Bula do Cloridrato de Ciclobenzaprina para o Profissional

Bula do Cloridrato de Ciclobenzaprina produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cloridrato de Ciclobenzaprina
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA PARA O PROFISSIONAL

cloridrato de ciclobenzaprina

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Comprimido Simples

5mg e 10mg

cloridrato de ciclobenzaprina – comprimido simples – Bula para o profissional da saúde 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999

Comprimido simples 5mg: Embalagem com 30 comprimidos.

Comprimido simples 10mg: Embalagem com 30 comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 5mg contém:

cloridrato de ciclobenzaprina....................................................................................................................5mg

excipientes q.s.p........................................................................................................................1 comprimido

(cellactose, amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício

coloidal e estearato de magnésio).

Cada comprimido de 10mg contém:

cloridrato de ciclobenzaprina..................................................................................................................10mg

cloridrato de ciclobenzaprina – comprimido simples – Bula para o profissional da saúde 2

II- INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de espasmos musculares associados com dor aguda e de

etiologia músculoesquelética, como nas lombalgias, torcicolos, fibromialgia, periartrite escapuloumeral,

cervicobraquialgias. Além disso, é indicado como coadjuvante de outras medidas para o alívio dos

sintomas, tais como fisioterapia e repouso.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um artigo de revisão da literatura, publicado no “Journal of Pain and Symptom Management” por Chou

et al (2004), avaliou a eficácia e segurança de relaxantes musculares. Foram incluídos 101 estudos

clínicos randomizados nesta revisão e a conclusão foi que existe forte evidência que a ciclobenzaprina é

efetiva no tratamento da dor de origem muscular, quando comparada a placebo.

(Chou R, Peterson K, Helfand M Comparative efficacy and safety of skeletal muscle relaxants for

spasticity and musculoskeletal conditions: a systematic review Journal of Pain and Symptom

Management 2004 28(2): 140-75)

Pollak D.F, em artigo sobre o tratamento de fibromialgia, relata que a ciclobenzaprina em doses de 10 a

30 mg por dia é eficaz no combate à dor, à fadiga e ao distúrbio do sono. (Pollak DF Tratamento de

fibromialgia Sinopse de Reumatologia 2000 99:1)

A Associação Médica Brasileira, em conjunto com o Conselho Federal de Medicina, criou o Projeto

Diretrizes, sendo que o capítulo de Fibromialgia, que contou com a colaboração da Sociedade Brasileira

de Reumatologia, teve a sua publicação em 2004. No tratamento farmacológico é preconizado o uso de

ciclobenzaprina, na dose de 10 a 30 mg ao dia, com eficácia significativa no alívio da maioria dos

sintomas da fibromialgia. (Fibromialgia Revista AMRIGS 2005 49(3): 202-11)

Embora a maioria dos estudos tenha sido publicada antes de os critérios diagnósticos da fibromialgia pelo

ACR (American College of Rheumatology) serem estabelecidos, os critérios de entrada dos estudos

analisados incluíram "tender points" e dor generalizada por mais de três meses. No total, 312 pacientes

foram analisados, com a maioria sendo de mulheres (95%), com idade média de 46 anos, que foram

tratadas por um tempo médio de seis semanas. As doses usadas foram de 10 a 40mg, (conforme a

tolerabilidade da paciente). De maneira geral, os pacientes em uso de ciclobenzaprina mais

frequentemente relatavam que estavam “melhor” (OR de 3,0, com IC de 1,6 a 5,6), quando se analisava a

melhora global. A diferença de risco considerando-se todos os estudos era de 0,21 (IC de 0,009 a 0,34),

significando que 4,8 pacientes precisam ser tratados com ciclobenzaprina para 1 paciente experimentar

alívio de sintomas.

(Tofferi JK, Jackson JL, O´Malley PG Treatment of Fibromyalgia with cyclobenzaprine: a meta-

analysis Arthritis & Rheumatism (Arthritis Care & Research) 2004 51(1): 9-13)

O uso de relaxantes musculares para tratamento da lombalgia ainda é alvo de controvérsias entre a classe

médica, em especial por causa dos efeitos adversos, como sedação e sonolência. Entretanto, os resultados

desta revisão indicam que o uso de relaxantes musculares pode ser benético para os pacientes, ao reduzir

a duração de seu desconforto e acelerar a recuperação. Esses achados são consistentes com a revisão

sistemática do uso de ciclobenzaprina para lombalgia (Browning, 2001), o qual mostrou que este fármaco

é mais efetivo que o placebo, com alívio da dor e espasmos musculares. (van Tulder MW, Touray T,

Furian AD, et al. Muscle relaxants for nonspecific low-back pain The Cochrane Library, Issue I, 2006)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A ciclobenzaprina suprime o espasmo do músculo esquelético de origem local, sem interferir com a

função muscular. A ação sobre a formação reticular reduz o tônus motor, influenciando o sistema motor

gama e alfa. Diminui o tônus muscular aumentado do músculo esquelético sem afetar o Sistema Nervoso

Central (SNC) nem a consciência. O uso de ciclobenzaprina em pessoas com enfermidades no Sistema

Nervoso Central, não é eficaz no alívio do espasmo muscular.

