamente efetiva em nove casos de

endocardite estafilocócica e estreptocócica. Dos 15 pacientes com infecções em múltiplos locais, uma resposta clínica e

bacteriológica favorável foi atingida em 14 (93%) pacientes.

(6)

A cefazolina foi estudada no tratamento de 105 pacientes

hospitalizados com uma variedade de infecções incluindo endocardite, pneumonia, infecções no trato urinário, na pele e tecidos

moles, obtendo-se efetividade em 104 pacientes. A cefazolina também foi testada in vitro e mostrou ser efetiva contra

estafilococos, pneumococos, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Proteus mirabilis pelo método de diluição em ágar. Os resultados

do tratamento de pneumonia pneumocócica com cefazolina administrada por via intramuscular foram superiores aos com

cefalexina por via oral.

(9)

Em um estudo que avaliou a eficácia da cefazolina em comparação com placebo na prevenção de

infecção em cirurgia vascular periférica, observou-se que infecções no local das incisões ocorreram com frequência

significantemente menor após profilaxia perioperatória com cefazolina, efeitos adversos (flebite, erupção cutânea, resistência

antimicrobiana) relacionados às 24 – 36 horas de uso de cefazolina não foram relatados. Dos 462 pacientes submetidos a cirurgia da

aorta abdominal e extremidade vascular baixa, houve uma diferença significantemente alta nas taxas de infecção: 6,8% dos

tratados com placebo versus 0,9% dos tratados com cefazolina. Até 8% das incisões abdominais de pacientes recebendo placebo

tornaram-se infectadas versus 1,2% nos pacientes tratados com cefazolina. Incisões na virilha foram infectadas com baixa

frequência, 1,1% para pacientes que receberam placebo versus nenhum paciente recebendo cefazolina.

(10)

Em um estudo

comparativo entre pacientes recebendo cefazolina ou placebo para profilaxia de cirurgia torácica não-cardíaca, a cefazolina

reduziu significativamente a taxa de infecção da incisão (1,5% no grupo recebendo cefazolina e 14% no grupo recebendo

placebo). Uma dose pré-operatória única de 1 g de cefazolina foi efetiva na redução da taxa de infecção na incisão em cirurgia

torácica cardíaca.

(11)

Em procedimentos cirúrgicos prolongados, recomenda-se a redosagem do antibiótico profilático durante o

procedimento. A redosagem foi benéfica em procedimentos com duração de mais de 400 minutos: infecções ocorreram em 14

(7,7%) dos 182 pacientes que receberam redosagem e em 32 (16%) dos 200 pacientes que não receberam. A redosagem intra-

operatória de cefazolina foi associada a uma redução de 16% no risco total de infecção no local da cirurgia após cirurgia cardíaca,

incluindo procedimentos com duração de menos de 240 minutos.

(12)

A cefazolina é equivalente à cefoxitina para a prevenção de

endometrite pós-parto em mulheres submetidas a secção-C não eletiva primária.

(13)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição: a cefazolina é uma cefalosporina semissintética para administração parenteral. É o sal sódico 3-{[( 5-metil-1,3,4-

tiadizol-2-il)tiol]metil}-8-oxo-7-[2-(1H-tetrazol-1-il)acetamido]-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0] octo-2-eno-2-ácido carboxílico.

Farmacocinética: após a administração intramuscular em voluntários sadios, as concentrações séricas médias de cefazolina

foram 37 mcg/mL em 1 hora e 3 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 500 mg e, 64 mcg/mL em 1 hora e 7 mcg/mL em 8

horas com dose de 1 g. Após a administração intravenosa de cefazolina em voluntários sadios, as concentrações séricas médias

apresentaram um pico de aproximadamente 185 mcg/mL e foram de aproximadamente 4 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 1 g.

A meia-vida sérica da cefazolina é aproximadamente 1,8 hora após administração intravenosa e aproximadamente 2 horas após

administração intramuscular. Em um estudo (usando voluntários sadios) com infusões intravenosas constantes de 3,5 mg/kg durante

1 hora (aproximadamente 250 mg) e 1,5 mg/kg nas 2 horas seguintes (aproximadamente 100 mg), a cefazolina produziu um nível

sérico constante de aproximadamente 28 mcg/mL na terceira hora. Estudos com pacientes hospitalizados com infecção indicam que

a cefazolina injetável produz níveis séricos médios equivalentes aos observados em voluntários sadios. Em pacientes sem doença

obstrutiva biliar, os níveis na bile podem atingir ou exceder até 5 vezes os níveis séricos; porém, em pacientes com doença

obstrutiva biliar, os níveis biliares de cefazolina são consideravelmente menores que os níveis séricos (<1 mcg/mL). No líquido

sinovial, os níveis de cefazolina são comparáveis aos alcançados no soro cerca de 4 horas após a administração. Estudos no

sangue do cordão umbilical demonstram pronta transferência da cefazolina através da placenta. A cefazolina está presente em

concentrações muito baixas no leite de mães que estão amamentando. A cefazolina é excretada inalterada na urina. Nas primeiras

6 horas, aproximadamente 60% do medicamento são excretados na urina, aumentando para 70% a 80% em 24 horas. A cefazolina

atinge concentrações urinárias máximas de aproximadamente 2400 mcg/mL após doses intramusculares de 500 mg e de 4000

mcg/mL após doses de 1 g. Em pacientes submetidos à diálise peritoneal (2 L/h), a cefazolina produziu níveis séricos

médios de aproximadamente 10 mcg/mL, após 24 horas de instilação de uma solução de diálise contendo 50 mg/mL e 30

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mcg/mL após instilação de solução contendo 150 mg/mL. Os níveis médios de pico foram 29 mcg/mL com 50 mg/mL

(três pacientes), e 72 mcg/mL com 150 mg/mL . A administração intraperitoneal da cefazolina é geralmente bem tolerada.

Estudos controlados em voluntários adultos sadios recebendo 1 g, 4 vezes ao dia, durante 10 dias, monitorando exames

hematológicos, AST, ALT, bilirrubinas, fosfatase alcalina, uremia, creatinina e exames de urina, não demonstraram

qualquer alteração clinicamente significativa que fosse atribuída à cefazolina.

Microbiologia:

Testes in vitro demonstram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular. A cefazolina

é ativa in vitro e em infecções clínicas contra os seguintes microrganismos:

AeróbicosGram-positivos:

Staphylococcus aureus (incluindo cepas produtoras de penicilinase)

Staphylococcusepidermidis

Estreptococos beta-hemolíticos do Grupo A e outras cepas de estreptococos (muitas cepas de enterococos são resistentes)

Streptococcuspneumoniae

Obs.: estafilococos meticilina-resistentes são uniformemente resistentes à cefazolina.

AeróbicosGram-negativos:

Klebsiella spp., Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis Haemophilusinfluenzae.

A maioria das cepas de Proteus indol positivos (Proteus vulgaris), Enterobacter cloacae, Morganella morganii e Providencia

rettgeri é resistente. Serratia, Pseudomonas, Acinetobacter (anteriormente Mima-Herellea) são quase uniformemente resistentes à

cefazolina.

Testes de Suscetibilidade

Técnicas de difusão - Métodos quantitativos baseados na medição do diâmetro do halo proporcionam as estimativas mais

precisas da suscetibilidade de microrganismos aos antibióticos. Um procedimento deste tipo

(1)

tem sido recomendado para testes

de suscetibilidade à cefazolina com uso de discos. O teste de suscetibilidade de Staphylococcus spp, padronizado pelo Clinical

and Laboratory Standards Institute (CLSI), com um único disco com 30 mcg de cefazolina, deve ser interpretado de acordo com

os seguintes critérios:

Diâmetro do Halo (mm) Interpretação

≥ 18 Suscetível

15-17 Intermediário

≤ 14 Resistente

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados,

respondendo à terapia. Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser suscetível se altas doses forem usadas

ou se a infecção estiver confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos (por ex.: urina). Um

resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia

deve ser selecionada. Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial. O disco com 30

mcg de cefazolina deve apresentar os seguintes halos de inibição:

Microrganismo Diâmetro do Halo (mm)

Escherichia coli ATCC 25922 21-27

Staphylococcus aureus ATCC 25923 29-35

Técnicas de Diluição - Usar o método de diluição (caldo ou ágar) padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute

(CLSI) ou equivalente. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidos para Staphylococcus spp. devem ser

interpretados de acordo com os seguintes critérios:

CIM ( mcg/mL) Interpretação

≤ 8 Suscetível

16 Intermediário

≥ 32 resistente

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Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados.

Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra

terapia deve ser selecionada. Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial. A

cefazolina-padrão deve fornecer os seguintes valores de CIM:

Microrganismo CIM (mcg/mL)

Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,25-1

Escherichia coli ATCC 25922 1-4

4. CONTRAINDICAÇÕES

Cezolin®

é contraindicado em pacientes com histórico de alergia a antibióticos do grupo das cefalosporinas, penicilina, derivados

da penicilina e penicilamina.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes do tratamento com cefazolina ser instituído, um cuidadoso questionamento deve ser feito para determinar se o paciente já

apresentou reações de hipersensibilidade a outros medicamentos, particularmente à cefazolina, outras cefalosporinas, penicilinas

ou penicilaminas. Recomenda-se cuidado especial ao administrar cefazolina a pacientes penicilino-sensíveis, pois a

hipersensibilidade cruzada entre antibióticos betalactâmicos pode ocorrer em até 10% dos pacientes com histórico de alergia a

penicilina. Se uma reação alérgica a cefazolina ocorrer, interrompa o tratamento com o medicamento. Reações de

hipersensibilidade aguda graves podem requerer tratamento com epinefrina (adrenalina) e outras medidas de emergência,

incluindo oxigênio, fluidos intravenosos, anti-histamínicos intravenosos, corticosteroides, aminas pressoras e monitoração das

vias aéreas, conforme indicação clínica. Foram relatados casos de colite pseudomembranosa com quase todos os agentes

antibacterianos incluindo a cefazolina, cuja gravidade pode variar de leve a risco de morte. Portanto, deve-se considerar este

diagnóstico em pacientes que apresentem diarreia após administração de agentes antibacterianos. O tratamento com agentes

antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode permitir o aumento de crescimento de clostrídeos. Estudos indicam que a

toxina produzida pelo Clostridium difficile é uma das causas primárias da colite associada ao uso de antibióticos. Estabelecido o

diagnóstico de colite pseudomembranosa, medidas terapêuticas apropriadas devem ser iniciadas. Os casos leves de colite

pseudomembranosa geralmente respondem apenas com a interrupção do tratamento. Em casos de colite moderada a grave, o

tratamento deve incluir sigmoidoscopia, estudos bacteriológicos apropriados e suplementação de líquidos, eletrólitos e proteínas.

Quando não há melhora após a interrupção da droga ou quando a colite é grave, deve-se utilizar um antibacteriano eficaz para o

tratamento de colite. Outras causas de colites devem ser excluídas. A cefazolina, assim como todas as cefalosporinas, deve ser

prescrita com cautela a indivíduos com história de doença gastrintestinal, particularmente colite. O uso prolongado da cefazolina

pode resultar em crescimento aumentado de microrganismos não suscetíveis. A observação clínica cuidadosa do paciente é

essencial. Quando a cefazolina é administrada a pacientes com baixo débito urinário devido à diminuição da função renal, uma

dose diária menor é necessária (ver 8. Posologia e Modo usar). Assim como com outros antibióticos betalactâmicos, convulsões

podem ocorrer se altas doses forem administradas a pacientes com diminuição da função renal (ver 8. Posologia e Modo de usar).

A administração intratecal de cefazolina não está aprovada; houve relatos de toxicidade grave ao sistema nervoso central,

incluindo convulsões, quando a cefazolina foi administrada por esta via.

Carcinogênese, mutagênese: não foram realizados estudos mutagênicos e de longa duração em animais para avaliar o potencial

carcinogênico da cefazolina.

Uso na Gravidez: categoria de Risco B.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Estudos de

reprodução foram realizados em camundongos, ratos e coelhos, com doses até 25 vezes superiores à dose humana habitual, e não

revelaram nenhuma evidência de prejuízo sobre a fertilidade ou dano ao feto causado por cefazolina. Entretanto, não há estudos

bem controlados em mulheres grávidas e os estudos de reprodução em animais nem sempre são preditivos da resposta humana.

Trabalho de Parto: quando a cefazolina foi administrada antes da cirurgia cesariana, os níveis do medicamento no sangue do

cordão umbilical foram aproximadamente um quarto a um terço dos níveis do medicamento na mãe. A droga parece não ter

nenhum efeito adverso no feto.

Uso na lactação: a cefazolina está presente em níveis muito baixos no leite materno. Entretanto, não foram documentados

problemas.

• Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Uso em pacientes com diminuição da função renal:

Pacientes podem necessitar de um ajuste de dose se houver diminuição da função renal.

Uso em crianças:

A segurança e a eficácia em prematuros ainda não foram estabelecidas. (ver 8. Posologia e Modo de usar).

BioChimico

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Aminoglicosídeos (ex.: amicacina, gentamicina e tobramicina) - um aumento na incidência de nefrotoxicidade foi relatado

após a administração concomitante de antibióticos cefalosporínicos e aminoglicosídeos. Não se recomenda a mistura de

cefazolina com outras medicações. A mistura de antibacterianos betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) e aminoglicosídeos

pode resultar na inativação de ambas as substâncias. Se clinicamente necessário, elas devem ser administradas separadamente

(não misturá-las no mesmo frasco ou numa mesma bolsa intravenosa).

Varfarina: os efeitos anticoagulantes da varfarina foram aumentados com a utilização concomitante com cefazolina. Pode ser

necessário reduzir a dose de varfarina.

Heparina: o uso concomitante de cefazolina e heparina pode aumentar o risco de sangramento.

Probenecida: a probenecida aumenta as concentrações plasmáticas de cefazolina e pode aumentar os riscos de toxicidade.

Interações com Testes Laboratoriais: reações falso-positivas para glicose na urina podem ocorrer com solução de Benedict ou

solução de Fehling, mas não com testes enzimáticos. Testes de antiglobulina (Coombs) diretos e indiretos positivos ocorreram em

pacientes que receberam cefazolina; este fato também pode ocorrer em neonatos cujas mães receberam cefalosporinas antes do

parto.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cezolin®

deve ser armazenado em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Depois de preparado este medicamento pode ser utilizado em até 12 horas se mantido em temperatura ambiente (15 e 30°C) ou

em até 24 horas se mantido sobre refrigeração (entre 2 e 8°C)

Características físicas e organolépticas:

Aspecto físico do pó: pó cristalino branco a quase branco.

Características da solução após reconstituição: solução incolor a amarela (ver 8. Posologia e Modo de usar).

Características da solução após diluição: solução incolor a amarela (ver 8. Posologia e Modo de usar).

Como ocorre com outras cefalosporinas, a cor da solução reconstituída e/ou diluída de Cezolin®

pode escurecer durante a

armazenagem, porém a potência do produto permanece inalterada.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Posologia

ATENÇÃO: as doses são dadas em termos de cefazolina.

Adultos e Adolescentes

Infecção Urinária Aguda (não complicada): 1g a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Pneumonia Pneumocócica: 500 mg a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Endocardite (profilaxia): 1 g, 30 minutos antes da cirurgia, por infusão intravenosa.

Profilaxia cirúrgica (infusão intravenosa)

Antes da cirurgia: 1 g, 30 a 60 minutos antes do início da cirurgia.

Durante a cirurgia (procedimentos com duração de 2 horas ou mais): 500 mg a 1 g.

Depois da cirurgia: 500 mg a 1 g a cada 6 a 8 horas, até 24 horas após a cirurgia.

É importante que a dose pré-operatória seja administrada exatamente (30 minutos a uma hora) antes do início da cirurgia de tal

modo que níveis adequados de cefazolina estejam presentes no sangue e nos tecidos no momento da incisão cirúrgica inicial.

Em cirurgias onde a ocorrência de uma infecção pode ser particularmente devastadora (por exemplo, cirurgia cardíaca a céu-aberto

ou artroplastia prostética), a administração profilática da cefazolina deve ser continuada por 3 a 5 dias após o término da cirurgia.

Outras Infecções

Infecções leves: 250 a 500 mg a cada 8 horas, por infusão intravenosa.

Infecções moderadas a graves: 500 mg a 1 g, a cada 6 a 8 horas, por infusão intravenosa.

Limite de dose para adultos: 6 g por dia, embora em raras ocasiões doses de até 12 g por dia foram utilizadas.

BioChimico

4005081-11 Texto de bula - Cezolin 7

Crianças

Endocardite (profilaxia): 25 mg por quilograma de peso corporal, 30 minutos antes do início do procedimento, por infusão

intravenosa.

Outras infecções:

Crianças a partir de 1 mês de idade (infusão intravenosa)

Infecção leve a moderada: 6,25 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 8,3 a 16,7 mg por quilograma de

peso corporal a cada 8 horas.

Infecção grave: 25 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 33,3 mg por quilograma de peso corporal a cada 8

horas.

Crianças com menos de 1 mês de idade (infusão intravenosa): 20 mg por quilograma de peso corporal, a cada 8 ou 12 horas.

Idosos

Pode ser necessário ajustar a dose em função da condição renal (ver doses para Adultos com diminuição da função renal).

Limite de dose para idosos acima de 75 anos de idade: 500 mg a cada 8 horas (mesmo com clearance de creatinina normal).

Pacientes com diminuição da função renal

Adultos com diminuição da função renal: Após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses devem ser ajustadas de

acordo com esquema abaixo que considera o clearance de creatinina (ver Tabela 1).

