Bula do Cloridrato de Ciprofloxacino para o Paciente

Bula do Cloridrato de Ciprofloxacino produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cloridrato de Ciprofloxacino
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda - Paciente

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO PARA O PACIENTE

cloridrato de ciprofloxacino

Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.

comprimido revestido

500mg

cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

cloridrato de ciprofloxacino comprimido revestido 500mg. Embalagem contendo 6, 10 e 14 comprimdos revestidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de 500 mg contém:

cloridrato de ciprofloxacino ................................................................................................................................... 582 mg

(equivalente a 500 mg de ciprofloxacino)

excipientes q.s.p. .......................................................................................................................... 1 comprimido revestido

(celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, povidona, dióxido de silício coloidal, ácido esteárico, estearato de

magnésio, croscarmelose sódica, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio e polissorbato 80)

II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

As indicações de cloridrato de ciprofloxacino são as seguintes:

 Adultos

Para o tratamento de infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao

ciprofloxacino:

- do trato respiratório. Muitos dos microrganismos, p. ex. Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli, Pseudomonas,

Haemophilus, Moraxella, Legionella e Staphylococcus reagem com muita sensibilidade ao Ciprofloxacino. A maioria

dos casos de pneumonia que não necessitam de tratamento hospitalar é causada por Streptococcus pneumoniae.

Nesses casos, Ciprofloxacino não é o medicamento de primeira escolha;

- do ouvido médio (otite média) e dos seios paranasais (sinusite), especialmente se causadas por Pseudomonas ou

Staphylococcus;

- dos olhos;

- dos rins e/ou do trato urinário eferente;

- dos órgãos reprodutores, inclusive inflamação dos ovários e das tubas uterinas (anexite), gonorreia e infecções da

próstata (prostatite);

- da cavidade abdominal, p. ex. do estômago e intestino (trato gastrintestinal), do trato biliar e da membrana serosa

que reveste internamente as paredes do abdome (peritônio);

cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02

- da pele e de tecidos moles;

- dos ossos e articulações.

Infecção generalizada (septicemia).

Infecções ou risco de infecção (profilaxia) em pacientes com sistema imunológico comprometido, por exemplo,

pacientes em tratamento com medicamentos que inibem as defesas imunológicas naturais do organismo ou pacientes

com número reduzido de glóbulos brancos do sangue.

Eliminação seletiva de bactérias do intestino durante tratamento com medicamentos que inibem o sistema

imunológico do organismo.

Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.

Ciprofloxacino não é eficaz contra Treponema pallidum (causador da sífilis).

 Crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos

Para infecção aguda na fibrose cística (distúrbio hereditário que aumenta a produção e a viscosidade das secreções nos

brônquios e no trato digestivo) causada por P. aeruginosa se não houver possibilidade de outros tratamentos injetáveis

mais eficazes. Não se recomenda Ciprofloxacino para outras indicações.

 Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças

Para reduzir a incidência ou progressão da doença após inalação de bacilos de antraz (Bacillus anthracis).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O ciprofloxacino pertence ao grupo das quinolonas. As quinolonas bloqueiam determinadas enzimas de bactérias que

têm um papel fundamental no metabolismo e na reprodução bacteriana, matando as bactérias causadoras da doença.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Não use ciprofloxacino nas seguintes situações:

- alergia (hipersensibilidade) à substância ativa ciprofloxacino, aos medicamentos contendo outras quinolonas

ou a qualquer componente da fórmula. Sinais de alergia podem incluir coceira, vermelhidão na pele,

dificuldade para respirar ou inchaço das mãos, garganta, boca ou pálpebra;

- uso concomitante de tizanidina (um relaxante muscular).

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

 Advertências

Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções por bactérias anaeróbias, o

ciprofloxacino deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.

O ciprofloxacino não é recomendado para o tratamento de pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae

devido à eficácia limitada contra este agente bacteriano.

As infecções dos órgãos genitais podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes à

fluoroquinolona. É muito importante obter informações locais sobre a prevalência de resistência ao

ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames laboratoriais.

