Bula do Cloridrato de Ciprofloxacino produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de ciprofloxacino
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
comprimido revestido
500mg
cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
cloridrato de ciprofloxacino comprimido revestido 500mg. Embalagem contendo 6, 10 e 14 comprimdos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 500 mg contém:
cloridrato de ciprofloxacino ................................................................................................................................... 582 mg
(equivalente a 500 mg de ciprofloxacino)
excipientes q.s.p. .......................................................................................................................... 1 comprimido revestido
(celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, povidona, dióxido de silício coloidal, ácido esteárico, estearato de
magnésio, croscarmelose sódica, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio e polissorbato 80)
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
As indicações de cloridrato de ciprofloxacino são as seguintes:
Adultos
Para o tratamento de infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao
ciprofloxacino:
- do trato respiratório. Muitos dos microrganismos, p. ex. Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli, Pseudomonas,
Haemophilus, Moraxella, Legionella e Staphylococcus reagem com muita sensibilidade ao Ciprofloxacino. A maioria
dos casos de pneumonia que não necessitam de tratamento hospitalar é causada por Streptococcus pneumoniae.
Nesses casos, Ciprofloxacino não é o medicamento de primeira escolha;
- do ouvido médio (otite média) e dos seios paranasais (sinusite), especialmente se causadas por Pseudomonas ou
Staphylococcus;
- dos olhos;
- dos rins e/ou do trato urinário eferente;
- dos órgãos reprodutores, inclusive inflamação dos ovários e das tubas uterinas (anexite), gonorreia e infecções da
próstata (prostatite);
- da cavidade abdominal, p. ex. do estômago e intestino (trato gastrintestinal), do trato biliar e da membrana serosa
que reveste internamente as paredes do abdome (peritônio);
cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02
- da pele e de tecidos moles;
- dos ossos e articulações.
Infecção generalizada (septicemia).
Infecções ou risco de infecção (profilaxia) em pacientes com sistema imunológico comprometido, por exemplo,
pacientes em tratamento com medicamentos que inibem as defesas imunológicas naturais do organismo ou pacientes
com número reduzido de glóbulos brancos do sangue.
Eliminação seletiva de bactérias do intestino durante tratamento com medicamentos que inibem o sistema
imunológico do organismo.
Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.
Ciprofloxacino não é eficaz contra Treponema pallidum (causador da sífilis).
Crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos
Para infecção aguda na fibrose cística (distúrbio hereditário que aumenta a produção e a viscosidade das secreções nos
brônquios e no trato digestivo) causada por P. aeruginosa se não houver possibilidade de outros tratamentos injetáveis
mais eficazes. Não se recomenda Ciprofloxacino para outras indicações.
Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças
Para reduzir a incidência ou progressão da doença após inalação de bacilos de antraz (Bacillus anthracis).
O ciprofloxacino pertence ao grupo das quinolonas. As quinolonas bloqueiam determinadas enzimas de bactérias que
têm um papel fundamental no metabolismo e na reprodução bacteriana, matando as bactérias causadoras da doença.
Não use ciprofloxacino nas seguintes situações:
- alergia (hipersensibilidade) à substância ativa ciprofloxacino, aos medicamentos contendo outras quinolonas
ou a qualquer componente da fórmula. Sinais de alergia podem incluir coceira, vermelhidão na pele,
dificuldade para respirar ou inchaço das mãos, garganta, boca ou pálpebra;
- uso concomitante de tizanidina (um relaxante muscular).
Advertências
Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções por bactérias anaeróbias, o
ciprofloxacino deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.
O ciprofloxacino não é recomendado para o tratamento de pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae
devido à eficácia limitada contra este agente bacteriano.
As infecções dos órgãos genitais podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes à
fluoroquinolona. É muito importante obter informações locais sobre a prevalência de resistência ao
ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames laboratoriais.
cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02
O ciprofloxacino está associado a casos de prolongamento do intervalo QT (uma alteração do
eletrocardiograma) (veja o item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). As mulheres
podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o intervalo QTc, uma vez que tendem a ter um
intervalo QTc basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos podem também ser mais sensíveis
aos efeitos associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar ciprofloxacino junto
com medicamentos que podem resultar em prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de
classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos, antibióticos macrolídeos, antipsicóticos) ou em pacientes com
fatores de risco para prolongamento QT ou “torsades de pointes” (uma alteração específica do
eletrocardiograma), por exemplo, síndrome congênita do QT longo, desequilíbrio eletrolítico (sais do
organismo) não corrigido, como hipocalemia (baixo nível de potássio no sangue) ou hipomagnesemia (baixo
nível de magnésio no sangue) e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou
bradicardia (ritmo dos batimentos cardíacos muito lento).
