Bula do Ciprofar para o Profissional

Bula do Ciprofar produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico Elofar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Ciprofar
Laboratório Farmacêutico Elofar Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CIPROFAR PARA O PROFISSIONAL

Ciprofar®

Laboratório Farmacêutico Elofar Ltda.

Comprimido revestido

500 mg de ciprofloxacino

CIPROFAR®

cloridrato de ciprofloxacino

APRESENTAÇÃO

é apresentado sob a forma de comprimidos, na dose de 500 mg, em embalagens com 6 e 14

comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

– 1 comprimido revestido contém 582 mg de cloridrato de ciprofloxacino monoidratado,

equivalente a 500 mg de ciprofloxacino.

Excipientes: celulose microcristalina, crospovidona, amido, dióxido de silício, estearato de magnésio,

hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, álcool etílico, água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

 Adultos

Infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao ciprofloxacino.

 Trato respiratório: Ciprofar®

pode ser considerado como tratamento recomendável em casos de

pneumonias causadas por Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Escherichia coli,

Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp., Moraxella catarrhalis, Legionella spp. e Staphylococci.

Ciprofar®

não deve ser usado como medicamento de primeira escolha no tratamento de pacientes

ambulatoriais com pneumonia causada por Pneumococcus.

 Ouvido médio (otite média) e seios paranasais (sinusite), especialmente se a infecção for causada por

organismos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci.

 Olhos.

 Rins e/ou trato urinário eferente.

 Órgãos genitais, inclusive anexite, gonorreia e prostatite.

 Cavidade abdominal (por exemplo, infecções bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato biliar e

peritonite).

 Pele e tecidos moles.

 Ossos e articulações.

 Sepse.

Infecção ou risco iminente de infecção (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico

comprometido (por exemplo, pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes neutropênicos).

Descontaminação intestinal seletiva em pacientes em tratamento com imunossupressores.

 Crianças

No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas

aeruginosa, em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos em crianças foram

realizados na indicação acima. Para outras indicações clínicas a experiência é limitada. Não se

recomenda, portanto, o uso do ciprofloxacino para outras indicações diferentes da mencionada acima. O

tratamento deve ser iniciado somente após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios, pela possibilidade

de reações adversas nas articulações e nos tecidos adjacentes.

 Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças

Para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis aerossolizado.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os resultados das experiências clínicas realizadas e documentadas demonstraram que os microrganismos

causadores das infecções foram erradicados em 81,9% dos casos. Clinicamente, quase 94,2% dos

pacientes apresentaram melhora acentuada ou recuperação completa.

Os resultados das pesquisas clínicas confirmam a excelente atividade in vitro do ciprofloxacino. Os

microrganismos mais comuns foram E. coli e Pseudomonas aeruginosa. Os percentuais de erradicação

para os patógenos gram-negativos, tais como a E. coli (95%), Proteus sp (97 - 100%), Salmonella sp

(100%), Haemophilus influenzae (95%) e também para os organismos gram-positivos, Streptococcus

pneumoniae (>80%) e Staphylococcus sp (>90%) em particular, juntamente com os resultados favoráveis

contra Pseudomonas aeruginosa (74%), alcançados com tratamento via oral, demonstram o amplo

espectro de atividade do ciprofloxacino.

Os índices de cura ou melhora das condições clínicas encontradas nas diferentes infecções foram os

seguintes:

Trato respiratório inferior e superior ......... >85%

Trato urinário não complicadas ............... >90%

Trato urinário complicadas .............. 97 - 100%

Pele e tecidos moles ........................... 90%

Ossos e articulações ........................... 75%

Gastrintestinais ................................... 100%

Bacteremia/septicemia ........................... 94%

Ginecológicas ......................................... 92%

Otite maligna externa .............................. 90%

Prostatite crônica .............................. 84 - 91%

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

 Propriedades farmacodinâmicas

O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código ATC:

J01MA02).

 Mecanismo de Ação

O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microrganismos gram-negativos e

gram-positivos. A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da topoisomerase bacteriana do

tipo II (DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e

recombinação do DNA bacteriano.

 Mecanismo de Resistência

A resistência in vitro ao ciprofloxacino é frequente por mutação das topoisomerases bacterianas e se

desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações espontâneas

ocorre com uma frequência entre <10-9

e 10-6

. A resistência cruzada entre as fluoroquinolonas aparece,

quando a resistência surge por mutação. As mutações únicas podem reduzir a sensibilidade, em lugar de

produzir resistência clínica, mas as mutações múltiplas, em geral levam à resistência clínica ao

ciprofloxacino e à resistência cruzada entre as quinolonas. A impermeabilidade bacteriana e/ou expressão

das bombas de efluxo podem afetar a sensibilidade ao ciprofloxacino. Está relatada resistência mediada

por plasmídeos e codificada por gene qnr. Os mecanismos de resistência que inativam as penicilinas, as

cefalosporinas, os aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na atividade

antibacteriana do ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência cruzada entre o ciprofloxacino e

outros grupos antimicrobianos. Os microrganismos resistentes a esses medicamentos podem ser sensíveis

ao ciprofloxacino.