A utilização de cloridrato de ciclobenzaprina por períodos superiores a duas ou três semanas deve ser

feita com o devido acompanhamento médico, mesmo porque, em geral, os espasmos musculares

associados a processos músculoesqueléticos agudos e dolorosos são de curta duração.

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Propriedades Farmacocinéticas

A ciclobenzaprina é bem absorvida após administração oral. O metabolismo da droga é gastrointestinal ou

hepático e a ligação às proteínas é elevada. A meia-vida é de 1 a 3 dias, e a ação tem início em

aproximadamente 1 hora após a administração. O tempo até a concentração máxima é de 3 a 8 horas e a

concentração plasmática máxima (Cmax) é de 15 a 25 nanogramas por mL, após uma dose única oral de

10mg, sujeita a grandes variações individuais. A duração da ação é de 12 a 24 horas e a eliminação é

metabólica, seguida de excreção renal dos metabólitos conjugados. Certa quantidade de ciclobenzaprina

inalterada é eliminada também por via biliar e fecal.

Tempo médio estimado para início da ação terapêutica:

O medicamento tem início de ação em, aproximadamente, 1 hora após a administração.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O cloridrato de ciclobenzaprina é contraindicado nos seguintes casos:

• Hipersensibilidade a ciclobenzaprina ou a qualquer outro componente da fórmula do produto.

• Pacientes que apresentam glaucoma ou retenção urinária.

• Com o uso simultâneo de IMAO (inibidores da monoaminoxidase).

• Fase aguda pós-infarto do miocárdio.

• Pacientes com arritmia cardíaca, bloqueio, alteração da conduta, insuficiência cardíaca congestiva ou

hipertireoidismo.

O cloridrato de ciclobenzaprina está classificado na categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O cloridrato de ciclobenzaprina é relacionado estruturalmente com os antidepressivos tricíclicos (p. ex.

amitriptilina e imipramina).

Quando as doses administradas forem maiores do que as recomendadas, podem ocorrer sérias reações no

SNC.

A ciclobenzaprina interage com a monoaminoxidase.

Crise hiperpirética, convulsões severas e morte podem ocorrer em pacientes que recebem antidepressivos

tricíclicos, incluíndo a furazolidona, a pargilina, a procarbazina e IMAO.

A ciclobenzaprina pode aumentar os efeitos do álcool, barbitúricos e de outras drogas depressoras do

Precauções

Devido à sua ação atropínica, a ciclobenzaprina deve ser utilizada com cautela em pacientes com história

de retenção urinária, glaucoma de ângulo fechado, pressão intra-ocular elevada ou naqueles em

tratamento com medicação anticolinérgica. Pelos mesmos motivos, os pacientes com antecedentes de

taquicardia, bem como os que sofrem de hipertrofia prostática, devem ser submetidos a cuidadosa

avaliação dos efeitos adversos durante o tratamento com a ciclobenzaprina. Não se recomenda a

utilização do medicamento nos pacientes em fase de recuperação do infarto do miocárdio, nas arritmias

cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva, bloqueio cardíaco ou outros problemas de condução. O risco

de arritmias pode estar aumentado nos casos de hipertireoidismo.

A utilização de cloridrato de ciclobenzaprina por períodos superiores a duas ou três semanas deve ser

feita com o devido acompanhamento médico.

Os pacientes devem ser advertidos de que a sua capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

perigosas pode estar comprometida durante o tratamento.

Gravidez

Estudos sobre a reprodução realizados em ratazanas, camundongos e coelhos, com dose até 20 vezes a

dose para humanos, não evidenciam a existência de alteração sobre a fertilidade ou de danos ao feto,

devidos ao produto. Entretanto, não há estudos adequados e bem controlados sobre a segurança do uso de

ciclobenzaprina em mulheres grávidas. Como os estudos em animais nem sempre reproduzem a resposta

em humanos, não se recomenda a administração de cloridrato de ciclobenzaprina durante a gravidez.

O cloridrato de ciclobenzaprina está classificado na categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

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Amamentação

Não é conhecido se a droga é excretada no leite materno. Como a ciclobenzaprina é quimicamente

relacionada aos antidepressivos tricíclicos, alguns dos quais são excretados no leite materno, cuidados

especiais devem ser tomados quando o produto for prescrito a mulheres que estejam amamentando.

Uso Pediátrico

Não foi estabelecida a segurança e a eficácia de ciclobenzaprina em crianças menores de 15 anos.