Em alguns casos, podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose. Informe
imediatamente seu médico. Em casos muito raros, pode ocorrer inchaço da face, garganta e dificuldade para
respirar, podendo progredir para choque, com risco para a vida, às vezes após a primeira administração.
Nesses casos, pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe seu médico.
Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar o médico, pois esta
pode ser sinal de doença intestinal grave, com possível risco para a vida (colite pseudomembranosa), que exige
tratamento imediato. Você deve parar de usar ciprofloxacino e procurar atendimento médico. Não tome
antidiarreicos e fale com seu médico.
Casos de problemas no fígado (necrose hepática e insuficiência hepática) com risco para a vida têm sido
relatados com ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal e sintoma de doença no fígado (como anorexia
(diminuição do apetite), icterícia (coloração amarelada da pele), urina escura, prurido (coceira) ou abdômen
tenso) pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe seu médico.
Pode ocorrer aumento temporário das enzimas do fígado (transaminases, fosfatase alcalina) ou icterícia
colestática (cor amarelada da pele decorrente de acúmulo de pigmentos biliares), especialmente em pacientes
que já apresentaram alguma doença no fígado, que forem tratados com ciprofloxacino (veja “Quais os males
que este medicamento pode me causar?”).
O ciprofloxacino deve ser usado com cautela em pacientes com miastenia grave (doença muscular) porque os
sintomas podem ser exacerbados.
Podem ocorrer tendinite e ruptura de tendão (predominantemente do tendão de Aquiles) com ciprofloxacino,
algumas vezes bilateral, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e
ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com ciprofloxacino. O risco de
doença nos tendões pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com
corticosteroides.
Na suspeita de inflamação de tendão, deve-se parar imediatamente o uso de ciprofloxacino, consultar o médico
e o membro acometido deve ser mantido em repouso evitando esforço físico, até avaliação médica. O
ciprofloxacino deve ser usado com cautela nos pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados
a tratamentos com quinolonas.
O ciprofloxacino, assim como outros medicamentos da mesma classe, é conhecido por desencadear convulsões
ou diminuir o limiar convulsivo.
Caso sofra de epilepsia, tendência a convulsões ou tenha apresentado convulsões no passado, redução do fluxo
sanguíneo cerebral, traumatismo craniano ou antecedente de derrame, ciprofloxacino deve ser administrado
somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis riscos. Esses pacientes correm risco de
efeitos indesejáveis no sistema nervoso central.
Casos de estados epilépticos têm sido relatados. Se ocorrerem convulsões pare imediatamente o uso de
ciprofloxacino e informe o médico.
Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo
ciprofloxacino.
Em casos raros, podem ocorrer depressão ou reações psicóticas, que podem evoluir para ideias/pensamentos
suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou suicídio. Nesses casos pare
imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe o médico.
Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em sensações cutâneas
subjetivas, perda ou diminuição de sensibilidade, alteração na sensibilidade dos sentidos ou fraqueza em
pacientes recebendo fluoroquinolonas, incluindo ciprofloxacino. Caso você desenvolva sintomas neurológicos,
tais como dor, queimação, formigamento, dormência ou fraqueza pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e
informe o médico.
O ciprofloxacino pode induzir reações de sensibilidade à luz, portanto, os pacientes devem evitar a exposição
direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta (UV). Se aparecerem reações cutâneas similares a queimaduras
solares, pare imediatamente o uso de ciprofloxacino e informe o médico.
Você deve procurar um oftalmologista imediatamente em caso de alterações na visão ou algum sintoma ocular.
Gravidez e amamentação
Gravidez
O ciprofloxacino não deve ser usado durante a gravidez. Estudos realizados com animais não evidenciaram
malformações do feto, porém não se pode excluir que o medicamento possa causar lesões na cartilagem
articular de organismos imaturos.
Informe seu médico se ocorrer gravidez durante o uso de ciprofloxacino.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Amamentação
O ciprofloxacino é excretado no leite materno, por isso, devido ao risco de dano articular ao feto, o uso de
ciprofloxacino não é recomendado durante a amamentação.
