Bula do Ciprofibrato para o Profissional

Bula do Ciprofibrato produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Ciprofibrato
Biosintética Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CIPROFIBRATO PARA O PROFISSIONAL

ciprofibrato

Biosintética Farmacêutica Ltda.

comprimidos

100 mg

ciprofibrato_BU 01_VPS 1

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Ciprofibrato 100 mg: embalagens com 10, 15, 30 ou 500 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de ciprofibrato contém:

ciprofibrato.............................................................................................................100 mg

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido, óleo vegetal hidrogenado,

croscarmelose sódica, dióxido de silício, hipromelose e laurilsulfato de sódio.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Ciprofibrato é indicado como adjunto à dieta e outros tratamentos não farmacológicos (por exemplo,

exercício, redução de peso) nos seguintes casos:

- tratamento de hipertrigliceridemia severa isolada

- hiperlipidemia mista quando a estatina ou outro tratamento eficaz são contraindicados ou não são

tolerados.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de ciprofibrato foi confirmada por Cattin L. et al. em seu estudo multicêntrico aberto

envolvendo 127 pacientes portadores de hiperlipidemia primária resistente, hipercolesterolemia,

hipertrigliceridemia e hiperlipidemia mista. O uso de ciprofibrato por esses pacientes, por 12 semanas,

apresentou redução em todos os níveis hiperglicêmicos, inclusive apresentando aumento nos níveis de

HDL, apresentando boa tolerância pelos pacientes. Farnier M. et al. comprovou a eficácia e segurança de

ciprofibrato em sua publicação, um estudo aberto multicêntrico envolvendo 170 pacientes com

hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia por 8 semanas. O resultado foi a diminuição dos parâmetros

aumentados e com boa tolerabilidade.

Oro L. et al. também comprovou a eficácia do ciprofibrato em seu estudo com 102 pacientes

acompanhados por 12 anos em média, todos portadores de colesterol total e triglicérides aumentados.

Silva J.M. et al. comprovou também a eficácia do ciprofibrato em um estudo aberto envolvendo 40

pacientes portadores de hiperlipidemia primária resistente, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e

hiperlipidemia mista com administração de ciprofibrato por 6 meses, comprovando sua elevada eficácia

hipolipemiante. Bruckert E. et al. também confirmou a eficácia do ciprofibrato na diminuição de

triglicérides e colesterol sérico, sendo utilizado por 30 dias.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

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Este medicamento contém o ciprofibrato ou ácido 2-(4-(2,2-diclorociclopropil)fenoxi)-2-metil-

propanoico. O ciprofibrato é um modulador lipídico de amplo espectro. É um complemento eficaz da

dieta no controle de concentrações elevadas do colesterol LDL e VLDL e dos triglicerídeos. O

ciprofibrato aumenta o nível do colesterol HDL.

O ciprofibrato é um derivado do ácido fíbrico com propriedades de redução de lípides. Investigações

moleculares revelaram que os fibratos ativam um grupo de receptores nucleares conhecidos como PPARα

(peroxisome proliferator activated receptors). Esta ativação resulta em aumento da síntese de HDL-c,

acelera o clearance do LDL-c, acelera o catabolismo do triglicerídeo rico em lipoproteína e VLDL e

diminui a produção de triglicerídeos. Estas alterações esclarecem porque os fibratos exercem impacto

muito maior na diminuição do nível de triglicerídeos e aumento dos valores do HDL-c com nenhuma

modificação ou discreto aumento da concentração do LDL-c quando comparado com as estatinas. Estas

modificações poderiam provavelmente justificar alguns dos efeitos antiaterogênicos dos fibratos.

Os fibratos modulam a expressão genética, inibindo a transcrição de apo CIII que tem ação inibidora

sobre a lípase lipoproteica, favorecendo com esta inibição a diminuição dos triglicerídeos. A indução da

β-oxidação com uma concomitante diminuição da síntese de ácidos graxos pelos fibratos resulta em

menor disponibilidade de ácidos graxos para a síntese de triglicerídeos, um processo que é amplificado

pela inibição do hormônio sensitivo a lípase no tecido adiposo pelo fibrato.

