Bula do Cloridrato de Amitriptilina produzido pelo laboratorio Fundação para o Remédio Popular - Furp
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA
FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR - FURP
Comprimido revestido
25 mg e 75 mg
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BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
cloridrato de amitriptilina 25 mg Comprimido revestido
cloridrato de amitriptilina 75 mg Comprimido revestido
Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos
Cartucho com 20 ou 30 comprimidos revestidos de 25 mg.
Cartucho com 20 ou 30 comprimidos revestidos de 75 mg.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 11 ANOS (25mg)
USO ADULTO (75mg)
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contem 25 mg de cloridrato de amitriptilina
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, lactose monoidratada, celulose microcristalina,
croscarmelose sódica, estearato de magnésio, dióxido de silício, talco, álcool polivinílico, macrogol, corante
alumínio laca amarelo crepúsculo nº 6, dióxido de titânio e água purificada.
Cada comprimido revestido contem 75 mg de cloridrato de amitriptilina
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
1. INDICAÇÃO
O cloridrato de amitriptilina é recomendado para o tratamento da depressão em suas diversas formas e enurese
noturna, na qual as causas orgânicas foram excluídas.
2. RESULTADO DA EFICÁCIA
A eficácia da amitriptilina no tratamento da depressão tem sido demonstrada e comprovada por inúmeros estudos
clínicos, sendo que, mesmo com a vinda de novos antidepressivos não tricíclicos, mantêm-se os índices de
eficácia terapêutica e uso.
Além do tratamento da depressão, a amitriptilina tem sido administrada de forma eficaz em outras situações
clínicas, como a enurese noturna.
Foi realizado um estudo terapêutico de amitriptilina versus placebo no tratamento de enurese noturna em 83
crianças na faixa etária de 5 a 15 anos, onde foi relatado que a taxa de cura total com o fármaco variou de 28,8%
após um período de seis semanas de tratamento e no final de seis meses obteve-se a taxa de 68,89% a 53,3%,
respectivamente 1
.
1. Mishra PC et cols. Therapeutic trial of amitryptiline in the treatment of nocturnal enuresis – a controlled study.
Indian Pediatrics 1980; 17 (3): 279-85.
Em estudo duplo-cego com a amitriptilina em crianças com enurese, concluiu-se que a amitriptilina é bem
utilizada para esta indicação. Pelo fato dos pacientes não terem completado o ciclo todo, a resposta do estudo foi
expressa em número das noites sem enurese, semanalmente por um período de tratamento. O resultado do grupo
da amitriptilina foi de 4,67 comparado com 3,51 do grupo placebo. Esta diferença foi altamente significativa (p<
0,001) 2
2. Lines DR. A double-blind trial of amitryptiline in enuretic children. The Medical Journal of Australia 1968; 2
(7): 307-8.
O cloridrato de amitriptilina é quimicamente definido como cloridrato de 3-(10,11-diidro-5-H-dibenzo [a,d]
ciclohepteno-5-ilideno)-N,N-dimetil-1-propanamina. Trata-se de um composto branco cristalino, facilmente
solúvel em água, cujo peso molecular é 313,87.
A fórmula empírica é C20H23N.HCl e a fórmula estrutural é:
Farmacologia
A amitriptilina inibe o mecanismo de bomba da membrana responsável pela captação da norepinefrina e
serotonina nos neurônios adrenérgicos e serotonérgicos. Farmacologicamente, essa atividade pode potencializar
ou prolongar a atividade neural, uma vez que a recaptação dessas aminas biogênicas é fisiologicamente
importante para suprir suas ações transmissoras. Alguns acreditam que essa interferência na recaptação da
norepinefrina e/ou serotonina é a base da atividade antidepressiva da amitriptilina.
Farmacocinética
A amitriptilina é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal e as concentrações plasmáticas atingem ápice
dentro de 6 horas após a dose oral.