Crianças, adolescentes e idosos
Como ocorre com outros antibióticos quinolônicos, o ciprofloxacino pode causar lesão nas articulações que
suportam peso em animais imaturos. Os dados de segurança em menores de 18 anos que sofriam
principalmente de fibrose cística não evidenciaram lesão de articulação/cartilagem.
Na faixa etária de 5 a 17 anos pode ser usado no caso específico descrito abaixo:
Dados atuais confirmam o uso de ciprofloxacino para o tratamento de infecção aguda na fibrose cística causada
por P. aeruginosa em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Atualmente a experiência disponível sobre o uso
em crianças e adolescentes com outras infecções e crianças com menos de 5 anos é insuficiente. Portanto, não
deve ser usado para outras infecções e em menores de 5 anos.
O ciprofloxacino pode ser usado por idosos na menor dose possível estabelecida pelo médico.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
As substâncias do tipo fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem prejudicar a habilidade do paciente
para dirigir veículos e operar máquinas. Isso ocorre principalmente com o uso em conjunto com bebidas
alcoólicas.
Interações medicamentosas
A seguir, constam alguns medicamentos cujo efeito pode ser alterado se tomados com ciprofloxacino ou que
podem influenciar o efeito de ciprofloxacino. Fale com seu médico caso esteja tomando algum desses
medicamentos.
Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: ciprofloxacino, como outros medicamentos da
mesma classe (fluoroquinolonas), deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo
medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA,
antidepressivos tricíclicos, antibióticos macrolídeos, antipsicóticos).
Produtos contendo ferro, magnésio, alumínio ou cálcio: O uso simultâneo com antiácidos, produtos contendo
ferro, magnésio, alumínio ou cálcio (por exemplo, suplementos minerais) reduz a absorção de ciprofloxacino. O
mesmo acontece com sucralfato (usado para tratamento de azia, indigestão ou úlcera no estômago ou intestino)
ou antiácidos (usados para indigestão), didanosina (usado no tratamento da AIDS), polímeros ligantes de
fosfato, por exemplo, sevelâmer e carbonato de lantânio (para diminuição dos níveis de fosfato em pacientes
com problemas nos rins), soluções nutrientes. Bebidas e laticínios enriquecidos com minerais, por exemplo,
leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio, devem ser evitados, pois podem reduzir a absorção de
ciprofloxacino. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da alimentação normal, não afeta significativamente a
absorção. Por isso, Ciprofloxacino deve ser tomado 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas depois desses
produtos. Esta restrição não inclui os antiácidos bloqueadores de receptores H2 (por exemplo, cimetidina,
ranitidina).
O uso simultâneo de ciprofloxacino e probenecida (tratamento complementar de infecções, por exemplo, gota)
aumenta a concentração de ciprofloxacino no sangue.
A metoclopramida (utilizada para náuseas e vômitos) acelera a absorção de ciprofloxacino, que atinge a
concentração máxima no sangue mais rapidamente que o usual.
O uso simultâneo de ciprofloxacino e omeprazol (utilizado para azia, indigestão, úlceras no estômago ou
intestino) pode levar a uma leve diminuição do efeito do ciprofloxacino.
Não se deve administrar ciprofloxacino com tizanidina (relaxante muscular), pois pode ocorrer um aumento
indesejável nas concentrações de tizanidina no sangue, associado aos efeitos colaterais clinicamente importantes
induzidos por esta, como queda da pressão e sonolência.
A teofilina (medicamento para a asma) quando usada em conjunto com o ciprofloxacino, pode ter sua
concentração aumentada no sangue, o que favorece um aumento da frequência dos efeitos indesejáveis
induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem colocar a vida em risco ou ser
fatais. Se o uso de ambos for inevitável, a concentração de teofilina no sangue deve ser observada e a dose
reduzida conforme a necessidade.
Foi relatado que o uso de ciprofloxacino e medicamentos contendo derivados da xantina, como por exemplo,
cafeína e pentoxifilina (oxpentifilina) (para distúrbios circulatórios), elevou a concentração destas substâncias
no sangue. Fale com seu médico.
