Bula do Cinaleo produzido pelo laboratorio Ucb Biopharma S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
CINALEO
®
UCB Biopharma S/A
Pó Liófilo Injetável
15 UI
CINALEO®
sulfato de bleomicina
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO
Pó liófilo injetável em frascos-ampola de vidro incolor com capacidade para 5mL. Cada caixa contém um frasco-ampola.
USO INTRAMUSCULAR, INTRAVENOSO, INTRAPLEURAL E SUBCUTÂNEO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
bleomicina......................................................................................................15UI
hidróxido de sódio...............................................................q.s.(para ajuste do pH)
Não contém conservante.
Cada mg de sulfato de bleomicina equivale ao intervalo de 1,5 UI - 2,0 UI de bleomicina.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ATENÇÃO
CINALEO (sulfato de bleomocina) deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado com experiência no
uso de agentes quimioterápicos. As possíveis complicações podem ser devidamente tratadas se o diagnóstico for adequado e
as faculdades de tratamento estiverem disponíveis.
Fibrose pulmonar é a toxicidade mais severa associada à bleomicina. Sua manifestação mais frequente é a pneumonite que
ocasionalmente progride para fibrose pulmonar. Sua incidência é a maior em pacientes mais velhos e naqueles recebendo
mais do que 400 unidades de dose total, porém toxicidade pulmonar tem sido observada em pacientes jovens e naqueles
tratrados com doses baixas.
Uma reação idiossincrática severa, que consiste em hipotensão, confusão mental, febre, calafrios e respiração ruidosa têm
sido relatados em aproximadamente 1% dos pacientes com linfoma tratados com bleomicina.
CINALEO é indicado no tratamento paliativo de carcinomas e linfomas como agente único ou em associação a outros
quimioterápicos. Tem sido utilizado como agente único ou em combinação com outros agentes quimioterápicos no tratamento das
seguintes neoplasias:
- Carcinoma de células escamosas: de cabeça e pescoço (incluindo boca, língua, amígdalas, nasofaringe, orofaringe, seios nasais e
paranasais, palato, lábio, mucosa bucal, gengiva, epiglote, pele e laringe), pênis, cérvice uterina e vulva. A resposta à bleomicina é
menor em pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço submetidos previamente à irradiação.
- Linfomas: doença de Hodgkin, linfoma não Hodgkin.
- Carcinoma de testículo: células embrionárias, coriocarcinoma e teratocarcinoma.
- Derrame pleural maligno: CINALEO, quando administrado por injeção intrapleural mostra-se útil no tratamento do derrame
pleural maligno, como esclerosanete e na prevenção de derrames pleurais recorrentes.
A bleomicina está indicada para o tratamento paliativo do Linfoma de Hodgkin. A escolha da terapia está baseada no estágio da
doença. Pacientes no estágio IA e IIA são tratados com radioterapia. Os no estágio IVA e IVB requerem combinação com
quimioterapia. O tratamento dos estágios intermediários é controverso e muitos pacientes recebem uma terapia combinada. As
combinações de quimioterápicos de escolha incluem os esquemas ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vimblastina, dacarbazina),
MOPP/ABV (mecloretamina,vincristina, procarbazina, prednisona, doxorrubicina, bleomicina e vimblastina) e B-CAVe
(bleomicina, lomustina, doxorrubicina, vimblastina). Tanto o esquema ABVD quanto B-CAVe foram efetivos em produzir respostas
completas em pacientes com Doença de Hodgkin que apresentaram progressão da doença enquanto recebiam MOPP ou após a
remissão induzida por MOPP. Respostas completas ocorreram em 71%, 39 de 55 dos pacientes tratados com ABVD e 71%, 34 de
48 pacientes tratados com B-CAVe. A duração média de cada regime foi de 2 anos. O intervalo livre de doença em 5 anos foi de
8,5% para os pacientes tratados com ABVD e de 25% para os tratados com B-CAVe.