Metabolismo
A amitriptilina sofre intenso metabolismo de primeira passagem, e é desmetilada no fígado pelas isoenzimas do
citocromo P450 (CYP3A4, CYP2C9 e CYP2D6), em seu metabólito primário, nortriptilina. Outras vias de
metabolização da amitriptilina incluem a hidroxilação pela CYP2D6 e a N-oxidação; a nortriptilina segue vias
similares. A amitriptilina é excretada na urina, principalmente sob a forma de seus metabólitos, livres ou em
forma conjugada. A amitriptilina e a nortriptilina são amplamente distribuídas por todo o corpo e são
extensivamente ligadas às proteínas do plasma e teciduais. A variação da meia-vida de eliminação da
amitriptilina foi estimada em cerca de 9 a 25 horas, que pode ser consideravelmente estendida em caso de
sobredosagem. As concentrações plasmáticas de amitriptilina e nortriptilina podem variar amplamente entre os
indivíduos e nenhuma correlação simples com uma resposta terapêutica foi estabelecida.
Eliminação
Em torno de 50 a 66% do medicamento é excretado na urina dentro de 24 horas como glicuronídeo ou sulfato
conjugado de metabólitos. Uma pequena quantidade de fármaco não alterado é excretado na urina.
A amitriptilina é contraindicada para pacientes que mostraram hipersensibilidade anterior à substância. Não deve
ser ministrada simultaneamente com um inibidor da monoamidoxidase, haja vista que têm ocorrido crises
hiperpiréticas, convulsões graves e mortes em pacientes que receberam antidepressivos tricíclicos e
medicamentos inibidores da monoaminoxidase concomitantemente.
Quando se deseja substituir um inibidor da monoaminoxidase (IMAO) pela amitriptilina, deve-se esperar um
mínimo de quatorze dias depois do IMAO ter sido interrompido. A amitriptilina deve, então, ser iniciada
cautelosamente e a posologia aumentada gradativamente até ser obtida uma resposta ideal.
A amitriptilina é contraindicada para pacientes que recebem cisaprida por causa da possibilidade de reações
adversas cardíacas, inclusive prolongação do intervalo QT, arritmias cardíacas e distúrbios do sistema de
condução.
Este medicamento não é recomendado para uso durante a fase de recuperação aguda após infarto do miocárdio.
Veja Gravidez em advertências.
Gerais
A amitriptilina deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de convulsão, função hepática
comprometida, histórico de retenção urinária (em virtude de sua ação atropínica) ou naqueles com glaucoma de
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ângulo estreito ou pressão intraocular aumentada. Em pacientes com glaucoma de ângulo estreito, mesmo doses
médias podem precipitar uma crise.
Foi relatada a ocorrência de um caso de arritmia fatal em um período de até 56 horas após a administração de
uma superdose de amitriptilina.
Se possível, interrompa o medicamento vários dias antes das intervenções cirúrgicas não urgentes. Pacientes em
uso de antidepressivos tricíclicos estão sob risco de desenvolver hipotensão ou arritmias cardíacas durante a
anestesia. Podem, inclusive, potencializar os efeitos de drogas vasopressoras, que podem ser necessárias durante
o procedimento.
Cautela em pacientes usuários de lentes de contato, visto que há reportes associando o uso da amitriptilina e
redução do fluxo lacrimal, que pode ser suficiente para causar ressecamento da córnea.
A amitriptilina é considerada insegura para uso por pacientes portadores de porfiria (associação com crises de
porfiria).
Hiperpirexia tem sido relatada quando antidepressivos tricíclicos são administrados com agentes anticolinérgicos
ou medicações neurolépticas, particularmente durante o calor.
O medicamento pode comprometer o estado de alerta em alguns pacientes; por isso, deve-se evitar dirigir
automóveis e fazer outras atividades cujo risco aumenta pela diminuição do estado de alerta.