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O ciprofloxacino está associado a casos de prolongamento do intervalo QT (uma alteração do

eletrocardiograma) (veja o item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). As mulheres

podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o intervalo QTc, uma vez que tendem a ter um

intervalo QTc basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos podem também ser mais sensíveis

aos efeitos associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar ciprofloxacino junto

com medicamentos que podem resultar em prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de

classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos, antibióticos macrolídeos, antipsicóticos) ou em pacientes com

fatores de risco para prolongamento QT ou “torsades de pointes” (uma alteração específica do

eletrocardiograma), por exemplo, síndrome congênita do QT longo, desequilíbrio eletrolítico (sais do

organismo) não corrigido, como hipocalemia (baixo nível de potássio no sangue) ou hipomagnesemia (baixo

nível de magnésio no sangue) e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou

bradicardia (ritmo dos batimentos cardíacos muito lento).

Em alguns casos, podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose. Informe

imediatamente seu médico. Em casos muito raros, pode ocorrer inchaço da face, garganta e dificuldade para

respirar, podendo progredir para choque, com risco para a vida, às vezes após a primeira administração.

Nesses casos, pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe seu médico.

Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar o médico, pois esta

pode ser sinal de doença intestinal grave, com possível risco para a vida (colite pseudomembranosa), que exige

tratamento imediato. Você deve parar de usar ciprofloxacino e procurar atendimento médico. Não tome

antidiarreicos e fale com seu médico.

Casos de problemas no fígado (necrose hepática e insuficiência hepática) com risco para a vida têm sido

relatados com ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal e sintoma de doença no fígado (como anorexia

(diminuição do apetite), icterícia (coloração amarelada da pele), urina escura, prurido (coceira) ou abdômen

tenso) pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe seu médico.

Pode ocorrer aumento temporário das enzimas do fígado (transaminases, fosfatase alcalina) ou icterícia

colestática (cor amarelada da pele decorrente de acúmulo de pigmentos biliares), especialmente em pacientes

que já apresentaram alguma doença no fígado, que forem tratados com ciprofloxacino (veja “Quais os males

que este medicamento pode me causar?”).

O ciprofloxacino deve ser usado com cautela em pacientes com miastenia grave (doença muscular) porque os

sintomas podem ser exacerbados.

Podem ocorrer tendinite e ruptura de tendão (predominantemente do tendão de Aquiles) com ciprofloxacino,

algumas vezes bilateral, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e

ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com ciprofloxacino. O risco de

doença nos tendões pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com

corticosteroides.

Na suspeita de inflamação de tendão, deve-se parar imediatamente o uso de ciprofloxacino, consultar o médico

e o membro acometido deve ser mantido em repouso evitando esforço físico, até avaliação médica. O

ciprofloxacino deve ser usado com cautela nos pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados

a tratamentos com quinolonas.

O ciprofloxacino, assim como outros medicamentos da mesma classe, é conhecido por desencadear convulsões

ou diminuir o limiar convulsivo.

Caso sofra de epilepsia, tendência a convulsões ou tenha apresentado convulsões no passado, redução do fluxo

sanguíneo cerebral, traumatismo craniano ou antecedente de derrame, ciprofloxacino deve ser administrado

somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis riscos. Esses pacientes correm risco de

efeitos indesejáveis no sistema nervoso central.

Casos de estados epilépticos têm sido relatados. Se ocorrerem convulsões pare imediatamente o uso de

ciprofloxacino e informe o médico.

Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo

ciprofloxacino.

Em casos raros, podem ocorrer depressão ou reações psicóticas, que podem evoluir para ideias/pensamentos

suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou suicídio. Nesses casos pare

imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe o médico.

Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em sensações cutâneas

subjetivas, perda ou diminuição de sensibilidade, alteração na sensibilidade dos sentidos ou fraqueza em

pacientes recebendo fluoroquinolonas, incluindo ciprofloxacino. Caso você desenvolva sintomas neurológicos,

tais como dor, queimação, formigamento, dormência ou fraqueza pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e

informe o médico.

O ciprofloxacino pode induzir reações de sensibilidade à luz, portanto, os pacientes devem evitar a exposição

direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta (UV). Se aparecerem reações cutâneas similares a queimaduras

solares, pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe o médico.

Você deve procurar um oftalmologista imediatamente em caso de alterações na visão ou algum sintoma ocular.

 Gravidez e amamentação

Gravidez

O ciprofloxacino não deve ser usado durante a gravidez. Estudos realizados com animais não evidenciaram

malformações do feto, porém não se pode excluir que o medicamento possa causar lesões na cartilagem

articular de organismos imaturos.

Informe seu médico se ocorrer gravidez durante o uso de ciprofloxacino.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Amamentação

O ciprofloxacino é excretado no leite materno, por isso, devido ao risco de dano articular ao feto, o uso de

ciprofloxacino não é recomendado durante a amamentação.

 Crianças, adolescentes e idosos

Como ocorre com outros antibióticos quinolônicos, o ciprofloxacino pode causar lesão nas articulações que

suportam peso em animais imaturos. Os dados de segurança em menores de 18 anos que sofriam

principalmente de fibrose cística não evidenciaram lesão de articulação/cartilagem.

Na faixa etária de 5 a 17 anos pode ser usado no caso específico descrito abaixo:

Dados atuais confirmam o uso de ciprofloxacino para o tratamento de infecção aguda na fibrose cística causada

por P. aeruginosa em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Atualmente a experiência disponível sobre o uso

em crianças e adolescentes com outras infecções e crianças com menos de 5 anos é insuficiente. Portanto, não

deve ser usado para outras infecções e em menores de 5 anos.

O ciprofloxacino pode ser usado por idosos na menor dose possível estabelecida pelo médico.

 Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas

As substâncias do tipo fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem prejudicar a habilidade do paciente

para dirigir veículos e operar máquinas. Isso ocorre principalmente com o uso em conjunto com bebidas

alcoólicas.

 Interações medicamentosas

A seguir, constam alguns medicamentos cujo efeito pode ser alterado se tomados com ciprofloxacino ou que

podem influenciar o efeito de ciprofloxacino. Fale com seu médico caso esteja tomando algum desses

medicamentos.

Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: ciprofloxacino, como outros medicamentos da

mesma classe (fluoroquinolonas), deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo

medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA,

antidepressivos tricíclicos, antibióticos macrolídeos, antipsicóticos).

Produtos contendo ferro, magnésio, alumínio ou cálcio: O uso simultâneo com antiácidos, produtos contendo

ferro, magnésio, alumínio ou cálcio (por exemplo, suplementos minerais) reduz a absorção de ciprofloxacino. O

mesmo acontece com sucralfato (usado para tratamento de azia, indigestão ou úlcera no estômago ou intestino)

ou antiácidos (usados para indigestão), didanosina (usado no tratamento da AIDS), polímeros ligantes de

fosfato, por exemplo, sevelâmer e carbonato de lantânio (para diminuição dos níveis de fosfato em pacientes

com problemas nos rins), soluções nutrientes. Bebidas e laticínios enriquecidos com minerais, por exemplo,

leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio, devem ser evitados, pois podem reduzir a absorção de

ciprofloxacino. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da alimentação normal, não afeta significativamente a

absorção. Por isso, Ciprofloxacino deve ser tomado 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas depois desses

produtos. Esta restrição não inclui os antiácidos bloqueadores de receptores H2 (por exemplo, cimetidina,

ranitidina).

O uso simultâneo de ciprofloxacino e probenecida (tratamento complementar de infecções, por exemplo, gota)

aumenta a concentração de ciprofloxacino no sangue.

A metoclopramida (utilizada para náuseas e vômitos) acelera a absorção de ciprofloxacino, que atinge a

concentração máxima no sangue mais rapidamente que o usual.

O uso simultâneo de ciprofloxacino e omeprazol (utilizado para azia, indigestão, úlceras no estômago ou

intestino) pode levar a uma leve diminuição do efeito do ciprofloxacino.

Não se deve administrar ciprofloxacino com tizanidina (relaxante muscular), pois pode ocorrer um aumento

indesejável nas concentrações de tizanidina no sangue, associado aos efeitos colaterais clinicamente importantes

induzidos por esta, como queda da pressão e sonolência.

A teofilina (medicamento para a asma) quando usada em conjunto com o ciprofloxacino, pode ter sua

concentração aumentada no sangue, o que favorece um aumento da frequência dos efeitos indesejáveis

induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem colocar a vida em risco ou ser

fatais. Se o uso de ambos for inevitável, a concentração de teofilina no sangue deve ser observada e a dose

reduzida conforme a necessidade.

Foi relatado que o uso de ciprofloxacino e medicamentos contendo derivados da xantina, como por exemplo,

cafeína e pentoxifilina (oxpentifilina) (para distúrbios circulatórios), elevou a concentração destas substâncias

no sangue. Fale com seu médico.

Em pacientes recebendo ciprofloxacino e fenitoína (antiepilético) ao mesmo tempo, foi observado nível alterado

(diminuído ou aumentado) de fenitoína no sangue. É recomendado o monitoramento da terapia com fenitoína,

incluindo medições de concentração de fenitoína no sangue, durante e imediatamente após a administração

simultânea de ciprofloxacino e fenitoína, para evitar a perda do controle de convulsões associadas aos níveis

diminuídos de fenitoína e para evitar efeitos indesejáveis relacionados à superdose de fenitoína quando o

ciprofloxacino é descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.

O uso simultâneo com ciprofloxacino pode retardar a excreção do metotrexato (imunossupressor usado em

alguns tipos de câncer, psoríase e artrite reumatoide), aumentando o nível sanguíneo deste.

Anti-inflamatórios não-esteroides, por exemplo, o ibuprofeno (para dor, febre ou inflamação): estudos em

animais mostraram que o uso combinado de doses muito altas de quinolonas e certos anti-inflamatórios não-

esteroides podem desencadear convulsões. Isto não se refere aos que contêm ácido acetilsalicílico.

Observou-se em alguns casos aumento transitório da concentração de creatinina no sangue, que avalia a função

renal, ao se administrar ciprofloxacino simultaneamente com ciclosporina (imunossupressor usado em doenças

de pele, artrite reumatoide e transplante de órgãos). Nesses casos é necessário controlar frequentemente (duas

vezes por semana) a concentração de creatinina.

A administração simultânea de ciprofloxacino com substâncias antagonistas da vitamina K, como por exemplo,

varfarina, acenocumarol, femprocumona, fluindiona, pode aumentar os efeitos anticoagulantes destas. Fale

com seu médico.

O uso simultâneo de ciprofloxacino e antidiabéticos orais (para diminuição dos níveis de açúcar no sangue)

principalmente sulfonilureias, como por exemplo, glibenclamida, glimepirida, pode provocar diminuição de

açúcar no sangue (hipoglicemia), possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral.

O uso simultâneo de ciprofloxacino e duloxetina (antidepressivo) pode levar a um aumento da duloxetina no

sangue.

No uso concomitante de ciprofloxacino com ropinirol (medicamento para doença de Parkinson), seu médico

deverá monitorar os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol.

No uso de ciprofloxacino com lidocaína (para doenças cardíacas e anestésico local), podem ocorrer interações

entre estas substâncias, acompanhadas de efeitos secundários.

A concentração de clozapina (antipsicótico, usado na esquizofrenia) no sangue aumenta se administrada junto

com ciprofloxacino. Seu médico deverá monitorar e ajustar a dose de clozapina apropriadamente durante e

logo após a administração simultânea destas substâncias.

O uso simultâneo de sildenafila (por exemplo, para disfunção erétil) e ciprofloxacino mostrou aumentar a

concentração de sildenafila no sangue, por isso, seu médico deverá considerar os riscos e benefícios ao

recomendar o uso conjunto destas substâncias.

- Interações com exames

O ciprofloxacino demonstrou em testes in vitro capacidade de interferir no teste de cultura de um tipo de

bactéria – Mycobacterium tuberculosis – causando resultado falso negativo em pacientes fazendo uso de

ciprofloxacino. Fale com seu médico ou laboratório que você está tomando ciprofloxacino.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Os comprimidos devem ser conservados em temperatura ambiente, entre 15ºC e 30ºC.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

 Características organolépticas:

O ciprofloxacino 500 mg é um comprimido oblongo, de cor branca e com vincos em ambas as faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma

mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

DOSAGEM

A dosagem geralmente recomendada pelo médico é a seguinte:

Indicações Dose diária para adultos de

ciprofloxacino (mg) via oral

Infecções do trato respiratório

(dependendo da gravidade e do microrganismo)

2 x 250 mg a 500 mg

Infecções do trato urinário: Aguda, não complicada 1 a 2 x 250 mg

Cistite em mulheres (antes da

menopausa)

dose única 250 mg

Complicada 2 x 250 mg a 500 mg

Gonorreia:

- extragenital

- aguda, não complicada

cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02

Diarreia 1 a 2 x 500 mg

Outras infecções (vide indicações) 2 x 500 mg

Infecções graves, com risco para a

vida:

Principalmente quando causadas por

Pseudomonas, Staphylococcus ou

Streptococcus

Pneumonia estreptocócica 2 x 750 mg

Infecções recorrentes em fibrose

cística

Infecções ósseas e das articulações

Septicemia

Peritonite

 Crianças e adolescentes

A dose oral recomendada para infecção aguda causada por P. aeruginosa em pacientes (idade entre 5 e 17 anos) com

mucoviscidose é 20 mg de ciprofloxacino/kg de peso corpóreo 2 x por dia (máximo 1.500 mg de ciprofloxacino/dia).

