Bula do Ciprocilin produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CIPROCILIN
(cloridrato de ciprofloxacino)
LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
comprimido revestido 500mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
(cloridrato de ciprofloxacino )
APRESENTAÇÕES
CIPROCILIN 500 mg. Embalagem contendo 6, 14, 20 e 50* comprimidos revestidos.
* Embalagem Hospitalar
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 500 mg contém:
cloridrato de ciprofloxacino monoidratado*........................................................................582,22 mg
excipiente**q.s.p. ...............................................................................................................1 com. rev.
*equivalente a 500 mg de cloridrato de ciprofloxacino.
**hipromelose + macrogol, etilcelulose, croscarmelose sódica, amido, estearato de magnésio,
dióxido de titânio, povidona, corante alumínio laca amarelo crepúsculo, cloreto de metileno, álcool
etílico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Adultos
• Infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao cloridrato
de ciprofloxacino.
• Trato respiratório: O CIPROCILIN pode ser considerado como tratamento recomendável em
casos de pneumonias causadas por Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Escherichia
coli, Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp., Moraxella catarrhalis, Legionella spp. e
Staphylococci. O CIPROCILIN não deve ser usado como medicamento de primeira escolha no
tratamento de pacientes ambulatoriais com pneumonia causada por Pneumococcus.
• Ouvido médio (otite média) e seios paranasais (sinusite), especialmente se a infecção for
causada por organismos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci.
• Olhos.
• Rins e/ou trato urinário eferente.
• Órgãos genitais, inclusive anexite, gonorreia e prostatite.
• Cavidade abdominal (por exemplo, infecções bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato
biliar e peritonite).
• Pele e tecidos moles.
• Ossos e articulações.
• Sepse.
Infecção ou risco iminente de infecção (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico
comprometido (por exemplo, pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes neutropênicos).
Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.
Crianças
No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por
Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos em
crianças foram realizados na indicação acima. Para outras indicações clínicas a experiência é
limitada. Não se recomenda, portanto, o uso do ciprofloxacino para outras indicações diferentes da
mencionada acima. O tratamento deve ser iniciado somente após cuidadosa avaliação dos riscos e
benefícios, pela possibilidade de reações adversas nas articulações e nos tecidos adjacentes.
Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças
Para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis
aerossolizado.
Os resultados das experiências clínicas realizadas e documentadas demonstraram que os
microrganismos causadores das infecções foram erradicados em 81,9% dos casos. Clinicamente,
quase 94,2% dos pacientes apresentaram melhora acentuada ou recuperação completa.
Os resultados das pesquisas clínicas confirmam a excelente atividade in vitro do CIPROCILIN. Os
microrganismos mais comuns foram E. coli e Pseudomonas aeruginosa. Os percentuais de
erradicação para os patógenos gram-negativos, tais como a E. coli (95%), Proteus sp (97 - 100%),
Salmonella sp (100%), Haemophilus influenzae (95%) e também para os organismos gram-
positivos, Streptococcus pneumoniae (>80%) e Staphylococcus sp (>90%) em particular,
juntamente com os resultados favoráveis contra Pseudomonas aeruginosa (74%), alcançados com
tratamento via oral, demonstram o amplo espectro de atividade do CIPROCILIN.
Os índices de cura ou melhora das condições clínicas encontrados nas diferentes infecções foram os
seguintes:
Trato respiratório inferior e superior ......... >85%
Trato urinário não complicadas ............... >90%
Trato urinário complicadas .............. 97 - 100%
Pele e tecidos moles ........................... 90%
Ossos e articulações ........................... 75%
Gastrintestinais ................................... 100%
Bacteremia/septicemia ........................... 94%
Ginecológicas ......................................... 92%
Otite maligna externa .............................. 90%
Prostatite crônica .............................. 84 - 91%
Propriedades farmacodinâmicas
O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código
ATC: J01MA02).
Mecanismo de Ação
O cloridrato de ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microrganismos
gram-negativos e gram-positivos. A ação bactericida do cloridrato de ciprofloxacino resulta da
inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para
a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA bacteriano.
Mecanismo de Resistência
A resistência in vitro ao cloridrato de ciprofloxacino é frequente por mutação das topoisomerases
bacterianas e se desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao cloridrato de
ciprofloxacino devida a mutações espontâneas ocorre com uma frequência entre <10-9 e 10-6. A
resistência cruzada entre as fluoroquinolonas aparece, quando a resistência surge por mutação. As
mutações únicas podem reduzir a sensibilidade, em lugar de produzir resistência clínica, mas as
mutações múltiplas, em geral levam à resistência clínica ao ciprofloxacino e à resistência cruzada
entre as quinolonas. A impermeabilidade bacteriana e/ou expressão das bombas de efluxo podem
afetar a sensibilidade ao cloridrato de ciprofloxacino. Está relatada resistência mediada por
plasmídeos e codificada por gene qnr. Os mecanismos de resistência que inativam as penicilinas, as
cefalosporinas, os aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na
atividade antibacteriana do cloridrato de ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência
cruzada entre o cloridrato de ciprofloxacino e outros grupos antimicrobianos. Os microrganismos
resistentes a esses medicamentos podem ser sensíveis ao cloridrato do ciprofloxacino.