A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória mínima

(CIM) em mais que o dobro.

Sensibilidade in vitro ao ciprofloxacino

A prevalência da resistência adquirida pode variar segundo a região geográfica e o tempo para

determinadas espécies, e é desejável dispor de informação local de resistência, principalmente quando se

tratar de infecções graves. Quando necessário, deve-se solicitar o conselho de um especialista se a

prevalência local da resistência é tal que seja questionada a utilidade do preparado, pelo menos frente a

determinados tipos de infecção.

O ciprofloxacino tem mostrado atividade Ciprofar®

Ciprofar®

contra cepas sensíveis dos seguintes

microrganismos:

Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas cepas são

somente moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis à meticilina),

Staphylococcus saprophyticus, Streptococcus pneumoniae.

Microrganismos gram-negativos aeróbios:

Burkholderia cepacia Klebsiella pneumoniae Providencia spp.

Campylobacter spp. Klebsiella oxytoca Pseudomonas aeruginosa

Citrobacter freudii Moraxella catarrhalis Pseudomonas fluorescens

Enterobacter aerogenes Morganella morganii Serratia marcescens

Enterobacter cloacae Neisseria gonorrhoeae Shigella spp.

Escherichia coli Proteus mirabilis

Haemophillus influenzae Proteus vulgaris

Os seguintes microrganismos mostram um grau variável de sensibilidade ao ciprofloxacino: Burkholderia

cepacia, Campylobacter spp., Enterococcus faecalis, Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae,

Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas fluorescens, Serratia marcescens.

Os seguintes microrganismos são considerados intrinsecamente resistentes ao ciprofloxacino:

Staphylococcus aureus (resistente à meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia.

O ciprofloxacino mostra atividade contra Bacillus anthracis tanto in vitro, como quando se medem os

valores séricos como marcador sucedâneo.

- Inalação de antraz – Informação adicional

As concentrações séricas de ciprofloxacino atingidas em humanos servem como um indicativo

razoavelmente adequado para prever o benefício clínico e fornecem a base para esta indicação.

Em adultos e crianças tratados por via oral e endovenosa, as concentrações de ciprofloxacino atingem ou

superam as concentrações séricas médias de ciprofloxacino que proporcionam melhora estatisticamente

significativa de sobrevida de macacos Rhesus no modelo de inalação de antraz (veja o item “Posologia e

modo de usar”).

Foi realizado um estudo controlado com placebo em macacos Rhesus expostos a uma dose média inalada

de 11 DL50 (~5,5 x 105

) esporos (faixa de 5-30 DL50) de Bacillus anthracis. A concentração inibitória

mínima (CIM) de ciprofloxacino para a cepa de antraz usada no estudo foi 0,08 mcg/mL. As

concentrações séricas médias de ciprofloxacino alcançadas no Tmáx esperado (1 hora após a dose) por via

oral (até alcançar o estado de equilíbrio), variaram de 0,98 a 1,69 mcg/mL. As concentrações mínimas

médias no estado de equilíbrio, 12 horas após a dose, variaram de 0,12 a 0,19 mcg/mL. A mortalidade ao

antraz nos animais que receberam um regime de 30 dias de ciprofloxacino oral, iniciando 24 horas após a

exposição, foi significativamente menor (1/9) que no grupo placebo (9/10) [p = 0,001]. No único animal

tratado que não resistiu ao antraz, o óbito ocorreu após o período de 30 dias de administração do

medicamento.

 Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética do ciprofloxacino foi avaliada em diferentes populações humanas. A concentração

sérica máxima média no estado de equilíbrio obtida em humanos adultos tratados com 500 mg por via

oral de 12 em 12 horas é de 2,97 mcg/mL, sendo de 4,56 mcg/mL após administração intravenosa de 400

mg de 12 em 12 horas. A concentração sérica mínima média no estado de equilíbrio em ambos os

esquemas é 0,2 mcg/mL. Em um estudo de 10 pacientes pediátricos de 6 a 16 anos, a concentração

plasmática máxima média alcançada foi de 8,3 mcg/mL e a concentração mínima variou de 0,09 a 0,26

mcg/mL após administração de duas infusões intravenosas de 30 minutos de 10 mg/kg, com intervalo de

12 horas. Após a segunda infusão intravenosa, os pacientes passaram a receber 15 mg/kg por via oral de

12 em 12 horas, tendo-se atingido a concentração máxima média de 3,6 mcg/mL após a primeira dose

oral. Os dados de segurança de longo prazo com administração de ciprofloxacino a pacientes pediátricos,

incluindo os efeitos na cartilagem, são limitados. (veja o item “Advertências e Precauções”).

