Bula do Cloridrato de Bromexina produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de bromexina
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Xarope
0,8mg/mL e 1,6mg/mL
cloridrato de bromexina – Xarope – Bula para o profissional de saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES:
Xarope 0,8mg/mL
Embalagem contendo 1 frasco de 120mL, acompanhado de copo-medida.
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
Xarope 1,6mg/mL
USO ADULTO
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada mL do xarope infantil contém:
cloridrato de bromexina ........................................................................................................................0,8mg
(equivalente a 0,72mg de bromexina base).
veículo q.s.p ............................................................................................................................................1mL
(ácido cítrico, povidona, ácido benzoico, glicerol, metabissulfito de sódio, sorbitol, essência de morango,
ciclamato de sódio, corante vermelho ponceuax, hidróxido de sódio e água).
Cada mL do xarope adulto contém:
cloridrato de bromexina ........................................................................................................................1,6mg
(equivalente a 1,46mg de bromexina base).
(ácido cítrico, povidona, ácido benzoico, mentol, glicerol, metabissulfito de sódio, sorbitol, aroma de
cereja, aroma caramelo, sucralose, hidróxido de sódio e água).
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O cloridrato de bromexina é indicado como secretolítico e expectorante no tratamento de doenças
broncopulmonares agudas e crônicas associadas a secreção mucosa anormal e transtornos do transporte
mucoso.
Em estudo com seis meses de duração envolvendo 61 pacientes adultos com bronquite crônica de
intensidade leve a grave, 83% (25 pacientes, incluindo 8 classificados como graves) do grupo de 30
pacientes que recebeu diariamente 24 mg de bromexina obteve melhora subjetiva (sentiram-se melhor),
contra 19% (6 pacientes) dos 31 voluntários que receberam placebo.1
Em um estudo que avaliou a redução da viscosidade do muco em pacientes com bronquite crônica com
bromexina 16 mg, três vezes ao dia, durante 11 dias, em comparação duplo-cega com o placebo,
cloridrato de bromexina reduziu a viscosidade em 39% (em relação ao início do estudo), enquanto o
grupo placebo teve uma piora de 7% na viscosidade do muco.2
1. Christensen F; Kjer J; Ryskjaer S; Arseth-Hansen P Bromhexine in chronic bronchitis. Br Med
J 4, 117 (1970)
2. Hamilton WFD; Palmer KNV; Gent M Expectorant action of bromhexine in chronic
obstructive bronchitis. Br Med J 3, 260-261 (1970).
A bromexina é um derivado sintético do princípio ativo vegetal vasicina. Em estudos pré-clínicos, foi
demonstrado um aumento na proporção da secreção serosa brônquica. A bromexina reduz a
viscosidade do muco e ativa o epitélio ciliar (clearance mucociliar), facilitando desta maneira o
transporte e a eliminação do muco.
Estudos clínicos demonstraram um efeito secretolítico e secretomotor da bromexina na região
dos brônquios, o que facilita a expectoração e alivia a tosse.
Após a administração de bromexina, ocorre um aumento da concentração de antibióticos
(amoxicilina, eritromicina, oxitetraciclina) no catarro e nas secreções broncopulmonares.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A bromexina é rápida e completamente absorvida pelo trato gastrointestinal.
A biodisponibilidade absoluta do cloridrato de bromexina é de cerca de 26,8 ± 13,1% para cloridrato
de bromexina solução. Aproximadamente 75 a 80% do fármaco sofre metabolismo de primeira
passagem.
A administração de cloridrato de bromexina durante as refeições acarreta aumento da concentração
plasmática de bromexina.
Seu início de ação ocorre em aproximadamente 5 horas após a administração oral.
Distribuição
Após administração intravenosa, a bromexina foi rápida e extensamente distribuída através do corpo
com um volume de distribuição médio no estado de equilíbrio de até 1209 ± 206L (19L/Kg). A
distribuição no tecido pulmonar (brônquico e parenquimatoso) foi investigada após administração oral
de 32mg e 64mg de bromexina. Duas horas após a administração de bromexina, as concentrações nos
tecidos pulmonares foram de 1,5–4,5 vezes maiores nos tecidos bronquíolo-bronquial e entre 2,4 e 5,9
vezes maiores no parênquima pulmonar comparado às concentrações plasmáticas. A distribuição no
tecido pulmonar foi investigada após administração de formulação para uso intravenoso de 8mg e 16mg
de bromexina. Duas horas após a administração, as concentrações nos tecidos pulmonares foram 4,2-4,3
vezes maiores nos tecidos dos brônquios e dos bronquíolos e entre 3,0 e 4,3 vezes maiores no
parênquima pulmonar, em comparação com as concentrações plasmáticas.
95% da bromexina inalterada liga-se às proteínas plasmáticas (ligação não-restritiva).
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Metabolismo
A bromexina é quase completamente metabolizada para uma variedade de metabólitos hidroxilados e
ácido dibromantranílico. Todos os metabólitos e a própria bromexina são conjugados muito
provavelmente nas formas de N-glucuronídeos e O-glucuronídeos. Não há nenhum indício
fundamentado de uma modificação do padrão metabólico devido a sulfonamida, oxitetraciclina ou
eritromicina. Desse modo, interações relevantes com substratos de CYP 450 2C9 ou 3A4 são
improváveis.