A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória
mínima (CIM) em mais que o dobro.
Sensibilidade in vitro ao ciprofloxacino
A prevalência da resistência adquirida pode variar segundo a região geográfica e o tempo para
determinadas espécies, e é desejável dispor de informação local de resistência, principalmente
quando se tratar de infecções graves. Quando necessário, deve-se solicitar o conselho de um
especialista se a prevalência local da resistência é tal que seja questionada a utilidade do preparado,
pelo menos frente a determinados tipos de infecção.
O cloridrato de ciprofloxacino tem mostrado atividade in vitro contra cepas sensíveis dos seguintes
microrganismos:
Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas
cepas são somente moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis à
meticilina), Staphylococcus saprophyticus, Streptococcus pneumoniae.
Microrganismos gram-negativos aeróbios:
Burkholderia cepacia Klebsiella pneumoniae Providencia spp.
Campylobacter spp. Klebsiella oxytoca Pseudomonas aeruginosa
Citrobacter freudii Moraxella catarrhalis Pseudomonas fluorescens
Enterobacter aerogenes Morganella morganii Serratia marcescens
Enterobacter cloacae Neisseria gonorrhoeae Shigella spp.
Escherichia coli Proteus mirabilis
Haemophillus influenzae Proteus vulgaris
Os seguintes microrganismos mostram um grau variável de sensibilidade ao cloridrato de
ciprofloxacino: Burkholderia cepacia, Campylobacter spp., Enterococcus faecalis, Morganella
morganii, Neisseria gonorrhoeae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas
fluorescens, Serratia marcescens.
Os seguintes microrganismos são considerados intrinsecamente resistentes ao cloridrato de
ciprofloxacino: Staphylococcus aureus (resistente à meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia.
O cloridrato de ciprofloxacino mostra atividade contra Bacillus anthracis tanto in vitro, como
quando se medem os valores séricos como marcador sucedâneo.
- Inalação de antraz – Informação adicional
As concentrações séricas de cloridrato de ciprofloxacino atingidas em humanos servem como um
indicativo razoavelmente adequado para prever o benefício clínico e fornecem a base para esta
indicação.
Em adultos e crianças tratados por via oral e endovenosa, as concentrações de cloridrato de
ciprofloxacino atingem ou superam as concentrações séricas médias de cloridrato de ciprofloxacino
que proporcionam melhora estatisticamente significativa de sobrevida de macacos Rhesus no
modelo de inalação de antraz (veja o item “Posologia e modo de usar”).
Foi realizado um estudo controlado com placebo em macacos Rhesus expostos a uma dose média
inalada de 11 DL50 (~5,5 x 105
) esporos (faixa de 5-30 DL50) de Bacillus anthracis. A
concentração inibitória mínima (CIM) de cloridrato de ciprofloxacino para a cepa de antraz usada
no estudo foi 0,08 mcg/mL. As concentrações séricas médias de cloridrato de ciprofloxacino
alcançadas no Tmáx esperado (1 hora após a dose) por via oral (até alcançar o estado de equilíbrio),
variaram de 0,98 a 1,69 mcg/mL. As concentrações mínimas médias no estado de equilíbrio, 12
horas após a dose, variaram de 0,12 a 0,19 mcg/mL. A mortalidade ao antraz nos animais que
receberam um regime de 30 dias de cloridrato de ciprofloxacino oral, iniciando 24 horas após a
exposição, foi significativamente menor (1/9) que no grupo placebo (9/10) [p = 0,001]. No único
animal tratado que não resistiu ao antraz, o óbito ocorreu após o período de 30 dias de
administração do medicamento.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética do ciprofloxacino foi avaliada em diferentes populações humanas. A
concentração sérica máxima média no estado de equilíbrio obtida em humanos adultos tratados
com 500 mg por via oral de 12 em 12 horas é de 2,97 mcg/mL, sendo de 4,56 mcg/mL após
administração intravenosa de 400 mg de 12 em 12 horas. A concentração sérica mínima média no
estado de equilíbrio em ambos os esquemas é 0,2 mcg/mL. Em um estudo de 10 pacientes
pediátricos de 6 a 16 anos, a concentração plasmática máxima média alcançada foi de 8,3 mcg/mL
e a concentração mínima variou de 0,09 a 0,26 mcg/mL após administração de duas infusões
intravenosas de 30 minutos de 10 mg/kg, com intervalo de 12 horas. Após a segunda infusão
intravenosa, os pacientes passaram a receber 15 mg/kg por via oral de 12 em 12 horas, tendo-se
atingido a concentração máxima média de 3,6 mcg/mL após a primeira dose oral. Os dados de
segurança de longo prazo com administração de cloridrato de ciprofloxacino a pacientes
pediátricos, incluindo os efeitos na cartilagem, são limitados. (veja o item “Advertências e
Precauções”).