A bleomicina tem indicação como tratamento paliativo no linfoma não-Hodgkin. Uma análise retrospectiva em estudo randomizado
envolvendo 459 pacientes sugere um benefício na sobrevivência em pacientes que receberam PACEBOM (prednisolona,
doxorrubicina, ciclofosfamida, etoposide, bleomicina, vincristina, metotrexato) sobre os que receberam CHOP (ciclofosfamida,
doxorrubicina, vincristina, prednisolona). As taxas de remissão completa foram de 64% versus 57%, 8 anos de sobrevida global
foram de 51% versus 41% e de sobrevivência causa-específica foram de 59% versus 41% nos pacientes do grupo que receberam
PACEBOM e CHOP respectivamente, sendo estatisticamente equivalentes. Nos pacientes com idade menor de 50 anos, o índice de
sobevivência em 8 anos e causa-específica fora de 78% e 55% para os grupos PACEBOM e CHOP respectivamente (p=0,0036). O
mesmo também ocorre nos pacientes com estágio IV da doença com 51% e 30% respectivamente (p=0,02). MACOP-B
(metotrexato, leucovorina, doxorrubicina, ciclosfosfamida, vincristina, bleomicina, prednisona, cotrimoxazol) foi efetivo em um
tratamento de 12 semanas em pacientes com linfoma difuso de células grandes avançado. Resposta completa ocorreu em 51 de 61
pacientes (84%). Resposta parcial ocorreu em 10 (16%) dos pacientes e a sobrevida global em 76% com 90% de intervalo livre de
doença nos que obtiveram resposta completa. Em outro estudo, 105 de 125 pacientes obtiveram remissão completa da doença. 70
pacientes nos estágios 2 a 4 de linfomas intermediário ou de alto grau receberam MACOP-B. Para todos os tipos histológicos,
remissão completa foi alcançada em 58% dos casos; 52% deles com linfoma difuso de células grandes.
A bleomicina também está indicada como agente esclerosante para o tratamento do derrame pleural maligno. A taxa de recorrência
de derrame pleural após o tratamento com bleomicina em 30 dias foi significantemente menor quando comparada com a tetraciclina,
porém não houve aumento da sobrevivência sobrevida global. A recorrência foi de 36% nos pacientes tratados com bleomicina
comparado a 67% nos pacientes tratados com tetraciclina.
No tratamento do carcinoma de células escamosas do colo do útero a combinação de bleomicina, mitocina e cisplatina alcançou
19% de taxa resposta em pacientes com doença recorrente ou persistente, avançada localmente ou com metástases. Este estudo
incluiu 59 pacientes, 44 delas foram tratadas previamente com radioterapia, cirurgia ou ambos. Dentro desse grupo 16% apresentou
resposta completa ou parcial. De 10 previamente não tratadas, 3 obtiveram resposta.
Para o carcinoma de células escamosas de pênis, a bleomicina está indicada como tratamento paliativo. A quimioterapia com
bleomicina, metotrexato e cisplatina para o carcinoma metástatico de pênis demostrou resultados limitados. A bleomicina demostrou
mais atividade com taxa de resposta de 60% a 70%.
No tratamento dos carcinomas de células escamosas de cabeça e pescoço, que incluem mucosa da boca, língua, amígdalas,
nasofaringe, orofaringe, seios nasais e paranasais, palato, lábio, mucosa bucal, gengiva, epiglote, pele e laringe, a bleomicina é
considerada tratamento paliativo. Para essa terapia as combinações de cisplatina, vincristina e bleomicina ou cisplatina com
fluouracil estão associadas com as maiores taxas de resposta (50 a 95%), porém essas combinações não aumentaram as taxas de
sobrevivência global quando comparadas a monoterapia. Cisplatina com fluouracil ou metotrexato isoladamente são as drogas de
escolha para o carcinoma de cabeça e pescoço. Porém o metotrexato está indicado para um grupo seleto de pacientes (aqueles que
não têm indicação para o uso de cisplatina). A combinação de vinorelbina, metotrexato e bleomicina tem efeito moderado em
pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço previamente tratados. Em um estudo com 48 pacientes que havia recebido um regime
prévio com cisplatina e 5-fluouracil. A resposta global foi de 27%, com uma taxa de resposta completa em 2% dos pacientes e
resposta parcial em 25%. Estabilização da doença ocorreu em 23% dos pacientes e 50% tiveram progressão da doença. Em outro
estudo com 110 pacientes, o uso de bleomicina com cisplatina com ou sem mitomicina, produziu uma taxa de resposta global de
78% (45/57 pacientes) com duas drogas e 90% (48/53 pacientes) com regime de três drogas. Em estudo realizado com 69 pacientes
no estágio III e IV de carcinoma de cabeça e pescoço que receberam a associação de bleomicina, vincristina, metotrexato e
mitomicina, 68% dos pacientes obteve resposta global, sendo esse regime uma opção alternativa de tratamento para pacientes com
estado de saúde comprometido ou incapazes de tolerar as combinações a base de cisplatina.
