Bula do Cloridrato de Diltiazem para o Profissional

Bula do Cloridrato de Diltiazem produzido pelo laboratorio Ranbaxy Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cloridrato de Diltiazem
Ranbaxy Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE DILTIAZEM PARA O PROFISSIONAL

Modelo de bula – Profissional

Cloridrato de diltiazem 30mg & 60mg

cloridrato de diltiazem

Comprimidos

30 mg & 60 mg

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico – Lei nº 9.787 de 1999.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 30 mg e 60 mg – embalagens com 30 e 50 comprimidos

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 30 mg contém:

cloridrato de diltiazem.................................................. 30 mg

Excipientes.........................................q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: lactose monoidratada, óleo de rícino hidrogenado, macrogol, estearato de magnésio e óxido de ferro

amarelo.

Cada comprimido de 60 mg contém:

cloridrato de diltiazem................................................. 60 mg

Excipientes........................................q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: lactose monoidratada, óleo de rícino hidrogenado, macrogol e estearato de magnésio.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DA SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O cloridrato de diltiazem é indicado para o tratamento de:

 Angina pectoris vasoespástica (de repouso, com elevação do segmento ST, “angina de Prinzmetal”);

 Angina pectoris crônica, estável ou de esforço;

 Estados anginosos pós-infarto do miocárdio;

 Coronariopatias isquêmicas com ou sem hipertensão e/ou taquicardia;

 Hipertensão arterial leve a moderada.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Eficácia na Angina Pectoris Crônica Estável:

Na avaliação da redução de episódios de angina estável1

, diversos estudos relatam a redução de episódios variando

entre 50% a 88,5% por semana. Para a angina de esforço, a redução de episódios por semana, variou entre 42% a

73,6%.

A eficácia de DTZ-LA (cloridrato de diltiazem de ação prolongada) no tratamento de angina pectoris crônica estável

foi avaliada por Glasser et al em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, em grupos paralelos, controlado

com placebo, com controle ativo (para um dos braços do estudo). Foram admitidos pacientes adultos se cumprissem

as condições a seguir: tivessem angina crônica estável desencadeada por esforço físico e aliviada por repouso e uso

de nitroglicerina sublingual; tivessem doença arterial coronária documentada; em duas visitas do período introdutório

(run-in) fossem capazes de fazer esforço em esteira por 3-7 min; desenvolvessem angina pectoris mais depressão do

segmento ST do ECG em ≥ 1 mm (acrescentada a qualquer pequena depressão do ST pré-existente), com persistência

por ≥ 0,08 s além do ponto J; a duração do exercício na esteira variou < 15% entre as visitas de qualificação. Após o

período introdutório de 2-3 semanas com placebo, os pacientes foram randomizados para grupos de tratamento com

180, 360 e 420 mg ao deitar-se, 360 mg pela manhã, e placebo. Os designados para os grupos com 360 e 420 mg

iniciaram com uma dose de 240 mg por 1 semana antes de aumentar para sua dose designada. O período de

tratamento com a dose designada foi de 2 semanas para todos os participantes. Os participantes foram submetidos a

um teste em esteira basal e final no período entre 18-20 horas (nível vale para os pacientes com administração

noturna) e das 7-11 horas (vale para os pacientes com administração matinal). Um total de 311 pacientes concluiu o

estudo. Todas as doses com administração ao deitar-se mostraram um aumento significante (p < 0,03) na duração

total do exercício no nível vale em comparação com o placebo, com a dose de 360 mg ao deitar-se mostrando o maior

aumento. A dose matinal de 360 mg, entretanto, mostrou um aumento não significante (p = 0,06) no nível vale em

comparação ao placebo. Todas as doses com administração ao deitar-se também mostraram um aumento significante

(p ≤ 0,0002) na duração do exercício entre 7-11 horas em comparação ao placebo; a dose de 360 mg ao deitar-se

mostrou uma melhora de quatro vezes em comparação ao placebo, comparativamente à dose matinal. O tempo para

início da angina aumentou de forma significante para todas as doses ao deitar-se em comparação ao placebo, tanto

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Cloridrato de diltiazem 30mg & 60mg

para o teste de esforço das 18-20 horas (p < 0,02) quanto para o teste das 7-11 horas (p < 0,03). Apenas a dose de 360

mg ao deitar-se mostrou um aumento significante (p < 0,03) no tempo para início da isquemia miocárdica para o teste

de esforço entre 18-20 horas, mas, para o teste entre 7-11 horas, todas as doses com administração ao deitar-se

mostraram um aumento significante (p < 0,03) em relação ao placebo.