- Absorção

Após a administração oral de doses únicas de 250 mg, 500 mg e 750 mg de comprimidos revestidos de

, o ciprofloxacino é absorvido rápida e amplamente principalmente através do intestino delgado,

atingindo as concentrações séricas máximas 1 a 2 horas depois.

A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 70 – 80%. As concentrações séricas máximas (Cmáx)

e as áreas totais sob as curvas das concentrações séricas em relação ao tempo (AUC) aumentaram

proporcionalmente às doses.

- Distribuição

A ligação protéica do ciprofloxacino é baixa (20 – 30%) e a substância no plasma encontra-se

fundamentalmente sob a forma não ionizada. O ciprofloxacino pode difundir-se livremente para o espaço

extravascular. O grande volume de distribuição no estado de equilíbrio, de 2-3 L/kg de peso corpóreo,

mostra que o ciprofloxacino penetra nos tecidos e atinge concentrações que claramente excedem os

valores séricos correspondentes.

- Metabolismo

Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos, identificados como desetilenociprofloxacino

(M1), sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e formilciprofloxacino (M4). M1 a M3

apresentam atividade antibacteriana in vitro comparável ou inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor

em quantidade, apresenta atividade antimicrobiana in vitro quase equivalente à do norfloxacino.

Eliminação

O ciprofloxacino é amplamente excretado na forma inalterada pelos rins e, em menor extensão, por via

extrarrenal.

- Crianças

Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC não foi dependente da idade. Nenhum aumento notável de

Cmáx e AUC foi observado com doses múltiplas (10 mg/kg/3 x dia). Em 10 crianças menores de 1 ano

com septicemia grave, a Cmáx foi de 6,1 mg/L (faixa de 4,6 – 8,3 mg/L) após infusão intravenosa de 10

mg/Kg durante 1 hora; e 7,2 mg/L (faixa 4,7 –11,8 mg/L) em crianças de 1 a 5 anos. Os valores da AUC

foram de 17,4 mg.h/L (faixa 11,8 – 32,0 mg.h/L) e de 16,5 mg.h/L (faixa 11,0 – 23,8 mg.h/L) nas

respectivas faixas etárias. Esses valores estão dentro da faixa relatada para adultos tratados com doses

terapêuticas. Com base na análise farmacocinética da população pediátrica com infecções diversas, a

meia-vida média esperada em crianças é de aproximadamente 4 a 5 horas.

 Dados Pré-Clínicos de Segurança

- Toxicidade aguda

A toxicidade aguda do ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada como muito baixa.

Dependendo da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125-290 mg/kg.

- Toxicidade Crônica

Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses

Administração oral: doses até e iguais a 500 mg/kg e 30 mg/kg foram toleradas sem danos por ratos e

macacos, respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90 mg/kg) foram observadas

alterações nos túbulos renais distais.

Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20 mg/kg) foram

detectadas concentrações de ureia e creatinina levemente elevadas e alterações nos túbulos renais distais.

- Carcinogenicidade

Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com doses de

até aproximadamente 1000 mg/kg de peso corporal/dia em camundongos e 125 mg/kg de peso

corporal/dia em ratos (aumentada para 250 mg/kg de peso corporal/dia após 22 semanas), não se

evidenciou potencial carcinogênico de qualquer das doses avaliadas.

- Toxicologia da reprodução

Estudos de fertilidade em ratas: o ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o desenvolvimento

intrauterino e pós-natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.

Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou

teratogenicidade do ciprofloxacino.

Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no desenvolvimento

perinatal ou pós-natal dos animais. A pesquisa histológica ao fim do período de criação não revelou

nenhum sinal de dano articular nas crias.

- Mutagenicidade

Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o ciprofloxacino.

Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação de células de linfoma de camundongos e o

Ensaio de reparo de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham apresentado resultados

positivos, todos os sistemas de testes in vivo que cobriam todos os aspectos relevantes resultaram

negativos.

- Estudos de tolerabilidade articular

Assim como outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa danos nas grandes articulações que

suportam peso em animais imaturos. O grau da lesão articular varia de acordo com a idade, espécie e

dose; a lesão pode ser reduzida eliminando-se a carga articular. Os estudos com animais adultos (rato,

cão) não evidenciaram lesões nas cartilagens. Em um estudo com cães jovens Beagle, o ciprofloxacino

em altas doses (1,3 a 3,5 vezes a dose terapêutica), causou lesões articulares após duas semanas de

tratamento, que ainda estavam presentes após 5 meses. Com doses terapêuticas não se observaram esses

efeitos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao ciprofloxacino, a outro derivado quinolônico ou a qualquer componente da fórmula

(veja “Composição”). A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (veja “Interações

Medicamentosas”).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

 Infecções graves e/ou infecções por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas

Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções envolvendo bactérias

anaeróbias, Ciprofar®

deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.