Em pacientes recebendo ciprofloxacino e fenitoína (antiepilético) ao mesmo tempo, foi observado nível alterado
(diminuído ou aumentado) de fenitoína no sangue. É recomendado o monitoramento da terapia com fenitoína,
incluindo medições de concentração de fenitoína no sangue, durante e imediatamente após a administração
simultânea de ciprofloxacino e fenitoína, para evitar a perda do controle de convulsões associadas aos níveis
diminuídos de fenitoína e para evitar efeitos indesejáveis relacionados à superdose de fenitoína quando o
ciprofloxacino é descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.
O uso simultâneo com ciprofloxacino pode retardar a excreção do metotrexato (imunossupressor usado em
alguns tipos de câncer, psoríase e artrite reumatoide), aumentando o nível sanguíneo deste.
Anti-inflamatórios não-esteroides, por exemplo, o ibuprofeno (para dor, febre ou inflamação): estudos em
animais mostraram que o uso combinado de doses muito altas de quinolonas e certos anti-inflamatórios não-
esteroides podem desencadear convulsões. Isto não se refere aos que contêm ácido acetilsalicílico.
Observou-se em alguns casos aumento transitório da concentração de creatinina no sangue, que avalia a função
renal, ao se administrar ciprofloxacino simultaneamente com ciclosporina (imunossupressor usado em doenças
de pele, artrite reumatoide e transplante de órgãos). Nesses casos é necessário controlar frequentemente (duas
vezes por semana) a concentração de creatinina.
A administração simultânea de ciprofloxacino com substâncias antagonistas da vitamina K, como por exemplo,
varfarina, acenocumarol, femprocumona, fluindiona, pode aumentar os efeitos anticoagulantes destas. Fale
com seu médico.
O uso simultâneo de ciprofloxacino e antidiabéticos orais (para diminuição dos níveis de açúcar no sangue)
principalmente sulfonilureias, como por exemplo, glibenclamida, glimepirida, pode provocar diminuição de
açúcar no sangue (hipoglicemia), possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral.
O uso simultâneo de ciprofloxacino e duloxetina (antidepressivo) pode levar a um aumento da duloxetina no
sangue.
No uso concomitante de ciprofloxacino com ropinirol (medicamento para doença de Parkinson), seu médico
deverá monitorar os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol.
No uso de ciprofloxacino com lidocaína (para doenças cardíacas e anestésico local), podem ocorrer interações
entre estas substâncias, acompanhadas de efeitos secundários.
A concentração de clozapina (antipsicótico, usado na esquizofrenia) no sangue aumenta se administrada junto
com ciprofloxacino. Seu médico deverá monitorar e ajustar a dose de clozapina apropriadamente durante e
logo após a administração simultânea destas substâncias.
O uso simultâneo de sildenafila (por exemplo, para disfunção erétil) e ciprofloxacino mostrou aumentar a
concentração de sildenafila no sangue, por isso, seu médico deverá considerar os riscos e benefícios ao
recomendar o uso conjunto destas substâncias.
- Interações com exames
O ciprofloxacino demonstrou em testes in vitro capacidade de interferir no teste de cultura de um tipo de
bactéria – Mycobacterium tuberculosis – causando resultado falso negativo em pacientes fazendo uso de
ciprofloxacino. Fale com seu médico ou laboratório que você está tomando ciprofloxacino.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Os comprimidos devem ser conservados em temperatura ambiente, entre 15ºC e 30ºC.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas:
O ciprofloxacino 500 mg é um comprimido oblongo, de cor branca e com vincos em ambas as faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
DOSAGEM
A dosagem geralmente recomendada pelo médico é a seguinte:
Indicações Dose diária para adultos de
ciprofloxacino (mg) via oral
Infecções do trato respiratório
(dependendo da gravidade e do microrganismo)
2 x 250 mg a 500 mg
Infecções do trato urinário: Aguda, não complicada 1 a 2 x 250 mg
Cistite em mulheres (antes da
menopausa)
dose única 250 mg
Complicada 2 x 250 mg a 500 mg
Gonorreia:
- extragenital
- aguda, não complicada
cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02
Diarreia 1 a 2 x 500 mg
Outras infecções (vide indicações) 2 x 500 mg
Infecções graves, com risco para a
vida:
Principalmente quando causadas por
Pseudomonas, Staphylococcus ou
Streptococcus
Pneumonia estreptocócica 2 x 750 mg
Infecções recorrentes em fibrose
cística
Infecções ósseas e das articulações
Septicemia
Peritonite
Crianças e adolescentes
A dose oral recomendada para infecção aguda causada por P. aeruginosa em pacientes (idade entre 5 e 17 anos) com
mucoviscidose é 20 mg de ciprofloxacino/kg de peso corpóreo 2 x por dia (máximo 1.500 mg de ciprofloxacino/dia).