 Antraz

Adultos: 500 mg de ciprofloxacino duas vezes por dia.

Crianças: 15 mg de ciprofloxacino/kg de peso corpóreo duas vezes por dia. A dose máxima para crianças não deve

exceder 500 mg (dose máxima diária: 1000 mg).

O tratamento deve começar imediatamente após a suspeita ou confirmação da inalação dos patógenos de antraz.

Se o paciente não for capaz de engolir os comprimidos, recomenda-se iniciar o tratamento com ciprofloxacino solução

de infusão para terapia intravenosa.

 Informações adicionais para populações especiais

 Pacientes idosos

Pacientes idosos devem receber a menor dose de acordo com a gravidade da doença e com a sua função renal.

 Pacientes com mau funcionamento dos rins e do fígado

Adultos

1.Recomendam-se as seguintes doses para a disfunção renal moderada ou grave: Depuração de creatinina entre 30 e

50 mL/min (creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL), a dose máxima para administração oral é de 1000 mg de

ciprofloxacino por dia.

Depuração de creatinina inferior a 30 mL/min (creatinina sérica igual ou superior a 2 mg/100 mL), a dose máxima

para administração oral é de 500 mg de ciprofloxacino por dia.

2. Disfunção renal e sob hemodiálise é a mesma dose após cada sessão de diálise que os pacientes com disfunção renal

moderada ou grave (veja item 1).

3. Disfunção renal e em diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC): administração de 500 mg de ciprofloxacino

oral (ou 2 x 250 mg).

4. Não é preciso ajustar a dose em caso de mau funcionamento do fígado.

5. Em caso de mau funcionamento do fígado e dos rins, a dose deve ser a mesma usada para disfunção renal (veja item

1). Pode ser necessário monitorar a concentração de ciprofloxacino no sangue.

Doses em crianças e adolescentes com funções renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.

COMO USAR

Não altere a dose nem a duração do tratamento indicados por seu médico. Os comprimidos devem ser ingeridos

inteiros, com líquido. Não é preciso tomar o comprimido junto com as refeições. Tomar os comprimidos com

estômago vazio acelera a absorção. O ciprofloxacino não deve ser tomado com laticínios ou bebidas enriquecidas com

minerais (por exemplo, leite, iogurte ou suco de laranja enriquecido com cálcio). No entanto, a absorção não é afetada

significativamente por refeições que contenham cálcio.

Se estiver tomando também medicamentos ou suplementos contendo minerais como o cálcio, magnésio, alumínio

assim como certos tipos de antiácidos usados para tratamento de indigestão, ciprofloxacino deverá ser tomado 1 a 2

horas antes ou pelo menos 4 horas depois desses produtos.

Se o paciente não for capaz de engolir os comprimidos, recomenda-se iniciar o tratamento com ciprofloxacino

injetável para terapia intravenosa.

- Duração do tratamento

A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. Em geral, o tratamento

deve sempre prosseguir por pelo menos 3 dias após a febre e os sinais clínicos terem desaparecido.

Em geral, a duração média do tratamento é:

- Adultos

- 1 dia para gonorreia e cistite agudas não complicadas;

- até 7 dias para infecções dos rins, trato urinário e cavidade abdominal;

- em pacientes com baixa resistência (sistema imunológico comprometido), o tratamento deve prosseguir enquanto a

contagem total de glóbulos brancos estiver reduzida (fase neutropênica);

- no máximo 2 meses para osteomielite (infecção óssea);

- 7-14 dias para todas as outras infecções.

Em infecções estreptocócicas, o tratamento deve continuar por pelo menos 10 dias, por risco de complicações tardias.

Igualmente, as infecções por Chlamydia spp. devem ser tratadas durante pelo menos 10 dias.

- Crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos: 10 - 14 dias para episódios de infecção aguda de fibrose

cística causada por P. aeruginosa.

- Antraz: 60 dias de tratamento para terapia imediata e para tratamento de infecções após a inalação de patógenos de

antraz.