 Infecções por Streptococcus pneumoniae

Ciprofar®

não é recomendado para o tratamento de infecções pneumocócicas devido à eficácia limitada

contra Streptococcus pneumoniae.

 Infecções do trato genital

As infecções do trato genital podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes à

fluoroquinolona. Em infecções do trato genital que tem ou podem ter causa ligada à Neisseria

gonorrhoeae, é muito importante obter informações locais sobre a prevalência de resistência ao

ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames laboratoriais.

 Distúrbios cardíacos

está associado a casos de prolongamento de QT (veja o item “Reações Adversas”). As

mulheres podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o QTc, uma vez que tendem a ter

intervalo QTc basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos também podem ser mais

sensíveis aos efeitos associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar

concomitantemente com medicamentos que podem resultar em prolongamento do intervalo QT

(por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos)

(veja “Interações Medicamentosas”) ou em pacientes com fatores de risco para prolongamento QT ou

“torsades de pointes” (por exemplo, síndrome congênita de QT longo, desequilíbrio eletrolítico não

corrigido assim como hipocalemia ou hipomagnesemia e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca,

infarto do miocárdio ou bradicardia).

 Hipersensibilidade

Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose (veja

“Reações Adversas”), devendo o paciente informar ao médico imediatamente. Em casos muito raros

reações anafiláticas/anafilactoides podem progredir para um estado de choque, com risco para a vida, em

alguns casos após a primeira administração (veja “Reações Adversas”). Em tais circunstâncias, a

administração de Ciprofar®

deve ser interrompida e instituir-se tratamento médico adequado (por

exemplo, tratamento para choque).

 Sistema gastrintestinal

Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico, já que

esse sintoma pode ocultar uma doença intestinal grave (colite pseudomembranosa com risco para a vida

com possível evolução fatal), que exige tratamento adequado imediato (veja “Reações Adversas”). Nesses

casos, o Ciprofar®

deve ser descontinuado e deve ser iniciado tratamento terapêutico apropriado (por

exemplo, vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes por dia). Medicamentos que inibem

o peristaltismo são contraindicados nesta situação.

 Sistema hepatobiliar

Casos de necrose hepática e insuficiência hepática com risco para a vida têm sido relatados com

. No caso de qualquer sinal ou sintoma de doença hepática (como anorexia, icterícia, urina

escura, prurido ou abdômen tenso) o tratamento deverá ser descontinuado (veja “Reações Adversas”).

Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia colestática,

especialmente em pacientes com doença hepática precedente que forem tratados com Ciprofar®

(veja o

“Reações Adversas”).

 Sistema músculoesquelético

deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia grave, uma vez que os sintomas

podem ser exarcebados.

Podem ocorrer tendinite e ruptura do tendão (predominantemente do tendão de Aquiles), algumas vezes

bilateral, com Ciprofar®

, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação

e ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com Ciprofar®

. O risco de

tendinopatia pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com

corticosteroides.

Ao primeiro sinal de tendinite (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação), deve-se consultar um

médico e suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se manter em repouso a extremidade afetada e

evitar exercícios físicos inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de tendão).

deve ser usado com cuidado em pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão

relacionados com tratamento quinolônico.

 Sistema nervoso

, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por desencadear convulsões ou diminuir o limiar

convulsivo.

Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo,

limiar convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo sanguíneo cerebral, lesão

cerebral ou acidente vascular cerebral), Ciprofar®

deve ser administrado somente se os benefícios do

tratamento forem superiores aos possíveis riscos, por eventuais efeitos indesejáveis sobre o SNC. Casos

de estados epiléticos foram relatados (veja “Reações Adversas”). Se ocorrerem convulsões, Ciprofar®

deve ser descontinuado. Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de

fluoroquinolonas, incluindo Ciprofar®

. Em casos raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir

para ideias/pensamentos suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou suicídio

(veja “Reações Adversas”). Caso o paciente desenvolva qualquer uma destas reações, Ciprofar®

deve ser

descontinuado e medidas apropriadas devem ser instituídas.

Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em parestesias,

hipoestesias, disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas, incluindo Ciprofar®

.

Pacientes em tratamento com Ciprofar®

devem ser orientados a informar seu médico antes de continuar o

tratamento se desenvolverem sintomas de neuropatia tais como dor, queimação, formigamento,

dormência ou fraqueza (veja “Reações Adversas”).

 Pele e anexos

O ciprofloxacino pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, pacientes que utilizam

devem evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta. O tratamento deve ser

descontinuado se ocorrer fotossensibilização (por exemplo, reações tipo queimadura solar) (veja

 Citocromo P450

O ciprofloxacino é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP450 1A2. Deve-se ter cuidado

quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática são administrados

concomitantemente (por exemplo, tizanidina, teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina, ropinirol,

clozapina, olanzapina). Pode-se observar um aumento das concentrações plasmáticas associado a efeitos

indesejáveis específicos da droga devido à inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (veja

“Interações Medicamentosas”). Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista

imediatamente em caso de alterações na visão ou algum sintoma ocular.

 Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas

As fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem afetar a habilidade do paciente para dirigir

veículos ou operar máquinas devido a reações do SNC (veja “Reações Adversas”). Tal fato ocorre

principalmente com a ingestão concomitante de álcool.

 Gravidez e lactação

Gravidez

Os dados disponíveis do uso de ciprofloxacino em mulheres grávidas não indicam malformação nem

toxicidade fetal/neonatal. Estudos em animais não indicaram toxicidade reprodutiva. Baseado em estudos

em animais não se pode excluir que o medicamento possa causar danos à cartilagem articular no

organismo fetal imaturo (veja “Dados Pré-Clínicos de Segurança”), portanto, o uso de Ciprofar®

não é

recomendado durante a gravidez.

Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos (malformações) (veja “Dados Pré-

Clínicos de Segurança”).

“Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.”

Lactação

O ciprofloxacino é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular, o uso de

não é recomendado durante a amamentação (veja “Dados Pré-Clínicos de Segurança”).

 Uso em idosos

Vide “Posologia – Idosos”.

 Uso em crianças e adolescentes

Como outras drogas de sua classe, o ciprofloxacino demonstrou ser causa de artropatia em articulações

que suportam peso em animais imaturos. A análise dos dados de segurança disponíveis a respeito do uso

do ciprofloxacino em pacientes com menos de 18 anos de idade, em sua maioria portadores de fibrose

cística, não revelou qualquer evidência de danos a cartilagens ou articulações. Não se recomenda o uso de

ciprofloxacino em outras indicações que não o tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose

cística associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa (5 – 17 anos) e o tratamento de inalação de

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

- Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: Ciprofar®

, como outras

fluoroquinolonas, deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo medicamentos

conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos

tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Advertências e Precauções”).

- Formação de quelatos: A administração concomitante de Ciprofar®

e medicamentos contendo cátions

polivalentes, suplementos minerais (por exemplo, cálcio, magnésio, alumínio, ferro), polímeros ligantes

de fosfato (por exemplo, sevelâmer, carbonato de lantânio), sucralfato ou antiácidos e medicamentos

altamente tamponados (por exemplo, comprimidos de didanosina) contendo magnésio, alumínio, ou

cálcio, reduz a absorção do ciprofloxacino. Portanto, Ciprofar®

deve ser administrado de 1 a 2 horas antes

ou pelo menos 4 horas após essas preparações. Essa restrição não se aplica aos antiácidos da categoria dos

bloqueadores do receptor H2.

- Alimentos e produtos lácteos: A administração concomitante de Ciprofar®

e laticínios ou bebidas

enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) deve ser

evitada porque a absorção do ciprofloxacino pode ser reduzida. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da

alimentação normal, não afeta significativamente a absorção.

- probenecida: A probenecida interfere na secreção renal do ciprofloxacino. A administração

concomitante de medicamentos contendo probenecida e Ciprofar®

aumenta a concentração sérica de

ciprofloxacino.

- metoclopramida: A metoclopramida acelera a absorção de ciprofloxacino, reduzindo o tempo para

atingir as concentrações plasmáticas máximas. Não se observou efeito sobre a biodisponibilidade do

- omeprazol: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo omeprazol

reduzem ligeiramente a Cmáx e a AUC do ciprofloxacino.

- tizanidina: Em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações séricas

de tizanidina (aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC: 10 vezes, variação: 6 a

24 vezes) quando administrada concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito

hipotensivo e sedativo relacionada ao aumento das concentrações séricas (veja Citocromo P450 em

“Advertências e Precauções”). Medicamentos contendo tizanidina não devem ser administrados com

Ciprofar®

(veja ”Contraindicações”).

- teofilina: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo teofilina pode

produzir aumento indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto pode causar efeitos indesejáveis

induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem pôr a vida em risco ou

ser fatais. Quando o uso da associação for inevitável, as concentrações séricas da teofilina deverão ser

cuidadosamente monitoradas e sua dose reduzida convenientemente (veja Citocromo P450 em

“Advertências e Precauções”).

- Outros derivados de xantina: Foi relatado que a administração concomitante de ciprofloxacino e

medicamentos contendo cafeína ou pentoxifilina (oxpentifilina) elevou a concentração sérica destes

derivados de xantina.

- fenitoína: Nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em pacientes

recebendo Ciprofar®

e fenitoína concomitantemente. É recomendado o monitoramento da terapia com

fenitoína, incluindo medições de concentração sérica de fenitoína, durante e imediatamente após a

coadministração de Ciprofar®

e fenitoína, para evitar a perda do controle das convulsões associadas aos

níveis diminuídos de fenitoína e para evitar reações adversas relacionadas à superdose de fenitoína

quando Ciprofar®

é descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.