Doenças Cardiovasculares
Os pacientes com distúrbios cardiovasculares devem ser observados atentamente. Os antidepressivos tricíclicos
(inclusive o cloridrato de amitriptilina) têm mostrado produzir arritmia, taquicardia sinusal e prolongamento do
tempo de condução, particularmente quando ministrados em doses altas. Têm sido relatado infarto do miocárdio
e acidente vascular cerebral com medicamentos desta classe.
Doenças Endócrinas
É necessária observação constante quando a amitriptilina é ministrada a pacientes hipertireoideanos ou que
recebem medicação tireoideana.
É recomendada cautela em pacientes portadores de Diabetes Mellitus. Os antidepressivos tricíclicos podem
causar alterações na glicemia. A amitriptilina, em especial, tem sido relacionada a não percepção da
hipoglicemia.
Doenças do Sistema Nervoso Central
A possibilidade de suicídio nos pacientes deprimidos permanece durante o tratamento; por essa razão, os
pacientes não deverão ter acesso a grandes quantidades do medicamento durante o tratamento.
Quando o cloridrato de amitriptilina é usado para tratar o componente depressivo da esquizofrenia, os sintomas
psicóticos podem ser agravados. Da mesma forma, na psicose maníaco-depressiva, os pacientes deprimidos
podem apresentar uma mudança para a fase maníaca. Nesses casos, delírios paranóides, com ou sem hostilidade
associada, podem ser exacerbados. Em quaisquer dessas circunstâncias, pode ser aconselhável reduzir a dose da
amitriptilina ou usar um antipsicótico simultaneamente.
Gravidez
Categoria de risco C
Não há estudos bem controlados em mulheres grávidas; portanto, ao administrar a medicação as pacientes
grávidas ou mulheres que podem engravidar, os possíveis benefícios devem ser confrontados contra os eventuais
riscos para a mãe e a criança.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Amamentação
A amitriptilina é detectável no leite materno. Em razão do potencial para reações adversas graves causadas pela
amitriptilina em crianças, deve-se decidir entre descontinuar o medicamento ou a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente
seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso em Idosos, Crianças e Outros Grupos de Risco
- Uso Pediátrico
Em vista da falta de experiência com o uso desta substância no tratamento da depressão em crianças, o seu uso
não é recomendado para pacientes deprimidos com menos de 12 anos de idade.
- Uso em Idosos
Em geral, recomendam-se as posologias mais baixas para estes pacientes. Para adolescentes e pacientes idosos
que podem não tolerar doses mais altas, 50 mg por dia podem ser satisfatórios. A dose diária necessária pode ser
administrada em doses divididas ou como uma única dose.
Outros Antidepressivos: a potência de cloridrato de amitriptilina é tal que a adição de outros medicamentos
antidepressivos ao seu esquema geralmente não resulta qualquer benefício terapêutico adicional; ao contrário,
têm sido relatadas reações indesejáveis após o uso combinado de antidepressivos com outros mecanismos de
ação. Consequentemente, o uso combinado de cloridrato de amitriptilina com outros antidepressivos deveria ser
realizado somente com o devido reconhecimento da possibilidade de potencialização e com amplos
conhecimentos acerca da farmacologia desses medicamentos. Não há indícios de eventos adversos quando os
pacientes que recebiam cloridrato de amitriptilina mudaram seu tratamento imediatamente para protriptilina ou
vice-versa.
guanetidina: a amitriptilina pode bloquear a ação anti-hipertensiva da guanetidina ou de compostos de ação
similar.
Agentes Anticolinérgicos/Simpatomiméticos: quando a amitriptilina é administrada concomitantemente com
agentes anticolinérgicos ou simpatomiméticos, incluindo epinefrina combinada com anestésico local, são
necessários supervisão próxima e cuidadoso ajuste na posologia. Pode ocorrer íleo paralítico em pacientes que
tomam antidepressivos tricíclicos em combinação com medicamentos anticolinérgicos.
