Bula do Cloridrato de Ambroxol produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de ambroxol
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Xarope Pediátrico – 3 mg/mL
Xarope Adulto – 6 mg/mL
Modelo de Bula para Profissional de Saúde
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Xarope pediátrico de 3 mg/mL: embalagem com 1 frasco contendo 120 mL + copo-medida.
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
USO ORAL
Xarope adulto de 6 mg/mL: embalagem com 1 frasco contendo 120 mL + copo-medida.
USO ADULTO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém:
cloridrato de ambroxol ....................................................................................................................... 3,0 mg
veículo q.s.p. ......................................................................................................................................... 1 mL
(Veículo: hietelose, glicerol, propilenoglicol, sorbitol, ácido benzóico, ácido tartárico, aroma framboesa,
aroma morango, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, água purificada)
cloridrato de ambroxol ....................................................................................................................... 6,0 mg
(Veículo: hietelose, glicerol, propilenoglicol, sorbitol, sacarina sódica, ácido benzóico, mentol, aroma
pêssego (damasco), aroma laranja, ácido clorídrico, água purificada)
O cloridrato de ambroxol é indicado para a terapia secretolítica e expectorante nas afecções
broncopulmonares agudas e crônicas associadas à secreção mucosa anormal e transtornos do transporte
mucoso.
Em avaliação da prevenção de recorrência de bronquite ao longo de 12 meses, ambroxol (118 pacientes)
manteve a prevenção em 63%, dos pacientes mais graves, em comparação com 38% dos pacientes que
receberam placebo (123 pacientes). Esta diferença foi estatisticamente significante (p = 0,038). Os
eventos adversos possivelmente relacionados ao tratamento foram relatados por 8,5% dos pacientes com
ambroxol e 9,8% dos pacientes com placebo. 1
Um estudo a longo prazo, duplo-cego e controlado por placebo em 173 pacientes com bronquite crônica
tratados com cápsulas de ambroxol de liberação controlada foi realizado com doses diárias de 75 mg de
ambroxol (uma vez ao dia) por 2 anos. Houve uma melhora estatisticamente significante nos parâmetros
de função pulmonar (capacidade vital – p = 0,001, FEV1 – p = 0,05,e taxa de fluxo de pico – p = 0,001) e
alívio evidente nos sintomas subjetivos (dispneia, tosse e dificuldade na expectoração).2
1. Bensi G. Efficacy of twelve-month therapy with oral ambroxol in preventing exacerbations in patients
with chronic bronchitis: double-blind, randomized, multicenter placebo controlled study (the AMETHIST
trial). Chest 112 (3) (Suppl), 22S (1997)
2. Cegla UH. Long-term therapy over two years with ambroxol (Mucosolvan®
) retard capsules in patients
with chronic bronchitis. Results of a double-blind study in 180 patients. Prax. Klin.
PneumoI1988;42:715-721.
Farmacodinâmica
Em estudos pré-clínicos, o cloridrato de ambroxol demonstrou aumentar a secreção das vias respiratórias,
o que potencializa a produção de surfactante pulmonar e estimula a atividade ciliar. Estas ações resultam
na melhora do fluxo e do transporte de muco (depuração ou clearance mucociliar). A melhora da
depuração mucociliar foi demonstrada em estudos farmacológicos clínicos. O aumento da secreção fluida
e da depuração mucociliar facilita a expectoração e alivia a tosse.
Observou-se um efeito anestésico local do cloridrato de ambroxol em modelo de olho do coelho que pode
ser explicado pelas propriedades bloqueadoras do canal de sódio. Demonstrou-se in vitro que o cloridrato
de ambroxol bloqueia os canais neuronais clonados de sódio; a ligação foi reversível e dependente da
concentração. A liberação de citocina sanguínea assim como das células mononucleares e polinucleares
ligadas ao tecido foi significativamente reduzida in vitro pelo cloridrato de ambroxol. Em estudos clínicos
em pacientes com dor de garganta, foram reduzidos significantemente a dor e o rubor faríngeos. Estas
propriedades farmacológicas estão em conformidade com a observação em estudos clínicos anteriores de
eficácia do cloridrato de ambroxol no tratamento de sintomas do trato respiratório superior, nos quais o
cloridrato de ambroxol conduziu ao rápido alívio da dor e do desconforto relacionado à dor na região dos
ouvidos-nariz-traqueia após inalação.