- metotrexato: A administração concomitante de Ciprofar®

pode inibir o transporte tubular renal do

metotrexato, podendo potencialmente aumentar os níveis plasmáticos deste, o que pode aumentar o risco

de reações tóxicas associadas ao metotrexato. Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente pacientes

tratados com metotrexato, se for indicada terapia simultânea com Ciprofar®

.

- Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs): Estudos realizados com animais demonstraram que a

associação de doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de certos anti-inflamatórios não-

esteroides (exceto o ácido acetilsalicílico) pode provocar convulsões.

- ciclosporina: A administração simultânea de ciprofloxacino e medicamentos contendo ciclosporina

aumentou transitoriamente a concentração de creatinina sérica. Portanto, é necessário controlar

frequentemente (duas vezes por semana) a concentração de creatinina sérica nesses pacientes.

- Antagonistas da vitamina K: A administração simultânea de Ciprofar®

com antagonistas da vitamina

K pode aumentar seus efeitos anticoagulantes. O risco pode variar conforme a infecção subjacente, idade

e condição geral do paciente de modo que a contribuição do ciprofloxacino para elevar a RNI (razão

normalizada internacional) torna-se difícil de ser avaliada. A RNI deve ser frequentemente monitorada

durante e logo após a coadministração de Ciprofar®

com antagonistas da vitamina K (por exemplo,

varfarina, acenocumarol, femprocumona ou fluindiona).

- Agentes antidiabéticos orais: Tem sido relatada hipoglicemia quando Ciprofar®

e antidiabéticos orais,

principalmente sulfonilureias (por exemplo, glibenclamida, glimepirida), foram coadministradas,

possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral (veja “Reações Adversas”).

- duloxetina: Estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com fortes

inibidores da isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC e Cmáx da

duloxetina. Embora nenhum dado clínico esteja disponível sobre uma possível interação com

ciprofloxacino, efeito similar pode ser esperado da administração concomitante (veja Citocromo P450 em

- ropinirol: Em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante de ciprofloxacino e ropinirol, um

inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumenta a Cmáx e AUC de ropinirol em 60% e

84%, respectivamente. É recomendado monitorar adequadamente os efeitos indesejáveis e realizar o

ajuste de dose de ropinirol durante e logo após a coadministração com Ciprofar®

(veja Citocromo P450

em “Advertências e Precauções”).

- lidocaína: Comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de medicamentos contendo

lidocaína com ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, reduz a

depuração da lidocaína administrada por via intravenosa em cerca de 22%. O tratamento com lidocaína

foi bem tolerado, contudo pode ocorrer uma interação com o ciprofloxacino se administrado

concomitantemente, acompanhado de efeitos secundários.

- clozapina: A concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em 29% e 31%,

respectivamente, após administração simultânea de ciprofloxacino 250 mg com clozapina durante 7 dias.

Recomenda-se realizar monitoramento clínico e ajuste de dose de clozapina apropriadamente durante e

logo após a coadministração com Ciprofar®

(veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- sildenafila: Após administração oral de 50 mg de sildenafila concomitantemente com 500 mg de

ciprofloxacino, a Cmáx e AUC de sildenafila foram aumentadas aproximadamente duas vezes em

indivíduos sadios. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever o uso concomitante de Ciprofar®

e

sildenafila, considerando os riscos e benefícios.

 Interações com exames

A potência do ciprofloxacino in vitro pode interferir no teste de cultura de Mycobacterium tuberculosis

pela supressão do crescimento micobacteriano, causando resultado falso negativo em espécimes de

pacientes que estejam fazendo uso de Ciprofar®

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Os comprimidos devem ser conservados em temperatura ambiente, entre 15ºC e 30ºC, protegido da luz e

umidade. O prazo de validade do medicamento é de 24meses a partir da data de fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

 Características organolépticas:

Ciprofar®

500mg é um comprimido circular, biconvexo e liso de cor branca a levemente amarelada.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE USAR

Para uso oral.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente das

refeições. Quando ingeridos com o estômago vazio, a substância ativa é absorvida mais rapidamente. Os

comprimidos não devem ser administrados com produtos lácteos ou bebidas enriquecidas com minerais

(por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) (veja “Interações Medicamentosas”).

No entanto, o cálcio contido na dieta alimentar não afeta significativamente a absorção de ciprofloxacino.

Se pela gravidade de sua doença ou por qualquer outro motivo o paciente não estiver apto a ingerir

comprimidos (por exemplo, pacientes sob nutrição enteral), recomenda-se iniciar a terapia com

ciprofloxacino injetável. Após a administração intravenosa, pode-se dar continuidade ao tratamento por

via oral (terapia sequencial).

 Duração do tratamento

A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É essencial

manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e dos sintomas

clínicos. Duração média do tratamento em adultos: 1 dia nos casos de gonorreia aguda não complicada e

cistite; até 7 dias nos casos de infecção renal, do trato urinário e cavidade abdominal; durante todo o

período neutropênico em pacientes com defesas orgânicas debilitadas; máximo de 2 meses nos casos de

osteomielite; 7 a 14 dias em todas as outras infecções.

Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de complicações

posteriores.

As infecções causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período mínimo de 10

dias.

Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao antraz

por inalação (após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.

Crianças e Adolescentes

Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas

aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do tratamento deve ser de 10

a 14 dias.

POSOLOGIA

Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:

 Adultos

Dose diária recomendada de ciprofloxacino oral em adultos

Indicações Dose diária para adultos de

ciprofloxacino (mg) via oral

Infecções do trato respiratório (dependendo da gravidade e do

microrganismo)

2x 250 mg a 500 mg

Infecções do trato urinário:

Aguda, não complicada 1 a 2 x 250 mg

Cistite em mulheres (antes da

menopausa)

dose única 250 mg

Complicada 2 x 250 mg a 500 mg

Gonorreia:

- extragenital

- aguda, não complicada

Diarreia 1 a 2 x 500 mg

Outras infecções (vide indicações) 2 x 500 mg

Infecções graves, com risco para

a vida: Principalmente quando

causadas por Pseudomonas,

Staphylococcus ou

Streptococcus

Pneumonia estreptocócica

2 x 750 mg

Infecções recorrentes em fibrose

cística

Infecções ósseas e das

articulações

Septicemia

Perionite

 Crianças e Adolescentes – fibrose cística

Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso de ciprofloxacino em pacientes pediátricos com

fibrose cística (idade entre 5 e 17 anos) e com exacerbação pulmonar aguda associada à infecção por

Pseudomonas aeruginosa, na dose oral de 20 mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por

dia (dose máxima diária de 1.500 mg de ciprofloxacino).

 Antraz por inalação (após exposição) em Adultos e Crianças

Adultos: Administração oral: 500 mg de ciprofloxacino, duas vezes por dia.

Crianças: Administração oral: 15 mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia. Não se

deve exceder o teto máximo de 500 mg por dose (dose diária máxima: 1000 mg). A administração do

medicamento deve começar o mais rapidamente possível após suspeita ou confirmação de exposição.

 Informações adicionais para populações especiais

Idosos

Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade da

doença e da depuração de creatinina (veja, “Pacientes com insuficiência renal ou hepática”).

 Posologia na insuficiência renal ou hepática

Adultos

- Pacientes com insuficiência renal

Para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 50 mL/min/1,73 m2 (insuficiência renal moderada)

ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL a dose máxima diária de Cipro® por via

oral deverá ser de 1000 mg/dia.

Para pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min/1,73 m2 (insuficiência renal grave) ou

concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 mL a dose máxima diária de Cipro® por

via oral deverá ser de 500 mg/dia.

- Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise

ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml a dose máxima diária de ciprofloxacino

por via oral deverá ser de 1.000 mg.

concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 mL a dose máxima diária de

ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg, nos dias de diálise, após o procedimento.

- Pacientes com insuficiência renal em diálise peritonial ambulatorial contínua (DPAC)

A dose diária máxima de ciprofloxacino deve ser de 500 mg (1 comprimido revestido de 500 mg ou 2

comprimidos revestidos de 250 mg).

- Pacientes com insuficiência hepática

Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.

- Pacientes com insuficiência renal e hepática

ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL a dose máxima diária de ciprofloxacino

por via oral deverá ser de 1000 mg.

ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg.

Crianças

Doses em crianças com função renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino (oral e

parenteral) classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III estão listadas abaixo (Total n=

51.621).

Lista de reações adversas

As frequências das reações adversas relatadas com ciprofloxacino estão resumidas abaixo. Dentro dos

grupos de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Frequências são definidas como:

muito comum (≥ 1/10)

comum (≥ 1/100 a < 1/10)

incomum (≥ 1/1.000 a ≤ 1/100)

rara (≥ 1/10.000 a ≤ 1/1.000)

muito rara (≤ 1/10.000)

As reações adversas identificadas apenas durante a observação pós-comercialização e, para as quais a

frequência não pode ser estimada, estão listadas como “Frequência desconhecida”.

- Infecções e infestações:

Reações incomuns: superinfecções micóticas.

Reações raras: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).

- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:

Reações incomuns: eosinofilia.

Reações raras: leucopenia, anemia, neutropenia, leucocitose, trombocitopenia e plaquetose.

Reações muito raras: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia (com risco para a vida) e depressão

da medula óssea (com risco para a vida).

- Distúrbios do sistema imunológico:

Reações raras: reação alérgica e edema alérgico/angioedema.

Reações muito raras: reação anafilática, choque anafilático (com risco para a vida) e reações similares à

doença do soro.