Eficácia no Tratamento da Hipertensão:

Em estudo da eficácia terapêutica1

de diltiazem como monoterapia para hipertensão, 52% dos indivíduos foram

considerados respondedores conforme pressão sistólica < 140 mmHg; e 75%, conforme pressão diastólica < 90

mmHg, após 4 a 8 semanas.

A eficácia de DTZ-LA foi avaliada em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, em grupos paralelos de

resposta à dose, e controlado com placebo realizado por Glasser et al. Doses de DTZ-LA 120, 240, 360 e 540 mg/dia

foram avaliadas comparativamente a 360 mg/dia pela manhã e placebo. Os adultos participantes foram admitidos ao

estudo se cumprissem as condições a seguir: sua PA média sistólica na posição sentada (sePAS) fosse < 200 mmHg;

sua PA diastólica média na posição sentada (sePAD) fosse 100-114 mmHg (inclusive) em duas semanas consecutivas

durante o período introdutório (run-in); se suas duas medidas qualificatórias de sePAD não diferissem em >7 mmHg;

sua PAD ambulatória média diurna (amPAD) fosse 90-114 mmHg (inclusive) na avaliação basal. Após um período

inicial introdutório de 3-4 semanas com placebo, 429 homens e mulheres adultos (89,1% dos recrutados) realizaram

um tratamento por 7 semanas. As doses noturnas ≥ 240 mg mostraram reduções da amPAD significantes,

relacionadas à dose, entre o basal e a avaliação final (média dos quadrados mínimos para mudança entre basal e final

na amPAD para as doses de 120, 240, 360 e 540 mg foram respectivamente de -1,92, -4,26, -4,38 e -8,02 mmHg).

Além disto, a dose noturna de 360 mg se associou com uma redução significantemente maior na amPAD entre as 6-

12 horas do que a dose matinal de 360 mg (média dos quadrados mínimos para a diferença entre os tratamentos foi de

-3,3 mmHg; p = 0,0004). Foram obtidos resultados similares para a amPAS (média dos quadrados mínimos para a

diferença entre os tratamentos foi de -5,32 mmHg; p=0,0004). Ocorreram também reduções médias relacionadas à

dose na frequência cardíaca (FC) desde o basal até a avaliação final, com reduções maiores no período entre as 6-12

horas. Em comparação ao placebo, apenas doses ≥360 mg mostraram reduções médias significantes (p < 0,05) da FC

em 24 horas.

a) Estudo comparativo com anlodipino

Wright et al. comparou a eficácia da administração noturna de DTZ-LA com a administração matinal de anlodipino

em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, em grupos paralelos, com controle ativo, de dose-para-efeito.

Os participantes foram admitidos se cumprissem as condições a seguir: fossem adultos de etnia afro-americana; sua

sePAD em duas visitas consecutivas introdutórias fosse entre 90-109 mmHg (inclusive); suas duas leituras de sePAD

de qualificação não diferissem em mais de 8 mmHg; a média das duas sePAS medidas no mesmo dia fosse < 180

mmHg; sua amPAD fosse 85-109 mmHg (inclusive); tivessem um intervalo PR no ECG < 220 ms na avaliação basal;

se fossem diabéticos, seu diabetes deveria estar controlado; eles deveriam ter um esquema de trabalho diurno. Após

3-4 semanas do período introdutório (run-in) com placebo, os pacientes foram randomizados para receber DTZ-LA

