Bula do Ciprofloxacino produzido pelo laboratorio Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
BU003/01
ciprofloxacino
Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda
Solução Injetável
2 mg/mL
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
SISTEMA FECHADO
Solução de ciprofloxacino é apresentada sob a forma de solução para infusão intravenosa pronta para uso, na dose de
2 mg/mL (0,2%), em bolsas plásticas de polietileno nos volumes de 100 mL e 200 mL.
USO ADULTO
USO INTRAVENOSO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL contém:
ciprofloxacino …................................... 2 mg
Excipientes: ácido láctico, cloreto de sódio, ácido clorídrico e água para injeção.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
As indicações de ciprofloxacino são as seguintes:
Adultos:
Para o tratamento de infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao
ciprofloxacino:
- do trato respiratório. Muitos dos microrganismos, p. ex. Klebsiella., Enterobacter, Proteus, E. coli, Pseudomonas,
Haemophilus, Moraxella, Legionella e Staphylococcus reagem com muita sensibilidade ao ciprofloxacino. A
maioria dos casos de pneumonia que não necessitam de tratamento hospitalar é causada por Streptococcus
pneumoniae. Nesses casos, ciprofloxacino não é o medicamento de primeira escolha;
- do ouvido médio (otite média) e dos seios paranasais (sinusite), especialmente se causadas por Pseudomonas ou
Staphylococcus;
- dos olhos;
- dos rins e/ou do trato urinário eferente;
- dos órgãos reprodutores, inclusive inflamação dos ovários e das tubas uterinas (anexite), gonorreia e infecções da
próstata (prostatite);
- da cavidade abdominal (p. ex. do trato gastrintestinal, do trato biliar e do peritônio);
- da pele e de tecidos moles;
- dos ossos e articulações.
Infecção generalizada (septicemia).
Infecções ou risco de infecção (profilaxia) em pacientes com sistema imunológico comprometido, por exemplo,
pacientes em tratamento com medicamentos que inibem as defesas imunológicas naturais do organismo ou pacientes
com número reduzido de glóbulos brancos do sangue.
Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.
Ciprofloxacino não é eficaz contra Treponema pallidum (causador da sífilis).
Crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos
Para infecção aguda na fibrose cística (distúrbio metabólico hereditário que aumenta a produção e a viscosidade das
secreções nos brônquios e no trato digestivo) causada por P. aeruginosa se não houver possibilidade de outros
tratamentos injetáveis mais eficazes. Não se recomenda ciprofloxacino para outras indicações.
Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças
Para terapia imediata e para tratamento de antraz após inalação de bacilos de antraz (Bacillus anthracis).
O ciprofloxacino pertence ao grupo das quinolonas. As quinolonas bloqueiam determinadas enzimas das bactérias que
têm um papel fundamental no metabolismo e na reprodução bacteriana, matando as bactérias causadoras da doença.
Não use ciprofloxacino nas seguintes situações:
- alergia (hipersensibilidade) à substância ativa ciprofloxacino, aos medicamentos contendo outras quinolonas ou
a qualquer componente da fórmula. Sinais de alergia podem incluir coceira, vermelhidão na pele, dificuldade
para respirar ou inchaço das mãos, garganta, boca e pálpebra;
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- uso concomitante de tizanidina (um relaxante muscular).
Advertências
Para tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções por bactérias anaeróbias, o
ciprofloxacino deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.
O ciprofloxacino não é recomendado para o tratamento de pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae
devido à eficácia limitada contra este agente bacteriano.
As infecções dos órgãos genitais podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes à
fluoroquinolona. É muito importante obter informações locais sobre a prevalência de resistência ao
ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames laboratoriais.
O ciprofloxacino está associado a casos de prolongamento do intervalo QT (uma alteração do eletrocardiograma)
(veja “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). As mulheres podem ser mais sensíveis aos
medicamentos que prologuem o Qtc, uma vez que tendem a ter um intervalo Qtc basal mais longo em
comparação aos homens. Pacientes idosos podem também ser mais sensíveis aos efeitos associados ao
medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar ciprofloxacino junto com medicamentos que
podem resultar em prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA,
antidepressivos tricíclicos, antibióticos macrolídeos, antipsicóticos) ou em pacientes com fatores de risco para
prolongamento QT ou “torsade de pointes” (uma alteração específica do eletrocardiograma), por exemplo,
síndrome congênita do QT longo, desequilíbrio eletrolítico (sais do organismo) não corrigido, como hipocalemia
(baixo nível de potássio no sangue) ou hipomagnesemia (baixo nível de magnésio no sangue) e doenças cardíacas
como insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou bradicardia (ritmo dos batimentos cardíacos muito lento).
Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose. Informe
imediatamente seu médico. Em casos muito raros, pode ocorrer inchaço da face, garganta e dificuldade para
respirar, podendo progredir para choque, com risco para a vida, às vezes após a primeira administração.
Nesses casos, pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe seu médico.
Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar o médico, pois esta pode
ser sinal de doença intestinal séria, com possível risco para a vida (colite pseudomembranosa), que exige
tratamento imediato. Você deve parar de usar ciprofloxacino e procurar atendimento médico. Não tome
antidiarreicos e fale com seu médico.
Casos de problemas no fígado (necrose hepática e insuficiência hepática) com risco para a vida têm sido
relatados com ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal e sintoma de doença no fígado (como anorexia
(diminuição do apetite), icterícia (coloração amarelada da pele), urina escura, prurido (coceira) ou abdômen
tenso) pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe seu médico.
Pode ocorrer aumento temporário das enzimas do fígado (transaminases e fosfatase alcalina) ou icterícia
colestática (cor amarelada da pele decorrente do acúmulo de pigmentos biliares), especialmente em pacientes
que já apresentaram alguma doença no fígado, que foram tratados com ciprofloxacino (veja “Quais os males que
este medicamento pode me causar?”).
Ciprofloxacino deve ser utilizado com cautela em pacientes com miastenia grave (doença muscular) porque os
sintomas podem ser exacerbados.
Podem ocorrer tendinite e ruptura de tendão (predominantemente do tendão de Aquiles) com ciprofloxacino,
algumas vezes bilateral, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e
ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com ciprofloxacino. O risco de
doença nos tendões pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com
corticosteroides.
Na suspeita de inflamação de tendão, deve-se parar imediatamente o uso de ciprofloxacino e consultar o médico e
o membro acometido deve ser mantido em repouso evitando esforço físico, até avaliação médica. Ciprofloxacino
deve ser usado com cautela nos pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados a tratamentos
com quinolonas.
Ciprofloxacino, assim como outros medicamentos da mesma classe, é conhecido por desencadear convulsões ou
diminuir o limiar convulsivo.
Caso sofra de epilepsia, tendência a convulsões ou tenha apresentado convulsões no passado, redução do fluxo
sanguíneo cerebral, traumatismo craniano ou antecedente de derrame, ciprofloxacino deve ser administrado
somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis riscos. Esses pacientes correm risco de
efeitos indesejáveis no sistema nervoso central.
Casos de estados epilépticos têm sido relatados. Se ocorrerem convulsões pare imediatamente o uso de
ciprofloxacino e informe o médico.
Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo
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ciprofloxacino.
Em casos raros, podem ocorrer depressão ou reações psicóticas, que podem evoluir para ideias/pensamentos
suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou suicídio. Nesses casos pare
imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe o médico.
Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em sensações cutâneas
subjetivas, perda ou diminuição de sensibilidade, alteração na sensibilidade dos sentidos ou fraqueza em
pacientes recebendo fluoroquinolonas, incluindo ciprofloxacino. Caso você desenvolva sintomas neurológicos,
tais como dor, queimação, formigamento, dormência ou fraqueza pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e
informe o médico.
O ciprofloxacino pode induzir reações de sensibilidade à luz, portanto, os pacientes devem evitar a exposição
direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta (UV). Se aparecerem reações cutâneas similares a queimaduras
solares, pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe o médico.
Foram observadas reações no local da aplicação intravenosa de ciprofloxacino.
Estas reações são mais frequentes se o tempo de infusão for de 30 minutos ou menos.
Estas reações podem desaparecer rapidamente após se completar a infusão.
Não são contraindicadas as administrações intravenosas subsequentes, exceto se as reações piorarem ou
reaparecerem.
Gravidez e amamentação
Gravidez
Ciprofloxacino não deve ser usado durante a gravidez. Estudos realizados com animais não evidenciaram
malformações do feto, porém não se pode excluir que o medicamento possa causar lesões na cartilagem articular
de organismos imaturos.
Informe seu médico se ocorrer gravidez durante o uso de ciprofloxacino.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista”.
Amamentação
O ciprofloxacino é excretado no leite materno, por isso, devido ao risco de dano articular ao feto, o uso de
ciprofloxacino não é recomendado durante a amamentação.
Crianças, adolescentes e idosos
Como ocorre com outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa lesão nas articulações que suportam o peso
em animais imaturos. Os dados de segurança em menores de 18 anos que sofriam principalmente de fibrose
cística não evidenciaram lesão de articulação/cartilagem.
Na faixa etária de 5 a 17 anos pode ser usado no caso específico descrito abaixo.
Dados atuais confirmam o uso de ciprofloxacino para o tratamento de infecção aguda na fibrose cística causada
por P. aeruginosa em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.
Atualmente a experiência disponível sobre o uso em crianças e adolescentes com outras infecções e crianças com
menos de 5 anos é insuficiente. Portanto, não deve ser usado para outras infecções e em menores de 5 anos.
Ciprofloxacino pode ser usado por idosos na menor dose possível estabelecida pelo médico.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
As substâncias do tipo fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem prejudicar a habilidade do paciente
para dirigir veículos e operar máquinas. Isso ocorre principalmente com o uso em conjunto com bebidas
alcoólicas.
Interações medicamentosas
A seguir, constam alguns medicamentos cujo efeito pode ser alterado se tomados com ciprofloxacino ou que
podem influenciar o efeito de ciprofloxacino. Fale com seu médico caso esteja tomando algum desses
medicamentos.
Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: ciprofloxacino, com outros medicamentos da mesma
classe (fluoroquinolonas), deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo medicamentos
conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA, antidepressivos
tricíclicos, antibióticos macrolídeos, antipsicóticos).
O uso simultâneo de ciprofloxacino e probenecida (tratamento complementar de infecções, por exemplo, gota)
aumenta a concentração de ciprofloxacino no sangue.
Não se deve administrar ciprofloxacino com tizanidina (relaxante muscular), pois pode ocorrer um aumento
indesejável nas concentrações de tizanidina no sangue associado aos efeitos colaterais clinicamente importantes
induzidos por esta, como queda da pressão e sonolência.
A teofilina (medicamento para a asma), usada em conjunto com o ciprofloxacino, pode ter sua concentração
aumentada no sangue, o que favorece um aumento da frequência dos efeitos indesejáveis induzidos pela teofilina.
Em casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem colocar a vida em risco ou ser fatais. Se o uso de ambos
for inevitável, a concentração de teofilina no sangue deve ser observada e a dose reduzida conforme a
necessidade.
Foi relatado que o uso de ciprofloxacino e medicamentos contendo derivados da xantina, como por exemplo,
cafeína e pentoxifilina (oxpentifilina), (para distúrbios circulatórios), elevou a concentração destas substâncias
no sangue. Fale com seu médico.
Em pacientes recebendo ciprofloxacino e fenitoína (antiepilético) ao mesmo tempo, foi observado nível alterado
(diminuído ou aumentado) de fenitoína no sangue. É recomendado o monitoramento da terapia com fenitoína,
incluindo medições de concentração de fenitoína no sangue, durante e imediatamente após a administração
simultânea de ciprofloxacino e fenitoína para evitar a perda do controle de convulsões associadas aos níveis
diminuídos de fenitoína e para evitar efeitos indesejáveis relacionados à superdose de fenitoína quando o
ciprofloxacino é descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.
O uso simultâneo com ciprofloxacino pode retardar a excreção do metotrexato (imunossupressor usado em
alguns tipos de câncer, psoríase e artrite reumatóide), aumentando o nível plasmático deste.
Anti-inflamatórios não-hormonais, por exemplo, o ibuprofeno (para dor, febre ou inflamação): estudos em
animais mostraram que o uso combinado de doses muito altas de quinolonas e certos anti-inflamatórios não-
esteroides podem desencadear convulsões. Isto não se refere aos que contêm ácido acetilsalicílico.
Observou-se em alguns casos, aumento transitório da concentração de creatinina no sangue, que avalia a função
renal, ao se administrar ciprofloxacino simultaneamente com ciclosporina (imunossupressor usado em doenças
de pele, artrite reumatóide e transplante de órgãos). Nesses casos é necessário controlar frequentemente (duas
vezes por semana) a concentração de creatinina.
A administração simultânea de ciprofloxacino com substâncias antagonistas da vitamina K, como por exemplo,
varfarina, acenocoumarol, femprocumona, fluindiona, pode aumentar os efeitos anticoagulantes destas. Fale com
seu médico. O uso simultâneo de ciprofloxacino e antidiabéticos orais (para diminuição dos níveis de açúcar no
sangue) principalmente sulfonilureias, como por exemplo, glibenclamida, glimepiridina, pode provocar
diminuição de açúcar no sangue (hipoglicemia), possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral.
O uso simultâneo de ciprofloxacino e duloxetina (antidepressivo) pode levar a um aumento da duloxetina no
sangue.
No uso concomitante de ciprofloxacino com ropinirol (medicamento para doença de Parkinson), seu médico
deverá monitorar os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol.
No uso de ciprofloxacino com lidocaína (para doenças cardíacas e anestésico local), podem ocorrer interações
entre estas substâncias, acompanhadas de efeitos secundários.
A concentração de clozapina (antipsicótico usado na esquizofrenia) no sangue aumenta se administrada junto
com ciprofloxacino. Seu médico deverá monitorar e ajustar a dose de clozapina apropriadamente durante e logo
após a administração simultânea destas substâncias.
O uso simultâneo de sildenafila (por exemplo, para disfunção erétil) e ciprofloxacino mostrou aumentar a
concentração daquela substância no sangue, por isso, seu médico deverá considerar os riscos e benefícios ao
recomendar o uso conjunto destas substâncias.
O ciprofloxacino demonstrou em testes in vitro capacidade de interferir no teste de cultura de um tipo de
bactéria – Mycobacterium tuberculosis – causando resultado falso negativo em pacientes fazendo uso de
ciprofloxacino. Fale com seu médico.
“Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em pacientes portadores de
diabetes.”
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo o uso de algum outro medicamento.”
“Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.”
Ciprofloxacino deve ser conservado na embalagem original, em temperatura ambiente (ambiente com temperatura entre
15ºC e 30ºC), protegido da luz e da umidade. Não congelar. A solução para infusão é sensível à luz; portanto, só deve
ser retirada da embalagem externa no momento do uso. Ciprofloxacino tem prazo de validade de 24 meses a partir da
data de fabricação.
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“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original”.
Características Organolépticas:
Ciprofloxacino é uma solução para aplicação intravenosa (infusão), límpida, incolor à levemente amarelada e isenta de
partículas em suspensão.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
DOSAGEM
A dose geralmente recomendada pelo médico é a seguinte:
Adultos
Dose diária recomendada de ciprofloxacino intravenoso em adultos
Indicações Dose diária para adultos de
ciprofloxacino (mg) intravenoso
Infecções do trato respiratório (dependendo da gravidade e do microrganismo) 2 x 200 mg a 400 mg
Infecções do trato urinário:
Aguda, não complicada 2 x 100 mg
Cistite em mulheres (antes da
menopausa) Dose única 100 mg
Complicada 2 x 200 mg
Gonorreia:
- extragenital
- aguda, não complicada
2 x 100 mg
dose única 100 mg
Diarreia 2 x 200 mg
Outras infecções (vide indicações) 2 x 200 a 400 mg
Infecções graves, com risco para a
vida: Principalmente quando causadas
por Pseudomonas Staphylococcus ou
Streptococcus
Pneumonia estreptocócica
3 x 400 mg
Infecções recorrentes em fibrose
cística
Infecções ósseas e das articulações
Septicemia
Peritonite
Antraz
Adultos: 400 mg de ciprofloxacino i.v. duas vezes por dia.
Crianças: 10 mg de ciprofloxacino i.v./kg de peso corpóreo duas vezes por dia. A dose máxima para crianças não deve
exceder 400 mg (dose diária máxima: 800 mg i.v.).
O tratamento deve começar imediatamente após a suspeita ou confirmação da inalação dos patógenos de antraz. Após
administração intravenosa, pode-se prosseguir com o tratamento oral.
Pacientes Idosos
Pacientes idosos devem receber a menor dose de acordo com a gravidade da doença e com a sua função renal.
Crianças e adolescentes
A dose recomendada para infecção aguda causada por P. aeruginosa em pacientes de 5 a 17 anos com fibrose cística é
de 3 vezes 10 mg/kg por dia i.v. (máximo 1.200 mg/dia).
Pacientes com mau funcionamento dos rins e do fígado
1. Recomendam-se as seguintes doses para a disfunção renal moderada ou grave:
1.1. Depuração de creatinina entre 30 e 50 mL/min (creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL), a dose máxima é de
800 mg por via endovenosa por dia.
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1.2. Depuração de creatinina inferior a 30 mL/min (creatinina sérica igual ou superior a 2 mg/100 mL), a dose máxima
para administração i.v. é de 400 mg por dia.
2. Na disfunção renal e sob hemodiálise, a dose é a mesma após cada sessão de diálise que para os pacientes com
disfunção renal moderada ou grave (veja item 1).
3. Disfunção renal e em diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC), para peritonite, ciprofloxacino pode ser
adicionado ao dialisado (intraperitoneal) 4 x por dia, a cada 6 horas, na dose de 50 mg por litro dialisado. A experiência
clínica nessa indicação é limitada. São necessárias doses altas de ciprofloxacino para atingir concentrações suficientes
de ciprofloxacino no peritônio, devendo os efeitos colaterais serem atentamente observados. Ocorrendo efeito colateral
de relevância clínica ou sintomas de superdose, deve-se diminuir a dose ou interromper a administração de
ciprofloxacino.
4. Não é preciso ajustar a dose em caso de mau funcionamento do fígado.
5. Em caso de mau funcionamento do fígado e dos rins, a dose deve ser a mesma usada para disfunção renal. Pode ser
necessário monitorar a concentração de ciprofloxacino no sangue.
Doses em crianças e adolescentes com funções renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.
COMO USAR
O tempo de infusão é de no mínimo 60 minutos. A infusão lenta em uma veia de grande calibre evita desconforto ao
paciente e reduz a irritação da veia.
Duração do tratamento
A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. Em geral, o tratamento
deve sempre prosseguir por pelo menos 3 dias após a febre e os sinais clínicos terem desaparecido.
Em geral, a duração média do tratamento é:
- 1dia, nos casos de gonorreia aguda não complicada e cistite (infecção na bexiga);
- até 7 dias para infecções dos rins, trato urinário e cavidade abdominal;
- em pacientes com baixa resistência (sistema imunológico comprometido), o tratamento deve prosseguir enquanto a
contagem total de glóbulos brancos estiver reduzida (fase neutropênica);
- no máximo 2 meses para osteomielite (infecção óssea);
- 7 a 14 dias para todas as outras infecções.
Em infecções estreptocócicas, o tratamento deve continuar por pelo menos 10 dias, por risco de complicações tardias.
Igualmente, as infecções por Chlamydia spp. devem ser tratadas durante pelo menos 10 dias.
Crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos: 10 – 14 dias para episódios de infecção aguda de fibrose cística
causada por P. aeruginosa.
Antraz: 60 dias de tratamento para terapia imediata e para tratamento de infecções após a inalação de patógenos de
antraz.
“Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico”.
“Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.”
Como qualquer medicamento, ciprofloxacino pode ter efeitos indesejáveis.
A frequência é indicada da seguinte forma: muito comum (maior ou igual a 10% ), comum (entre 1% e 10%),
incomum (entre 0,1% e 1%), rara (entre 0,01% e 0,1%), muito rara (inferior a 0,01%) e frequência
desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Infecções e Infestações
Reações incomuns: superinfecções micóticas (infecção por fungos, junto com infecção bacteriana ou após esta). O
tratamento prolongado ou repetido com ciprofloxacino pode reduzir a sensibilidade das bactérias ao
ciprofloxacino; por isso, o paciente pode infectar-se novamente com a mesma bactéria ou por leveduras (fungos)
antes da erradicação da infecção inicial.
Reações raras: colite (inflamação do intestino grosso) associada ao uso de antibiótico (muito raramente, com
possível evolução fatal).
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Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Reações incomuns: aumento de um tipo de glóbulos brancos do sangue, os eosinófilos (eosinofilia).
Reações raras: redução dos glóbulos brancos (leucopenia) ou apenas dos glóbulos brancos chamados neutrófilos
(neutropenia), redução dos glóbulos vermelhos (anemia) ou de plaquetas (trombocitopenia), aumento de glóbulos
brancos do sangue (leucocitose) e aumento persistente das plaquetas no sangue (plaquetose).
Reações muito raras: aumento da degradação dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica), redução de todas as
células sanguíneas (pancitopenia com possível risco para a vida), ausência dos glóbulos brancos chamados
neutrófilos, com possíveis sintomas de calafrios, febre (agranulocitose), função da medula óssea reduzida (com
possível risco para vida).
Distúrbios imunológicos
Reações raras: reação alérgica e inchaço alérgico/angioedema.
Reações muito raras: reação alérgica intensa e choque alérgico (por exemplo, inchaço do rosto, da laringe;
dificuldade de respirar que pode levar a choque, queda brusca da pressão arterial, com risco para vida), e
reações similares àquelas associadas com doença do soro (por exemplo, febre, alergia, inchaço dos gânglios
linfáticos, vermelhidão da pele e inchaço).
Distúrbios metabólicos e nutricionais
Reações incomuns: diminuição do apetite e da indigestão de alimentos.
Reações raras: aumento da concentração de açúcar no sangue (hiperglicemia), diminuição da concentração de
açúcar no sangue (hipoglicemia).
Distúrbios psiquiátricos
Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.
Reações raras: confusão mental, desorientação, ansiedade, sonhos anormais, depressão* e alucinações.
Reações muito raras: reações psicóticas*.
* potencialmente culminando em comportamentos autodestrutivos, como ideias/pensamentos suicídas e tentativa
de suicídio ou suicídio.
Distúrbios do sistema nervoso
Reações incomuns: dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, alteração do paladar.
Reações raras: sensações anormais, como por exemplo, de formigamento, dormência (parestesia, disestesia),
tremores, convulsões (incluindo estado epilético), diminuição da sensibilidade geral (hipoestesia), tonturas
giratórias (vertigem).
Reações muito raras: enxaqueca, distúrbios da coordenação, alteração do olfato, aumento da sensibilidade geral
ou específica (hiperestesia), aumento da pressão intracraniana (pseudotumor cerebral).
Reações de frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia (doenças que afetam um ou vários
nervos).
Distúrbios da visão
Reações raras: alterações da visão.
Reações muito raras: distorção visual das cores.
Distúrbios da audição e do labirinto
Reações raras: zumbido e perda da audição.
Reações muito raras: alterações da audição.
Distúrbios cardíacos
Reações raras: taquicardia (aumento da frequência cardíaca).
Reações de frequência desconhecida: alteração no eletrocardiograma chamada prolongamento do intervalo QT,
alteração no ritmo do coração (arritmia ventricular), “torsade de pointes”*(uma alteração específica do
eletrocardiograma).
*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e foram observadas
predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (veja “O que
devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios vasculares
Reações raras: dilatação dos vasos sanguíneos, pressão arterial baixa e desmaio (síncope).