- Absorção
Após a administração oral de doses únicas de 250 mg, 500 mg e 750 mg de comprimidos revestidos
de CIPROCILIN, que é absorvido rápida e amplamente principalmente através do intestino
delgado, atingindo as concentrações séricas máximas 1 a 2 horas depois.
A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 70 – 80%. As concentrações séricas máximas
(Cmáx) e as áreas totais sob as curvas das concentrações séricas em relação ao tempo (AUC)
aumentaram proporcionalmente às doses.
- Distribuição
A ligação protéica do cloridrato de ciprofloxacino é baixa (20 – 30%) e a substância no plasma
encontra-se fundamentalmente sob a forma não ionizada. O cloridrato de ciprofloxacino pode
difundir-se livremente para o espaço extravascular. O grande volume de distribuição no estado de
equilíbrio, de 2-3 L/kg de peso corpóreo, mostra que o cloridrato de ciprofloxacino penetra nos
tecidos e atinge concentrações que claramente excedem os valores séricos correspondentes.
- Metabolismo
Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos, identificados como
desetilenociprofloxacino (M1), sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e
formilciprofloxacino (M4). M1 a M3 apresentam atividade antibacteriana in vitro comparável ou
inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor em quantidade, apresenta atividade antimicrobiana in
vitro quase equivalente à do norfloxacino.
- Eliminação
O cloridrato de ciprofloxacino é amplamente excretado sob forma inalterada pelos rins e, em menor
extensão, por via extrarrenal.
- Crianças
Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC não foram dependentes da idade. Nenhum aumento
notável de Cmáx e AUC foi observado com doses múltiplas (10 mg/kg/3 x dia). Em 10 crianças
menores de 1 ano com septicemia grave, a Cmáx foi de 6,1 mg/L (faixa de 4,6 – 8,3 mg/L) após
infusão intravenosa de 10 mg/Kg durante 1 hora; e 7,2 mg/L (faixa 4,7 –11,8 mg/L) em crianças de
1 a 5 anos. Os valores da AUC foram de 17,4 mg•h/L (faixa 11,8 – 32,0 mg•h/L) e de 16,5 mg•h/L
(faixa 11,0 – 23,8 mg•h/L) nas respectivas faixas etárias. Esses valores estão dentro da faixa
relatada para adultos tratados com doses terapêuticas. Com base na análise farmacocinética da
população pediátrica com infecções diversas, a meia-vida média esperada em crianças é de
aproximadamente 4 a 5 horas.
Dados Pré-Clínicos de Segurança
- Toxicidade aguda
A toxicidade aguda do cloridrato de ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada
como muito baixa. Dependendo da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125-290 mg/kg.
- Toxicidade Crônica
Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses
Administração oral: doses até e iguais a 500 mg/kg e 30 mg/kg foram toleradas sem danos por
ratos e macacos, respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90 mg/kg) foram
observadas alterações nos túbulos renais distais.
Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20 mg/kg) foram
detectadas concentrações de ureia e creatinina levemente elevadas e alterações nos túbulos renais
distais.
- Carcinogenicidade
Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com
doses de até aproximadamente 1000 mg/kg de peso corporal/dia em camundongos e 125 mg/kg de
peso corporal/dia em ratos (aumentada para 250 mg/kg de peso corporal/dia após 22 semanas), não
se evidenciou potencial carcinogênico de qualquer das doses avaliadas.
- Toxicologia da reprodução
Estudos de fertilidade em ratas: o cloridrato de ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o
desenvolvimento intrauterino e pós-natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.
Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou
teratogenicidade do cloridrato de ciprofloxacino.
Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no desenvolvimento
perinatal ou pós-natal dos animais. A pesquisa histológica ao fim do período de criação não revelou
nenhum sinal de dano articular nas crias.
- Mutagenicidade
Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o cloridrato de ciprofloxacino.
Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação de células de linfoma de camundongos e
o Ensaio de reparo de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham apresentado
resultados positivos, todos os sistemas de testes in vivo que cobriam todos os aspectos relevantes
resultaram negativos.
- Estudos de tolerabilidade articular
Assim como outros inibidores da girase, o cloridrato de ciprofloxacino causa danos nas grandes
articulações que suportam peso em animais imaturos. O grau da lesão articular varia de acordo com
a idade, espécie e dose; a lesão pode ser reduzida eliminando-se a carga articular. Os estudos com
animais adultos (rato, cão) não evidenciaram lesões nas cartilagens. Em um estudo com cães jovens
Beagle, o cloridrato de ciprofloxacino em altas doses (1,3 a 3,5 vezes a dose terapêutica), causou
lesões articulares após duas semanas de tratamento, que ainda estavam presentes após 5 meses.
Com doses terapêuticas não se observaram esses efeitos.
Hipersensibilidade ao cloridrato de ciprofloxacino, a outro derivado quinolônico ou a qualquer
componente da fórmula (veja “Composição”).
A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (veja “Interações Medicamentosas”).