360mg à noite, ou anlodipino 5 mg como dose diurna, e tratados por 6 semanas. Após 6 semanas, se a sePAS/sePAD

do paciente fosse ≥ 130/85, as doses eram aumentadas para DTZ-LA 540 mg ou anlodipino 10 mg nas 6 semanas

seguintes; os pacientes com PA abaixo deste limite continuaram com a sua dose inicial nas 6 semanas seguintes. Um

total de 262 participantes concluiu as 12 semanas do estudo (97,8% dos recrutados). DTZ-LA mostrou reduções

significantemente maiores da amPAD do que anlodipino para as primeiras 4 horas após o despertar (média dos

quadrados mínimos para a diferença entre os tratamentos foi de 3,5 mmHg; p < 0,0049) e também entre as 6-12 horas

(média dos quadrados mínimos para a diferença entre os tratamentos de 3,2 mmHg; p < 0,0019). Não houve diferença

significante na modificação desde o basal na amPAD média de 24 horas entre os tratamentos (Figura 1). Durante os

três intervalos de tempo monitorados, DTZ-LA reduziu a FC, enquanto anlodipino aumentou a FC. As reduções no

produto frequência-pressão (RPP) foram significantemente maiores (p ≤ 0,0008) com o tratamento com DTZ-LA do

que com anlodipino.

b) Estudo comparativo com ramipril

A eficácia de DTZ-LA foi comparada com ramipril por White et al. em um estudo multicêntrico, duplo-cego,

randomizado, em grupos paralelos de titulação até o efeito. Os pacientes adultos foram admitidos ao estudo se

cumprissem as condições a seguir: sua sePAD fosse ≥ 90 mas < 100 mmHg durante duas semanas consecutivas do

período introdutório de 3-4 semanas com placebo; ao final do período introdutório sua amPAD fosse ≥ 85 mas < 109

mmHg. Os pacientes que estavam recebendo terapia anti-hipertensiva foram submetidos a um período de depuração

de 2 semanas antes do período introdutório.

Após o período introdutório com placebo, os pacientes foram randomizados para 10 semanas de tratamento com

DTZ-LA ou ramipril. Durante as semanas 3 e 6 de tratamento, os pacientes foram titulados para doses mais altas

(primeiro para 360 e então para 540 mg para DTZ-LA; primeiro para 10 e depois para 20 mg para ramipril) se a sua

sePA fosse > 130/85. Um total de 348 pacientes (91,2% dos recrutados) concluiu o estudo. DTZ-LA mostrou

reduções significantemente maiores da amPA do que ramipril nas primeiras 4 horas após o despertar (média dos

quadrados mínimos para a diferença entre os tratamentos foi 4,4 mmHg; p < 0,0023 para amPAS; 6,7 mmHg; p <

0,0001 para amPAD), e também para o período entre 6-12 horas (média dos quadrados mínimos para a diferença

2

entre os tratamentos de 3,8 mmHg; p < 0,0045 para amPAS; 6,3 mmHg, p < 0,0001). Os pacientes tratados com

DTZ-LA também obtiveram maiores reduções na amPAD média de 24 horas, frequência cardíaca matinal e RPP, do

que os tratados com ramipril.

1. Markhan, A. Diltiazem a Review of pharmacology and therapeutic use in older patients. Drugs

& Aging 3 (4)1993; 363-390.

2. Caas, S. A. and Glasser, S. P. Long-acting diltiazem HCL for the chronotherapeutic treatment of

hypertension and chronic stable angina pectoris. Expert Opin. Pharmacother. (2005) 6(5) 765-

776.

3. Grossman, E. Effect of calcium antagonists on plasma norepinephrine levels, heart rate, and

blood pressure. Am. J. Cardiol. 1997; 1453-1458.