Todas estas propriedades farmacológicas combinadas facultam as formas de ação de cloridrato de
ambroxol xarope. Primeiro, aliviando a irritação e o desconforto da mucosa inflamada da garganta, graças
aos efeitos hidratante e anestésico locais promovidos pela constituição do xarope. Em seguida, cloridrato
de ambroxol xarope atua sobre os brônquios exercendo seu principal benefício - facilitando a
expectoração do muco e aliviando a tosse produtiva, protegendo do acúmulo de muco e contribuindo para
a recuperação do paciente.
Após administração de cloridrato de ambroxol as concentrações de antibióticos (amoxicilina, cefuroxima,
eritromicina) nas secreções broncopulmonares e no catarro aumentaram. O início de ação de cloridrato de
ambroxol xarope ocorre em até 2 horas após o uso.
Farmacocinética
Absorção
A absorção das formas orais de cloridrato de ambroxol de liberação imediata é rápida e completa, com
linearidade de doses dentro dos limites terapêuticos. A concentração plasmática máxima é alcançada em 1
a 2,5 horas após a administração oral da formulação de liberação imediata.
Distribuição
A distribuição do cloridrato de ambroxol do sangue até o tecido é rápida e acentuada, sendo a maior
concentração da substância ativa encontrada nos pulmões. O volume de distribuição após administração
oral foi estimado em 552 litros. Dentro das faixas terapêuticas, a ligação às proteínas plasmáticas
encontrada foi de aproximadamente 90%.
Metabolismo e Eliminação
Em torno de 30% de uma dose oral administrada é eliminada pelo metabolismo de primeira passagem
hepática. O cloridrato de ambroxol é metabolizado fundamentalmente no fígado, por glicuronidação e
clivagem para ácido dibromantranílico (cerca de 10% da dose), além de alguns metabólitos menos
importantes.
Estudos em microssomas hepáticos humanos demonstram que a CYP3A4 é responsável pela
metabolização do cloridrato de ambroxol para ácido dibromantranílico. Dentro de 3 dias após a
administração oral, cerca de 6% da dose é encontrada na forma livre, enquanto cerca de 26% da dose é
recuperada na forma conjugada na urina.
O cloridrato de ambroxol é eliminado com uma meia-vida terminal de eliminação de aproximadamente
10 horas. A depuração total está em torno de 660 ml/min, sendo a depuração renal responsável por cerca
de 83% da depuração total.
Farmacocinética em populações especiais
Em pacientes com disfunção hepática, a eliminação do cloridrato de ambroxol está diminuída, resultando
em níveis plasmáticos aumentados em cerca de 1,3 a 2 vezes. Em razão da elevada faixa terapêutica do
cloridrato de ambroxol, ajustes da dose não são necessários.
Outros
A idade e o sexo não afetaram a farmacocinética do cloridrato de ambroxol em extensão clinicamente
relevante e, portanto não é necessário ajuste do regime posológico.
Não se identificou que a alimentação influencie a biodisponibilidade do cloridrato de ambroxol.
O cloridrato de ambroxol não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
cloridrato de ambroxol e a outros componentes da fórmula.
O cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico é contraindicado para o uso por pacientes com casos
de condições hereditárias raras de intolerância a frutose.
Este medicamento está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Muitos poucos casos de lesões cutâneas graves como síndrome de Stevens Johnson e necrólise
epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados em associação temporal com a administração de
expectorantes como o cloridrato de ambroxol. A maioria pode ser explicada pela gravidade das doenças
subjacentes dos pacientes e/ou pela medicação concomitante. Além disto, durante a fase inicial da
síndrome de Stevens-Johnson ou NET um paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes
ao de gripe como febre, dores no corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode acontecer que, confundido
por estes sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe, seja iniciado tratamento sintomático com uso de
medicação para tosse e resfriado.