Infecções graves e/ou infecções por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas
Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções envolvendo
bactérias anaeróbias, o CIPROCILIN deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.
Infecções por Streptococcus pneumoniae
O CIPROCILIN não é recomendado para o tratamento de infecções pneumocócicas devido à
eficácia limitada contra Streptococcus pneumoniae.
Infecções do trato genital
As infecções do trato genital podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes
à fluoroquinolona. Em infecções do trato genital que tem ou podem ter causa ligada à Neisseria
gonorrhoeae, é muito importante obter informações locais sobre a prevalência de resistência ao
cloridrato de ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames laboratoriais.
Distúrbios cardíacos
O CIPROCILIN está associado a casos de prolongamento de QT (veja o item “Reações
Adversas”). As mulheres podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o QTc, uma
vez que tendem a ter intervalo QTc basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos
também podem ser mais sensíveis aos efeitos associados ao medicamento sobre o intervalo QT.
Deve-se ter cautela ao utilizar o CIPROCILIN concomitantemente com medicamentos que podem
resultar em prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA,
antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Interações Medicamentosas”) ou em
pacientes com fatores de risco para prolongamento QT ou “torsades de pointes” (por exemplo,
síndrome congênita de QT longo, desequilíbrio eletrolítico não corrigido assim como hipocalemia
ou hipomagnesemia e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou
bradicardia).
Hipersensibilidade
Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose
(veja “Reações Adversas”), devendo o paciente informar ao médico imediatamente. Em casos
muito raros reações anafiláticas/anafilactoides podem progredir para um estado de choque, com
risco para a vida, em alguns casos após a primeira administração (veja “Reações Adversas”). Em
tais circunstâncias, a administração do CIPROCILIN deve ser interrompida e instituir-se tratamento
médico adequado (por exemplo, tratamento para choque).
Sistema gastrintestinal
Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico,
já que esse sintoma pode ocultar uma doença intestinal grave (colite pseudomembranosa com risco
para a vida com possível evolução fatal), que exige tratamento adequado imediato (veja “Reações
Adversas”). Nesses casos, o CIPROCILIN deve ser descontinuado e deve ser iniciado tratamento
terapêutico apropriado (por exemplo, vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes
por dia). Medicamentos que inibem o peristaltismo são contraindicados nesta situação.
Sistema hepatobiliar
Casos de necrose hepática e insuficiência hepática com risco para a vida têm sido relatados com o
CIPROCILIN. No caso de qualquer sinal ou sintoma de doença hepática (como anorexia, icterícia,
urina escura, prurido ou abdômen tenso) o tratamento deverá ser descontinuado (veja “Reações
Adversas”).
Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia
colestática, especialmente em pacientes com doença hepática precedente que forem tratados com o
CIPROCILIN (veja o item “Reações Adversas”).
Sistema músculoesquelético
O CIPROCILIN deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia grave, uma vez que os
sintomas podem ser exarcebados.
Podem ocorrer tendinite e ruptura do tendão (predominantemente do tendão de Aquiles), algumas
vezes bilateral, com o CIPROCILIN, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem
ocorrer inflamação e ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia
com o CIPROCILIN. O risco de tendinopatia pode estar aumentado em pacientes idosos ou
pacientes tratados concomitantemente com corticosteroides.
Ao primeiro sinal de tendinite (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação), deve-se consultar um
médico e suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se manter em repouso a extremidade
afetada e evitar exercícios físicos inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de
tendão). O CIPROCILIN deve ser usado com cuidado em pacientes com antecedentes de distúrbios
de tendão relacionados com tratamento quinolônico.
Sistema nervoso
O CIPROCILIN, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por desencadear convulsões ou
diminuir o limiar convulsivo.
Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC) (por
exemplo, limiar convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo sanguíneo
cerebral, lesão cerebral ou acidente vascular cerebral), o CIPROCILIN deve ser administrado
somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis riscos, por eventuais efeitos
indesejáveis sobre o SNC. Casos de estados epiléticos foram relatados (veja item “Reações
Adversas”). Se ocorrerem convulsões, o CIPROCILIN deve ser descontinuado. Podem ocorrer
reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo o
CIPROCILIN. Em casos raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir para
ideias/pensamentos suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou
suicídio (veja item “Reações Adversas”). Caso o paciente desenvolva qualquer uma destas reações,
o CIPROCILIN deve ser descontinuado e medidas apropriadas devem ser instituídas.
Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em parestesias,
hipoestesias, disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas, incluindo o
CIPROCILIN. Pacientes em tratamento com o CIPROCILIN devem ser orientados a informar seu
médico antes de continuar o tratamento se desenvolverem sintomas de neuropatia tais como dor,
queimação, formigamento, dormência ou fraqueza (veja item “Reações Adversas”).
Pele e anexos
O CIPROCILIN pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, pacientes que
utilizam o CIPROCILIN devem evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta. O
tratamento deve ser descontinuado se ocorrer fotossensibilização (por exemplo, reações tipo
queimadura solar) (veja item “Reações Adversas”).