Tabela 1: Ajuste de Dose para Adultos com Diminuição da Função Renal

Clearance de creatinina (mL/min) Dose

≥ 55 Dose usual

35-54 Dose usual a cada 8 ou 12 horas

11-34 Metade da dose usual a cada 12 horas

≤ 10 Metade da dose usual a cada 18 ou 24 horas

Crianças com diminuição da função renal: após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses devem ser ajustadas

de acordo com o esquema abaixo que considera o clearance da creatinina (ver Tabela 2).

Tabela 2: Ajuste de Dose para Crianças com Diminuição da Função Renal

≥ 70 Dose usual para crianças

40-70 7,5 a 30 mg por quilograma de peso corporal a cada 12 horas

20-40 3,1 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 12 horas

5-20 2,5 a 10 mg por quilograma de peso corporal a cada 24 horas

Duração do tratamento

Como na terapia com antibióticos em geral, o tratamento com Cezolin®

deve ser prolongado por um mínimo de 48 a 72 horas após

abaixar a temperatura do paciente, ou após a constatação da erradicação bacteriana.

Modo de Usar

ATENÇÃO: frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40x12, que aumentam a incidência

de pequenos fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o procedimento. Agulhas 30x8 ou 25x8, embora

dificultem o processo de reconstituição, tem menor probabilidade de carregarem partículas de rolha para dentro dos frascos.

Deve-se, no entanto, sempre inspecionar visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem

partículas. O produto preparado em capela de fluxo unidirecional (laminar) validado pode ser armazenado pelos tempos

descritos a seguir. Para produtos preparados fora desta condição, recomenda-se o uso imediato.

Cezolin®

(cefazolina sódica) 1g

Pode ser administrado por via intramuscular (IM) ou por via intravenosa (IV)

1g (cefazolina sódica), por via intramuscular (IM)

Reconstituição: reconstituir com 2,5 mL de água Estéril para injeção. Pode também ser reconstituído com Solução de Lidocaína

0,5%. O produto reconstituído tem cor levemente amarelada.

Administração: injetar em grande massa muscular. Em adultos, nas nádegas (quadrante superior externo); em crianças, na face

lateral da coxa.

ATENÇÃO: o produto reconstituído com Solução de Lidocaína 0,5% não pode ser administrado por via intravenosa.

Estabilidade após reconstituição: 12 horas em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) ou 24 horas sob refrigeração (entre 2 e

8°C).

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1g (cefazolina sódica), por via intravenosa (IV)

IV Direta

Reconstituição: reconstituir o conteúdo do frasco-ampola com 2,5 mL de Água Estéril para injeção. O produto reconstituído tem

cor levemente amarelada.

Diluição: diluir o produto previamente reconstituído para 10 mL de solução. Os diluentes compatíveis são: Água Estéril para

injeção, Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%.

Administração: injetar direto na veia durante 3 a 5 minutos.

IV infusão:

Diluição: diluir o produto previamente reconstituído com 50 a 100 mL de Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%.

Outras soluções compatíveis:

Glicose 10%

Glicose 5% em Ringer Lactato;

Glicose 5% em Cloreto de Sódio 0,9%;

Glicose 5% em Cloreto de Sódio 0,45%;

Glicose 5% em Cloreto de Sódio 0,2%;

Injeção de Ringer Lactato;

Açúcar Invertido 5% ou 10% em Água Estéril para injeção;

Injeção de Ringer;

Bicabornato de Sódio 5%.

Administração: infundir durante 30 a 60 minutos.

Incompatibilidades: não se recomenda a mistura de cefazolina com outras medicações. A mistura de antibacterianos

betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) e aminoglicosídeos pode resultar em inativação de ambas as substâncias. Se

clinicamente necessário elas devem ser administradas por vias separadas (não misturá-las no mesmo frasco ou numa mesma bolsa

intravenosa).

9. REAÇÕES ADVERSAS

-Reações adversas raras

Hipersensibilidade: anafilaxia, eosinofilia, prurido, febre à droga, erupções cutâneas e Síndrome de Stevens-Johnson.

Reações locais: raros casos de flebite no local da injeção foram relatados.

Gastrintestinais: diarreia, estomatite por Candida, vômitos e náuseas, cólicas de estômago, anorexia e colite pseudomembranosa.

O início dos sintomas da colite pseudomembranosa pode ocorrer durante ou após o tratamento com antibióticos (ver 5.

Advertências e precauções).

-Reações adversas muito raras

Hematológicas: neutropenia, leucopenia, trombocitopenia e trombocitemia.

Hepáticas e renais: elevação transitória de AST, ALT, uremia e fosfatase alcalina foram observadas sem evidências clínicas de

prejuízo renal ou hepático.

Outras reações: prurido genital e anal (incluindo prurido vulvar, monilíase genital e vaginite).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.