Efeitos da descontinuação do tratamento com ciprofloxacino

Se você quiser interromper o tratamento com ciprofloxacino ou parar de tomá-lo antes do previsto por se sentir melhor

ou porque está sofrendo efeitos colaterais, fale antes com seu médico. Se você parar de tomar Ciprofloxacino sem

antes falar com seu médico, as bactérias que causaram a infecção poderão recomeçar a se reproduzir e sua condição

poderá piorar bastante.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não

interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Tome a dose assim que possível e, em seguida, continue conforme prescrito. Entretanto, se estiver próximo da hora da

dose seguinte, não tome a dose esquecida e continue como habitual. Não tome duas doses para compensar a dose

esquecida. Certifique-se de completar o tratamento. Converse com seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Como qualquer medicamento, ciprofloxacino pode ter efeitos indesejáveis.

A frequência é indicada da seguinte forma: muito comum (maior ou igual a 10%), comum (entre 1% e 10%),

incomum (entre 0,1% e 1%), rara (entre 0,01% e 0,1%), muito rara (inferior a 0,01%) e frequência desconhecida (não

pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

- Infecções e infestações

Reações incomuns: superinfecções micóticas (infecção por fungos, junto com infecção bacteriana ou após esta).

Reações raras: colite (inflamação do intestino grosso) associada ao uso de antibiótico (muito raramente, com possível

evolução fatal).

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo

Reações incomuns: aumento de um tipo de glóbulos brancos do sangue, os eosinófilos (eosinofilia).

Reações raras: redução dos glóbulos brancos (leucopenia) ou apenas dos glóbulos brancos chamados neutrófilos

(neutropenia), redução de glóbulos vermelhos (anemia) ou de plaquetas (trombocitopenia), aumento de glóbulos

brancos do sangue (leucocitose) e aumento persistente das plaquetas no sangue (plaquetose).

Reações muito raras: aumento da destruição dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica), redução de todas as

células sanguíneas (pancitopenia com possível risco para a vida), ausência dos glóbulos brancos chamados neutrófilos,

com possíveis sintomas de calafrios, febre (agranulocitose), função da medula óssea reduzida (com possível risco para

a vida).

- Distúrbios imunológicos

Reações raras: reação alérgica e inchaço alérgico/angioedema.

cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02

Reações muito raras: reação alérgica intensa e choque alérgico (por exemplo, inchaço do rosto, da laringe;

dificuldade de respirar que pode levar a choque, queda brusca da pressão arterial, com risco para a vida) e reações

similares àquelas associadas com doença do soro (por exemplo, febre, alergia, inchaço dos gânglios linfáticos,

vermelhidão da pele , inchaço).

- Distúrbios metabólicos e nutricionais

Reações incomuns: diminuição do apetite e da ingestão de alimentos.

Reações raras: aumento da concentração de açúcar no sangue (hiperglicemia), diminuição da concentração de açúcar

no sangue (hipoglicemia).

- Distúrbios psiquiátricos

Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.

Reações raras: confusão mental, desorientação, ansiedade, sonhos anormais, depressão* e alucinações.

Reações muito raras: reações psicóticas*.

* potencialmente culminando em comportamentos autodestrutivos, como ideias/pensamentos suicidas e tentativa de

suicídio ou suicídio.

- Distúrbios do sistema nervoso

Reações incomuns: dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, alteração do paladar.

Reações raras: sensações anormais, como por exemplo, de formigamento, dormência (parestesia, disestesia),

tremores, convulsões (incluindo estado epilético), diminuição da sensibilidade geral (hipoestesia), tonturas giratórias

(vertigem).

Reações muito raras: enxaqueca, distúrbios da coordenação, alteração do olfato, aumento da sensibilidade geral ou

específica (hiperestesia), aumento da pressão intracraniana (pseudotumor cerebral).

Reações de frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia (doenças que afetam um ou vários

nervos).

- Distúrbios da visão

Reações raras: alterações da visão.

Reações muito raras: distorção visual das cores.

- Distúrbios da audição e do labirinto

Reações raras: zumbido e perda da audição.

Reações muito raras: alterações da audição.

- Distúrbios cardíacos

Reações raras: taquicardia (aumento da frequência cardíaca).

Reações de frequência desconhecida: alteração no eletrocardiograma chamada prolongamento do intervalo QT,

alteração no ritmo do coração (arritmia ventricular), “torsades de pointes”* (uma alteração específica do

eletrocardiograma).