A bleomicina também está indicada para o tratamento paliativo do carcinoma de células escamosas de vulva. Em um pequeno
estudo clínico aberto, o uso de BMC (bleomicina, metotrexato, CCNU – Lomustina) se mostrou ativo. Pacientes com carcinoma de
células escamosas de vulva (n=25) primário ou recorrente, localmente avançado, inoperável, sem tratamento quimioterápico ou
radioterápico prévio foram incluídas nos estudo. Todas as pacientes foram tratadas por seis semanas com o regime BMC, e o
esquema foi repetido a cada 49 dias até que o tumor se torne ressecável, ocorra progressão ou toxicidade inaceitável. As pacientes
receberam 3 ciclos de BMC. A resposta global foi de 65% (95% de intervalo de confiança, 35% a 76%), com resposta completa em
duas pacientes. Das quatorze pacientes que responderam, a cirurgia foi realizada em oito pacientes e quatro delas ficaram livres de
doença. O tempo médio para progressão para intervalo livre de doença foi de 4,8 meses, com sobrevida global média de 7,8 meses.
Graus 3 ou 4 de toxicidade consistiu em anemia (24%), trombocitopenia (12%), leucopenia (8%), mucosite (12%), toxicidade
pulmonar (4%), neutropenia febril (4%), alopécia (8%), infecção (4%) e neurotoxicidade (4%). Uma morte ocorreu devido a
mielossupressão e candidíase pulmonar.
No carcinoma testicular (carcinoma de células embrionárias, coriocarcinoma, teratocarcinoma), a bleomicina está indicada como
tratamento isolado ou em combinação com a radioterapia. A escolha entre quimioterapia e radioterapia seguindo a cirurgia, depende
do estadiamento da doença. O regime quimioterápico de escolha é o PEB (cisplatina, etoposideo e bleomicina). Esse regime, com ou
sem cirurgia produz remissão completa em aproximadamente 100% dos pacientes. Estudos demonstram a eficácia do regime PEB
no tratamento do câncer metastático testicular de células germinativas. Um estudo com 419 pacientes mostrou que a retirada da
bleomicina do esquema diminuiu a taxa de resposta completa (87% versus 95%, p=0,008). Após dez anos de seguimento, não houve
mudança do tempo de progressão da doença e da sobrevida global. Em análise retrospectiva de 229 pacientes com tumor de células
germinativas disseminado recebendo o regime PVB (cisplatina, vimblastina e bleomicina) com ou sem associação com
doxorrubicina, observou-se a resposta completa em 175 pacientes r5(76,4%) com quimioterapia isolada ou adjuvante a cirurgia. No
tempo médio de seguimento de 102,3 meses, variando de 73 a 144 meses, 147 pacientes (64,2%) encontrava-se com vida, com 146
livres de doença. A probabilidade estimada de sobrevivência em 12 anos é de 65% com sobrevida livre de doença de 83,5%.
Micromedex Healthcare Series: Drugdex® bleomycin. Disponível em:
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CINALEO é uma mistura de antibióticos glicopeptstura citotóxicos isolados de uma cepa do Streptomyces verticillus. O sulfato de
bleomicina é solúvel em água.
A principal via de excreção da bleomicina é o rim, com 60 a 7% de uma droga administrada recuperada na urina como bleomicina
ativa. A disfunção renal pode prolongar significativamente a excreção.