Antraz
Adultos: 500 mg de ciprofloxacino duas vezes por dia.
Crianças: 15 mg de ciprofloxacino/kg de peso corpóreo duas vezes por dia. A dose máxima para crianças não deve
exceder 500 mg (dose máxima diária: 1000 mg).
O tratamento deve começar imediatamente após a suspeita ou confirmação da inalação dos patógenos de antraz.
Se o paciente não for capaz de engolir os comprimidos, recomenda-se iniciar o tratamento com ciprofloxacino solução
de infusão para terapia intravenosa.
Informações adicionais para populações especiais
Pacientes idosos
Pacientes idosos devem receber a menor dose de acordo com a gravidade da doença e com a sua função renal.
Pacientes com mau funcionamento dos rins e do fígado
Adultos
1.Recomendam-se as seguintes doses para a disfunção renal moderada ou grave: Depuração de creatinina entre 30 e
50 mL/min (creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL), a dose máxima para administração oral é de 1000 mg de
ciprofloxacino por dia.
Depuração de creatinina inferior a 30 mL/min (creatinina sérica igual ou superior a 2 mg/100 mL), a dose máxima
para administração oral é de 500 mg de ciprofloxacino por dia.
2. Disfunção renal e sob hemodiálise é a mesma dose após cada sessão de diálise que os pacientes com disfunção renal
moderada ou grave (veja item 1).
3. Disfunção renal e em diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC): administração de 500 mg de ciprofloxacino
oral (ou 2 x 250 mg).
4. Não é preciso ajustar a dose em caso de mau funcionamento do fígado.
5. Em caso de mau funcionamento do fígado e dos rins, a dose deve ser a mesma usada para disfunção renal (veja item
1). Pode ser necessário monitorar a concentração de ciprofloxacino no sangue.
Doses em crianças e adolescentes com funções renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.
COMO USAR
Não altere a dose nem a duração do tratamento indicados por seu médico. Os comprimidos devem ser ingeridos
inteiros, com líquido. Não é preciso tomar o comprimido junto com as refeições. Tomar os comprimidos com
estômago vazio acelera a absorção. O ciprofloxacino não deve ser tomado com laticínios ou bebidas enriquecidas com
minerais (por exemplo, leite, iogurte ou suco de laranja enriquecido com cálcio). No entanto, a absorção não é afetada
significativamente por refeições que contenham cálcio.
Se estiver tomando também medicamentos ou suplementos contendo minerais como o cálcio, magnésio, alumínio
assim como certos tipos de antiácidos usados para tratamento de indigestão, ciprofloxacino deverá ser tomado 1 a 2
horas antes ou pelo menos 4 horas depois desses produtos.
Se o paciente não for capaz de engolir os comprimidos, recomenda-se iniciar o tratamento com ciprofloxacino
injetável para terapia intravenosa.
- Duração do tratamento
A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. Em geral, o tratamento
deve sempre prosseguir por pelo menos 3 dias após a febre e os sinais clínicos terem desaparecido.
Em geral, a duração média do tratamento é:
- Adultos
- 1 dia para gonorreia e cistite agudas não complicadas;
- até 7 dias para infecções dos rins, trato urinário e cavidade abdominal;
- em pacientes com baixa resistência (sistema imunológico comprometido), o tratamento deve prosseguir enquanto a
contagem total de glóbulos brancos estiver reduzida (fase neutropênica);
- no máximo 2 meses para osteomielite (infecção óssea);
- 7-14 dias para todas as outras infecções.
Em infecções estreptocócicas, o tratamento deve continuar por pelo menos 10 dias, por risco de complicações tardias.
Igualmente, as infecções por Chlamydia spp. devem ser tratadas durante pelo menos 10 dias.
- Crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos: 10 - 14 dias para episódios de infecção aguda de fibrose
cística causada por P. aeruginosa.
- Antraz: 60 dias de tratamento para terapia imediata e para tratamento de infecções após a inalação de patógenos de
antraz.