*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e foram observadas

predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (veja “O que devo

saber antes de usar este medicamento?”).

- Distúrbios vasculares

Reações raras: dilatação dos vasos sanguíneos, pressão arterial baixa e desmaio (síncope).

Reações muito raras: inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite).

- Distúrbios respiratórios

Reações raras: falta de ar (dispneia), incluindo condição asmática.

- Distúrbios gastrintestinais

Reações comuns: enjoo e diarreia.

Reações incomuns: vômitos, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia (má digestão) e gases.

Reações muito raras: pancreatite (inflamação do pâncreas).

- Distúrbios hepatobiliares

Reações incomuns: aumento das transaminases (enzimas do fígado) e aumento da bilirrubina.

Reações raras: comprometimento do funcionamento do fígado, icterícia (coloração amarelada da pele) e hepatite

(inflamação do fígado) não infecciosa.

Reações muito raras: morte das células do fígado que muito raramente evolui para insuficiência hepática com risco

para a vida.

- Lesões da pele e do tecido subcutâneo

Reações incomuns: vermelhidão da pele (rash cutâneo), coceira e urticária (reação alérgica de pele).

Reações raras: sensibilidade à luz e formação de bolhas.

Reações muito raras: hemorragias pontilhadas da pele (petéquias), eritema nodoso e eritema multiforme (lesões de

pele), síndrome de Stevens-Johnson (reação grave de pele caracterizada por bolhas), com potencial risco para a vida, e

necrólise epidérmica tóxica (reações graves de pele, com potencial risco para a vida).

Reações de frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (reação cutânea grave).

- Distúrbios ósseos, do tecido conjuntivo e musculoesqueléticos

Reações incomuns: dor nas articulações.

Reações raras: dor muscular, inflamação nas articulações (artrite), aumento do tônus muscular e cãibras.

Reações muito raras: fraqueza muscular, inflamação dos tendões (tendinite), rupturas de tendões

(predominantemente do tendão de Aquiles) e piora dos sintomas da miastenia grave (doença muscular grave).

- Distúrbios renais e urinários

Reações incomuns: alteração do funcionamento dos rins.

Reações raras: inflamação dos rins (nefrite túbulo-intersticial), insuficiência renal (alteração da função dos rins),

presença de sangue e de cristais na urina.

- Distúrbios gerais

Reações incomuns: dor inespecífica, mal-estar geral, febre.

Reações raras: inchaço, transpiração excessiva.

Reações muito raras: alterações do modo de andar.

- Investigações

Reações incomuns: aumento da enzima hepática fosfatase alcalina no sangue.

Reações raras: alteração no exame de coagulação (nível anormal de protrombina) e aumento da amilase (enzima que

avalia a função do pâncreas).

Reações de frequência desconhecida: aumento da razão normalizada internacional (RNI) que avalia a coagulação

sanguínea (em pacientes tratados com antagonistas de vitamina K).

As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes

recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):

Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases

(enzimas do fígado), vermelhidão da pele (rash

cutâneo).

Incomum: Trombocitopenia (redução das plaquetas, células

responsáveis pela coagulação), plaquetose

(aumento persistente das plaquetas no sangue),

confusão mental e desorientação, alucinações,

sensações anormais, como por exemplo, de

formigamento, dormência (parestesia, disestesia),

convulsões, vertigem, alterações da visão, perda

de audição, aumento da frequência cardíaca,

vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos),

hipotensão (diminuição da pressão arterial),

alteração hepática (do fígado) transitória,

icterícia (coloração amarelada da pele),

insuficiência renal (mau funcionamento dos rins),

edema (inchaço).

Rara: Pancitopenia (redução de todas as células

sanguíneas), função

da medula óssea reduzida, choque anafilático

(queda da pressão arterial por reação alérgica

importante), reações psicóticas, enxaqueca,

distúrbios do olfato, audição alterada, vasculite

(inflamação dos vasos), pancreatite (inflamação

do pâncreas), necrose hepática (morte de células

do fígado), petéquias (hemorragias pontilhadas

da pele), ruptura de tendão (principalmente

tendão de Aquiles).

- Crianças

A incidência de artropatia (inflamação das articulações), mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos

com adultos. Em crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja “O que eu devo saber antes de usar este

medicamento?”).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do

medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento.

Bula do Cloridrato de Ciprofloxacino
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.