Eliminação
A bromexina é uma droga de elevada razão de extração (clearance após administração intravenosa na
variação do fluxo de sangue hepático, 843–1073mL/min), resultando em grande variabilidade intra e
interindividual (CV > 30%). Após administração de bromexina marcada radioativamente, cerca de 97,4
± 1,9% da dose foi recuperada como radioatividade na urina, com menos de 1% como composto
inalterado.
A concentração plasmática de bromexina apresenta um declínio multiexponencial. Após administração
oral de doses únicas entre 8 e 32mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 6,6 e 31,4 horas.
Após administração intravenosa de 15-100mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 7,1 e
15,4 horas. A meia-vida relevante para prever a farmacocinética de doses múltiplas é de cerca de 1 hora.
Desse modo, não se observou acumulação após administração múltipla (fator de acumulação: 1,1).
Informações Gerais
A bromexina apresenta farmacocinética proporcional à dose na faixa de 8-32 mg após administração
oral. Após administração intravenosa, a bromexina apresenta farmacocinética proporcional à dose na
faixa de 15-100mg. Não há dados farmacocinéticos da bromexina em idosos e pacientes com
insuficiências renal e hepática.
A ampla experiência clínica não demonstrou necessidade de estudos de segurança nessas
populações.
A farmacocinética da bromexina não é afetada de maneira relevante pela administração concomitante de
ampicilina ou oxitetraciclina. De acordo com a comparação de dados anteriores, não existem interações
entre bromexina e eritromicina.
Também não se realizaram estudos de interações com anticoagulantes orais e digoxina. A ausência de
relatos relevantes de interação durante o longo período de comercialização da droga sugere que não
existe interação potencial importante com essas drogas.
O cloridrato de bromexina é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade à bromexina ou aos
outros componentes da fórmula. Os xaropes adulto e infantil são contraindicados para pacientes com
intolerância à frutose.
Muitos poucos casos de lesões graves na pele com a síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados em associação temporal com a administração de
expectorantes como a bromexina. Muitos deles poderiam ser explicados pela doença subjacente do
paciente e/ou medicação concomitante. Além disto, durante a fase inicial da síndrome de Stevens-
Johnson ou NET, o paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe como febre,
dores no corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode ocorrer que, confundido por estes sintomas
inespecíficos semelhantes ao de gripe, seja iniciado tratamento sintomático com uso de medicação para
tosse e resfriado.
Por esta razão, se aparecerem novas lesões na pele ou mucosas, como precaução o tratamento com
bromexina deve ser descontinuado e o médico consultado imediatamente.
Pacientes sendo tratados com cloridrato de bromexina devem ser alertados de um esperado aumento no
fluxo das secreções.
Nas indicações respiratórias agudas, o médico deve ser consultado se os sintomas não melhorarem, ou
piorarem, ao longo do tratamento.
O cloridrato de bromexina xarope não contém açúcar, portanto pode ser utilizado por diabéticos.
O cloridrato de bromexina xarope adulto contém 4,8g de sorbitol e o cloridrato de bromexina xarope
infantil contém 9,6g de sorbitol por dose diária máxima recomendada para adultos e adolescentes acima
de 12 anos (30mL). Pacientes com intolerância à frutose não devem usar esse medicamento. Este
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medicamento pode causar um leve efeito laxativo.
Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos de idade.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Existem dados limitados sobre o uso de bromexina em mulheres grávidas. Os estudos em animais não
indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à toxicidade reprodutiva.
Como medida preventiva, é preferível evitar o uso de cloridrato de bromexina durante a gravidez.
O cloridrato de bromexina está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Não se sabe se a bromexina e seus metabólitos são excretados no leite humano.
Os dados farmacológicos/ toxicológicos disponíveis em animais demonstraram excreção de bromexina e
seus metabólitos no leite materno. O risco para o lactente não pode ser excluído. O cloridrato de
bromexina não deve ser usado durante a amamentação.
Não foram realizados estudos sobre o efeito de cloridrato de bromexina na fertilidade humana. Com
base em experiências pré-clínicas disponíveis, não há indício de possíveis efeitos do uso de cloridrato de
Não foram relatadas interações desfavoráveis relevantes com outras medicações.
Conservar em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade para cloridrato de bromexina é de 24 meses a partir da data de fabricação para o
xarope infantil e adulto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O cloridrato de bromexina infantil é uma solução de coloração vermelha.
O cloridrato de bromexina adulto é uma solução incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Use a marcação do copo-medida para obter a dose correta.
A dose pode ser calculada à razão de 0,1mg de cloridrato de bromexina por quilograma de peso
corpóreo, repetida 3 vezes ao dia para uso via oral e 2 vezes ao dia para inalação.
O cloridrato de bromexina xarope infantil
Cada 1mL contém 0,8 mg de cloridrato de bromexina.
Crianças de 2 a 6 anos: 2,5mL, 3 vezes ao dia.
Crianças de 6 a 12 anos: 5mL, 3 vezes ao dia.
Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 10mL, 3 vezes ao dia.
O cloridrato de bromexina xarope adulto
Cada 1mL contém 1,6mg de cloridrato de bromexina.
Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 5mL, 3 vezes ao dia.
Para USO ORAL:
Crianças de 6 a 12 anos: 2mL, 3 vezes ao dia.
Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 4mL, 3 vezes ao dia.
- Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): dor abdominal superior, náusea, vômitos, diarreia.
- Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): hipersensibilidade, erupção cutânea.
- Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados
disponíveis): reação anafilática, choque anafilático, broncoespasmo, edema angioneurótico, urticária,
prurido.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-
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NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.