4. Held, P.H. Calcium antagonists in the treatment isquemic heart disease: myocardial infarction.

Coronary Art. Disease. 1994; 5: 521-26

5. Buckley MM. Grant SM. Goa KL. McTavish D. Sorkin EM. Diltiazem. A reappraisal of its

pharmacological properties and therapeutic use. Drugs. 39(5):757-806, 1990.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

O diltiazem é um bloqueador dos canais de cálcio, que age inibindo a entrada do íon cálcio nas células ou a sua

mobilização dos estoques intracelulares.

No tecido vascular, o diltiazem relaxa a musculatura lisa arterial, uma vez que a contração desta musculatura é

dependente da concentração citoplasmática de cálcio. Entretanto, diltiazem não tem efeito no leito venoso.

No coração, o bloqueio dos canais de cálcio pode resultar num efeito inotrópico negativo, uma vez que, dentro do

miócito, o íon cálcio é necessário para liberar o aparelho contrátil, permitindo que a interação actina-miosina cause a

contração.

O diltiazem também possui efeito cronotrópico negativo, na medida em que diminui a condução atrioventricular e a

frequência do marcapasso sinusal.

O diltiazem diminui a resistência vascular coronariana e aumenta o fluxo sanguíneo coronariano.

Causa diminuição da resistência vascular periférica e da pressão arterial sistólica e diastólica.

Em pacientes com doença isquêmica coronariana, diltiazem reduz o produto frequência cardíaca x pressão arterial

durante o exercício, aumentando a tolerância ao exercício sem deprimir o desempenho cardíaco.

Na angina do peito por espasmos coronarianos, o efeito antianginoso do diltiazem deve-se à dilatação das coronárias

epicárdicas e subendocárdicas. Na angina de esforço, o diltiazem proporciona aumento da tolerância ao exercício

físico, devido à redução do consumo de oxigênio do miocárdio: o diltiazem promove a redução da frequência

cardíaca e da tensão arterial sistêmica, face à sobrecarga física submáxima e máxima. Comparado com outros

antagonistas do cálcio. O diltiazem apresenta a vantagem do início de ação menos brusco, facilitando seu manejo

posológico, com melhor tolerabilidade geral. Os efeitos sobre o coração são acompanhados por diminuição da tensão

arterial e da resistência periférica.

Farmacocinética

O diltiazem é quase completamente absorvido pelo trato gastrintestinal e sofre um extenso efeito de metabolismo de

primeira passagem, resultando numa biodisponibilidade absoluta (em comparação à administração endovenosa) de

cerca de 40%. A ligação de diltiazem com proteína é cerca de 80%. O diltiazem é submetido a extenso metabolismo,

principalmente pela isoenzima CYP3A4 do citocromo P450, sendo as principais vias metabólicas a desaminação

oxidativa, desmetilação oxidativa, desacetilação e conjugação.

Cerca de 2 a 4% da dose é excretada na urina como diltiazem inalterado e restante excretado como metabólitos na

bile e urina. O diltiazem e seus metabólitos são pouco dialisáveis. A meia-vida de diltiazem é relatada a ser cerca de 3

a 8 horas.

As concentrações plasmáticas após administração oral de dois comprimidos de cloridrato de diltiazem de 30 mg, a

adultos saudáveis do sexo masculino, alcançaram o nível máximo após 3 a 5 horas da administração e, a partir de

então, diminuíram com uma meia-vida de eliminação de 4,5 horas. Com a administração oral repetida, a

concentração plasmática atingiu um estado de equilíbrio no segundo dia ou após. A concentração plasmática foi de

cerca de 40 ng/ml cerca de 2 a 4 horas após a administração em pacientes tratados em longo prazo com administração

de 90 mg/dia divididos em 3 doses.

4. CONTRAINDICAÇÕES

 Bloqueio sinoatrial;

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Cloridrato de diltiazem 30mg & 60mg

 Bloqueio AV de 2º ou 3º graus e síndrome do nó sinusal (bradicardia sinusal persistente menos que 50

batimentos/minuto, parada sinusal, bloqueio sinoatrial), pois a depressão da estimulação cardíaca e condução

cardíaca podem ocorrer de forma excessiva. Isto não se aplica a pacientes em uso de marca-passo;

 Insuficiência cardíaca grave descompensada, com PA sistólica menor que 90 mmHg, pois os sintomas de

insuficiência cardíaca podem ser agravados;

 Bradicardia acentuada (pulso inferior a 55 b.p.m.);

 Histórico de hipersensibilidade ao cloridrato de diltiazem ou a qualquer componente da fórmula;

 Infarto agudo do miocárdio com congestão pulmonar.