Depressores do Sistema Nervoso Central: a amitriptilina pode aumentar a resposta ao álcool e os efeitos dos
barbitúricos e de outros depressores do SNC. É aconselhável precaução se o paciente receber concomitantemente
grande dose de etclorvinol, haja vista que foi relatado delírio transitório em pacientes que foram tratados com 1 g
de etclorvinol e 75-150 mg de amitriptilina.
dissulfiram: foi relatado delírio após administração concomitante de amitriptilina e dissulfiram.
Terapia por Eletrochoque: a administração concomitante de amitriptilina e terapia por eletrochoque pode
aumentar os danos da terapia; por isso, este tratamento deverá ser limitado aos pacientes para os quais seja
essencial.
Analgésicos: os antidepressivos tricíclicos podem aumentar o risco de tontura em pacientes que recebem
tramadol.
Medicamento Metabolizado pelo Citocromo P450 2D6: o uso concomitante de antidepressivos tricíclicos com
substâncias que podem inibir o citocromo P450 2D6 (por exemplo: quinidina, cimetidina) e aquelas que são
substratos para P450 2D6 (vários outros antidepressivos, fenotiazinas e os antiarrítmicos Tipo 1C propafenona e
flecainida) pode requerer doses mais baixas que a normalmente prescrita para qualquer antidepressivo tricíclico
ou outro medicamento. Sempre que uma dessas outras medicações é retirada da terapia combinada, pode ser
necessário o aumento da dose do antidepressivo tricíclico. Apesar de todos os inibidores seletivos de recaptação
da serotonina (SSRIs), tais como a fluoxetina, a sertralina e a paroxetina inibirem o citocromo P450 2D6, o grau
de inibição pode variar.
Síndrome da serotonina: a “síndrome da serotonina” (alterações de cognição, comportamento, função do
sistema nervoso autônomo e atividade neuromuscular) foi relatada quando a amitriptilina foi administrada
concomitantemente com outras substâncias que aumentam a serotonina.
Pacientes em tratamento com o medicamento não devem ingerir bebidas alcoólicas, pois pode ocorrer
potencialização dos efeitos do álcool.
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Conserve o medicamento em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem. Não utilize
medicamento vencido.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
O cloridrato de amitriptilina 25 mg é um comprimido revestido, alaranjado, circular, biconvexo e monossectado.
O cloridrato de amitriptilina 75 mg é um comprimido revestido, alaranjado, circular e biconvexo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Considerações posológicas: deve-se administrar uma dose baixa no início do tratamento e aumentá-la
gradualmente, observando cuidadosamente a resposta clínica e qualquer indício de intolerância.
Depressão
- Dose Inicial para Adultos em Ambulatório: 75 mg/dia em doses fracionadas podendo ser aumentada até 150
mg/dia. Os aumentos são feitos, de preferência, nas doses do início da noite e/ou na hora de deitar. O efeito
sedativo é, em geral, manifestado rapidamente e a atividade antidepressiva aparece dentro de 3 a 4 dias, podendo
levar até 30 dias para desenvolver-se totalmente. Um método alternativo pode ser o de iniciar o tratamento com
50 a 100 mg à noite, ao deitar-se, podendo, esta dose, ser aumentada de 25 a 50 mg por noite até 150 mg/dia.
- Dose de Manutenção para Adultos em Ambulatório: 50 a 100 mg/dia, de preferência à noite em uma única
dose diária. Alcançada a melhora, reduzir até a mínima dose necessária. É apropriado continuar a terapia de
manutenção por três meses ou mais para reduzir a possibilidade de recidiva.
- Dose para Pacientes Hospitalizados: início de 100 mg/dia, gradualmente aumentados segundo a necessidade
até 200 mg/dia. Alguns pacientes necessitam de 300 mg/dia.
- Dose para Adolescentes e Idosos: Estes grupos de pacientes geralmente apresentam tolerância reduzida aos
antidepressivos tricíclicos e, por isso, doses de 10 a 50 mg diárias de amitriptilina podem ser mais adequadas,
administradas de forma fracionada ou em dose única diária, preferencialmente ao dormir. Metade da dose usual
de manutenção geralmente é suficiente.