Reações muito raras: inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite).
Distúrbios respiratórios
Reações raras: falta de ar (dispneia), incluindo condição asmática.
Distúrbios gastrintestinais
Reações comuns: enjôo e diarreia.
Reações incomuns: vômitos, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia (má digestão) e gases.
Reações muito raras: pancreatite (inflamação do pâncreas).
Distúrbios hepatobiliares
Reações incomuns: aumento das transaminases (enzimas do fígado) e aumento da bilirrubina.
Reações raras: comprometimento do funcionamento do fígado, icterícia (coloração amarelada da pele) e hepatite
(inflamação do fígado) não infecciosa.
Reações muito raras: morte das células do fígado, que muito raramente evolui para insuficiência hepática com
risco para a vida.
Lesões da pele e do tecido subcutâneo
Reações incomuns: vermelhidão da pele (rash cutâneo), coceira e urticária (reação alérgica de pele).
Reações raras: sensibilidade à luz e formação de bolhas.
Reações muito raras: hemorragias pontilhadas da pele (petéquias), eritema nodoso e eritema multiforme (lesões
de pele) síndrome de Stevens-Johnson (reação grave de pele caracterizada por bolhas), potencialmente fatal, e
necrólise epidérmica tóxica (reações graves de pele, com potencial risco para a vida).
Reações de frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (erupção cutânea pustular).
Distúrbios ósseos, do tecido conjuntivo e musculoesqueléticos
Reações incomuns: dor nas articulações.
Reações raras: dor muscular, inflamação nas articulações (artrite), aumento do tônus muscular e cãibras.
Reações muito raras: fraqueza muscular, inflamação dos tendões, (tendinite) e rupturas de tendões
(predominantemente do tendão de Aquiles), piora dos sintomas da miastenia grave (doença muscular grave).
Distúrbios renais e urinários
Reações incomuns: alteração do funcionamento dos rins.
Reações raras: inflamação dos rins (nefrite túbulo-intersticial), insuficiência (alteração da função) renal,
presença de sangue e de cristais na urina.
Distúrbios gerais
Reações incomuns: dor inespecífica, mal-estar geral, febre.
Reações raras: inchaço, transpiração excessiva.
Reações muito raras: alterações do modo de andar.
Investigações
Reações incomuns: aumento da enzima hepática fosfatase alcalina no sangue.
Reações raras: alteração no exame de coagulação (nível anormal de protrombina) e aumento da amilase (enzima
que avalia a função do pâncreas).
Reações de frequência desconhecida: aumento da razão normalizada internacional (RNI) que avalia a
coagulação sanguínea (em pacientes tratados com antagonistas de vitamina K).
As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes
recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):
Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases (enzimas do fígado), vermelhidão da pele (rash
cutâneo).
Incomum: Trombocitopenia (redução das plaquetas, células responsáveis pela coagulação), plaquetose (aumento
persistente das plaquetas no sangue), confusão mental e desorientação, alucinações, sensações anormais, como
por exemplo, de formigamento, dormência (parestesia, disestesia), convulsões, vertigem, alterações da visão,
perda de audição, aumento da frequência cardíaca, vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos), hipotensão
(diminuição da pressão arterial), alteração hepática (do fígado) transitória, icterícia (coloração amarelada da
pele), insuficiência renal (mau funcionamento dos rins), edema (inchaço).
Rara: Pancitopenia (redução de todas as células sanguíneas), função da medula óssea reduzida, choque
anafilático (queda da pressão arterial por reação alérgica importante), reações psicóticas, enxaqueca, distúrbios
do olfato, audição alterada, vasculite (inflamação dos vasos), pancreatite (inflamação do pâncreas), necrose
hepática (morte de células do fígado), petéquias (hemorragias pontilhadas da pele), ruptura de tendão.
Crianças
A incidência de artropatia (inflamação das articulações), mencionada acima, refere-se a dados coletados em
estudos com adultos. Em crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja “O que eu devo saber antes de
usar este medicamento?”).
“Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.”