Bula do Cloridrato de Ciprofloxacino produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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cloridrato de ciprofloxacino
Biosintética Farmacêutica Ltda.
comprimido revestido
500 mg
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimido revestido 500 mg: embalagens com 6 ou 14 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de cloridrato de ciprofloxacino contém:
cloridrato de ciprofloxacino (equivalente a 500 mg de ciprofloxacino)..................582 mg
Excipientes: celulose microcristalina, amido, crospovidona, dióxido de silício, estearato de
magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Adultos
Infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao
ciprofloxacino.
- Trato respiratório: cloridrato de ciprofloxacino pode ser considerado como tratamento
recomendável em casos de pneumonias causadas por Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus
spp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp., Moraxella catarrhalis,
Legionella spp. e Staphylococci. Este medicamento não deve ser usado como medicamento de
primeira escolha no tratamento de pacientes ambulatoriais com pneumonia causada por
Pneumococcus.
- Ouvido médio (otite média) e seios paranasais (sinusite), especialmente se a infecção for
causada por organismos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci.
- Olhos.
- Rins e/ou trato urinário eferente.
- Órgãos genitais, inclusive anexite, gonorreia e prostatite.
- Cavidade abdominal (por exemplo, infecções bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato
biliar e peritonite).
- Pele e tecidos moles.
- Ossos e articulações.
- Sepse.
Infecção ou risco iminente de infecção (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico
comprometido (por exemplo, pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes
neutropênicos).
Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.
Crianças
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No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por
Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos
em crianças foram realizados na indicação acima. Para outras indicações clínicas a experiência é
limitada. Não se recomenda, portanto, o uso do ciprofloxacino para outras indicações diferentes
da mencionada acima. O tratamento deve ser iniciado somente após cuidadosa avaliação dos
riscos e benefícios, pela possibilidade de reações adversas nas articulações e nos tecidos
adjacentes.
Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças
Para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis
aerossolizado.
Os resultados das experiências clínicas realizadas e documentadas demonstraram que os
microrganismos causadores das infecções foram erradicados em 81,9% dos casos. Clinicamente,
quase 94,2% dos pacientes apresentaram melhora acentuada ou recuperação completa.
Os resultados das pesquisas clínicas confirmam a excelente atividade in vitro do cloridrato de
ciprofloxacino. Os microrganismos mais comuns foram E. coli e Pseudomonas aeruginosa. Os
percentuais de erradicação para os patógenos gram-negativos, tais como a E. coli (95%),
Proteus sp (97 - 100%), Salmonella sp (100%), Haemophilus influenzae (95%) e também para
os organismos gram-positivos, Streptococcus pneumoniae (>80%) e Staphylococcus sp (>90%)
em particular, juntamente com os resultados favoráveis contra Pseudomonas aeruginosa (74%),
alcançados com tratamento via oral, demonstram o amplo espectro de atividade do cloridrato de
ciprofloxacino.
Os índices de cura ou melhora das condições clínicas encontrados nas diferentes infecções
foram os seguintes:
Trato respiratório inferior e superior ......... >85%
Trato urinário não complicadas ............... >90%
Trato urinário complicadas .............. 97 - 100%
Pele e tecidos moles ........................... 90%
Ossos e articulações ........................... 75%
Gastrintestinais ................................... 100%
Bacteremia/septicemia ........................... 94%
Ginecológicas ......................................... 92%
Otite maligna externa .............................. 90%
Prostatite crônica .............................. 84 - 91%
Propriedades farmacodinâmicas
O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código
ATC: J01MA02).
Mecanismo de Ação
O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microrganismos gram-
negativos e gram-positivos. A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da
topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para a
replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA bacteriano.
Mecanismo de Resistência
A resistência in vitro ao ciprofloxacino é frequente por mutação das topoisomerases bacterianas
e se desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações
espontâneas ocorre com uma frequência entre <10-9
e 10-6
. A resistência cruzada entre as
fluoroquinolonas aparece, quando a resistência surge por mutação. As mutações únicas podem
reduzir a sensibilidade, em lugar de produzir resistência clínica, mas as mutações múltiplas, em
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geral levam à resistência clínica ao ciprofloxacino e à resistência cruzada entre as quinolonas. A
impermeabilidade bacteriana e/ou expressão das bombas de efluxo podem afetar a sensibilidade
ao ciprofloxacino. Está relatada resistência mediada por plasmídeos e codificada por gene qnr.
Os mecanismos de resistência que inativam as penicilinas, as cefalosporinas, os
aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na atividade
antibacteriana do ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência cruzada entre o
ciprofloxacino e outros grupos antimicrobianos. Os microrganismos resistentes a esses
medicamentos podem ser sensíveis ao ciprofloxacino.
A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória
mínima (CIM) em mais que o dobro.