Relata-se uma relação entre a função renal diminuída e o aumento da toxicidade associada à bleomicina. Relações
Farmacocinética/Farmacodinâmica sugerem que o aumento da toxicidade é uma consequência de clearance renal reduzido de
bleomicina, resultando em meia-vida de eliminação prolongada e aumento da área sob a curva de concentração plasmática x tempo
comparado a pacientes com função renal normal. Recomenda-se reduções de dosagem da ordem de 40 – 75% para pacientes com
clearance de creatina ≤ 40 mL/min.
No tratamento do derrame pleural maligno, após administração intrapleural, as concentrações plasmáticas resultantes de bleomicina
sugerem uma taxa de absorção sistêmica de aproximadamente 45% (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Após a administração intrapleural de bleomicina a concentração plasmática resultante sugere uma absorção sistêmica de
aproximadamente 45%. Assim, na determinação da exposição cumulativa à bleomicina, a exposição sistêmica seguida da
administração intrapleural de CINALEO deve ser levada em consideração.
Este medicamento é contraindicado em pacientes que demonstraram hipersensibilidade ou reação idiossincrática ao
medicamento.
CINALEO deve ser administrado sob supervisão de um profissional médico qualificado, com experiência no uso de agentes
quimioterápicos para câncer. Os pacientes em tratamento com CINALEO devem ser observados cuidadosa e frequentemente
durante e após a terapia.
A disponibilidade de recursos para o diagnóstico e tratamento permitem o controle da terapia e suas possíveis complicações.
CINALEO deve ser usado com extremo cuidado em pacientes com insuficiência renal significativa ou com função pulmonar
comprometida. As toxicidades pulmonares ocorrem em 10% dos pacientes tratados. Em aproximadamente 1% deles, a pneumonite
neumonite namente 1% deles, CINALEO evolui para fibrose pulmonar e neumonite nom função pulmonar comprometida. As t
pacientes com mais de 70 anos de idade e naqueles recebendo doses totais maiores que 400 unidades. Embora esteja relacionada de
e naqueles recebendo doses totais maiores que 400es imprevisível. O comprometimento renal constitui um fator de risco para a
ocorrência de toxicidade pulmonar. A monitoração frequente é essencial. Devido à falta de especificação da síndrome clínica, a
identificação dos pacientes portadores de toxicidade pulmonar devido ao CINALEO é extremamente difícil. O primeiro sintoma
associado com a toxicidade pulmonar é a dispneia e os primeiros sinais são os estertores finos. Radiograficamente, a pneumonite
induzida pelo CINALEO produz opacidade não-específicas, geralmente dos campos pulmonares inferiores. As alterações mais
comuns dos testes da função pulmonar são a diminuição do volume pulmonar total e diminuição da capacidade vital. Pacientes
tratados com CINALEO apresentam maior risco de desenvolver toxicidade pulmonar quando o oxigênio é administrado na
intervenção cirúrgica. Embora se saiba que a exposição prolongada a altas concentrações de oxigênio após a administração de
CINALEO cause danos aos pulmões, isto pode ocorrer em concentrações mais baixas que usualmente seriam consideradas como
seguras. As medidas sugeridas como preventivas são as seguintes:
1. Manter o Fl O2 em concentrações próximas ao ar ambiente (25%), durante a cirurgia e no período pós-operatório.
2. Monitorar cuidadosamente a infusão de fluídos, concentrando-se mais na administração de coloides do que na de
cristaloides.
O aparecimento repentino de uma síndrome de dor torácica aguda, sugerindo uma pleuropericardite, foi raramente relatado durante
as infusões de CINALEO. Embora cada paciente deva ser avaliado individualmente, ciclos adicionais deste medicamento não
parecem ser contraindicados.
Reações idiossincrásicas semelhantes à anafilaxia têm sido relatadas em cerca de 1% dos pacientes portadores de linfomas tratados
com CINALEO. Como estas reações ocorrem normalmente após a primeira ou segunda dose, é necessária uma monitoração
cuidadosa após estas doses.
As toxicidades renais e hepáticas, cujos primeiros sinais são o de deterioração das provas funcionais, são raramente relatadas;
porém, estas toxicidades podem ocorrer em qualquer momento após o início do tratamento.
Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade: O potencial carcinogênico da bleomicina em humanos não é
conhecido. Dado o seu mecanismo de ação, deve ser considerado como um possível carcinógeno em humanos. A bleomicina
demonstra ser mutagênica nos testes in vitro e in vivo. A bleomicina é teratogênica em ratos e camundongos que receberam a droga
durante a organogênese. Os efeitos de CINALEO sobre a fertilidade não foram estabelecidos.
Gravidez: CINALEO pode provocar dano fetal quando administrado em mulheres grávidas. Mulheres em idade reprodutiva devem
ser alertadas para evitar a gravidez durante a terapia com o CINALEO. Se o produto for utilizado durante a gravidez ou se a
paciente ficar grávida durante o tratamento com este medicamento, a mesma deverá estar ciente dos riscos potenciais.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação: Não se sabe se o CINALEO é excretado no leite humano. Pelo fato de muitas drogas serem excretadas no leite humano e
devido ao potencial de CINALEO em provocar graves reações adversas em lactentes, deve-se ponderar entre descontinuar a
Interação Medicamento-Medicamento:
- Gravidade: Moderada
Efeito da interação: diminuição da efetividade do medicamento
Medicamento: Fenitoína
Efeito da interação: Redução do efeito da bleomicina quando adicionados juntamente em soluções contendo os medicamentos na
infusão. Medicamento: Aminofilina, ácido ascórbico, carbenicilina, cefazolina, cefalotina, hidrocortisona succinato sódico,
metotrexato sódico, penicilina G sódica, terbutalina.
Efeito da interação: Inativação da bleomicina quando administrado em mesmas soluções
Medicamento: compostos contendo grupo sulfidrila.
Efeito da interação: precipitação quando adicionados juntamente em soluções contendo os medicamentos na infusão.
Medicamento: soluções contendo aminoácidos.
CINALEO deve ser armazenado sob refrigeração à temperatura de 2°C a 8°C por 36 meses. Após a reconstituição em solução
fisiológica o produto é estável por 24 horas, sob refrigeração.
CINALEO é um pó liófilo de coloração variável entre branco e o amarelo.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Devido à possibilidade de ocorrer reação anafilática, os pacientes portadores de linfoma devem ser tratados com 2 unidades ou
menos nas duas doses. Se não ocorrerem reações agudas, seguir o esquema normal de dosagem. Recomendam-se os seguintes
esquemas:
Carcinoma de células escamosas, e carcinoma de testículo: 0,25 a 0,50 unidades/kg (10 a 20 unidades/m2
), administradas por via
intravenosa, intramuscular ou subcutânea, uma ou duas vezes por semana.
Linfoma não-Hodgkin: 0,25 a 0,50 unidades/kg (10 a 20 unidades/m2
), administradas por via intravenosa, intramuscular ou
subcutânea, uma ou duas vezes por semana. As duas doses iniciais devem ser 2 unidades ou menos devido a possibilidade de reação
anafilactoide. A dose preconizada deve ser iniciada se não ocorrer nenhuma reação aguda.
Doença de Hodgkin: 0,25 a 0,50 unidades/kg (10 a 20 unidades/m2
anafilactoide. Após a obtenção de 50% de resposta, administrar uma dose de manutenção de 1 unidade diária ou 5 unidades por
semana via I.V. ou I.M.
NOTA: A toxicidade pulmonar do CINALEO parece estar relacionada com a dose e o aumento é acentuado quando a dose total for
superior a 400 unidades. Doses totais acima de 400 unidades devem ser administradas com muito cuidado. Quando CINALEO for
usado em combinação com outros agentes antineoplásicos, as toxicidades pulmonares podem ocorrer com doses mais baixas. A
melhora da doença de Hodgkin e dos tumores de testículo é observada em duas semanas. Caso não se observe melhora nesse
intervalo de tempo, provavelmente isto não ocorrerá. Os carcinomas de células escamosas respondem mais lentamente,
necessitando-se às vezes, três semanas até que se observe algum sinal de resposta.
Derrame pleural maligno: 60 unidades administradas em dose única por injeção intrapleural (ver Administração).