- Uso em crianças: em razão da falta de experiência com este medicamento na terapia da depressão infantil, não
se recomenda o uso para tratamento da depressão em crianças menores de 12 anos.
Enurese Noturna
Doses de 10 mg a 20 mg ao deitar, para crianças de 6 a 10 anos e de 25 a 50 mg ao deitar para crianças a partir
de 11 anos. A maioria dos pacientes responde nos primeiros dias de terapia, e nesses pacientes a melhora tende
ser contínua e crescente no decorrer do período de tratamento. O tratamento contínuo geralmente é requerido
para manter a resposta até ser estabelecido o controle.
As doses de cloridrato de amitriptilina recomendadas para o tratamento da enurese são baixas se comparadas
com aquelas usadas no tratamento da depressão. Os ajustes posológicos devem ser feitos pelo médico de acordo
com a resposta clínica do paciente.
Níveis Plasmáticos
Em virtude da ampla variação na absorção e na distribuição dos antidepressivos tricíclicos nos líquidos
orgânicos, é difícil correlacionar diretamente os níveis plasmáticos e o efeito terapêutico. Entretanto, a
determinação dos níveis plasmáticos pode ser útil na identificação de pacientes que apresentam efeitos tóxicos e
podem ter níveis excessivamente altos, ou nos pacientes em que se suspeita falta de absorção ou não adesão ao
tratamento. Os ajustes posológicos devem ser feitos de acordo com a resposta clínica do paciente e não com base
nos níveis plasmáticos.
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Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. REAÇOES ADVERSAS
Reações comuns (˃ 1/100 e < 1/10): Xerostomia, sonolência, tontura, alteração do paladar, ganho de peso,
aumento do apetite, cefaleia.
Reações incomuns (˃ 1/1.000 e < 1/100): Sintomas de Parkinson, visão turva, bradicardia, arritmia, hipotensão,
impotência sexual, alucinações, tremores involuntários, micção dolorosa ou difícil, nervosismo, confusão,
problemas sexuais, lentificação do trânsito intestinal, insônia, transpiração, vômitos, azia, diarreia.
Reações raras (˃ 1/10.000 e < 1.000): (todas de intensidade grave)
Síndrome serotoninérgica, zumbido, infarto do miocárdio, bloqueio cardíaco, sinais elétricos cardíacos anormais,
prolongamento do intervalo QT no ECG, acidente vascular encefálico, edema testicular, aumento dos seios,
descarga mamilar em mulheres não lactantes e em homens, fotossensibilidade, alergia cutânea, prurido intenso,
queda de cabelos, concussão, hiperbilirrubinemia, urticária, síndrome da secreção inadequada de hormônio
antidiurético, agranulocitose, distúrbios sanguíneos, ansiedade, ideação suicida, hipertensão arterial, taquicardia
e palpitação.
Frequência das Reações Adversas
˃ 1/10 (˃ 10%) muito comum
˃ 1/100 e ˂ 1/10 (˃ 1% e ˂ 10%) comum (frequente)
˃ 1/1.000 e ˂ 1/100 (˃ 0,1% e ˂ 1%) incomum (infrequente)
˃ 1/10.000 e ˂ 1/1.000 (˃ 0,01% e ˂ 0,1%) rara
< 1/10.000 (˂ 0,01%) muito rara
Nota: foram incluídas na relação que se segue algumas reações adversas que não foram relacionadas com esta
substância específica; entretanto, as similaridades farmacológicas entre os antidepressivos tricíclicos requerem
que cada uma dessas reações seja considerada quando a amitriptilina é administrada.
Cardiovasculares: hipotensão, síncope, hipertensão, taquicardia, palpitação, infarto do miocárdio, arritmias,
bloqueio cardíaco, acidente vascular cerebral, alterações não específicas no ECG e alterações na condução AV.