Este medicamento é contraindicado na gravidez.

Este produto está classificado na categoria de risco C na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O diltiazem deve ser administrado com precaução a pacientes com bloqueio atrioventricular de 1º grau (podendo ter

depressão da estimulação cardíaca e a condução cardíaca pode ocorrer de forma excessiva), insuficiência cardíaca

congestiva (os sintomas da insuficiência cardíaca podem ser agravados), com bradicardia grave (menos de 50

batimentos/minuto, podendo ter depressão da estimulação cardíaca e a condução cardíaca pode ocorrer de forma

excessiva) e com pressão arterial excessivamente baixa (pois pode diminuir ainda mais a pressão arterial), sendo

necessário um acompanhamento clínico constante.

Atenção com pacientes em uso de betabloqueadores ou digitálicos.

Recomendam-se cuidados especiais em casos de insuficiência hepática ou renal, pois o metabolismo e excreção do

diltiazem podem ser prolongados, e seus efeitos podem ser intensificados.

A interrupção abrupta do uso de antagonistas do cálcio pode agravar os sintomas do paciente, neste caso, a suspensão

deve ser feita de forma gradual, reduzindo as doses e mantendo o paciente sob observação.

Os pacientes devem ser orientados a consultar o médico antes de interromper o tratamento.

Devido à ação hipotensora do diltiazem podem ocorrer efeitos indesejáveis como tonturas durante o tratamento.

Por esse motivo estes pacientes devem ser instruídos a não dirigir, operar máquinas ou desempenhar atividades

perigosas, como trabalhar em lugares altos.

Deve-se ter cautela no uso em idosos, pois a meia-vida dos bloqueadores dos canais de cálcio pode estar aumentada.

A diminuição excessiva da pressão arterial é em geral considerada indesejável em pacientes idosos, sendo assim,

diltiazem deve ser administrado com cautela. Não existem estudos do uso de diltiazem em crianças e adolescentes.

Gravidez e Lactação

O uso de diltiazem não é recomendado durante a gravidez ou para mulheres que possam engravidar, por não haver

estudos suficientes com essa população. Estudos em animais demonstraram teratogenicidade em camundongos, como

anormalidades esqueléticas e anormalidade do aspecto e embriotoxicidade fatal em camundongos e ratos.

Este produto está classificado na categoria de risco C na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

O diltiazem não é recomendado durante a lactação. Se o tratamento com diltiazem for considerado essencial, a

lactação deve ser interrompida durante o tratamento e um método alternativo para alimentação do infante deve ser

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

O diltiazem é metabolizado principalmente pela enzima 3A4 (CYP3A4) do citocromo P450 e é um potencial inibidor

competitivo da oxidação hepática pelo sistema do citocromo P450. O diltiazem aumenta a concentração sanguínea

desses fármacos que são metabolizados pelo P450. Portanto, o cloridrato de diltiazem deve ser administrado com

cautela quando coadministrado com fármacos que podem ser metabolizadas por esta enzima ou com fármacos que

podem afetar a atividade desta enzima, como os descritos a seguir:

- Anti-hipertensivos (como ácido nítrico): os efeitos anti-hipertensivos podem ser intensificados. A pressão arterial

deve ser aferida periodicamente para ajuste da dose.

- Beta-bloqueadores (como bisoprolol, propranolol, atenolol): efeitos inotrópicos negativos e efeitos anti-

hipertensivos intensificados, causando depressão da estimulação cardíaca e da condução cardíaca resultando em

bradicardia, insuficiência cardíaca, hipotensão severa, bloqueio atrioventricular significativo, bloqueio sinoatrial,

principalmente em pacientes com baixo desempenho cardíaco.