Geriatria

Não se dispõe de informações. Os pacientes idosos manifestam sensibilidade aumentada a outros

antimuscarínicos e é mais provável que experimentem reações adversas aos antidepressivos tricíclicos

relacionados estruturalmente com a ciclobenzaprina do que os adultos jovens.

Odontologia

Os efeitos antimuscarínicos periféricos da droga podem inibir o fluxo salivar, contribuindo para o

desenvolvimento de cáries, doenças periodontais, candidíase oral e mal estar.

Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Alterações Sobre a Fertilidade

Os estudos em animais com doses de 5 a 40 vezes a dose recomendada para humanos, não revelaram

propriedades carcinogênicas ou mutagênicas da droga. Alterações hepáticas como empalidecimento ou

aumento do fígado, foram observadas em casos doserelacoinados de lipidose com vacuolação do

hepatócito. No grupo que recebeu altas doses, as mudanças microscópicas foramm encontradas após 26

semanas. A ciclobenzaprina não afetou, por si mesma, a incidência ou a distribuição de neoplasias nos

estudos realizados em ratos e camundongos.

Doses orais de ciclobenzaprina, até 10 vezes a dose para humanos, não afetaram adversamente o

desempenho ou a fertilidade de ratazanas machos ou fêmeas. A ciclobenzaprina não demonstrou atividade

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A ciclobenzaprina pode aumentar os efeitos do álcool, dos barbituratos e dos outros depressores do SNC.

Os antidepressivos tricíclicos podem bloquear a ação antihipertensiva da guantidina e de compostos

semelhantes.

Antidiscinéticos e antimuscarínicos podem ter aumentada a sua ação, levando a problemas gastrintestinais

e a íleo paralítico.

Com inibidores da monoaminoxidase é necessário um intervalo mínimo de 14 dias entre a administração

dos mesmos e da ciclobenzaprina, para evitar as possíveis reações (ver Advertências).

Interferência em exames laboratoriais

Até o momento não existem dados disponíveis relacionados à interferência de cloridrato de

ciclobenzaprina em exames laboratoriais.

7. CUIDADOS COM O ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O produto cloridrato de ciclobenzaprina deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

Proteger da luz e umidade.

Prazo de validade: VIDE CARTUCHO.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O comprimido de cloridrato de ciclobenzaprina 5mg é oval, biconvexo, com um sulco e o nº 5 em uma

das faces e liso na outra, e cor branca.

O comprimido de cloridrato de ciclobenzaprina 10mg é oval, biconvexo, com um sulco e o nº 10 em uma

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O produto cloridrato de ciclobenzaprina é de uso oral.

O produto é apresentado na forma de comprimidos simples de 5mg e 10mg de cloridrato de

ciclobenzaprina.

cloridrato de ciclobenzaprina – comprimido simples – Bula para o profissional da saúde 5

Uso Adulto

A dose usual é de 20 a 40mg de cloridrato de ciclobenzaprina, em duas a quatro administrações ao dia (a

cada 12 horas ou a cada 6 horas), por via oral.

Limite máximo diário:

A dose máxima diária é de 60mg de cloridrato de ciclobenzaprina.

O uso do produto por períodos superiores a duas ou três semanas, deve ser feita com o devido

acompanhamento médico.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Ainda não são conhecidas a intensidade e frequência das reações adversas.

As reações adversas que podem ocorrer com maior frequência são: sonolência, secura de boca e vertigem.

As reações relatadas em 1 a 3% dos pacientes foram fadiga, debilidade, astenia, náuseas, constipação,

dispepsia, sabor desagradável, visão borrosa, cefaleia, nervosismo e confusão. Estas reações somente

requerem atenção médica se forem persistentes.

Com incidência em menos de 1% dos pacientes foram relatadas as seguintes reações: síncope e mal estar.

Cardiovasculares: taquicardia, arritmias, vasodilatação, palpitação, hipotensão.

Digestivas: vômitos, anorexia, diarreia, dor gastrointestinal, gastrite, flatulência, edema de língua,

alteração das funções hepáticas, raramente hepatite, icterícia e colestase. Hipersensiblidade: anafilaxia,

angioedema, prurido, edema facial, urticária e rash.

Músculoesqueléticas: rigidez muscular.

Sistema nervoso e psiquiátricas: ataxia, vertigem, disartria, tremores, hipertonia, convulsões, alucinações,

insônia, depressão, ansiedade, agitação, parestesia, diplopia.

Pele: sudorese.

Sentidos especiais: ageusia, tinitus.

Urogenitais: Frequência urinária e/ou retenção. Estas reações, embora raras, requerem supervisão médica.

Outras reações, relatadas aos compostos tricíclicos, embora não relacionadas à ciclobenzaprina, devem

ser consideradas pelo médico assistente.

Não foram relatadas reações referentes à dependência, com sintomas decorrentes da interrupção abrupta

do tratamento. A interrupção do tratamento após administração prolongada pode provocar náuseas,

cefaleia e mal estar, o que não é indicativo de adição.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.