- Dosagem em paciente com insuficiência renal: A toxicidade associada à bleomicina pode ser mais frequente em paciente com
função renal comprometida, sugerindo-se a modificação de dose. Reduções de dosagem da ordem de 40-75% têm sido
recomendadas para pacientes com valores de clearance de creatina <50 mL/min. Não é necessário ajuste de dose em pacientes em
hemodiálise.
Em casos de déficit da função renal, a dose deve ser recalculada de acordo com as porcentagens abaixo, baseadas no clearance de
cratina (ClCr):
Clearance de creatina (mL/min.) % Dose de Cinaleo
≥ 50 100%
40 a 50 70%
30 a 40 60%
20 a 30 55%
10 a 20 45%
5 a 10 40%
- Administração: CINALEO pode ser administrado por vias intramuscular, intravenosa, subcutânea ou intrapleural. Deve-se
observar a existência de partículas e descoloração da solução da administração do medicamento.
Intramuscular ou subcutânea: Dissolver o conteúdo de um frasco-ampola de CINALEO 15 unidades em 1 a 5 mL de água estéril
para injeção, solução fisiológica ou água bacteriostática para injeção. Se a injeção intramuscular for dolorosa, pode ser ministrada
em solução de 1% de lidocaína.
Intravenosa: Dissolver o conteúdo de 1 frasco-ampola de 15 unidades em 5 mL de solução fisiológica e administrar lentamente em
um período de 10 minutos.
Intrapleural: Dissolver 60 unidades de CINALEO em 50-100 mL de solução fisiológica e administrar através de um tubo de
toracostomia, após drenagem do excesso do fluído pleural e confirmação da expansão pulmonar completa. O tubo de toracostomia é,
então, grampeado. O paciente é movido da posição supina para as posições laterais direita e esquerda diversas vezes durante as 4
horas seguintes. O grampo é removido e a sucção, restabelecida. O período em que o tubo de toracostomia deve permanecer
instalado após a esclerose é estabelecido conforme a situação clínica.
A injeção intrapleural de anestésicos tópicos ou a analgesia narcótica sistêmica não é normalmente necessária.
NOTA: Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e os descartes das drogas anticâncer. Já foram
publicados vários guias sobre este assunto.
Para minimizar o risco de exposição dermatológica, sempre utilizar luvas para manipular Cinaleo. Isto inclui todas as
atividades em clínicas, farmácias, estoques e outros, incluindo a abertura da embalagem e inspeção, transporte e preparação
da dose de administração.
Reações adversas cardiovasculares:
Reações muito comuns (> 1/10): Edema e eritema em mãos e pés; Fenômeno de Raynaud (monoterapia ou em combinação com
vimblastina com ou sem a associação com a cisplatina).
Reações sem frequência definida na literatura: Hipotensão (geralmente requerendo tratamento), dor torácica durante a infusão da
medicação, trombose arterial (descrita na combinação entre bleomicina, vimblastina e cisplatina), acidente vascular cerebral,
arteriosclerose coronariana, infarto agudo do miocárdio.
Reações adversas dermatológicas:
Reações muito comuns (> 1/10): hiperqueratose nas mãos e unhas, hiperpigmentação da pele, prurido, alopecia, vesículas, rash
cutâneo, eritema, danos às unhas, flacidez da pele, flebite.
Reações sem frequência definida na literatura: alterações cutâneas semelhantes a esclerodermia.
Reações adversas gastrointestinais:
Reações sem frequência definida na literatura: náuseas, vômitos, mucosite, estomatite, alteração no paladar, anorexia,
hepatotoxicidade.
Reações adversas hematológicas:
Reações sem frequência definida na literatura: plaquetopenia, crioglobulinemia, microangiopatia trombótica.
Reações adversas imunológicas:
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): reações idiossincráticas (1%)- reações semelhantes à anafilaxia: hipotensão, confusão mental,
febre, calafrios.
Reações adversas renais:
Reações sem frequência definida na literatura: cistite hemorrágica, nefrotoxicidade.
Reações adversas pulmonares:
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): pneumonite (10%) e fibrose pulmonar (1%).
Reações adversas pulmonares são raramente relatadas após administração intrapleural de CINALEO
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.