Sensibilidade in vitro ao ciprofloxacino
A prevalência da resistência adquirida pode variar segundo a região geográfica e o tempo para
determinadas espécies, e é desejável dispor de informação local de resistência, principalmente
quando se tratar de infecções graves. Quando necessário, deve-se solicitar o conselho de um
especialista se a prevalência local da resistência é tal que seja questionada a utilidade do
preparado, pelo menos frente a determinados tipos de infecção.
O ciprofloxacino tem mostrado atividade in vitro contra cepas sensíveis dos seguintes
microrganismos:
Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas
cepas são somente moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis à
meticilina), Staphylococcus saprophyticus, Streptococcus pneumoniae.
Microrganismos gram-negativos aeróbios:
Burkholderia cepacia Klebsiella pneumoniae Providencia spp.
Campylobacter spp. Klebsiella oxytoca Pseudomonas aeruginosa
Citrobacter freudii Moraxella catarrhalis Pseudomonas fluorescens
Enterobacter aerogenes Morganella morganii Serratia marcescens
Enterobacter cloacae Neisseria gonorrhoeae Shigella spp.
Escherichia coli Proteus mirabilis
Haemophillus influenzae Proteus vulgaris
Os seguintes microrganismos mostram um grau variável de sensibilidade ao ciprofloxacino:
Burkholderia cepacia, Campylobacter spp., Enterococcus faecalis, Morganella morganii,
Neisseria gonorrhoeae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas fluorescens,
Serratia marcescens.
Os seguintes microrganismos são considerados intrinsecamente resistentes ao ciprofloxacino:
Staphylococcus aureus (resistente à meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia.
O ciprofloxacino mostra atividade contra Bacillus anthracis tanto in vitro, como quando se
medem os valores séricos como marcador sucedâneo.
- Inalação de antraz – Informação adicional
As concentrações séricas de ciprofloxacino atingidas em humanos servem como um indicativo
razoavelmente adequado para prever o benefício clínico e fornecem a base para esta indicação.
Em adultos e crianças tratados por via oral e endovenosa, as concentrações de ciprofloxacino
atingem ou superam as concentrações séricas médias de ciprofloxacino que proporcionam
melhora estatisticamente significativa de sobrevida de macacos Rhesus no modelo de inalação
de antraz (veja o item “Posologia e modo de usar”).
Foi realizado um estudo controlado com placebo em macacos Rhesus expostos a uma dose
média inalada de 11 DL50 (~5,5 x 105
) esporos (faixa de 5-30 DL50) de Bacillus anthracis. A
concentração inibitória mínima (CIM) de ciprofloxacino para a cepa de antraz usada no estudo
foi 0,08 mcg/mL. As concentrações séricas médias de ciprofloxacino alcançadas no Tmáx
esperado (1 hora após a dose) por via oral (até alcançar o estado de equilíbrio), variaram de 0,98
a 1,69 mcg/mL. As concentrações mínimas médias no estado de equilíbrio, 12 horas após a
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dose, variaram de 0,12 a 0,19 mcg/mL. A mortalidade ao antraz nos animais que receberam um
regime de 30 dias de ciprofloxacino oral, iniciando 24 horas após a exposição, foi
significativamente menor (1/9) que no grupo placebo (9/10) [p = 0,001]. No único animal
tratado que não resistiu ao antraz, o óbito ocorreu após o período de 30 dias de administração do
medicamento.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética do ciprofloxacino foi avaliada em diferentes populações humanas. A
concentração sérica máxima média no estado de equilíbrio obtida em humanos adultos tratados
com 500 mg por via oral de 12 em 12 horas é de 2,97 mcg/mL, sendo de 4,56 mcg/mL após
administração intravenosa de 400 mg de 12 em 12 horas. A concentração sérica mínima média
no estado de equilíbrio em ambos os esquemas é 0,2 mcg/mL. Em um estudo de 10 pacientes
pediátricos de 6 a 16 anos, a concentração plasmática máxima média alcançada foi de 8,3
mcg/mL e a concentração mínima variou de 0,09 a 0,26 mcg/mL após administração de duas
infusões intravenosas de 30 minutos de 10 mg/kg, com intervalo de 12 horas. Após a segunda
infusão intravenosa, os pacientes passaram a receber 15 mg/kg por via oral de 12 em 12 horas,
tendo-se atingido a concentração máxima média de 3,6 mcg/mL após a primeira dose oral. Os
dados de segurança de longo prazo com administração de ciprofloxacino a pacientes pediátricos,
incluindo os efeitos na cartilagem, são limitados. (veja o item “Advertências e Precauções”).
- Absorção
Após a administração oral de doses únicas de 250 mg, 500 mg e 750 mg de comprimidos
revestidos deste medicamento, o ciprofloxacino é absorvido rápida e amplamente
principalmente através do intestino delgado, atingindo as concentrações séricas máximas 1 a 2
horas depois.
