Bula do Citrato de Sildenafila produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
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citrato de sildenafila
Bula para profissional da saúde
Comprimido revestido
50 mg
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Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICAE APRESENTAÇÕES
Embalagens com 1, 2 ou 4 comprimidos revestidos contendo 50 mg de sildenafila.
USO ADULTO
USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
citrato de sildenafila*..................................................................................................................... 70,24 mg
excipientes** ................................................................................................................ q.s.p.1 comprimido
*Cada 1,4048mg de citrato de sildenafila equivalem a 1,00 mg de sildenafila base.
**Excipientes: celulose microcristalina, dióxido de silício, croscarmelose sódica, fosfato de cálcio dibásico,
estearato de magnésio, hipromelose, triacetina, dióxido de titânio, sicovit laca indigotina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O citrato de sildenafila está indicado para o tratamento da disfunção erétil, que se entende como sendo a
incapacidade de atingir ou manter uma ereção suficiente para um desempenho sexual satisfatório. Para que o
citrato de sildenafila seja eficaz, é necessário estímulo sexual.
Em estudos clínicos, o citrato de sildenafila foi avaliado em relação a seu efeito, em homens com disfunção erétil
(DE), na capacidade para realizar atividade sexual e em muitos casos, especificamente, ao efeito na capacidade
de obter e manter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória. O citrato de sildenafila foi
avaliado primariamente em doses de 25 mg, 50 mg e 100 mg em 21 ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos,
placebo-controlados por até 6 meses de duração, usando vários desenhos de estudo (dose fixa, titulação, paralelo,
cruzado). O citrato de sildenafila foi administrado para mais de 3000 pacientes com idade de 19 a 87 anos, com
DE de várias etiologias (orgânica, psicogênica, mista) com uma duração média de 5 anos. O citrato de sildenafila
demonstrou melhora estatisticamente significativa comparada com placebo em todos os 21 estudos. Os estudos
que estabeleceram benefício demonstraram melhoras na taxa de sucesso para relações sexuais comparado com
placebo.
A eficácia de citrato de sildenafila, determinada como sendo a capacidade de alcançar e manter uma ereção
suficiente para a relação sexual, foi demonstrada nos 21 estudos e foi mantida em estudos de longa duração (um
ano). Em estudos de dose fixa, a proporção de pacientes que relataram que o tratamento melhorou a ereção foi de
62% (25 mg),
74% (50 mg) e 82% (100 mg), em comparação a 25% para o placebo. Em adição à melhora da função erétil, a
análise do IIFE demonstrou que o tratamento com citrato de sildenafila também melhorou os aspectos
relacionados ao orgasmo, satisfação sexual e satisfação geral.
Ao longo de todos os estudos, a proporção de pacientes que relataram melhora com a utilização de citrato de
sildenafila foi de 59% dos pacientes diabéticos, 43% dos pacientes que sofreram prostatectomia total e 83% dos
pacientes com lesões na medula espinhal (versus 16%, 15% e 12% com placebo, respectivamente).
Desfechos de Eficácia em Ensaios Clínicos Controlados
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A eficácia de citrato de sildenafila foi avaliada na maioria dos estudos usando vários instrumentos de avaliação.
A medida primária nos principais estudos foi um questionário de função sexual (o Índice Internacional de
Função Erétil –
IIEF) aplicado durante um período inicial (run-in) sem tratamento, de 4 semanas, no período basal (baseline), em
consultas de acompanhamento e no final do tratamento domiciliar duplo-cego, placebo-controlado. Duas das
questões do IIEF serviram de desfechos primários do estudo; respostas categorizadas foram obtidas para
questões sobre (1) a capacidade de obter ereções suficientes para ter relações sexuais e (2) a manutenção da
ereção após a penetração. O paciente respondeu a ambas as questões na consulta final das últimas 4 semanas do
estudo. As possíveis respostas categorizadas a estas questões foram (0) sem tentativa de relação sexual, (1)
nunca ou quase nunca, (2) poucas vezes, (3) às vezes, (4) na maioria das vezes e (5) quase sempre ou sempre.
Foram também coletadas outras informações como parte do IIEF sobre outros aspectos da função sexual,
incluindo informações sobre a função erétil, orgasmo, desejo, satisfação com a relação sexual e satisfação sexual
geral. Os dados de função sexual também foram registrados pelos pacientes em um diário. Além disto, a eficácia
global foi questionada aos pacientes e opcionalmente foi administrado um questionário à parceira.
Resultados de eficácia em estudos controlados
O efeito em um dos principais desfechos, manutenção de ereções após a penetração, é mostrado na Figura 1, para
os resultados combinados de 5 estudos de dose fixa, de dose-resposta de mais de um mês de duração, mostrando
a resposta de acordo com a função no período basal (baseline). Os resultados com todas as doses foram
combinados, mas os escores mostraram melhoras maiores com as doses de 50 e 100 mg do que com 25 mg. O
padrão de respostas foi semelhante para a outra questão principal, a capacidade de obter ereção suficiente para a
relação sexual. Os estudos de titulação, nos quais a maioria dos pacientes recebeu 100 mg, mostraram resultados
semelhantes. A Figura 1 mostra que, independente dos níveis da função no período basal (baseline), a função
subsequente em pacientes tratados com citrato de sildenafila foi melhor do que a vista em pacientes tratados com
placebo. Ao mesmo tempo, a função durante o tratamento foi melhor em pacientes tratados e que apresentavam
função menos prejudicada no período basal (baseline).
Efeito do citrato de sildenafila na manutenção da ereção por escore no período basal (baseline)
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Efeito de placebo na manutenção da ereção por escore no período basal (baseline)
Figura 1. Efeito do citrato de sildenafila e placebo na manutenção da ereção por escore no período basal
(baseline)
A frequência de pacientes relatando melhora de ereções em resposta a uma questão global em quatro dos estudos
de dose fixa, randomizados, duplo-cegos, paralelos, placebo-controlados (1797 pacientes) de 12 a 24 semanas de
duração é mostrada na Figura 2. Estes pacientes tiveram disfunção erétil no período basal (baseline) que foi
caracterizada por escores médios de 2 (poucas vezes) nas principais questões de IIEF. A disfunção erétil foi
atribuída a etiologias orgânicas (58%, geralmente não caracterizadas, mas incluindo diabetes e excluindo lesões
da medula espinal), psicogênicas (17%) ou mistas (24%). 63%, 74% e 82% dos pacientes com 25 mg, 50 mg ou
100 mg de citrato de sildenafila, respectivamente, relataram uma melhora das suas ereções comparado a 24%
com placebo.
Nos estudos de titulação (n=644) (com a maioria dos pacientes eventualmente recebendo 100 mg) os resultados
foram semelhantes.
Figura 2. Percentual de pacientes relatando uma melhora de ereções
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Os pacientes nos estudos tiveram vários graus de DE. De um terço a metade dos pacientes nestes estudos relatou
relações sexuais bem sucedidas pelo menos uma vez durante um período inicial (run-in) sem tratamento, de 4
semanas.
Em muitos dos estudos, tanto de desenho de dose fixa, quanto de titulação, foram preenchidos diários pelos
pacientes. Nestes estudos, envolvendo cerca de 1600 pacientes, as análises dos diários dos pacientes não
mostraram nenhum efeito do citrato de sildenafila no número de tentativas de relações sexuais (cerca de 2 por
semana), mas houve uma clara melhora relacionada à função sexual: as taxas de sucesso semanais por paciente
foram em média de 1,3 com 50-100 mg de citrato de sildenafila vs. 0,4 com placebo; de modo semelhante, as
taxas médias de sucesso por grupo (total de sucessos dividido pelo total de tentativas) foram de cerca de 66%
com citrato de sildenafila vs. cerca de 20% com placebo.
Durante 3 a 6 meses de tratamento duplo-cego ou estudos abertos de longo prazo (1 ano) poucos pacientes
saíram do tratamento ativo por algum motivo, incluindo falta de eficácia. No final do estudo de longo prazo,
88% dos pacientes relataram que o citrato de sildenafila tinha melhorado as suas ereções.
Homens com DE não tratada tiveram escores do período basal (baseline) relativamente baixos para todos os
aspectos da função sexual medidos (utilizando uma escala de 5 pontos) no IIEF. O citrato de sildenafila
melhorou estes aspectos da função sexual: frequência, rigidez e manutenção de ereções, frequência de orgasmos;
frequência e nível de desejo; frequência, satisfação e prazer na relação sexual; e satisfação geral no
relacionamento.
Um estudo randomizado, duplo-cego, de doses flexíveis, placebo-controlado incluiu somente pacientes com
disfunção erétil atribuída a complicações do diabetes mellitus (n=268). Como nos outros estudos de titulação, os
pacientes eram iniciados com 50 mg e podiam ajustar a sua dose para cima para 100 mg ou para baixo para 25
mg de citrato de sildenafila. Todos os pacientes, entretanto, estavam recebendo 50 mg ou 100 mg no final do
estudo. Houve uma melhora estatisticamente significativa nas duas principais questões do IIEF (frequência de
penetração bem-sucedida durante a atividade sexual e manutenção das ereções após a penetração) com citrato de
sildenafila comparado com placebo. Numa questão de melhora global, 57% dos pacientes de citrato de
sildenafila relataram ereções melhores contra 10% dos pacientes de placebo. Os dados dos diários indicaram que
com citrato de sildenafila 48% das tentativas de relações sexuais foram bem-sucedidas versus 12% com placebo.
Foi conduzido um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, de doses flexíveis (até 100 mg) de
pacientes com disfunção erétil resultante de lesão da medula espinal (n=178). As alterações do período basal
(baseline) nos escores de duas questões de desfecho (frequência de penetração bem-sucedida durante a atividade
sexual e manutenção das ereções após a penetração) foram altamente estatisticamente significativas em favor do
citrato de sildenafila. Numa questão de melhora global, 83% dos pacientes relataram ereções melhores com
sildenafila versus 12% com placebo. Os dados dos diários indicaram que com citrato de sildenafila, 59% das
tentativas de relações sexuais foram bem-sucedidas em comparação com 13% com placebo.
Em todos os ensaios, citrato de sildenafila melhorou as ereções de 43% de pacientes de prostatectomia radical
comparado a 15% com placebo.
As análises de subgrupo de respostas a uma questão de melhora global em pacientes com etiologia psicogênica
em dois estudos de dose fixa (n total = 179) e dois estudos de titulação (n total = 149) mostraram que 84% dos
pacientes do citrato de sildenafila relataram melhoras nas ereções comparado com 26% dos pacientes de placebo.
A alteração do período basal (baseline) nos escores nas duas questões de desfecho (frequência de penetração
bem-sucedida durante a atividade sexual e manutenção de ereções após a penetração) foi estatisticamente
significativa em favor do citrato de sildenafila. Os dados de diários em dois dos estudos (n=178) mostraram
taxas de relações sexuais bem-sucedidas por tentativa de 70% para citrato de sildenafila e 29% para placebo.
Uma revisão de subgrupos populacionais demonstrou eficácia independente da gravidade, etiologia, raça e idade
no período basal (baseline). O citrato de sildenafila foi efetivo numa ampla faixa de pacientes com DE, incluindo
aqueles com uma história de doença arterial coronariana, hipertensão, outras doenças cardíacas, doença vascular
periférica, diabetes mellitus, depressão, revascularização miocárdica, prostatectomia radical, ressecção
transuretral da próstata (RTUP), lesão da medula espinal e em pacientes em tratamento com
antidepressivos/antipsicóticos e anti-hipertensivos/diuréticos.
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A análise dos dados de segurança não mostrou nenhuma diferença aparente no perfil de efeitos colaterais em
pacientes tomando citrato de sildenafila com e sem medicação anti-hipertensiva. Esta análise foi realizada
retrospectivamente e não tinha poder para detectar qualquer diferença pré-especificada em reações adversas.
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
A sildenafila sob a forma de sal citrato, é uma terapêutica oral para a disfunção erétil. A sildenafila é um inibidor
seletivo da fosfodiesterase-5 (PDE-5), específica do monofosfato de guanosina cíclico (GMPc).
Mecanismo de Ação - o mecanismo fisiológico responsável pela ereção do pênis envolve a liberação de óxido
nítrico nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido nítrico ativa a enzima guanilato ciclase, que
por sua vez induz um aumento dos níveis de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc), produzindo um
relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos, permitindo o influxo de sangue. A sildenafila não exerce
um efeito relaxante diretamente sobre os corpos cavernosos isolados de humanos, mas aumenta o efeito
relaxante do óxido nítrico através da inibição da fosfodiesterase-5 (PDE-5), a qual é responsável pela degradação
do GMPc no corpo cavernoso. Quando a estimulação sexual causa a liberação local de óxido nítrico, a inibição
da PDE-5 causada pela sildenafila aumenta os níveis de GMPc no corpo cavernoso, resultando no relaxamento
da musculatura lisa e no influxo de sangue nos corpos cavernosos. A sildenafila, nas doses recomendadas, não
exerce qualquer efeito sobre a ausência de estimulação sexual. Estudos in vitro mostraram que a sildenafila é
seletiva para a PDE-5. Seu efeito é mais potente para a PDE-5 quando comparado a outras fosfodiesterases
conhecidas (10 vezes para a PDE-6, > 80 vezes para a PDE-1 e > 700 vezes para a PDE-2, PDE-3, PDE-4, PDE
7 e PDE-11). A seletividade da sildenafila, aproximadamente 4000 vezes maior para a PDE-5 versus a PDE-3, é
importante, uma vez que a PDE-3 está envolvida no controle da contratilidade cardíaca.
ESTUDOS CLÍNICOS
Cardíacos - Não foram observadas alterações clinicamente significativas no ECG de voluntários sadios do sexo
masculino que receberam doses únicas orais de citrato de sildenafila de até 100 mg. O valor médio da redução
máxima da pressão arterial sistólica na posição supina, após uma dose oral de 100 mg, foi de 8,3 mmHg. O valor
correspondente da pressão arterial diastólica foi de 5,3 mm Hg. Um efeito mais significativo, porém igualmente
transitório, na pressão arterial foi observado em pacientes recebendo nitratos e citrato de sildenafila
concomitantemente (vide item 4. Contraindicações e vide item 6. Interações Medicamentosas). Em um estudo
dos efeitos hemodinâmicos de uma dose única oral de 100 mg de sildenafila, em 14 pacientes com doença
arterial coronária (DAC) grave (pelo menos uma artéria coronária com estenose > 70%), a pressão sanguínea
média sistólica e diastólica, no repouso, diminuiu 7% e 6%, respectivamente, comparada à linha de base. A
pressão sanguínea sistólica pulmonar média diminuiu 9%. A sildenafila não apresentou efeitos sobre o débito
cardíaco, não prejudicou o fluxo de sangue através das artérias coronárias com estenose e resultou em melhora
(aproximadamente 13%) na reserva do fluxo coronário induzido por adenosina (tanto nas artérias com estenose
como nas artérias de referência). Em um estudo duplo-cego, placebo-controlado, 144 pacientes com disfunção
erétil e angina estável que estavam utilizando suas medicações antianginosas usuais (com exceção de nitratos)
foram submetidos a exercícios até o limite da ocorrência de angina. O tempo de exercício de esteira foi
significativa e estatisticamente superior (19,9 segundos; intervalo de confiança de 95%: 0,9–38,9 segundos) nos
pacientes avaliáveis que haviam ingerido uma dose única de 100 mg de sildenafila, em comparação aos pacientes
que ingeriram placebo em dose única. O período médio de exercício (ajustado para a linha de base) para o início
da angina limitante foi de 423,6 segundos para sildenafila e de 403,7 segundos para o placebo. Foi realizado um
estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, com dose flexível (sildenafila até 100 mg) em homens (n
= 568) com disfunção erétil e hipertensão arterial tomando dois ou mais medicamentos anti-hipertensivos. A
sildenafila melhorou as ereções em 71% dos homens comparada a 18% no grupo que recebeu placebo. Houve
62% de tentativas de relação sexual bem-sucedidas no grupo que recebeu a sildenafila comparadas a 26% no
grupo que recebeu placebo. A incidência de eventos adversos foi consistente quando comparado a outras
populações de pacientes, assim como em indivíduos que tomam três ou mais agentes anti-hipertensivos.
Visual - Utilizando-se o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100, foi observado em alguns indivíduos
alterações leves e transitórias na distinção de cores (azul/verde) uma hora após a administração de uma dose de
100 mg; 2 horas após a administração, não foram observados efeitos evidentes. O mecanismo aceito para essa
alteração na distinção de cores está relacionado à inibição da fosfodiesterase-6 (PDE-6), que está envolvida na
cascata de fototransdução da retina. Estudos in vitro demonstram que a sildenafila é 10 vezes menos potente para
a PDE-6 do que para a PDE-5. A sildenafila não exerce efeitos sobre a acuidade visual, sensibilidade de
contrastes, eletroretinogramas, pressão intraocular ou pupilometria. Um estudo clínico cruzado, placebo
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controlado, com pacientes com degeneração macular precoce comprovadamente relacionada à idade (n = 9),
demonstrou que a sildenafila (dose única de 100 mg) foi bem tolerada e não resultou em alterações clinicamente
significativas nos testes visuais conduzidos (acuidade visual, escala de Amsler, discriminação de cores,
simulação de luzes de trânsito, perímetro de Humphrey e foto estresse).
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
A sildenafila apresenta uma farmacocinética dose-proporcional, dentro do intervalo de doses recomendadas. A
sildenafila é eliminada predominantemente através do metabolismo hepático (principalmente via citocromo P450
3A4), e é convertida a um metabólito ativo com propriedades semelhantes à sildenafila inalterada.
Absorção - A sildenafila é rapidamente absorvida após administração oral, apresentando uma biodisponibilidade
absoluta média de 41% (variando entre 25 - 63%). A sildenafila, a uma concentração equivalente a 3,5 nM, inibe
em 50% a atividade da enzima humana PDE-5, in vitro. Em homens, a média da concentração plasmática
máxima de sildenafila livre, após a administração de uma dose única oral de 100 mg, é de aproximadamente 18
ng/mL ou 38 nM. As concentrações plasmáticas máximas observadas são atingidas de 30 a 120 minutos (em
média 60 minutos) após uma dose oral, em jejum. Quando a sildenafila é administrada com uma refeição rica em
lípides, a taxa de absorção é reduzida, verificando-se um atraso médio de 60 minutos no Tmáx e uma redução
média de 29% na Cmáx, contudo, a extensão de absorção não foi significativamente afetada (ASC reduzida em
11%).
Distribuição - O volume médio de distribuição da sildenafila no estado de equilíbrio (steady-state) é de 105
litros, indicando sua distribuição nos tecidos. A sildenafila e o seu principal metabólito circulante, o N-desmetil,
apresentam uma ligação às proteínas plasmáticas de aproximadamente 96%. A ligação proteica é independente
da concentração total do fármaco. Com base nas medidas de sildenafila no sêmen de voluntários sadios, foi
demonstrado que menos de 0,0002% (em média 188 ng) da dose administrada estava presente no sêmen, 90
minutos após a administração do fármaco.
Metabolismo: A sildenafila sofre depuração hepática principalmente pelas isoenzimas microssomais CYP3A4
(via principal) e CYP2C9 (via secundária). O principal metabólito circulante, que mais tarde também é
metabolizado, resulta da N-desmetilação da sildenafila. Esse metabólito apresenta perfil de seletividade para as
fosfodiesterases semelhante à da sildenafila e potência de inibição in vitro para a PDE-5 de aproximadamente
50% da verificada para o fármaco inalterado. As concentrações plasmáticas desse metabólito são de
aproximadamente 40% da verificada para a sildenafila em voluntários sadios. O metabólito N-desmetil é
amplamente metabolizado, apresentando meia-vida terminal de aproximadamente 4 h.
Eliminação: O clearance total da sildenafila é de 41 L/h, com meia-vida terminal de 3-5 horas. Após
administração oral ou intravenosa, a sildenafila é excretada sob a forma de metabólitos, predominantemente nas
fezes (aproximadamente 80% da dose oral administrada) e em menor quantidade na urina (aproximadamente
13% da dose oral administrada).
FARMACOCINÉTICA EM GRUPOS DE PACIENTES ESPECIAIS
Idosos - Voluntários sadios idosos (65 anos ou mais) apresentaram uma redução no clearance da sildenafila,
resultando em concentrações plasmáticas aproximadamente 90% maiores de sildenafila e o metabólito ativo N-
desmetil comparado àquelas observadas em voluntários sadios mais jovens (18-45 anos). Devido a diferenças de
idade na ligação às proteínas plasmáticas, o aumento correspondente na concentração plasmática da sildenafila
livre foi de aproximadamente 40%.
Insuficiência Renal - Em voluntários com insuficiência renal leve (clearance de creatinina = 50-80 mL/min) e
moderada (clearance de creatinina = 30-49 mL/min), a farmacocinética a uma dose única oral de sildenafila (50
mg) não foi alterada. Em voluntários com insuficiência renal grave (clearance de creatinina ≤ 30 mL/min), o
clearance da sildenafila se mostrou reduzido, resultando em um aumento da ASC (100%) e da Cmáx (88%),
quando comparado com indivíduos de idade semelhante, sem insuficiência renal (vide item 8. Posologia e Modo
de Usar). Além disso, os valores da ASC e Cmáx do metabólito N-desmetil foram significativamente aumentados
em 200% e 79%, respectivamente, em indivíduos com insuficiência renal grave comparado a indivíduos com
função renal normal.
Insuficiência Hepática - Em voluntários com cirrose hepática (classe A e B de Child-Pugh) o clearance da
sildenafila se mostrou reduzido, resultando em um aumento da ASC (85%) e da Cmáx (47%), quando comparado
com indivíduos de idade semelhante, sem insuficiência hepática (vide item 8. Posologia e Modo de Usar). A
farmacocinética da sildenafila em pacientes com insuficiência hepática grave (classe C de Child-Pugh) não foi
estudada.
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DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICOS
Carcinogênese, Mutagênese, Prejuízo da Fertilidade - A sildenafila não foi carcinogênica quando administrada a
ratos por 24 meses, com uma dose que resultou em uma exposição sistêmica total ao fármaco (ASCs), para a
sildenafila livre e seu principal metabólito, de 29 e 42 vezes (para ratos machos e fêmeas, respectivamente) as
exposições observadas em homens que receberam a Dose Máxima Recomendada para Humanos (DMRH) de
100 mg de sildenafila. A sildenafila não foi carcinogênica quando administrada a camundongos por um período
de 18-21 meses em doses de até a Dose Máxima Tolerada (DMT) de 10 mg/kg/dia, aproximadamente 0,6 vezes
a DMRH na base de mg/m2
Neuropatia óptica isquêmica anterior não-arterítica (NAION), uma condição rara e uma causa da diminuição ou
perda da visão, foi raramente relatada na pós-comercialização com o uso de todos os inibidores da PDE5,
incluindo a sildenafila. A maioria destes pacientes apresentava fatores de risco como baixa taxa de disco óptico
("crowded disc"), idade superior a 50 anos, diabetes, hipertensão, doença arterial coronariana, hiperlipidemia e
. A sildenafila foi negativa nos testes in vitro realizados em células bacterianas e em
células do ovário de hamster chinês para a detecção de mutagenicidade, assim como nos testes in vitro em
linfócitos humanos e in vivo em micronúcleo de camundongo para a detecção de clastogenicidade. Não houve
prejuízo da fertilidade em ratos que receberam sildenafila em doses de até 60 mg/kg/dia por 36 dias (fêmeas) e
102 dias (machos), uma dose que produziu um valor de ASC de mais de 25 vezes a ASC observada em homens.
Não houve efeito sobre a motilidade ou morfologia do espermatozoide após dose única oral de 100 mg de citrato
de sildenafila em voluntários sadios.
O uso de citrato de sildenafila é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a
qualquer componente da fórmula. Foi demonstrado que asildenafila potencializa o efeito hipotensor dos nitratos
de uso agudo ou crônico, estando, portanto, contraindicada a administração a pacientes usuários de qualquer
forma doadora de óxido nítrico, nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos; tanto os de uso frequente quanto os de
uso intermitente (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes em tratamento com medicamentos que
contenham qualquer forma doadora de óxido nítrico, nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
O conhecimento da história clínica e a realização de um exame físico completo são necessários para se
diagnosticar a disfunção erétil, determinar as prováveis causas e identificar o tratamento adequado. Existe um
grau de risco cardíaco associado à atividade sexual. Portanto, os médicos podem considerar uma avaliação da
condição cardiovascular dos seus pacientes antes de iniciarem qualquer tratamento para a disfunção erétil.
Os agentes para o tratamento da disfunção erétil não devem ser utilizados em homens para os quais a atividade
sexual esteja desaconselhada. Foram relatados eventos cardiovasculares graves pós-comercialização, incluindo
infarto do miocárdio, morte súbita cardíaca, arritmia ventricular, hemorragia cerebrovascular e ataque isquêmico
transitório em associação temporal com o uso de citrato de sildenafila para a disfunção erétil. A maioria, mas não
todos os pacientes, tinha fatores de risco cardiovascular pré-existente. Foi relatado que muitos desses eventos
ocorreram durante ou logo após a atividade sexual e poucos foram relatados com ocorrência logo após o uso de
citrato de sildenafila sem atividade sexual. Relatou-se que outros ocorreram horas ou dias após o uso de citrato
de sildenafila e atividade sexual. Não é possível determinar se esses eventos estão relacionados diretamente ao
uso de citrato de sildenafila à atividade sexual, a pacientes com doença cardiovascular de base, à combinação
desses fatores ou outros fatores.
Nos estudos clínicos, foi demonstrado que a sildenafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas que
resultam em uma diminuição transitória na pressão sanguínea (vide item 3. Características Farmacológicas). Este
resultado traz pouca ou nenhuma consequência para a maioria dos pacientes. Entretanto, antes da sildenafila ser
prescrita, os médicos devem considerar cuidadosamente se seus pacientes com alguma doença pré-existente
poderiam ser afetados de maneira adversa por esse efeito vasodilatador, especialmente quando em combinação
com a atividade sexual. Pacientes que têm alta susceptibilidade a vasodilatadores incluem aqueles que
apresentam obstrução do fluxo de saída do ventrículo esquerdo (por ex., estenose aórtica, cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva) ou aqueles com uma síndrome rara de atrofia de múltiplos sistemas, se manifestando
como um controle autônomo da pressão sanguínea gravemente comprometida.
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tabagismo. Um estudo observacional avaliou se o uso recente de inibidores de PDE5, como classe, foi associado
ao início agudo de NAION. Os resultados sugerem um aumento aproximado de duas vezes no risco de NAION
dentro de 5 meia vidas de uso do inibidor de PDE5. Com base na literatura publicada, a incidência anual de
NAION é de 2,5-11,8 casos por 100.000 homens com idade ≥50 por ano na população geral. No caso de perda
repentina da visão, os pacientes devem ser advertidos a interromper o uso de sildenafila e consultar um médico
imediatamente.
Os indivíduos que já apresentaram NAION têm risco aumentado de recorrência. Portanto, os médicos devem
discutir esse risco com esses pacientes e se eles podem ser adversamente afetados pelo uso de inibidores de
PDE5. Os inibidores de PDE5, incluindo a sildenafila, devem ser usados com cautela nesses pacientes e apenas
quando os benefícios antecipados superarem os riscos.
Recomenda-se cautela na administração concomitante de sildenafila em pacientes recebendo α-bloqueadores,
pois a coadministração pode levar à hipotensão sintomática em alguns poucos indivíduos suscetíveis (vide item
6. Interações Medicamentosas). A fim de diminuir o potencial de desenvolver hipotensão postural, o paciente
deve estar estável hemodinamicamente durante a terapia com α-bloqueadores antes de iniciar o tratamento com
sildenafila. Deve-se considerar a menor dose de sildenafila para iniciar a terapia (vide item 8. Posologia e Modo
de Usar). Além do mais, o médico deve alertar o que o paciente deve fazer caso ele apresente sintomas de
hipotensão postural.
Uma minoria dos pacientes que têm retinite pigmentosa hereditária apresenta alterações genéticas das
fosfodiesterases da retina. Não existem informações relativas à segurança da administração de citrato de
sildenafila a pacientes com retinite pigmentosa, portanto, citrato de sildenafila deve ser administrado com
precaução a esses pacientes.
Estudos in vitro com plaquetas humanas indicam que a sildenafila potencializa o efeito antiagregante do
nitroprussiato de sódio (um doador de óxido nítrico). Não existem informações relativas à segurança da
administração de citrato de sildenafila a pacientes com distúrbios hemorrágicos ou com úlcera péptica ativa. Por
esse motivo, o citrato de sildenafila deve ser administrado com precaução a esses pacientes.
Os agentes para tratamento da disfunção erétil devem ser utilizados com precaução em pacientes com
deformações anatômicas do pênis (tais como angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie) ou em
pacientes com condições que possam predispô-los ao priapismo (tais como anemia falciforme, mieloma múltiplo
ou leucemia).
Ereções prolongadas e priapismo já foram relatados com sildenafila em experiências pós-comercialização. Em
caso de persistência de ereção por mais do que 4 horas, o paciente deve procurar atendimento médico
imediatamente. Se não for tratado imediatamente, o priapismo pode resultar em danos teciduais e impotência
permanente.
A segurança e a eficácia das associações de citrato de sildenafila com outros inibidores de PDE5 ou outros
tratamentos para hipertensão arterial pulmonar (HAP) que contenham sildenafila, ou outros tratamentos para a
disfunção erétil não foram estudadas. Portanto, o uso dessas associações não é recomendado.
Diminuição repentina ou perda de audição foram relatadas em pequeno número de pacientes na pós-
comercialização e em estudos clínicos com o uso de todos os inibidores da PDE5, incluindo a sildenafila. A
maioria destes pacientes apresentava fatores de risco para diminuição repentina ou perda de audição. Não foi
identificada relação causal entre o uso de inibidores de PDE5 e diminuição repentina ou perda de audição.
Em caso de diminuição repentina ou perda de audição, os pacientes devem ser advertidos a interromper
imediatamente o uso de sildenafila e a consultarem imediatamente o médico.
Uso durante a Gravidez e Lactação
Não foi encontrado efeito teratogênico, diminuição da fertilidade ou eventos adversos no desenvolvimento
peri/pós-natal em ratos e coelhos após administração oral de sildenafila.
Não existem estudos adequados e bem controlados da sildenafila em mulheres grávidas e lactantes.
Uso em Idosos
O ajuste de dose não é necessário para pacientes idosos.
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Efeitos na habilidade de dirigir e de operar máquinas
EFEITOS DE OUTROS MEDICAMENTOS SOBRE O CITRATO DE SILDENAFILA
Estudos in vitro
O metabolismo da sildenafila é mediado principalmente pelas isoformas do citocromo P450 (CYP), 3A4 (via
principal) e 2C9 (via secundária). Portanto, inibidores dessas isoenzimas podem reduzir o clearance da
sildenafila e os indutores podem aumentá-lo.
Estudos in vivo
Os dados farmacocinéticos populacionais de pacientes em estudos clínicos indicaram uma diminuição do
clearance da sildenafila quando coadministrada com inibidores do citocromo CYP3A4 (tais como o cetoconazol,
eritromicina ou cimetidina).
A cimetidina (800 mg), um inibidor do citocromo P450 e um inibidor não-específico CYP3A4, causou um
aumento de 56% na concentração plasmática da sildenafila, quando coadministrada com citrato de sildenafila 50
mg a voluntários sadios.
Quando uma dose única de 100 mg de citrato de sildenafila foi administrada com eritromicina, um inibidor
específico do CYP3A4, no estado de equilíbrio (500 mg, 2 vezes por dia por 5 dias) houve um aumento de 182%
na exposição sistêmica à sildenafila (ASC). Além disso, a coadministração de sildenafila (100 mg em dose
única) e saquinavir (um inibidor da protease HIV), que também é um inibidor do CYP3A4, no estado de
equilíbrio (1200 mg, 3 vezes por dia), resultou em um aumento de 140% na Cmáx e de 210% na ASC da
sildenafila. A sildenafila não afetou a farmacocinética do saquinavir (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
Espera-se que inibidores mais potentes do CYP3A4, tais como o cetoconazol e o itraconazol, apresentem efeitos
maiores.
A coadministração de sildenafila (100 mg em dose única) e ritonavir (um inibidor da protease HIV), que também
é um potente inibidor do citocromo P450, no estado de equilíbrio (500 mg, 2 vezes por dia), resultou em um
aumento de 300% (4 vezes) na Cmáx e de 1000% (11 vezes) na ASC plasmática da sildenafila. Após 24 horas, os
níveis de sildenafila no plasma ainda eram de aproximadamente 200 ng/mL, comparados a aproximadamente 5
ng/mL quando a sildenafila foi administrada sozinha. Este dado é consistente com os efeitos marcantes do
ritonavir em um espectro variado de substratos do citocromo P450. A sildenafila não apresentou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do ritonavir (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
Quando doses de sildenafila foram administradas, conforme recomendação, em pacientes recebendo inibidores
potentes do citocromo CYP3A4, a concentração plasmática máxima de sildenafila livre não foi superior a 200
nM em todos os indivíduos avaliados, e foram bem toleradas.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não exerceram qualquer efeito sobre
a biodisponibilidade de citrato de sildenafila.
Em um estudo com voluntários saudáveis do sexo masculino, a coadministração do antagonista de endotelina
bosentana (um indutor do CYP3A4 [moderado], CYP2C9 e possivelmente do CYP2C19) no estado de equilíbrio
(125 mg, duas vezes por dia) com sildenafila no estado de equilíbrio (80 mg, três vezes por dia) resultou em uma
redução de 62,6% e 55,4% na AUC e na Cmax da sildenafila, respectivamente. A sildenafila aumentou a AUC e a
Cmax do bosentana em 49,8% e 42%, respectivamente. Espera-se que a administração concomitante de indutores
potentes do CYP3A4, como a rifampicina, cause reduções ainda maiores nas concentrações plasmáticas da
sildenafila.
Os dados farmacocinéticos dos pacientes incluídos em estudos clínicos não demonstraram qualquer efeito da
medicação concomitante sobre a farmacocinética da sildenafila, quando essas medicações foram agrupadas da
seguinte forma: inibidores do citocromo CYP2C9 (tais como tolbutamida, varfarina), inibidores do citocromo
CYP2D6 (tais como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos), tiazidas e
diuréticos relacionados, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e bloqueadores de canais de
cálcio. A ASC do metabólito ativo, N-desmetil sildenafila, estava aumentada em 62% por diuréticos de alça e
poupadores de potássio e 102% pelos beta-bloqueadores não específicos. Não se espera que estes efeitos sobre o
metabólito tenham consequências clínicas.
Em voluntários sadios do sexo masculino não existiram evidências sobre o efeito da azitromicina (500 mg
diários, por 3 dias) na ASC, Cmáx, Tmáx, constante da taxa de eliminação ou na meia-vida da sildenafila ou de seu
principal metabólito circulante.
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EFEITOS DE CITRATO DE SILDENAFILA SOBRE OUTROS MEDICAMENTOS
A sildenafila é um fraco inibidor das isoformas do citocromo P450, 1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (IC50 >
150 µM). Uma vez que o pico de concentração plasmática da sildenafila é de aproximadamente 1 µM após as
doses recomendadas, é improvável que o citrato de sildenafila altere o clearance dos substratos dessas
isoenzimas.
Foi demonstrado que o citrato de sildenafila potencializa o efeito hipotensor da terapêutica com nitratos, tanto de
uso agudo quanto crônico. Portanto, o uso de qualquer forma doadora de óxido nítrico, nitratos ou nitritos
orgânicos, de uso regular ou intermitente com citrato de sildenafila é contraindicado (vide item 4.
Contraindicações).
Em 3 estudos específicos de interação fármaco-fármaco, o α-bloqueador doxazosina (4 mg e 8 mg) e a
sildenafila (25 mg, 50 mg ou 100 mg) foram administrados simultaneamente a pacientes com hiperplasia
prostática benigna (HPB) estável em tratamento com doxazosina. Foi observado, nesta população de estudo, que
a redução adicional média da pressão sanguínea na posição supina foi de 7/7 mmHg, 9/5 mm Hg e 8/4 mmHg, e
a redução adicional média da pressão sanguínea em pé foi de 6/6 mmHg, 11/4 mmHg e 4/5 mmHg,
respectivamente.
Quando a sildenafila é coadministrada com doxazosina em pacientes estáveis em tratamento com doxazosina,
houve relatos infrequentes de pacientes que apresentaram hipotensão postural sintomática. Estes relatos
incluíram tontura e sensação de cabeça vazia, mas sem desmaio. A coadministração de sildenafila a pacientes em
tratamento com α-bloqueadores pode levar à hipotensão sintomática em alguns indivíduos suscetíveis (vide itens
5. Advertências e Precauções e 8. Posologia e Modo de Usar).
Não foi demonstrada interação significativa quando a sildenafila (50 mg) foi coadministrada com a tolbutamida
(250 mg) ou varfarina (40 mg), sendo que ambas são metabolizadas pelo citocromo CYP2C9.
O citrato de sildenafila (100 mg) não afetou a farmacocinética do estado de equilíbrio dos inibidores da protease
HIV, saquinavir e ritonavir, ambos substratos do citocromo CYP3A4.
O citrato de sildenafila em estado de equilíbrio (80 mg, três vezes ao dia) resultou em um aumento de 49,8% na
AUC do bosentana e um aumento de 42% na Cmax
Para a maioria dos pacientes, a dose recomendada é de 50 mg em dose única, administrada, quando necessária,
aproximadamente 1 hora antes da relação sexual. De acordo com a eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser
do bosentana (125 mg, duas vezes ao dia) (veja acima,
EFEITOS DE OUTROS MEDICAMENTOS SOBRE O CITRATO DE SILDENAFILA).
O citrato de sildenafila (50 mg) não potencializou o aumento no tempo de sangramento provocado pelo ácido
acetilsalicílico (150 mg) e os efeitos hipotensores do álcool em voluntários sadios com níveis médios máximos
de álcool no sangue de 0,08% (80 mg/dL).
Não foi observada interação quando a sildenafila 100 mg foi coadministrada com anlodipino em pacientes
hipertensos. A média da redução adicional da pressão arterial na posição supina foi de 8 mmHg (sistólica) e 7
mmHg (diastólica).
A análise de dados sobre segurança não demonstrou qualquer diferença no perfil de efeitos colaterais em
pacientes tratados com citrato de sildenafila, na presença e ausência de medicação anti-hipertensiva.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: comprimido pentagonal revestido, biconvexo azul.
Os comprimidos de citrato de sildenafila destinam-se à administração por via oral.
Uso em Adultos
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aumentada para uma dose máxima recomendada de 100 mg ou diminuída para 25 mg. A dose máxima
recomendada é de 100 mg. A frequência máxima recomendada de citrato de sildenafila é de 1 vez ao dia.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (clearance de creatinina =
30 – 80 mL/min). Uma vez que o clearance da sildenafila é reduzido em pacientes com insuficiência renal grave
(clearance de creatinina < 30 mL/min), uma dose de 25 mg deve ser considerada.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
Uma vez que o clearance da sildenafila é reduzido em pacientes com insuficiência hepática (classe A ou B de
Child-Pugh) (por ex.: cirrose), uma dose de 25 mg deve ser considerada. A farmacocinética da sildenafila em
pacientes com insuficiência hepática grave (classe C de Child-Pugh) não foi estudada.
Uso em Pacientes que Utilizam outras Medicações
Considerando a extensão da interação em pacientes em tratamento concomitante com sildenafila e ritonavir (vide
item 6. Interações Medicamentosas), recomenda-se não exceder a dose única máxima de 25 mg de sildenafila em
um período de 48 horas. Uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em pacientes recebendo terapia
concomitante com inibidores da CYP3A4 (por ex.: eritromicina, saquinavir, cetoconazol, itraconazol) (vide item
6. Interações Medicamentosas).
A fim de diminuir o potencial de desenvolver hipotensão postural, o paciente deve estar estável durante a terapia
com α-bloqueadores antes de iniciar o tratamento com sildenafila. Além disso, deve-se considerar a menor dose
de sildenafila para iniciar a terapia (vide item 5. Advertências e Precauções e item 6. Interações
Medicamentosas).
Foi demonstrado que o citrato de sildenafila potencializa o efeito hipotensor dos nitratos. Portanto, a
administração a pacientes que fazem uso de medicamentos doadores de óxido nítrico ou nitratos sob qualquer
forma, é contraindicada.
Uso em Crianças
O citrato de sildenafila não é indicado para o uso em crianças (< 18 anos).
Uso em Idosos
O ajuste de dose não é necessário para pacientes idosos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Os eventos adversos foram, em geral, transitórios e de natureza leve a moderada.
Em estudos de dose fixa, a incidência de alguns eventos adversos aumentou com a dose. A natureza dos eventos
em estudos de dose flexível, que refletem de forma mais adequada o regime posológico recomendado, foi
semelhante àquela observada nos estudos de dose fixa.
As reações adversas mais comumente relatadas foram cefaleia e rubor.
As reações adversas relatadas em estudos clínicos e vigilância pós-comercialização estão presentes na Tabela 1:
Tabela 1
Sistema de
Classificação de
Órgãos
Muito comum
(≥1/10)
Comum
(≥1/100 e <1/10)
Incomum
(≥1/1000 e <1/100)
Rara
(≥ 1/10000 e
< 1/1000).
Infecções e
infestações
Rinite
Distúrbios do
sistema
imunológico
Hipersensibilidade
sistema nervoso
Cefaleia Tontura Sonolência Convulsão*,
Recorrência de
convulsão*,
Síncope
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Distúrbios oculares Visão embaçada,
Distúrbios visuais,
Cianopsia
Dor ocular,
Fotofobia, Fotopsia,
Cromatopsia,
Hiperemia ocular,
Ofuscamento visual
Edema ocular,
Inchaço ocular,
Secura nos olhos,
Astenopia, Visão de
halo, Xantopsia,
Eritropsia,
Distúrbio ocular,
Hiperemia da
conjuntiva,
Irritação ocular,
Sensação anormal
nos olhos, Edema
de pálpebra
Distúrbios cardíacos Taquicardia,
Palpitação.
Distúrbios
vasculares
Ondas de calor,
Rubor.
Hipotensão
respiratórios,
distúrbios torácicos
e do mediastino
Congestão nasal Epistaxe,
Congestão dos
seios nasais
Fechamento da
garganta, Secura
nasal, Edema nasal
gastrointestinais
Náusea, Dispepsia Doença do refluxo
gastroesofágico,
Vômitos, Dor no
abdômen superior,
Boca seca
Hipoestesia oral.
Distúrbios da pele e
tecido subcutâneo
Erupção cutânea
musculoesqueléticos
e do tecido
conjuntivo
Mialgia, Dor nas
extremidades
aparelho reprodutor
e da mama
Priapismo*,
Aumento da ereção
Distúrbios gerais e
problemas no local
de administração
Sensação de calor Irritabilidade
Investigações Aumento da
frequência cardíaca
*Relatado somente durante a vigilância pós-comercialização
Nas doses acima da variação de dose recomendada, eventos adversos foram semelhantes àqueles detalhados
acima, mas foram relatados com mais frequência.
Após a análise de estudos clínicos duplo-cegos, placebo-controlados, envolvendo mais de 700 pessoas-ano só
utilizando placebo e mais de 1300 pessoas-ano tratadas com sildenafila, observou-se que não há diferenças na
taxa de incidência de infarto do miocárdio ou a taxa de mortalidade cardiovascular em pacientes tratados com
sildenafila comparados àqueles recebendo placebo. A taxa de incidência de infarto do miocárdio foi de 1,1 por
100 pessoas-ano, para homens recebendo tanto placebo quanto sildenafila. E a taxa de incidência de mortalidade
cardiovascular foi de 0,3 por 100 pessoas-ano, para homens recebendo tanto placebo quanto sildenafila.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.