Assim, se ocorrerem novas lesões cutâneas ou nas mucosas, deve-se orientar o paciente a procurar o
médico imediatamente e o tratamento com cloridrato de ambroxol deve ser descontinuado por precaução.
Em indicações respiratórias agudas, o médico deve ser procurado se os sintomas não melhorarem, ou se
piorarem, durante o tratamento.
No caso de insuficiência renal, este medicamento só pode ser usado após consultar um médico.
Estudos sobre os efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas não foram realizados. Não há
evidências a partir de dados da pós-comercialização sobre efeito na capacidade de dirigir e utilizar
máquinas.
O cloridrato de ambroxol xarope pediátrico e solução somente devem ser administrados a pacientes
pediátricos menores de 2 anos de idade sob prescrição médica.
O cloridrato de ambroxol xarope adulto e pediátrico contém sorbitol. Pacientes com a condição
hereditária rara de intolerância à frutose não devem usar este medicamento. O cloridrato de ambroxol
xarope pediátrico pode causar também um leve efeito laxativo.
ESTE MEDICAMENTO NÃO CONTÉM AÇÚCAR, PODENDO SER UTILIZADO POR
PACIENTES DIABÉTICOS.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Gravidez
O cloridrato de ambroxol atravessa a barreira placentária. Estudos não clínicos não indicaram efeitos
prejudiciais diretos ou indiretos com relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou
desenvolvimento pós-natal.
A ampla experiência clínica com o emprego após a 28ª semana de gravidez não evidenciaram efeitos
prejudiciais ao feto. Mesmo assim devem ser observadas as precauções habituais a respeito do uso de
medicamento durante a gravidez. O uso de cloridrato de ambroxol não é recomendado, sobretudo durante
o primeiro trimestre.
Lactação
O cloridrato de ambroxol é excretado no leite materno. Embora não sejam esperados efeitos desfavoráveis
nas crianças amamentadas, não se recomenda o uso de cloridrato de ambroxol em lactantes.
Fertilidade
Estudos não clínicos não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre a fertilidade.
Este medicamento está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
Desconhecem-se interações prejudiciais de importância clínica com outras medicações.
Manter em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC), protegido da luz. O prazo de validade do medicamento
é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O cloridrato de ambroxol xarope adulto é uma solução límpida, levemente amarelada, com odor
característico de laranja e pêssego-damasco.
O cloridrato de ambroxol xarope pediátrico é uma solução límpida, levemente amarelada, com odor
característico de framboesa e morango.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Utilize a marcação do copo-medida para medir as doses de cloridrato de ambroxol xarope e gotas.
O cloridrato de ambroxol pode ser administrado com ou sem alimentos.
O cloridrato de ambroxol xarope pediátrico somente devem ser administrados a pacientes
pediátricos menores de 2 anos de idade sob prescrição médica.
XAROPE ADULTO:
Adultos e adolescentes maiores de 12 anos: 5 ml por via oral, 3 vezes ao dia.
Este regime é adequado para o tratamento de doenças agudas do trato respiratório e para o tratamento
inicial de condições crônicas até 14 dias.
XAROPE PEDIÁTRICO:
Crianças abaixo de 2 anos: 2,5 ml – 2 vezes ao dia
Crianças de 2 a 5 anos: 2,5 ml - 3 vezes ao dia
Crianças de 6 a 12 anos: 5 ml - 3 vezes ao dia
A dose de cloridrato de ambroxol xarope pediátrico pode ser calculada à razão de 0,5 mg de ambroxol por
quilograma de peso corpóreo, 3 vezes ao dia.
cloridrato de ambroxol xarope e solução
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): disgeusia (distúrbios do paladar); hipoestesia da faringe; náusea;
hipoestesia oral.
Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): vômitos; diarreia; dispepsia; dor abdominal; boca seca.
Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): garganta seca; erupção cutânea; urticária.
Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados
disponíveis): reação/choque anafilático; hipersensibilidade; edema angioneurótico; prurido.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Até o momento desconhecem-se sintomas específicos de superdose em humanos. Com base em superdose
acidental e/ou relatos de erros na medicação os sintomas observados consistem dos efeitos adversos
conhecidos de cloridrato de ambroxol nas doses recomendadas e pode ser necessário tratamento
sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.