A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 70 – 80%. As concentrações séricas
máximas (Cmáx) e as áreas totais sob as curvas das concentrações séricas em relação ao tempo
(AUC) aumentaram proporcionalmente às doses.
- Distribuição
A ligação protéica do ciprofloxacino é baixa (20 – 30%) e a substância no plasma encontra-se
fundamentalmente sob a forma não ionizada. O ciprofloxacino pode difundir-se livremente para
o espaço extravascular. O grande volume de distribuição no estado de equilíbrio, de 2-3 L/kg de
peso corpóreo, mostra que o ciprofloxacino penetra nos tecidos e atinge concentrações que
claramente excedem os valores séricos correspondentes.
- Metabolismo
Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos, identificados como
desetilenociprofloxacino (M1), sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e
formilciprofloxacino (M4). M1 a M3 apresentam atividade antibacteriana in vitro comparável
ou inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor em quantidade, apresenta atividade
antimicrobiana in vitro quase equivalente à do norfloxacino.
- Eliminação
O ciprofloxacino é amplamente excretado sob forma inalterada pelos rins e, em menor extensão,
por via extrarrenal.
- Crianças
Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC não foram dependentes da idade. Nenhum
aumento notável de Cmáx e AUC foi observado com doses múltiplas (10 mg/kg/3 x dia). Em 10
crianças menores de 1 ano com septicemia grave, a Cmáx foi de 6,1 mg/L (faixa de 4,6 – 8,3
mg/L) após infusão intravenosa de 10 mg/Kg durante 1 hora; e 7,2 mg/L (faixa 4,7 –11,8 mg/L)
em crianças de 1 a 5 anos. Os valores da AUC foram de 17,4 mg•h/L (faixa 11,8 – 32,0 mg•h/L)
e de 16,5 mg•h/L (faixa 11,0 – 23,8 mg•h/L) nas respectivas faixas etárias. Esses valores estão
dentro da faixa relatada para adultos tratados com doses terapêuticas. Com base na análise
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farmacocinética da população pediátrica com infecções diversas, a meia-vida média esperada
em crianças é de aproximadamente 4 a 5 horas.
Dados Pré-Clínicos de Segurança
- Toxicidade aguda
A toxicidade aguda do ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada como
muito baixa. Dependendo da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125-290 mg/kg.
- Toxicidade Crônica
Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses
Administração oral: doses até e iguais a 500 mg/kg e 30 mg/kg foram toleradas sem danos por
ratos e macacos, respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90 mg/kg)
foram observadas alterações nos túbulos renais distais.
Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20 mg/kg)
foram detectadas concentrações de ureia e creatinina levemente elevadas e alterações nos
túbulos renais distais.
- Carcinogenicidade
Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com
doses de até aproximadamente 1000 mg/kg de peso corporal/dia em camundongos e 125 mg/kg
de peso corporal/dia em ratos (aumentada para 250 mg/kg de peso corporal/dia após 22
semanas), não se evidenciou potencial carcinogênico de qualquer das doses avaliadas.
- Toxicologia da reprodução
Estudos de fertilidade em ratas: o ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o
desenvolvimento intrauterino e pós-natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.
Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou
teratogenicidade do ciprofloxacino.
Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no
desenvolvimento perinatal ou pós-natal dos animais. A pesquisa histológica ao fim do período
de criação não revelou nenhum sinal de dano articular nas crias.
- Mutagenicidade
Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o ciprofloxacino.
Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação de células de linfoma de
camundongos e o Ensaio de reparo de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham
apresentado resultados positivos, todos os sistemas de testes in vivo que cobriam todos os
aspectos relevantes resultaram negativos.
- Estudos de tolerabilidade articular
Assim como outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa danos nas grandes articulações
que suportam peso em animais imaturos. O grau da lesão articular varia de acordo com a idade,
espécie e dose; a lesão pode ser reduzida eliminando-se a carga articular. Os estudos com
animais adultos (rato, cão) não evidenciaram lesões nas cartilagens. Em um estudo com cães
jovens Beagle, o ciprofloxacino em altas doses (1,3 a 3,5 vezes a dose terapêutica), causou
lesões articulares após duas semanas de tratamento, que ainda estavam presentes após 5 meses.
Com doses terapêuticas não se observaram esses efeitos.
Hipersensibilidade ao ciprofloxacino, a outro derivado quinolônico ou a qualquer
componente da fórmula (veja “Composição”).
A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (veja “Interações
Medicamentosas”).
Infecções graves e/ou infecções por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas
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Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções
envolvendo bactérias anaeróbias, cloridrato de ciprofloxcino deve ser utilizado em
associação a um antibiótico apropriado.