Relacionadas ao SNC e Neuromusculares: estados confusionais, distúrbios de concentração, desorientação,
delírios, alucinações, excitação, ansiedade, inquietação, sonolência, insônia, pesadelos, torpor, formigamento e
parestesias das extremidades, neuropatia periférica, falta de coordenação, ataxia, tremores, coma, tonturas,
alteração dos traçados do EEG, sintomas extrapiramidais (incluindo movimentos involuntários anormais e
discinesia tardia), disartria e zumbidos.
Anticolinérgicas: secura na boca, turvação visual, midríase, distúrbios da acomodação, aumento da pressão
intra-ocular, constipação, íleo paralítico, hiperpirexia, retenção urinária, dilatação do trato urinário.
Alérgicas: erupção cutânea, prurido, urticárias, fotossensibilização, edema da face e da língua.
Hematológicas: depressão da medula óssea (incluindo agranulocitose, leucopenia, eosinofilia, púrpura,
trombocitopenia).
Gastrintestinais: náusea, desconforto epigástrico, vômitos, anorexia, estomatite, alteração do paladar, diarreia,
tumefação da parótida, língua negra e, raramente, hepatite (inclusive disfunção hepática e icterícia).
Endócrinas: aumento ou diminuição da libido, elevação ou redução dos níveis da glicemia e síndrome da
secreção inapropriada do ADH (hormônio antidiurético). Ainda no homem: tumefação testicular, ginecomastia e
impotência; e na mulher: aumento das mamas e galactorréia;
Outras: tontura, fraqueza, fadiga, cefaleia, aumento ou perda de peso, edema, aumento da transpiração e da
frequência urinária e alopecia.
Sintomas Causados pela Interrupção do Medicamento: a interrupção abrupta do tratamento após
administração prolongada pode produzir náusea, cefaleia e mal-estar. Observou-se que a redução gradual da
posologia em duas semanas produz sintomas transitórios que compreendem irritabilidade, inquietação e
distúrbios do sono e dos sonhos; esses sintomas não são indicativos de dependência. Raros casos de mania ou
hipomania foram relatados entre 2 a 7 dias após a interrupção da terapia crônica com os antidepressivos
tricíclicos.
Na Enurese: as doses de cloridrato de amitriptilina recomendadas para o tratamento da enurese são baixas se
comparadas com as que são utilizadas no tratamento da depressão, mesmo considerando as diferenças de idade e
de peso. Consequentemente, as reações adversas são ainda menos frequentes do que as observadas quando se
utiliza o medicamento no tratamento da depressão. Quando ocorrem, as mais comuns são:
1. Sonolência - É improvável constituir desvantagem quando o medicamento é tomado ao deitar (nesse caso, na
verdade, pode ser vantajoso).
2. Efeitos Anticolinérgicos - Também pode ser vantajoso, pois há muito tempo os anticolinérgicos são utilizados
no tratamento da enurese.
As únicas outras reações adversas relatadas com as doses de cloridrato de amitriptilina recomendadas para
enurese têm sido sudorese e prurido moderados; estas, no entanto, têm ocorrido com pouca frequência.
Relação Causal Desconhecida: as seguintes reações adversas adicionais estão sendo reportadas; porém, a
relação causal da terapia com a amitriptilina não tem sido estabelecida:
Organismo como um todo: síndrome tipo lúpus (artrite migratória, ANA positivo e fator reumatoide).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Podem ocorrer mortes por superdose com essa classe medicamentosa. A ingestão de mais de uma medicação
(incluindo álcool) é comum em superdose deliberada de antidepressivo tricíclico. Como o tratamento da
superdose é complexo e variado, é recomendado que o médico contate um centro de controle toxicológico para
obter informação atualizada sobre o tratamento mais adequado. Os sinais e sintomas de toxicidade desenvolvem-
se rapidamente depois da superdose com um antidepressivo tricíclico; portanto, é necessário monitoramento
hospitalar o mais rápido possível.