Efeitos da descontinuação do tratamento com ciprofloxacino
Se você quiser interromper o tratamento com ciprofloxacino ou parar de tomá-lo antes do previsto por se sentir melhor
ou porque está sofrendo efeitos colaterais, fale antes com seu médico. Se você parar de tomar Ciprofloxacino sem
antes falar com seu médico, as bactérias que causaram a infecção poderão recomeçar a se reproduzir e sua condição
poderá piorar bastante.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Tome a dose assim que possível e, em seguida, continue conforme prescrito. Entretanto, se estiver próximo da hora da
dose seguinte, não tome a dose esquecida e continue como habitual. Não tome duas doses para compensar a dose
esquecida. Certifique-se de completar o tratamento. Converse com seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Como qualquer medicamento, ciprofloxacino pode ter efeitos indesejáveis.
A frequência é indicada da seguinte forma: muito comum (maior ou igual a 10%), comum (entre 1% e 10%),
incomum (entre 0,1% e 1%), rara (entre 0,01% e 0,1%), muito rara (inferior a 0,01%) e frequência desconhecida (não
pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
- Infecções e infestações
Reações incomuns: superinfecções micóticas (infecção por fungos, junto com infecção bacteriana ou após esta).
Reações raras: colite (inflamação do intestino grosso) associada ao uso de antibiótico (muito raramente, com possível
evolução fatal).
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Reações incomuns: aumento de um tipo de glóbulos brancos do sangue, os eosinófilos (eosinofilia).
Reações raras: redução dos glóbulos brancos (leucopenia) ou apenas dos glóbulos brancos chamados neutrófilos
(neutropenia), redução de glóbulos vermelhos (anemia) ou de plaquetas (trombocitopenia), aumento de glóbulos
brancos do sangue (leucocitose) e aumento persistente das plaquetas no sangue (plaquetose).
Reações muito raras: aumento da destruição dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica), redução de todas as
células sanguíneas (pancitopenia com possível risco para a vida), ausência dos glóbulos brancos chamados neutrófilos,
com possíveis sintomas de calafrios, febre (agranulocitose), função da medula óssea reduzida (com possível risco para
a vida).
- Distúrbios imunológicos
Reações raras: reação alérgica e inchaço alérgico/angioedema.
cloridrato de ciprofloxacino 500 mg - comprimido revestido - VP02
Reações muito raras: reação alérgica intensa e choque alérgico (por exemplo, inchaço do rosto, da laringe;
dificuldade de respirar que pode levar a choque, queda brusca da pressão arterial, com risco para a vida) e reações
similares àquelas associadas com doença do soro (por exemplo, febre, alergia, inchaço dos gânglios linfáticos,
vermelhidão da pele , inchaço).
- Distúrbios metabólicos e nutricionais
Reações incomuns: diminuição do apetite e da ingestão de alimentos.
Reações raras: aumento da concentração de açúcar no sangue (hiperglicemia), diminuição da concentração de açúcar
no sangue (hipoglicemia).
- Distúrbios psiquiátricos
Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.
Reações raras: confusão mental, desorientação, ansiedade, sonhos anormais, depressão* e alucinações.
Reações muito raras: reações psicóticas*.
* potencialmente culminando em comportamentos autodestrutivos, como ideias/pensamentos suicidas e tentativa de
suicídio ou suicídio.
- Distúrbios do sistema nervoso
Reações incomuns: dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, alteração do paladar.
Reações raras: sensações anormais, como por exemplo, de formigamento, dormência (parestesia, disestesia),
tremores, convulsões (incluindo estado epilético), diminuição da sensibilidade geral (hipoestesia), tonturas giratórias
(vertigem).
Reações muito raras: enxaqueca, distúrbios da coordenação, alteração do olfato, aumento da sensibilidade geral ou
específica (hiperestesia), aumento da pressão intracraniana (pseudotumor cerebral).
Reações de frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia (doenças que afetam um ou vários
nervos).
- Distúrbios da visão
Reações raras: alterações da visão.
Reações muito raras: distorção visual das cores.
- Distúrbios da audição e do labirinto
Reações raras: zumbido e perda da audição.
Reações muito raras: alterações da audição.
- Distúrbios cardíacos
Reações raras: taquicardia (aumento da frequência cardíaca).
Reações de frequência desconhecida: alteração no eletrocardiograma chamada prolongamento do intervalo QT,
alteração no ritmo do coração (arritmia ventricular), “torsades de pointes”* (uma alteração específica do
eletrocardiograma).