Citocromo P450
O cloridrato de ciprofloxacino é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP450 1A2.
Deve-se ter cuidado quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática são
administrados concomitantemente (por exemplo, tizanidina, teofilina, metilxantinas, cafeína,
duloxetina, ropinirol, clozapina, olanzapina). Pode-se observar um aumento das concentrações
plasmáticas associado a efeitos indesejáveis específicos da droga devido à inibição de sua
depuração metabólica pelo ciprofloxacino (veja item “Interações Medicamentosas”).
Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista imediatamente em caso de
alterações na visão ou algum sintoma ocular.
Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas
As fluoroquinolonas, incluindo o cloridrato de ciprofloxacino, podem afetar a habilidade do
paciente para dirigir veículos ou operar máquinas devido a reações do SNC (veja item “Reações
Adversas”). Tal fato ocorre principalmente com a ingestão concomitante de álcool.
Gravidez e lactação
Gravidez
Os dados disponíveis do uso de cloridrato de ciprofloxacino em mulheres grávidas não indicam
malformação nem toxicidade fetal/neonatal. Estudos em animais não indicaram toxicidade
reprodutiva. Baseado em estudos em animais não se pode excluir que o medicamento possa causar
danos à cartilagem articular no organismo fetal imaturo (veja item “Dados Pré-Clínicos de
Segurança”), portanto, o uso do CIPROCILIN não é recomendado durante a gravidez.
Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos (malformações) (veja item
“Dados Pré-Clínicos de Segurança”).
“Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Lactação
O CIPROCILIN é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular, o uso do
cloridrato de ciprofloxacino não é recomendado durante a amamentação (veja item “Dados Pré-
Clínicos de Segurança”).
Uso em idosos
Vide “Posologia – Idosos”.
Uso em crianças e adolescentes
Como outras drogas de sua classe, o CIPROCILIN demonstrou ser causa de artropatia em
articulações que suportam peso em animais imaturos. A análise dos dados de segurança disponíveis
a respeito do uso do cloridrato de ciprofloxacino em pacientes com menos de 18 anos de idade, em
sua maioria portadores de fibrose cística, não revelou qualquer evidência de danos a cartilagens ou
articulações. Não se recomenda o uso do cloridrato de ciprofloxacino em outras indicações que não
o tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose cística associada à infecção por
Pseudomonas aeruginosa (5 – 17 anos) e o tratamento de inalação de antraz (após exposição). A
- Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: o CIPROCILIN, como outras
fluoroquinolonas, deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo
medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos classe IA e
III, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja item “Advertências e
Precauções”).
- Formação de quelatos: A administração concomitante do CIPROCILIN e medicamentos contendo
cátions polivalentes, suplementos minerais (por exemplo, cálcio, magnésio, alumínio, ferro),
polímeros ligantes de fosfato (por exemplo, sevelâmer, carbonato de lantânio), sucralfato ou
antiácidos e medicamentos altamente tamponados (por exemplo, comprimidos de didanosina)
contendo magnésio, alumínio, ou cálcio, reduz a absorção do ciprofloxacino. Portanto, o
CIPROCILIN deve ser administrado de 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas após essas
preparações. Essa restrição não se aplica aos antiácidos da categoria dos bloqueadores do receptor
H2.
- Alimentos e produtos lácteos: A administração concomitante do CIPROCILIN e laticínios ou
bebidas enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com
cálcio) deve ser evitada porque a absorção do cloridrato de ciprofloxacino pode ser reduzida.
Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da alimentação normal, não afeta significativamente a
absorção.
- probenecida: A probenecida interfere na secreção renal do CIPROCILIN. A administração
concomitante de medicamentos contendo probenecida e o cloridrato de ciprofloxacino aumenta a
concentração sérica do cloridrato de ciprofloxacino.
- metoclopramida: A metoclopramida acelera a absorção do cloridrato de ciprofloxacino, reduzindo
o tempo para atingir as concentrações plasmáticas máximas. Não se observou efeito sobre a
biodisponibilidade do cloridrato de ciprofloxacino.
- omeprazol: A administração concomitante do cloridrato de ciprofloxacino e medicamentos
contendo omeprazol reduz ligeiramente a Cmáx e a AUC do cloridrato de ciprofloxacino.
- tizanidina: Em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações
séricas de tizanidina (aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC: 10
vezes, variação: 6 a 24 vezes) quando administrada concomitantemente com o CIPROCILIN.
Houve potencialização do efeito hipotensivo e sedativo relacionada ao aumento das concentrações
séricas (veja item Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”). Medicamentos contendo
tizanidina não devem ser administrados com o cloridrato de ciprofloxacino (veja item
“Contraindicações”).
- teofilina: A administração concomitante do cloridrato de ciprofloxacino e medicamentos
contendo teofilina pode produzir aumento indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto
pode causar efeitos indesejáveis induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses efeitos
indesejáveis podem pôr a vida em risco ou ser fatais. Quando o uso da associação for inevitável, as
concentrações séricas da teofilina deverão ser cuidadosamente monitoradas e sua dose reduzida
convenientemente (veja item Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).