Infecções por Streptococcus pneumoniae
Este medicamento não é recomendado para o tratamento de infecções pneumocócicas
devido à eficácia limitada contra Streptococcus pneumoniae.
Infecções do trato genital
As infecções do trato genital podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae
resistentes à fluoroquinolona. Em infecções do trato genital que tem ou podem ter causa
ligada à Neisseria gonorrhoeae, é muito importante obter informações locais sobre a
prevalência de resistência ao ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de
exames laboratoriais.
Distúrbios cardíacos
O cloridrato de ciprofloxacino está associado a casos de prolongamento de QT (veja o item
“Reações Adversas”). As mulheres podem ser mais sensíveis aos medicamentos que
prolonguem o QTc, uma vez que tendem a ter intervalo QTc basal mais longo em
comparação aos homens. Pacientes idosos também podem ser mais sensíveis aos efeitos
associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar este
medicamento concomitantemente com medicamentos que podem resultar em
prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA,
antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Interações
Medicamentosas”) ou em pacientes com fatores de risco para prolongamento QT ou
“torsades de pointes” (por exemplo, síndrome congênita de QT longo, desequilíbrio
eletrolítico não corrigido assim como hipocalemia ou hipomagnesemia e doenças cardíacas
como insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou bradicardia).
Hipersensibilidade
Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única
dose (veja “Reações Adversas”), devendo o paciente informar ao médico imediatamente.
Em casos muito raros reações anafiláticas/anafilactoides podem progredir para um estado
de choque, com risco para a vida, em alguns casos após a primeira administração (veja
“Reações Adversas”). Em tais circunstâncias, a administração de cloridrato de
ciprofloxcino deve ser interrompida e instituir-se tratamento médico adequado (por
exemplo, tratamento para choque).
Sistema gastrintestinal
Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar
um médico, já que esse sintoma pode ocultar uma doença intestinal grave (colite
pseudomembranosa com risco para a vida com possível evolução fatal), que exige
tratamento adequado imediato (veja “Reações Adversas”). Nesses casos, o cloridrato de
ciprofloxcino deve ser descontinuado e deve ser iniciado tratamento terapêutico
apropriado (por exemplo, vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes por
dia). Medicamentos que inibem o peristaltismo são contraindicados nesta situação.
Sistema hepatobiliar
Casos de necrose hepática e insuficiência hepática com risco para a vida têm sido
relatados com cloridrato de ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal ou sintoma de
doença hepática (como anorexia, icterícia, urina escura, prurido ou abdômen tenso) o
tratamento deverá ser descontinuado (veja “Reações Adversas”).
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Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia
colestática, especialmente em pacientes com doença hepática precedente que forem
tratados com cloridrato de ciprofloxacino (veja o “Reações Adversas”).
Sistema músculoesquelético
O cloridrato de ciprofloxacino deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia
grave, uma vez que os sintomas podem ser exarcebados.
Podem ocorrer tendinite e ruptura do tendão (predominantemente do tendão de Aquiles),
algumas vezes bilateral, com cloridrato de ciprofloxacino, mesmo dentro das primeiras 48
horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e ruptura de tendão mesmo até vários
meses após a descontinuação da terapia com cloridrato de ciprofloxacino. O risco de
tendinopatia pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados
concomitantemente com corticosteroides.
Ao primeiro sinal de tendinite (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação), deve-se
consultar um médico e suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se manter em
repouso a extremidade afetada e evitar exercícios físicos inadequados (pois do contrário,
aumentará o risco de ruptura de tendão). Este medicametno deve ser usado com cuidado
em pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados com tratamento
quinolônico.
Sistema nervoso
O cloridrato de ciprofloxacino, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por
desencadear convulsões ou diminuir o limiar convulsivo.
Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC)
(por exemplo, limiar convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo
sanguíneo cerebral, lesão cerebral ou acidente vascular cerebral), cloridrato de
ciprofloxacino deve ser administrado somente se os benefícios do tratamento forem
superiores aos possíveis riscos, por eventuais efeitos indesejáveis sobre o SNC. Casos de
estados epiléticos foram relatados (veja “Reações Adversas”). Se ocorrerem convulsões,
cloridrato de ciprofloxacino deve ser descontinuado. Podem ocorrer reações psiquiátricas
após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo cloridrato de
ciprofloxacino. Em casos raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir para
ideias/pensamentos suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio
ou suicídio (veja “Reações Adversas”). Caso o paciente desenvolva qualquer uma destas
reações, cloridrato de ciprofloxacino deve ser descontinuado e medidas apropriadas
devem ser instituídas.
Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em
parestesias, hipoestesias, disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas,
incluindo cloridrato de ciprofloxcino. Pacientes em tratamento com cloridrato de
ciprofloxacino devem ser orientados a informar seu médico antes de continuar o
tratamento se desenvolverem sintomas de neuropatia tais como dor, queimação,
formigamento, dormência ou fraqueza (veja “Reações Adversas”).