- Distúrbios metabólicos e nutricionais:

Reações incomuns: apetite e ingestão de alimentos diminuídos.

Reações Raras: hiperglicemia, hipoglicemia.

- Distúrbios psiquiátricos:

Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.

Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão

(potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas,

tentativa de suicídio ou suicídio) e alucinações.

Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo

como ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).

- Distúrbios do sistema nervoso:

Reações incomuns: cefaleia, tontura, distúrbios do sono e alterações do paladar.

Reações raras: parestesia e disestesia, hipoestesia, tremores, convulsões (incluindo estado epilético) e

vertigem.

Reações muito raras: enxaqueca, transtornos da coordenação, alterações do olfato, hiperestesia e

hipertensão intracraniana (pseudotumor cerebral).

Frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia.

- Distúrbios visuais:

Reações raras: distúrbios visuais.

Reações muito raras: distorção visual das cores.

- Distúrbios da audição e labirinto:

Reações raras: zumbido e perda da audição.

Reações muito raras: alteração da audição.

- Distúrbios cardíacos:

Reações raras: taquicardia.

Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, “torsades de pointes”*.

- Distúrbios vasculares:

Reações raras: vasodilatação, hipotensão e síncope.

Reações muito raras: vasculite.

- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos:

Reações raras: dispneia (incluindo condições asmáticas).

- Distúrbios gastrintestinais:

Reações comuns: náusea e diarreia.

Reações incomuns: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência.

Reações muito raras: pancreatite.

- Distúrbios hepatobiliares:

Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina.

Reações raras: disfunção hepática, icterícia e hepatite (não infecciosa).

Reações muito raras: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência hepática com

risco para a vida).

- Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos:

Reações incomuns: rash cutâneo, prurido e urticária.

Reações raras: reações de fotossensibilidade e vesículas.

Reações muito raras: petéquias, eritema multiforme, eritema nodoso, síndrome de Stevens-Johnson

(potencialmente com risco para a vida) e necrólise epidérmica tóxica (potencialmente com risco para a

vida).

Frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).

- Distúrbios ósseos e do tecido conectivo e musculoesquelético:

Reações incomuns: artralgia.

Reações raras: mialgia, artrite, aumento do tônus muscular e cãibras.

Reações muito raras: fraqueza muscular, tendinite, ruptura de tendão (predominantemente do tendão de

Aquiles) e exacerbação dos sintomas de miastenia grave.

- Distúrbios renais e urinários:

Reações incomuns: disfunção renal.

Reações raras: insuficiência renal, hematúria, cristalúria e nefrite túbulo-intersticial.

- Distúrbios gerais:

Reações incomuns: dor inespecífica, mal estar geral e febre.

Reações raras: edema e sudorese (hiperidrose).

Reações muito raras: alteração da marcha.

- Investigações:

Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina no sangue.

Reações raras: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.

Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em pacientes tratados com

antagonistas de vitamina K).

*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e foram observadas

predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (veja

“Advertências e Precauções”).

As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes

recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):

Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases (enzimas do fígado), vermelhidão da pele

(rash cutâneo).

Incomum: Trombocitopenia (redução das plaquetas, células responsáveis pela coagulação),

plaquetose (aumento persistente das plaquetas no sangue), confusão mental e

desorientação, alucinações, sensações anormais, como por exemplo, de formigamento,

dormência (parestesia, disestesia), convulsões, vertigem, alterações da visão, perda de

audição, aumento da frequência cardíaca, vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos),

hipotensão (diminuição da pressão arterial), alteração hepática (do fígado) transitória,

icterícia (coloração amarelada da pele), insuficiência renal (mau funcionamento dos rins),

edema (inchaço).

Rara: Pancitopenia (redução de todas as células sanguíneas), função da medula óssea reduzida,

choque anafilático (queda da pressão arterial por reação alérgica importante), reações

psicóticas, enxaqueca, distúrbios do olfato, audição alterada, vasculite (inflamação dos

vasos), pancreatite (inflamação do pâncreas), necrose hepática (morte de células do

fígado), petéquias (hemorragias pontilhadas da pele), ruptura de tendão (principalmente

tendão de Aquiles).

Crianças

A incidência de artropatia, mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos com adultos. Em

crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja o item “Advertências e Precauções”).

“Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.”

10. SUPERDOSE

Em casos de superdose oral aguda, tem-se registrado ocorrência de toxicidade renal reversível. Além das

medidas habituais de emergência, recomenda-se monitorar a função renal, incluindo pH urinário e acidez,

se necessário, para prevenir cristalúria. Os pacientes devem ser mantidos bem hidratados. Antiácidos

contendo cálcio ou magnésio podem reduzir a absorção de ciprofloxacino na superdose. Apenas uma

pequena quantidade do ciprofloxacino (menos de 10%) é eliminada por hemodiálise ou diálise peritoneal.

“Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.