- Outros derivados de xantina: Foi relatado que a administração concomitante do cloridrato de
ciprofloxacino e medicamentos contendo cafeína ou pentoxifilina (oxpentifilina) elevou a
concentração sérica destes derivados de xantina.
- fenitoína: Nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em
pacientes recebendo o cloridrato de ciprofloxacino e fenitoína concomitantemente. É recomendado
o monitoramento da terapia com fenitoína, incluindo medições de concentração sérica de fenitoína,
durante e imediatamente após a coadministração do CIPROCILIN e fenitoína, para evitar a perda
do controle das convulsões associadas aos níveis diminuídos de fenitoína e para evitar reações
adversas relacionadas à superdose de fenitoína quando o CIPROCILIN é descontinuado em
pacientes que estejam recebendo ambos.
- metotrexato: A administração concomitante do CIPROCILIN pode inibir o transporte tubular
renal do metotrexato, podendo potencialmente aumentar os níveis plasmáticos deste, o que pode
aumentar o risco de reações tóxicas associadas ao metotrexato. Portanto, deve-se monitorar
cuidadosamente pacientes tratados com metotrexato, se for indicada terapia simultânea com o
CIPROCILIN.
- Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs): Estudos realizados com animais demonstraram que a
associação de doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de certos anti-inflamatórios não-
esteroides (exceto o ácido acetilsalicílico) pode provocar convulsões.
- ciclosporina: A administração simultânea do cloridrato de ciprofloxacino e medicamentos
contendo ciclosporina aumentou transitoriamente a concentração de creatinina sérica. Portanto, é
necessário controlar frequentemente (duas vezes por semana) a concentração de creatinina sérica
nesses pacientes.
- Antagonistas da vitamina K: A administração simultânea do cloridrato de ciprofloxacino com
antagonistas da vitamina K pode aumentar seus efeitos anticoagulantes. O risco pode variar
conforme a infecção subjacente, idade e condição geral do paciente de modo que a contribuição do
cloridrato de ciprofloxacino para elevar a RNI (razão normalizada internacional) torna-se difícil de
ser avaliada. A RNI deve ser frequentemente monitorada durante e logo após a coadministração do
CIPROCILIN com antagonistas da vitamina K (por exemplo, varfarina, acenocumarol,
femprocumona ou fluindiona).
- Agentes antidiabéticos orais: Tem sido relatada hipoglicemia quando o CIPROCILIN e
antidiabéticos orais, principalmente sulfonilureias (por exemplo, glibenclamida, glimepirida),
foram coadministradas, possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral (veja item
“Reações Adversas”).
- duloxetina: Estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com
fortes inibidores da isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC e
Cmáx da duloxetina. Embora nenhum dado clínico esteja disponível sobre uma possível interação
com o cloridrato de ciprofloxacino, efeito similar pode ser esperado da administração concomitante
(veja item Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).
- ropinirol: Em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante do cloridrato de
ciprofloxacino e ropinirol, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumenta a
Cmáx e AUC de ropinirol em 60% e 84%, respectivamente. É recomendado monitorar
adequadamente os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol durante e logo após a
coadministração com o cloridrato de ciprofloxacino (veja item Citocromo P450 em “Advertências e
- lidocaína: Comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de medicamentos
contendo lidocaína com o cloridrato de ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do
citocromo P450, reduz a depuração da lidocaína administrada por via intravenosa em cerca de 22%.
O tratamento com lidocaína foi bem tolerado, contudo pode ocorrer uma interação com o cloridrato
de ciprofloxacino se administrado concomitantemente, acompanhado de efeitos secundários.
- clozapina: A concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em 29% e
31%, respectivamente, após administração simultânea do cloridrato de ciprofloxacino 250 mg com
clozapina durante 7 dias. Recomenda-se realizar monitoramento clínico e ajuste de dose de
clozapina apropriadamente durante e logo após a coadministração com o CIPROCILIN (veja item
Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).
- sildenafila: Após administração oral de 50 mg de sildenafila concomitantemente com 500 mg de
cloridrato de ciprofloxacino, a Cmáx e AUC de sildenafila foram aumentadas aproximadamente
duas vezes em indivíduos sadios. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever o uso concomitante de
CIPROCILIN e sildenafila, considerando os riscos e benefícios.
Interações com exames
A potência do cloridrato de ciprofloxacino in vitro pode interferir no teste de cultura de
Mycobacterium tuberculosis pela supressão do crescimento micobacteriano, causando resultado
falso negativo em espécimes de pacientes que estejam fazendo uso do CIPROCILIN.
O CIPROCILIN deve ser mantido à temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e manter
em lugar seco.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.”
Características organolépticas:
O CIPROCILIN é um comprimido revestido na cor laranja, circular, biconvexo e monossectado.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
MODO DE USAR
Para uso oral.
Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente das
refeições. Quando ingeridos com o estômago vazio, a substância ativa é absorvida mais
rapidamente. Os comprimidos não devem ser administrados com produtos lácteos ou bebidas
enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio)
(veja item “Interações Medicamentosas”). No entanto, o cálcio contido na dieta alimentar não afeta
significativamente a absorção do cloridrato de ciprofloxacino.
Se pela gravidade de sua doença ou por qualquer outro motivo o paciente não estiver apto a ingerir
comprimidos (por exemplo, pacientes sob nutrição enteral), recomenda-se iniciar a terapia com
ciprofloxacino injetável. Após a administração intravenosa, pode-se dar continuidade ao tratamento
por via oral (terapia sequencial).
Duração do tratamento
A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É
essencial manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e dos
sintomas clínicos. Duração média do tratamento em adultos: 1 dia nos casos de gonorreia aguda
não complicada e cistite; até 7 dias nos casos de infecção renal, do trato urinário e cavidade
abdominal; durante todo o período neutropênico em pacientes com defesas orgânicas debilitadas;
máximo de 2 meses nos casos de osteomielite; 7 a 14 dias em todas as outras infecções.
Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de
complicações posteriores.
As infecções causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período mínimo
de 10 dias.
Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao
antraz por inalação (após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.
Crianças e Adolescentes
Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por
Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do
tratamento deve ser de 10 a 14 dias.
POSOLOGIA
Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:
Adultos
Dose diária recomendada de ciprofloxacino oral em adultos
Indicações
Dose diária para adultos de
cloridrato de ciprofloxacino (mg) via
oral
Infecções do trato respiratório
(dependendo da gravidade e do microrganismo)
2 x 250 mg a 500 mg
Infecções do trato urinário:
Aguda, não
complicada
1 a 2 x 250 mg
Cistite em mulheres
(antes da menopausa)
dose única 250mg
Complicada 2 x 250mg a 500mg
Gonorreia:
Extragenital Dose única 250mg
Dose única 250mg
Diarreia 1 a 2 x 500mg
Outras infecções (vide indicações) 2 x 500mg
Infecções graves, com
risco para a vida:
Principalmente quando
causadas por
Pseudomonas,
Staphylococcus ou
Streptococcus
Pneumonia
estreptocócica
2 x 750mg
Infecções recorrentes
em fibrose cística
Infecções ósseas e
das articulações
Septicemia
Peritonite
Crianças e Adolescentes – fibrose cística
Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso do cloridrato de ciprofloxacino em pacientes
pediátricos com fibrose cística (idade entre 5 e 17 anos) e com exacerbação pulmonar aguda
associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, na dose oral de 20 mg de cloridrato de
ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia (dose máxima diária de 1.500 mg de
cloridrato de ciprofloxacino).
Antraz por inalação (após exposição) em Adultos e Crianças
Adultos: Administração oral: 500 mg de cloridrato de ciprofloxacino, duas vezes por dia.
Crianças: Administração oral: 15 mg de cloridrato de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas
vezes por dia. Não se deve exceder o teto máximo de 500 mg por dose (dose diária máxima: 1000
mg). A administração do medicamento deve começar o mais rapidamente possível após suspeita ou
confirmação de exposição.
Informações adicionais para populações especiais
Idosos
Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade
da doença e da depuração de creatinina (veja item “Pacientes com insuficiência renal ou hepática”).
Posologia na insuficiência renal ou hepática
- Pacientes com insuficiência renal
Para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 50 mL/min/1,73 m2 (insuficiência renal
moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL a dose máxima diária de
CIPROCILIN por via oral deverá ser de 1000 mg/dia.
Para pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min/1,73 m2 (insuficiência renal
grave) ou concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 mL a dose máxima
diária de CIPROCILIN por via oral deverá ser de 500 mg/dia.
- Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise
moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml a dose máxima diária de
cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1.000 mg.
diária de cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg, nos dias de diálise, após o
procedimento.
- Pacientes com insuficiência renal em diálise peritonial ambulatorial contínua (DPAC)
A dose diária máxima de cloridrato de ciprofloxacino deve ser de 500 mg (1 comprimido revestido
de 500 mg ou 2 comprimidos revestidos de 250 mg).
- Pacientes com insuficiência hepática
Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.
- Pacientes com insuficiência renal e hepática
cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1000 mg.
diária de cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg.
Crianças
Doses em crianças com função renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com cloridrato de
ciprofloxacino (oral e parenteral) classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III
estão listadas abaixo (Total n= 51.621).
Lista de reações adversas
As frequências das reações adversas relatadas com CIPROCILIN estão resumidas abaixo. Dentro
dos grupos de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de
gravidade.
Frequências são definidas como:
muito comum (≥ 1/10)
comum (≥ 1/100 a < 1/10)
incomum (≥ 1/1.000 a ≤ 1/100)
rara (≥ 1/10.000 a ≤ 1/1.000)
muito rara (≤ 1/10.000)
As reações adversas identificadas apenas durante a observação pós-comercialização e, para as quais
a frequência não pode ser estimada, estão listadas como “Frequência desconhecida”.