*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização e foram observadas
predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (veja “O que devo
saber antes de usar este medicamento?”).
- Distúrbios vasculares
Reações raras: dilatação dos vasos sanguíneos, pressão arterial baixa e desmaio (síncope).
Reações muito raras: inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite).
- Distúrbios respiratórios
Reações raras: falta de ar (dispneia), incluindo condição asmática.
- Distúrbios gastrintestinais
Reações comuns: enjoo e diarreia.
Reações incomuns: vômitos, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia (má digestão) e gases.
Reações muito raras: pancreatite (inflamação do pâncreas).
- Distúrbios hepatobiliares
Reações incomuns: aumento das transaminases (enzimas do fígado) e aumento da bilirrubina.
Reações raras: comprometimento do funcionamento do fígado, icterícia (coloração amarelada da pele) e hepatite
(inflamação do fígado) não infecciosa.
Reações muito raras: morte das células do fígado que muito raramente evolui para insuficiência hepática com risco
para a vida.
- Lesões da pele e do tecido subcutâneo
Reações incomuns: vermelhidão da pele (rash cutâneo), coceira e urticária (reação alérgica de pele).
Reações raras: sensibilidade à luz e formação de bolhas.
Reações muito raras: hemorragias pontilhadas da pele (petéquias), eritema nodoso e eritema multiforme (lesões de
pele), síndrome de Stevens-Johnson (reação grave de pele caracterizada por bolhas), com potencial risco para a vida, e
necrólise epidérmica tóxica (reações graves de pele, com potencial risco para a vida).
Reações de frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (reação cutânea grave).
- Distúrbios ósseos, do tecido conjuntivo e musculoesqueléticos
Reações incomuns: dor nas articulações.
Reações raras: dor muscular, inflamação nas articulações (artrite), aumento do tônus muscular e cãibras.
Reações muito raras: fraqueza muscular, inflamação dos tendões (tendinite), rupturas de tendões
(predominantemente do tendão de Aquiles) e piora dos sintomas da miastenia grave (doença muscular grave).
- Distúrbios renais e urinários
Reações incomuns: alteração do funcionamento dos rins.
Reações raras: inflamação dos rins (nefrite túbulo-intersticial), insuficiência renal (alteração da função dos rins),
presença de sangue e de cristais na urina.
- Distúrbios gerais
Reações incomuns: dor inespecífica, mal-estar geral, febre.
Reações raras: inchaço, transpiração excessiva.
Reações muito raras: alterações do modo de andar.
- Investigações
Reações incomuns: aumento da enzima hepática fosfatase alcalina no sangue.
Reações raras: alteração no exame de coagulação (nível anormal de protrombina) e aumento da amilase (enzima que
avalia a função do pâncreas).
Reações de frequência desconhecida: aumento da razão normalizada internacional (RNI) que avalia a coagulação
sanguínea (em pacientes tratados com antagonistas de vitamina K).
As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes
recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):
Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases
(enzimas do fígado), vermelhidão da pele (rash
cutâneo).
Incomum: Trombocitopenia (redução das plaquetas, células
responsáveis pela coagulação), plaquetose
(aumento persistente das plaquetas no sangue),
confusão mental e desorientação, alucinações,
sensações anormais, como por exemplo, de
formigamento, dormência (parestesia, disestesia),
convulsões, vertigem, alterações da visão, perda
de audição, aumento da frequência cardíaca,
vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos),
hipotensão (diminuição da pressão arterial),
alteração hepática (do fígado) transitória,
icterícia (coloração amarelada da pele),
insuficiência renal (mau funcionamento dos rins),
edema (inchaço).
Rara: Pancitopenia (redução de todas as células
sanguíneas), função
da medula óssea reduzida, choque anafilático
(queda da pressão arterial por reação alérgica
importante), reações psicóticas, enxaqueca,
distúrbios do olfato, audição alterada, vasculite
(inflamação dos vasos), pancreatite (inflamação
do pâncreas), necrose hepática (morte de células
do fígado), petéquias (hemorragias pontilhadas
da pele), ruptura de tendão (principalmente
tendão de Aquiles).
- Crianças
A incidência de artropatia (inflamação das articulações), mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos
com adultos. Em crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja “O que eu devo saber antes de usar este
medicamento?”).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento.