Bula do Clindarix produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Blau Farmacêutica S/A.
CLINDARIX®
Blau Farmacêutica S.A.
Solução Injetável
150 mg/mL
MODELO DE BULA DO PACIENTE RDC 47/09
Clindarix®
fosfato de clindamicina
APRESENTAÇÕES
Solução injetável contendo 150 mg/mL.
Embalagens contendo 20 ampolas de 2 mL, 4 mL ou 6 mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 MÊS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
fosfato de clindamicina (equivalente a 150 mg de clindamicina base) ................................................... 178,23 mg
excipientes (álcool benzílico, edetato dissódico, hidróxido de sódio*, ácido clorídrico* e água para injetáveis)
q.s.p. ...................................................................................................................................................................1 mL
*ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio pode ser utilizado durante a fabricação para ajuste de pH.
I) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Clindarix®
(fosfato de clindamicina) solução injetável é um antibiótico indicado no tratamento de diversas
infecções, entre as quais incluem:
• infecções do trato respiratório superior (nariz, faringe laringe e traqueia) e inferior (brônquios, pulmões) como
empiema (presença de pus entre as membranas que envolvem os pulmões), pneumonia anaeróbica (pneumonia
por uma bactéria específica) e abscessos pulmonares (acúmulo de pus nos pulmões);
• septicemia bacteriana (disseminação de bactérias pelo sangue a partir de uma infecção em determinado local);
• infecções de pele e partes moles, (infecção da pele e tecidos próximos como gordura);
• infecções intra-abdominais, de abdome, como peritonite (infecção da membrana que envolve os órgãos internos
abdominais) e abscesso intra-abdominal (acúmulo de pus dentro da cavidade do abdome); infecções da pelve
(região inferior do abdome) e do trato genital feminino (útero, trompas, ovário e vagina) como endometrite
(infecção de uma das camadas de tecido que forma o útero), abscessos tubo-ovarianos não gonocócicos
(acúmulo de pus dentro das trompas uterinas e do ovário causadas por bactérias diferentes da Neisseria
gonorrheae), celulite pélvica (infecção da pele e dos tecidos abaixo dela na região pélvica e infecção vaginal
após cirurgias) e infecções dentárias.
Clindarix®
(fosfato de clindamicina) é um antibiótico inibidor da síntese proteica bacteriana, ele impede que as
bactérias produzam proteínas que são a base do seu crescimento e reprodução, ou seja, incapacita a bactéria de
crescer e se multiplicar.
Clindarix®
(fosfato de clindamicina) não deve ser usado caso você já tenha apresentado hipersensibilidade,
alergia ou reação alérgica à clindamicina, à lincomicina ou a qualquer componente da fórmula.
O tratamento com antibióticos altera a flora normal do cólon, altera o equilíbrio entre as bactérias presentes
normalmente no intestino grosso, resultando em um crescimento excessivo de determinadas bactérias. Há relatos
de que diarreia associada à C. difficile pode ocorrer em até dois meses após a administração de antibióticos;
portanto, o médico deve ter cuidado na avaliação de seu histórico clínico e acompanhá-lo após o tratamento.
Colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da espécie C. difficile) foi relatada em associação a
quase todos agentes antibióticos, inclusive clindamicina, fosfato de clindamicina, e pode variar, em gravidade, de
leve a risco de morte. Portanto, é importante que o médico considere esse diagnóstico em pacientes que
apresentem diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas diariamente) após a administração
de antibióticos. Casos leves de colite pseudomembranosa geralmente melhoram com a interrupção do uso do
medicamento.
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Clindarix®
(fosfato de clindamicina) não deve ser utilizado no tratamento da meningite (infecção das meninges,
membrana que envolve o cérebro e a medula espinal), pois não penetra adequadamente no líquido
cefalorraquidiano (líquido que preenche o espaço entre as meninges e o cérebro e a medula).
Durante o tratamento prolongado, devem ser realizados testes periódicos de função hepática (do fígado) e renal
(do rim).
O uso de Clindarix®
(fosfato de clindamicina) pode resultar em proliferação de microrganismos não susceptíveis,
não sensíveis ao antibiótico, particularmente as leveduras.
(fosfato de clindamicina) não deve ser injetado em bolus (em uma aplicação rápida) por via
intravenosa sem ser diluído, mas sim posto em infusão por, pelo menos, 10 – 60 minutos.
Este produto contém álcool benzílico. O álcool benzílico foi associado à síndrome de Gasping (um tipo de
alteração na respiração) fatal em recém-nascidos prematuros.
Uso durante a Gravidez
O fosfato de clindamicina atravessa a placenta em humanos, portanto deve ser utilizado na gravidez apenas se
claramente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Uso durante a Lactação
A clindamicina foi detectada no leite materno e devido aos potenciais efeitos adversos em neonatos,
clindamicina não deve ser utilizada em mulheres que estão amamentando.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de fosfato de clindamicina na habilidade de dirigir ou operar máquinas ainda não foi sistematicamente
avaliado.
Interações Medicamentosas
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.
O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama
interação medicamentosa.
O fosfato de clindamicina pode interagir com outros medicamentos, como eritromicina e medicamentos
bloqueadores neuromusculares.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Clindarix®
(fosfato de clindamicina) deve ser mantido em sua embalagem original e em local fresco entre 8° e
15°C.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data da fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Este medicamento apresenta-se na forma de uma solução límpida, incolor à levemente amarelada e isenta de
partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Uso em Adultos
Via parenteral (administração IM = Intramuscular ou IV = Intravenosa): para infecções intra-abdominais,
infecções da pelve e outras complicações ou infecções graves, a dose usual diária de fosfato de clindamicina é
2400 – 2700 mg em 2, 3 ou 4 doses iguais. Infecções mais moderadas causadas por microrganismos sensíveis
podem responder com 1200 – 1800 mg por dia, em 3 ou 4 doses iguais.