- Infecções e infestações:
Reações incomuns: superinfecções micóticas.
Reações raras: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).
- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:
Reações incomuns: eosinofilia.
Reações raras: leucopenia, anemia, neutropenia, leucocitose, trombocitopenia e plaquetose.
Reações muito raras: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia (com risco para a vida) e
depressão da medula óssea (com risco para a vida).
- Distúrbios do sistema imunológico:
Reações raras: reação alérgica e edema alérgico/angioedema.
Reações muito raras: reação anafilática, choque anafilático (com risco para a vida) e reações
similares à doença do soro.
- Distúrbios metabólicos e nutricionais:
Reações incomuns: apetite e ingestão de alimentos diminuídos.
Reações Raras: hiperglicemia, hipoglicemia.
- Distúrbios psiquiátricos:
Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.
Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão
(potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas,
tentativa de suicídio ou suicídio) e alucinações.
Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento
autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).
- Distúrbios do sistema nervoso:
Reações incomuns: cefaleia, tontura, distúrbios do sono e alterações do paladar.
Reações raras: parestesia e disestesia, hipoestesia, tremores, convulsões (incluindo estado epilético)
e vertigem.
Reações muito raras: enxaqueca, transtornos da coordenação, alterações do olfato, hiperestesia e
hipertensão intracraniana (pseudotumor cerebral).
Frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia.
- Distúrbios visuais:
Reações raras: distúrbios visuais.
Reações muito raras: distorção visual das cores.
- Distúrbios da audição e labirinto:
Reações raras: zumbido e perda da audição.
Reações muito raras: alteração da audição.
- Distúrbios cardíacos:
Reações raras: taquicardia.
Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, “torsades de
pointes” *.
- Distúrbios vasculares:
Reações raras: vasodilatação, hipotensão e síncope.
Reações muito raras: vasculite.
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos:
Reações raras: dispneia (incluindo condições asmáticas).
- Distúrbios gastrintestinais:
Reações comuns: náusea e diarreia.
Reações incomuns: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência.
Reações muito raras: pancreatite.
- Distúrbios hepatobiliares:
Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina.
Reações raras: disfunção hepática, icterícia e hepatite (não infecciosa).
Reações muito raras: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência hepática
com risco para a vida).
- Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos:
Reações incomuns: rash cutâneo, prurido e urticária.
Reações raras: reações de fotossensibilidade e vesículas.
Reações muito raras: petéquias, eritema multiforme, eritema nodoso, síndrome de Stevens-Johnson
(potencialmente com risco para a vida) e necrólise epidérmica tóxica (potencialmente com risco
para a vida).
Frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).
- Distúrbios ósseos e do tecido conectivo e musculoesquelético:
Reações incomuns: artralgia.
Reações raras: mialgia, artrite, aumento do tônus muscular e cãibras.
Reações muito raras: fraqueza muscular, tendinite, ruptura de tendão (predominantemente do
tendão de Aquiles) e exacerbação dos sintomas de miastenia grave.
- Distúrbios renais e urinários:
Reações incomuns: disfunção renal.
Reações raras: insuficiência renal, hematúria, cristalúria e nefrite túbulo-intersticial.
- Distúrbios gerais:
Reações incomuns: dor inespecífica, mal estar geral e febre.
Reações raras: edema e sudorese (hiperidrose).
Reações muito raras: alteração da marcha.
- Investigações:
Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina no sangue.
Reações raras: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.
Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em pacientes
tratados com antagonistas de vitamina K).
*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e foram
observadas predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do
intervalo QT (veja item “Advertências e Precauções”).
As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de
pacientes recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):
Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases, rash
cutâneo.
Incomum: Trombocitopenia, plaquetose, confusão e desorientação,
alucinações, parestesia, disestesia, convulsão, vertigem,
distúrbios visuais, perda de audição, taquicardia,
vasodilatação, hipotensão, alteração hepática transitória,
icterícia, insuficiência renal, edema.
Raras: Pancitopenia, depressão da medula óssea, choque
anafilático, reações psicóticas, enxaqueca, distúrbios do
olfato, alteração da audição, vasculite, pancreatite, necrose
hepática, petéquias, ruptura de tendão.
Crianças
A incidência de artropatia, mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos com adultos.
Em crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja o item “Advertências e Precauções”).
“Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.”
Em casos de superdose oral aguda, tem-se registrado ocorrência de toxicidade renal reversível.
Além das medidas habituais de emergência, recomenda-se monitorar a função renal, incluindo pH
urinário e acidez, se necessário, para prevenir cristalúria. Os pacientes devem ser mantidos bem
hidratados. Antiácidos contendo cálcio ou magnésio podem reduzir a absorção do cloridrato de
ciprofloxacino na superdose. Apenas uma pequena quantidade do cloridrato de ciprofloxacino
(menos de 10%) é eliminada por hemodiálise ou diálise peritoneal.
“Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”