Pele e anexos
O ciprofloxacino pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, pacientes
que utilizam cloridrato de ciprofloxacino devem evitar a exposição direta e excessiva ao sol
ou à luz ultravioleta. O tratamento deve ser descontinuado se ocorrer fotossensibilização
(por exemplo, reações tipo queimadura solar) (veja “Reações Adversas”).
Citocromo P450
O ciprofloxacino é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP450 1A2. Deve-
se ter cuidado quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática são
administrados concomitantemente (por exemplo, tizanidina, teofilina, metilxantinas,
cafeína, duloxetina, ropinirol, clozapina, olanzapina). Pode-se observar um aumento das
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concentrações plasmáticas associado a efeitos indesejáveis específicos da droga devido à
inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (veja “Interações
Medicamentosas”).
Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista imediatamente em caso
de alterações na visão ou algum sintoma ocular.
Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas
As fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem afetar a habilidade do paciente
para dirigir veículos ou operar máquinas devido a reações do SNC (veja “Reações
Adversas”). Tal fato ocorre principalmente com a ingestão concomitante de álcool.
Gravidez e lactação
Gravidez
Os dados disponíveis do uso de ciprofloxacino em mulheres grávidas não indicam
malformação nem toxicidade fetal/neonatal. Estudos em animais não indicaram toxicidade
reprodutiva. Baseado em estudos em animais não se pode excluir que o medicamento
possa causar danos à cartilagem articular no organismo fetal imaturo (veja “Dados Pré-
Clínicos de Segurança”), portanto, o uso de cloridrato de ciprofloxcino não é recomendado
durante a gravidez.
Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos (malformações) (veja
“Dados Pré-Clínicos de Segurança”).
“Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Lactação
O ciprofloxacino é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular,
o uso de cloridrato de ciprofloxacino não é recomendado durante a amamentação (veja
Uso em idosos
Vide “Posologia – Idosos”.
Uso em crianças e adolescentes
Como outras drogas de sua classe, o ciprofloxacino demonstrou ser causa de artropatia em
articulações que suportam peso em animais imaturos. A análise dos dados de segurança
disponíveis a respeito do uso do ciprofloxacino em pacientes com menos de 18 anos de
idade, em sua maioria portadores de fibrose cística, não revelou qualquer evidência de
danos a cartilagens ou articulações. Não se recomenda o uso de ciprofloxacino em outras
indicações que não o tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose cística
associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa (5 – 17 anos) e o tratamento de inalação
- Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: cloridrato de ciprofloxacino,
como outras fluoroquinolonas, deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam
recebendo medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo,
antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja
“Advertências e Precauções”).
- Formação de quelatos: A administração concomitante de cloridrato de ciprofloxacino e
medicamentos contendo cátions polivalentes, suplementos minerais (por exemplo, cálcio,
magnésio, alumínio, ferro), polímeros ligantes de fosfato (por exemplo, sevelâmer,
carbonato de lantânio), sucralfato ou antiácidos e medicamentos altamente tamponados
(por exemplo, comprimidos de didanosina) contendo magnésio, alumínio, ou cálcio, reduz
a absorção do ciprofloxacino. Portanto, cloridrato de ciprofloxacino deve ser administrado
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de 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas após essas preparações. Essa restrição não se
aplica aos antiácidos da categoria dos bloqueadores do receptor H2.
- Alimentos e produtos lácteos: A administração concomitante de cloridrato de
ciprofloxacino e laticínios ou bebidas enriquecidas com minerais (por exemplo, leite,
iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) deve ser evitada porque a absorção do
ciprofloxacino pode ser reduzida. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da alimentação
normal, não afeta significativamente a absorção.
- probenecida: A probenecida interfere na secreção renal do ciprofloxacino. A
administração concomitante de medicamentos contendo probenecida e cloridrato de
ciprofloxacino aumenta a concentração sérica de ciprofloxacino.
- metoclopramida: A metoclopramida acelera a absorção de ciprofloxacino, reduzindo o
tempo para atingir as concentrações plasmáticas máximas. Não se observou efeito sobre a
biodisponibilidade do ciprofloxacino.
- omeprazol: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo
omeprazol reduz ligeiramente a Cmáx e a AUC do ciprofloxacino.
- tizanidina: Em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas
concentrações séricas de tizanidina (aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes;
aumento da AUC: 10 vezes, variação: 6 a 24 vezes) quando administrada
concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito hipotensivo e
sedativo relacionada ao aumento das concentrações séricas (veja Citocromo P450 em
“Advertências e Precauções”). Medicamentos contendo tizanidina não devem ser
administrados com cloridrato de ciprofloxacino (veja ”Contraindicações”).
- teofilina: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo
teofilina pode produzir aumento indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto
pode causar efeitos indesejáveis induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses
efeitos indesejáveis podem pôr a vida em risco ou ser fatais. Quando o uso da associação
for inevitável, as concentrações séricas da teofilina deverão ser cuidadosamente
monitoradas e sua dose reduzida convenientemente (veja Citocromo P450 em
- Outros derivados de xantina: Foi relatado que a administração concomitante de
ciprofloxacino e medicamentos contendo cafeína ou pentoxifilina (oxpentifilina) elevou a
concentração sérica destes derivados de xantina.
- fenitoína: Nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em
pacientes recebendo cloridrato de ciprofloxacino e fenitoína concomitantemente. É
recomendado o monitoramento da terapia com fenitoína, incluindo medições de
concentração sérica de fenitoína, durante e imediatamente após a coadministração de
cloridrato de ciprofloxacino e fenitoína, para evitar a perda do controle das convulsões
associadas aos níveis diminuídos de fenitoína e para evitar reações adversas relacionadas à
superdose de fenitoína quando cloridrato de ciprofloxacino é descontinuado em pacientes
que estejam recebendo ambos.
- metotrexato: A administração concomitante de cloridrato de ciprofloxacino pode inibir o
transporte tubular renal do metotrexato, podendo potencialmente aumentar os níveis
plasmáticos deste, o que pode aumentar o risco de reações tóxicas associadas ao
metotrexato. Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente pacientes tratados com
metotrexato, se for indicada terapia simultânea com cloridrato de ciprofloxacino.
- Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs): Estudos realizados com animais
demonstraram que a associação de doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de
certos anti-inflamatórios não-esteroides (exceto o ácido acetilsalicílico) pode provocar
convulsões.
- ciclosporina: A administração simultânea de ciprofloxacino e medicamentos contendo
ciclosporina aumentou transitoriamente a concentração de creatinina sérica. Portanto, é
necessário controlar frequentemente (duas vezes por semana) a concentração de
creatinina sérica nesses pacientes.
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- Antagonistas da vitamina K: A administração simultânea de cloridrato de ciprofloxacino
com antagonistas da vitamina K pode aumentar seus efeitos anticoagulantes. O risco pode
variar conforme a infecção subjacente, idade e condição geral do paciente de modo que a
contribuição do ciprofloxacino para elevar a RNI (razão normalizada internacional)
torna-se difícil de ser avaliada. A RNI deve ser frequentemente monitorada durante e logo
após a coadministração de cloridrato de ciprofloxacino com antagonistas da vitamina K
(por exemplo, varfarina, acenocumarol, femprocumona ou fluindiona).
- Agentes antidiabéticos orais: Tem sido relatada hipoglicemia quando cloridrato de
ciprofloxacino e antidiabéticos orais, principalmente sulfonilureias (por exemplo,
glibenclamida, glimepirida), foram coadministradas, possivelmente por intensificar a ação
do antidiabético oral (veja “Reações Adversas”).
- duloxetina: Estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de
duloxetina com fortes inibidores da isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina,
pode aumentar a AUC e Cmáx da duloxetina. Embora nenhum dado clínico esteja
disponível sobre uma possível interação com ciprofloxacino, efeito similar pode ser
esperado da administração concomitante (veja Citocromo P450 em “Advertências e
Precauções”).
- ropinirol: Em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante de ciprofloxacino e
ropinirol, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumenta a Cmáx e
AUC de ropinirol em 60% e 84%, respectivamente. É recomendado monitorar
adequadamente os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol durante e
logo após a coadministração com cloridrato de ciprofloxacino (veja Citocromo P450 em
- lidocaína: Comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de medicamentos
contendo lidocaína com ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do
citocromo P450, reduz a depuração da lidocaína administrada por via intravenosa em
cerca de 22%. O tratamento com lidocaína foi bem tolerado, contudo pode ocorrer uma
interação com o ciprofloxacino se administrado concomitantemente, acompanhado de
efeitos secundários.
- clozapina: A concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em
29% e 31%, respectivamente, após administração simultânea de ciprofloxacino 250 mg
com clozapina durante 7 dias. Recomenda-se realizar monitoramento clínico e ajuste de
dose de clozapina apropriadamente durante e logo após a coadministração com cloridrato
de ciprofloxacino (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).
- sildenafila: Após administração oral de 50 mg de sildenafila concomitantemente com 500
mg de ciprofloxacino, a Cmáx e AUC de sildenafila foram aumentadas aproximadamente
duas vezes em indivíduos sadios. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever o uso
concomitante de cloridrato de ciprofloxacino e sildenafila, considerando os riscos e
benefícios.
Interações com exames
A potência do ciprofloxacino in vitro pode interferir no teste de cultura de Mycobacterium
tuberculosis pela supressão do crescimento micobacteriano, causando resultado falso
negativo em espécimes de pacientes que estejam fazendo uso de cloridrato de
ciprofloxacino.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que
respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses
a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Para uso oral.
Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente
das refeições. Quando ingeridos com o estômago vazio, a substância ativa é absorvida mais
rapidamente. Os comprimidos não devem ser administrados com produtos lácteos ou bebidas
enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio)
(veja “Interações Medicamentosas”). No entanto, o cálcio contido na dieta alimentar não afeta
significativamente a absorção de ciprofloxacino.
Se pela gravidade de sua doença ou por qualquer outro motivo o paciente não estiver apto a
ingerir comprimidos (por exemplo, pacientes sob nutrição enteral), recomenda-se iniciar a
terapia com ciprofloxacino injetável. Após a administração intravenosa, pode-se dar
continuidade ao tratamento por via oral (terapia sequencial).
Duração do tratamento
A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É
essencial manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e
dos sintomas clínicos. Duração média do tratamento em adultos: 1 dia nos casos de gonorreia
aguda não complicada e cistite; até 7 dias nos casos de infecção renal, do trato urinário e
cavidade abdominal; durante todo o período neutropênico em pacientes com defesas orgânicas
debilitadas; máximo de 2 meses nos casos de osteomielite; 7 a 14 dias em todas as outras
infecções.
Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de
complicações posteriores.
As infecções causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período
mínimo de 10 dias.
Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao
antraz por inalação (após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.
Crianças e Adolescentes
Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por
Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do
tratamento deve ser de 10 a 14 dias.
Posologia
Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:
Indicações Dose diária para adultos de
ciprofloxacino (mg) via oral
Infecções do trato respiratório (dependendo da gravidade e do
microrganismo)
2 x 250 mg a 500 mg
Infecções do trato urinário:
Aguda, não complicada 1 a 2 x 250 mg
Cistite em mulheres (antes da
menopausa)
dose única 250 mg
Complicada 2 x 250 mg a 500 mg
Gonorreia:
- extragenital
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- aguda, não complicada
Diarreia 1 a 2 x 500 mg
Outras infecções (vide indicações) 2 x 500 mg
Infecções graves, com risco
para a vida:
Principalmente quando
causadas por Pseudomonas,
Staphylococcus ou
Streptococcus
Pneumonia estreptocócica
2 x 750 mg
Infecções recorrentes em
fibrose cística
Infecções ósseas e das
articulações
Septicemia
Peritonite
Crianças e Adolescentes – fibrose cística
Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso de ciprofloxacino em pacientes
pediátricos com fibrose cística (idade entre 5 e 17 anos) e com exacerbação pulmonar aguda
associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, na dose oral de 20 mg de ciprofloxacino/kg
de peso corporal, duas vezes por dia (dose máxima diária de 1.500 mg de ciprofloxacino).
Antraz por inalação (após exposição) em Adultos e Crianças
Adultos: Administração oral: 500 mg de ciprofloxacino, duas vezes por dia.
Crianças: Administração oral: 15 mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia.
Não se deve exceder o teto máximo de 500 mg por dose (dose diária máxima: 1000 mg). A
administração do medicamento deve começar o mais rapidamente possível após suspeita ou
confirmação de exposição.
Informações adicionais para populações especiais
Idosos
Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da
gravidade da doença e da depuração de creatinina (veja, “Pacientes com insuficiência renal ou
hepática”).
Posologia na insuficiência renal ou hepática
Adultos
- Pacientes com insuficiência renal
Para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 50 mL/min/1,73 m2 (insuficiência renal
moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL a dose máxima
diária de cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1000 mg/dia.
Para pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min/1,73 m2 (insuficiência renal
grave) ou concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 mL a dose máxima
diária de cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg/dia.
- Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise
moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml a dose máxima diária
de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1.000 mg.
diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg, nos dias de diálise, após o
procedimento.
- Pacientes com insuficiência renal em diálise peritonial ambulatorial contínua (DPAC)
A dose diária máxima de ciprofloxacino deve ser de 500 mg (1 comprimido revestido de 500
mg ou 2 comprimidos revestidos de 250 mg).
- Pacientes com insuficiência hepática
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Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.
- Pacientes com insuficiência renal e hepática
diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1000 mg.
diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg.
Crianças
Doses em crianças com função renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino
(oral e parenteral) classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III estão
listadas abaixo (Total n= 51.621).
Lista de reações adversas
As frequências das reações adversas relatadas com cloridrato de ciprofloxacino estão
resumidas abaixo. Dentro dos grupos de frequência, as reações adversas estão
apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Frequências são definidas como:
muito comum (≥ 1/10)
comum (≥ 1/100 a < 1/10)
incomum (≥ 1/1.000 a ≤ 1/100)
rara (≥ 1/10.000 a ≤ 1/1.000)
muito rara (≤ 1/10.000)
As reações adversas identificadas apenas durante a observação pós-comercialização e,
para as quais a frequência não pode ser estimada, estão listadas como “Frequência
desconhecida”.
- Infecções e infestações:
Reações incomuns: superinfecções micóticas.
Reações raras: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução
fatal).
- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:
Reações incomuns: eosinofilia.
Reações raras: leucopenia, anemia, neutropenia, leucocitose, trombocitopenia e
plaquetose.
Reações muito raras: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia (com risco para a
vida) e depressão da medula óssea (com risco para a vida).
- Distúrbios do sistema imunológico:
Reações raras: reação alérgica e edema alérgico/angioedema.
Reações muito raras: reação anafilática, choque anafilático (com risco para a vida) e
reações similares à doença do soro.
- Distúrbios metabólicos e nutricionais:
Reações incomuns: apetite e ingestão de alimentos diminuídos.
Reações Raras: hiperglicemia, hipoglicemia.
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- Distúrbios psiquiátricos:
Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.
Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão
(potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como ideias/pensamentos
suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio) e alucinações.
Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento
autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).
- Distúrbios do sistema nervoso:
Reações incomuns: cefaleia, tontura, distúrbios do sono e alterações do paladar.
Reações raras: parestesia e disestesia, hipoestesia, tremores, convulsões (incluindo estado
epilético) e vertigem.
Reações muito raras: enxaqueca, transtornos da coordenação, alterações do olfato,
hiperestesia e hipertensão intracraniana (pseudotumor cerebral).
Frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia.
- Distúrbios visuais:
Reações raras: distúrbios visuais.
Reações muito raras: distorção visual das cores.
- Distúrbios da audição e labirinto:
Reações raras: zumbido e perda da audição.
Reações muito raras: alteração da audição.
- Distúrbios cardíacos:
Reações raras: taquicardia.
Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, “torsades
de pointes”*.
- Distúrbios vasculares:
Reações raras: vasodilatação, hipotensão e síncope.
Reações muito raras: vasculite.
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos:
Reações raras: dispneia (incluindo condições asmáticas).
- Distúrbios gastrintestinais:
Reações comuns: náusea e diarreia.
Reações incomuns: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência.
Reações muito raras: pancreatite.
- Distúrbios hepatobiliares:
Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina.
Reações raras: disfunção hepática, icterícia e hepatite (não infecciosa).
Reações muito raras: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência
hepática com risco para a vida).
- Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos:
Reações incomuns: rash cutâneo, prurido e urticária.
Reações raras: reações de fotossensibilidade e vesículas.
Reações muito raras: petéquias, eritema multiforme, eritema nodoso, síndrome de
Stevens-Johnson (potencialmente com risco para a vida) e necrólise epidérmica tóxica
(potencialmente com risco para a vida).
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Frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).
- Distúrbios ósseos e do tecido conectivo e musculoesquelético:
Reações incomuns: artralgia.
Reações raras: mialgia, artrite, aumento do tônus muscular e cãibras.
Reações muito raras: fraqueza muscular, tendinite, ruptura de tendão
(predominantemente do tendão de Aquiles) e exacerbação dos sintomas de miastenia
grave.
- Distúrbios renais e urinários:
Reações incomuns: disfunção renal.
Reações raras: insuficiência renal, hematúria, cristalúria e nefrite túbulo-intersticial.
- Distúrbios gerais:
Reações incomuns: dor inespecífica, mal estar geral e febre.
Reações raras: edema e sudorese (hiperidrose).
Reações muito raras: alteração da marcha.
- Investigações:
Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina no sangue.
Reações raras: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.
Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em
pacientes tratados com antagonistas de vitamina K).
*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e
foram observadas predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para
prolongamento do intervalo QT (veja “Advertências e Precauções”).
As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos
de pacientes recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):
Comum: Vômito, aumento transitório das
transaminases, rash cutâneo
Incomum: Trombocitopenia, plaquetose, confusão e
desorientação, alucinações, parestesia,
disestesia, convulsão, vertigem, distúrbios
visuais, perda de audição, taquicardia,
vasodilatação, hipotensão, alteração
hepática transitória, icterícia,
insuficiência renal, edema
Raras: Pancitopenia, depressão da medula óssea,
choque anafilático, reações psicóticas,
enxaqueca, distúrbios do olfato, alteração
da audição, vasculite, pancreatite, necrose
hepática, petéquias, ruptura de tendão
Crianças
A incidência de artropatia, mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos com
adultos. Em crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja o item “Advertências e
Precauções”).
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
– NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual
ou Municipal.
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