Manifestações
As manifestações críticas de superdose incluem: arritmias cardíacas, hipotensão grave, convulsões e depressão
do SNC, inclusive coma. Alterações no eletrocardiograma, particularmente no eixo ou na duração do segmento
QRS, são indicadores clinicamente significativos da toxicidade do antidepressivo tricíclico. Outros sinais de
superdose podem incluir: confusão, distúrbio de concentração, alucinações visuais transitórias, dilatação das
pupilas, agitação, hiperreflexia, estupor, sonolência, rigidez muscular, vômito, hipotermia, hiperpirexia ou
quaisquer dos sintomas citados em Reações Adversas.
Conduta
Geral
Obtenha um ECG e inicie imediatamente o monitoramento cardíaco. Proteja a via respiratória do paciente,
estabeleça um acesso intravenoso e inicie a descontaminação gástrica. É necessário um mínimo de seis horas de
observação com monitoramento cardíaco e observação de sinais de depressão do SNC ou depressão respiratória,
hipotensão, arritmias cardíacas e/ou bloqueios de condução e tonturas. Se ocorrerem sinais de toxicidade durante
esse período, é necessário estender o monitoramento. Foram relatados casos de pacientes que sucumbem a
arritmias fatais tardiamente após a superdose. Esses pacientes apresentaram evidência clínica de envenenamento
significativo antes da morte e a maioria recebeu descontaminação gastrintestinal inadequada. O monitoramento
do nível plasmático da medicação não deve determinar a conduta do tratamento do paciente.
Descontaminação Gastrintestinal
Todos os pacientes com suspeita de superdose de antidepressivo tricíclico devem ser submetidos a
descontaminação gastrintestinal, que deve incluir grande volume de lavagem gástrica, seguido por carvão
ativado. Se a consciência for alterada, a via respiratória deve ser protegida antes da lavagem. A êmese é
contraindicada.
Cardiovascular
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A duração máxima do segmento QRS de ≥ 0,10 segundos pode ser a melhor indicação da gravidade da
superdose. Deve ser usado bicarbonato de sódio intravenosamente para manter o pH do soro entre 7,45 a 7,55.
Se a resposta do pH for inadequada, também pode ser usada hiperventilação. O uso concomitante de
hiperventilação e bicarbonato de sódio deve ser feito com extrema cautela, com frequente monitoramento do pH.
É indesejável um pH >7,60 ou uma pCO2 < 20 mmHg. As arritmias indiferentes à terapia com bicarbonato de
sódio/hiperventilação podem responder à lidocaína, ao bretilium ou à fenitoína. Os antiarrítmicos tipo 1A e 1C
são geralmente contraindicados (por exemplo: quinidina, disopiramida e procainamida).
Em raros casos, a hemoperfusão pode ser benéfica em instabilidade cardiovascular refratária aguda em pacientes
com intoxicação aguda. Porém, hemodiálise, diálise peritoneal, transfusão e diurese forçada geralmente foram
relatadas como ineficazes no tratamento de envenenamento com antidepressivo tricíclico.
SNC
Em pacientes com depressão do SNC, entubação precoce é aconselhável em razão do potencial para deterioração
abrupta. As convulsões devem ser controladas com benzodiazepinas ou, se estas forem ineficazes, outros
anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína). A fisostigmina não é recomendada, exceto para tratar
sintomas de risco de morte que foram indiferentes a outras terapias, e somente deve ser realizada após consulta
criteriosa a um centro de controle de toxicologia.
Acompanhamento Psiquiátrico
Considerando que a superdose é frequentemente premeditada, os pacientes podem tentar suicídio por outros
meios durante a fase de recuperação. Orientação psiquiátrica pode ser conveniente.
Conduta Pediátrica
Os princípios da conduta de superdose de crianças e adultos são similares. É extremamente recomendado que o
médico contate um centro de controle de toxicologia local para tratamento pediátrico específico.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.