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Cloridrato de diltiazem 30mg & 60mg

A monitoração de frequência cardíaca, pressão arterial e atenção aos sinais clínicos de insuficiência cardíaca são

fundamentais, principalmente em pacientes com comprometimento da função ventricular esquerda clinicamente

importante.

A frequência cardíaca deve ser monitorada periodicamente, e realizado eletrocardiograma conforme necessário. Caso

alguma anomalia seja observada, a dose deve ser reduzida ou o uso interrompido.

Foram relatados prolongamento do segmento QT e arritmia ventricular na coadministração de terfenadina com outros

agentes antiarrítmicos (fosfato de disopiramida).

Deve-se ter um cuidado maior na tríplice administração de diltiazem, digitálicos e beta-bloqueadores.

- Preparados digitálicos (digoxina, metildigoxina): pode ocorrer aumento das concentrações plasmáticas dos

digitálicos em cerca de 20 a 50%, devido à diminuição da depuração renal dos digitálicos, intensificando a depressão

da estimulação cardíaca e condução cardíaca. O risco de bradicardia pode aumentar. Pode ocorrer bloqueio

atrioventricular, além de sintomas tóxicos (como náusea, vômitos, cefaleia, tontura, visão anormal).

A presença ou ausência de toxicidade digitálica deve ser observada periodicamente e acompanhada de

monitoramento cuidadoso, incluindo eletrocardiograma. As concentrações sanguíneas dos digitálicos devem ser

medidas conforme necessário. Caso alguma anomalia seja observada, a dose deve ser reduzida ou o uso interrompido.

Deve ser dada particular atenção à terapia tríplice de diltiazem, digitálicos e beta-bloqueadores.

- Agentes antiarrítmicos (amiodarona, mexiletina): a amiodarona aumenta de forma significante as concentrações

plasmáticas de diltiazem, intensificando assim a depressão da estimulação cardíaca e condução cardíaca, podendo

ocorrer bradicardia, bloqueio atrioventricular, parada sinusal e redução do débito cardíaco com risco à vida.

A frequência cardíaca deve ser monitorada periodicamente e realizado eletrocardiograma conforme necessário. Caso

- Antagonistas do cálcio diidropiridínicos (nifedipino, anlodipino): aumento da concentração sanguínea do

antagonista do cálcio diidropiridínico, podendo ocorrer efeito anti-hipertensivo intensificado. Os sintomas clínicos

devem ser periodicamente observados.

- Midazolam (sedativo hipnótico): aumento das concentrações sanguíneas de midazolam, podendo ocorrer aumento

dos efeitos sedativos e hipnóticos.

- Carbamazepina (antiepiléptico, antimaníaco): pode ocorrer aumento das concentrações sanguíneas de

carbamazepina, devido à inibição da enzima metabolizadora da carbamazepina pelo cloridrato de diltiazem, podendo

causar sonolência, náusea, vômitos e tonturas. Há relatos de toxicidade do SNC em pacientes epilépticos, nestes

casos a substituição do diltiazem pelo nifedipino elimina estes efeitos.

Os sintomas clínicos devem ser observados periodicamente e, se necessário, a dose deve ser reduzida ou o uso

interrompido.

- Selegilina (antiparkinsoniano): pode ter seus efeitos tóxicos intensificados.

- Teofilina (broncodilatador): pode ocorrer aumento das concentrações sanguíneas de teofilina, devido à inibição da

enzima metabolizadora da teofilina pelo cloridrato de diltiazem, podendo causar náusea, vômitos, cefaleia e insônia.

Os sintomas clínicos devem ser observados periodicamente e se necessário, a dose deve ser reduzida ou o uso

- Cilostazol (antiplaquetário): pode ter seus efeitos intensificados.

- Vinorelbina (usado no câncer): pode ter seus efeitos intensificados.