O tratamento com fibratos resulta na formação de LDL com alta afinidade para o LDL receptor, que são

então, catabolizados rapidamente.

A redução de lipídios neutros (éster de colesterol e triglicérides) trocados entre o VLDL e o HDL pode

resultar na diminuição dos níveis de triglicerídeos.

Os fibratos aumentam a produção de apo AI e apo AII no fígado o que pode contribuir para o aumento da

concentração de HDL plasmático.

Há evidência de que o tratamento com fibratos pode reduzir os eventos de doença cardíaca coronariana.

Os efeitos benéficos na mortalidade por todas as causas na prevenção da doença cardiovascular primária e

secundária não foram adequadamente estudados.

Farmacocinética

A absorção do ciprofibrato na espécie humana é rápida e quase completa. A concentração plasmática

máxima é alcançada em cerca de 1 hora em pacientes em jejum, ou com retardo de 2 a 3 horas em

pacientes alimentados. A meia vida terminal, determinada em voluntários por estudo com isótopo C14,

foi de 88,6 ± 11,5 horas. A meia-vida de eliminação em pacientes com insuficiência renal moderada foi

levemente aumentada comparada com indivíduos saudáveis (116,7 horas comparado com 81,1 horas). Em

pacientes com insuficiência renal severa, foi notado um aumento significativo (171,9 horas).

4. CONTRA-INDICAÇÕES

Ciprofibrato é contraindicado em casos de:

- insuficiência hepática severa;

- insuficiência renal severa;

- gravidez e lactação;

- associação com outros fibratos (por exemplo: clorfibrato, bezafibrato, genfibrozila e fenofibrato);

- hipersensibilidade ao ciprofibrato ou a qualquer componente do produto;

- devido à presença de lactose, esta medicação é contraindicada em pacientes com deficiência de lactase,

galactosemia ou síndrome de má absorção de glicose e galactose.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência hepática grave ou

insuficiência renal grave.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Mialgia/Miopatia:

- Os pacientes devem ser instruídos a informar prontamente o médico sobre a ocorrência de mialgia,

desconforto ou fraqueza muscular. Em pacientes com esses sintomas, os níveis séricos de

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creatinofosfoquinase (CPK) devem ser imediatamente avaliados e o tratamento deve ser descontinuado

caso seja diagnosticada miopatia ou se os níveis de CPK estiverem muito altos.

- Os eventos musculares parecem ser relacionados à dose e, portanto, a dose diária de 100 mg não deve

ser excedida.

- Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado se o

ciprofibrato for utilizado em associação com outros fibratos ou inibidores da HMG CoA redutase (vide

Contraindicações e Interações medicamentosas).

Pacientes com hipotireoidismo basal podem apresentar dislipidemia secundária e, portanto, esse distúrbio

deve ser diagnosticado e corrigido antes de qualquer tratamento medicamentoso. Além disso, o

hipotireoidismo pode ser um fator de risco para a miopatia.

Associação com tratamento anticoagulante oral: o tratamento concomitante com anticoagulante oral deve

ser administrado com dose reduzida e ajustada conforme International Normalized Ratio – INR (vide

Interações Medicamentosas).

Caso as concentrações séricas dos lipídios não estejam satisfatoriamente controladas após vários meses de

tratamento, medidas terapêuticas adicionais ou alternativas deverão ser consideradas.

Gravidez e lactação

Não há evidências de que o ciprofibrato seja teratogênico, mas sinais de toxicidade com altas doses foram

observados

em testes de teratogenicidade em animais. O ciprofibrato é excretado no leite de ratas que estão

amamentando.

Uma vez que não existem dados sobre a utilização durante a gravidez e lactação na espécie humana, o

ciprofibrato é contraindicado.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião dentista.

Populações Especiais

O medicamento deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência da função hepática: São

recomendados testes periódicos da função hepática. O tratamento com ciprofibrato deve ser interrompido

se anormalidades significativas nas transaminases persistirem ou se insuficiência hepática colestática for

evidenciada.

A insuficiência da função renal e qualquer situação de hipoalbuminemia, tal como síndrome nefrótica,

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associação Contraindicada:

Outros fibratos: Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado

se o ciprofibrato for utilizado em associação com outros fibratos (vide Contraindicações e Precauções e

Advertências).

Associações não recomendadas:

Inibidores da HMG CoA redutase: Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria

pode ser aumentado se o ciprofibrato for utilizado em associação com inibidores da HMG CoA redutase

(vide Precauções e Advertências).

Associação que requer precaução:

Tratamento com anticoagulantes orais: O ciprofibrato é altamente ligado às proteínas plasmáticas e,

portanto, é provável que desloque outros fármacos dos sítios de ligação proteica no plasma. O ciprofibrato

tem demonstrado potencializar o efeito da varfarina, indicando que o tratamento com anticoagulante oral

concomitante deve ser administrado com dose reduzida e ajustada conforme International Normalized

Ratio – INR (vide Precauções e Advertências).

Associações que devem ser consideradas:

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Hipoglicemiantes orais: embora o ciprofibrato possa potencializar o efeito dos hipoglicemiantes orais, os

dadosdisponíveis não sugerem que tal interação poderá causar problemas clinicamente significativos.

Estrógenos: os estrógenos podem aumentar os níveis de lipídios. Embora uma interação farmacodinâmica

possa ser sugerida, atualmente não existem dados clínicos disponíveis.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Ciprofibrato 100 mg é um comprimido circular de cor branca.

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados

os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de

sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Adultos: a dose recomendada é de 1 comprimido de ciprofibrato (100 mg) ao dia. Esta dose não deve ser

excedida (vide Precauções e Advertências).

Modo de usar

Deve ser administrado com líquido, por via oral. As medidas da dieta devem ser mantidas durante o

tratamento.

A dose recomendada de 1 comprimido ao dia não deve ser ultrapassada.

Não há estudos dos efeitos de ciprofibrato administrado por vias não recomendadas. Portanto, por

segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,

conforme recomendado pelo médico.

Populações especiais

Idosos: a mesma posologia para adultos, mas observando cuidadosamente as Precauções e Advertências,

em especial quanto às funções hepática e renal.

Crianças: o uso do ciprofibrato não é recomendado, uma vez que a segurança e a eficácia em crianças

não foram estabelecidas.

Pacientes com Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal moderada recomenda-se redução

da dose para 1 comprimido de ciprofibrato (100 mg) em dias alternados. Os pacientes devem ser

cuidadosamente monitorados.

Ciprofibrato não deve ser administrado em pacientes com insuficiência renal grave.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas observadas em estudos clínicos e reportados durante o período pós-comercialização

são detalhadas abaixo. As reações adversas pós-comercialização estão classificadas com a frequência

“não conhecida”.

Reação muito comum (> 1/10).

Reação comum (> 1/100 e < 1/10).

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100).

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000).

Reação muito rara (< 1/10.000).

Não conhecida (não pôde ser estimado a partir dos dados disponíveis)

Distúrbios Cutâneos e Subcutâneos

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Comum: erupções cutâneas (rash), alopecia.

Não conhecida: urticária, prurido, fotossensibilidade e eczema.

Distúrbios Musculoesqueléticos e de Tecido Conectivo

Comum: mialgia.

Não conhecida: miopatia, miosite e rabdomiólise.

Na maioria dos casos, a toxicidade muscular é reversível com a suspensão do tratamento (vide Precauções

e Advertências).

Distúrbios do Sistema Nervoso

Comum: cefaleia, vertigem, tonturas e sonolência.

Distúrbios Gastrintestinais

Comum: náuseas, vômitos, diarreia, dispepsia e dor abdominal.

De maneira geral, estas reações adversas foram de natureza leve a moderada, e ocorreram no início do

tratamento, tornando-se menos frequentes com a continuação do tratamento.

Distúrbios Hepato-Biliares

Não conhecida: anormalidade nos testes de função hepática, colestase, citólise, colelitíase (vide

Precauções e Advertências). Foram observados casos excepcionais com evolução crônica.

Distúrbios Respiratórios, torácicos e mediastinal

Não conhecida: pneumonite, fibrose pulmonar.

Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração

Comum: Fadiga.

Distúrbios do Sistema Reprodutivos e nos Seios

Não conhecida: disfunção erétil

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.