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Doses diárias maiores que 4800 mg foram usadas com sucesso.
Doses únicas IM maiores que 600 mg não são recomendadas.
Uso em Crianças (com mais de 1 mês de idade)
Via parenteral (administração IM = Intramuscular ou IV = Intravenosa): 20 – 40 mg/kg por dia em 3 ou 4
doses iguais.
Uso em Pacientes Idosos
Estudos com fosfato de clindamicina mostraram que não há diferenças importantes entre pacientes jovens e
idosos com a função hepática (do fígado) normal e função renal (do rim) normal (ajustado pela idade), após
administração oral ou intravenosa. Portanto, o ajuste da dose não é necessário em pacientes idosos com a função
hepática normal e função renal normal (ajustado pela idade).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal e Hepática
Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência (falência) renal e hepática.
Doses em Indicações Específicas
Tratamento de infecções por estreptococo beta-hemolítico: Consulte as recomendações de dosagem “Uso em
Adultos e Crianças”. Em infecções por estreptococos beta-hemolíticos (bactéria específica), o tratamento deve
ser mantido por pelo menos 10 dias.
Tratamento intra-hospitalar de doença inflamatória pélvica: em doença inflamatória pélvica (DIP), infecção
ou inflamação dos órgãos presentes na região inferior do abdome (útero, trompas, ovário), o tratamento deve ser
iniciado com 900 mg de fosfato de clindamicina, por via intravenosa a cada 8 horas. O tratamento IV deve ser
continuado por pelo menos 4 dias e por pelo menos 48 horas após a recuperação da paciente.
Continua-se então o tratamento com um cloridrato de clindamicina por via oral, administrando-se 450 – 600 mg
a cada 6 horas até completar 10 – 14 dias de tratamento total.
Clindarix®
(fosfato de clindamicina) será preparado e administrado por um médico ou por um profissional de
saúde especializado.
As instruções para administração, reconstituição, diluição e infusão estão disponibilizadas na parte destinada aos
Profissionais de Saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde especializado poderá preparar e
administrar a medicação.
(fosfato de clindamicina) em infusão, é incompatível (ou seja, não deve ser infundido junto com)
com: ampicilina sódica, fenitoína sódica, barbitúricos, aminofilina, gliconato de cálcio, sulfato de magnésio,
ceftriaxona sódica e ciprofloxacino.
Não foi demonstrada incompatibilidade com os antibióticos cefalotina, cenamicina, gentamicina, penicilina ou
carbenicilina.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Como este é um medicamento de uso hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o
caso. Se você não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
As categorias de frequência são definidas como: muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento), comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento),
incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), raras (ocorre entre 0,01% e
0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento), muito raras (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
utilizam este medicamento), desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis).
Foram relatadas as seguintes reações adversas:
Infecções e infestações:
Comum: Colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da espécie C. dificille).
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático:
Incomuns: eosinofilia (aumento de um tipo de células de defesa no sangue: eosinófilo).
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Desconhecidas: agranulocitose (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: granulócitos), leucopenia
(redução de células de defesa no sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue:
neutrófilos), e trombocitopenia (diminuição de um tipo de células de coagulação do sangue: plaquetas).
Distúrbios do sistema imunológico:
Desconhecidas: reações anafiláticas (reação alérgica que pode levar à incapacidade de respirar), reação com
eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) (reação adversa a medicamentos caracterizada por erupção cutânea
grave, febre, aumento de gânglios, hepatite e anormalidades nas células do sangue).
Distúrbios do sistema nervoso:
Incomum: disgeusia (alteração do paladar).
Distúrbios cardíacos:
Incomum: parada cardiorrespiratória, hipotensão (pressão baixa).
Distúrbios vasculares:
Comum: tromboflebite (inflamação da veia).
Distúrbios gastrintestinais:
Comuns: diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas diariamente), dor abdominal.
Incomuns: náusea (enjoo), vômito.
Distúrbios hepatobiliares:
Comum: foram observadas anormalidades em testes de função hepática (alterações dos testes laboratoriais que
avaliam a função do fígado).
Desconhecida: icterícia (pele amarelada devido à deposição de substâncias biliares).
Distúrbios na pele ou no tecido subcutâneo:
Comum: rash maculopapular (erupções de pele).
Incomum: urticária (reação alérgica).
Raras: eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e ulcerações em todo o corpo), prurido (coceira).
Desconhecidas: necrose epidérmica tóxica (descamação grave da camada superior da pele), síndrome de
Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosas), dermatite esfoliativa (descamação da
pele), dermatite bolhosa (erupções da pele avermelhadas com pequenas bolhas), rash morbiliforme (erupções da
pele não elevadas e avermelhadas), infecção vaginal (inflamação vaginal), pustulose exantemática generalizada
aguda (aparecimento repentino de pústulas – pequenas bolhas com pus – sobre região de pele avermelhada
acompanhada de febre e aumento da quantidade de leucócitos – tipo de célula branca de defesa – no sangue).
Distúrbios gerais e condições do local de administração:
Incomum: dor e abcesso.
Desconhecida: irritação no local da injeção.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.