- Ciclosporina (imunossupressor): aumento das concentrações sanguíneas de ciclosporina cerca de 25 a 100%, devido

à inibição da enzima metabolizadora da ciclosporina pelo cloridrato de diltiazem, podendo causar problemas renais

como nefrotoxicidade, sendo necessária a redução da dose. Os sintomas clínicos devem ser observados

periodicamente e a concentração plasmática da ciclosporina deve ser mensurada. Caso alguma anomalia seja

observada, a dose deve ser reduzida ou o uso interrompido.

- Tacrolimo (imunossupressor): aumento das concentrações sanguíneas de tacrolimo, podendo ocorrer distúrbios

renais.

- Fenitoína (antiepiléptico): aumento das concentrações sanguíneas de fenitoína, podendo ocorrer ataxia, tonturas,

nistagmo. A fenitoína pode estimular o metabolismo de diltiazem, diminuindo assim sua concentração sanguínea e

consequentemente seu efeito.

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- Estatinas (usadas para tratamento das dislipidemias): aumento das concentrações plasmáticas das estatinas, que por

sua vez leva a ocorrências de eventos adversos do tipo mialgia, miopatia e raros casos de rabdomiólise.

- Cimetidina (antagonista do receptor H2) e antirretrovirais inibidores da protease (ritonavir, saquinavir): inibem a

enzima metabolizadora de cloridrato de diltiazem, podendo aumentar as concentrações sanguíneas de cloridrato de

diltiazem. Pode ocorrer aumento do efeito anti-hipertensivo e bradicardia.

- Drogas anestésicas (isofluorano, enflurano, halotano): a depressão da estimulação cardíaca e condução cardíaca e

vasodilatação podem ser intensificadas, podendo ocorrer bradicardia, bloqueio atrioventricular, parada sinusal.

Recomenda-se dosagem cuidadosa quando administradas concomitantemente e seu eletrocardiograma deve ser

monitorado.

- Relaxantes musculares (pancurônio): diltiazem pode inibir a liberação de acetilcolina das terminações pré-sinápticas

da junção neuromuscular, intensificando os efeitos dos relaxantes musculares. Deve-se ter cautela na administração

concomitante.

- Imipramina: o diltiazem aumenta em 30% a biodisponibilidade da imipramina, portanto, pacientes em uso

concomitante desta medicação devem ser monitorados de perto quanto a sinais e sintomas de toxicidade da

imipramina.

- Rifampicina (tuberculose): pode diminuir as concentrações sanguíneas de cloridrato de diltiazem, devido à indução

da enzima metabolizadora de cloridrato de diltiazem pela rifampicina. Portanto, os efeitos do cloridrato de diltiazem

podem estar diminuídos. Os sintomas clínicos devem ser periodicamente observados e se necessário, devem ser

tomadas medidas terapêuticas apropriadas.

Se forem observadas anormalidades, pode ser necessário aumentar a dose do diltiazem ou trocar para outros

fármacos.

- Anti-inflamatórios, não hormonais, especialmente a indometacina, pode antagonizar o efeito do diltiazem.

Para todas as interações medicamentosas apresentadas anteriormente neste tópico recomenda-se que os sintomas

clínicos sejam periodicamente observados e em casos de anormalidades a dose deve ser reduzida ou o uso

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da luz e da umidade. O prazo de validade do produto é

de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Os comprimidos de cloridrato de diltiazem de 30 mg são circulares, amarelos, planos com uma linha de quebra em

uma das faces e podem apresentar pontos de coloração mais intensa.

Os comprimidos de cloridrato de diltiazem de 60 mg são circulares, brancos a praticamente brancos, planos com

uma linha de quebra em uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose deve ser ajustada de acordo com a idade do paciente e sintomas.

Recomenda-se iniciar o tratamento com 30 mg, 4 vezes ao dia, antes das 3 principais refeições do dia e ao deitar. A

dose terapêutica satisfatória oscila, em média, de 180 mg a 240 mg ao dia (60 mg, 3 a 4 vezes ao dia). Há pacientes

que alcançam benefício máximo já com doses menores: 30 mg, 3 a 4 vezes ao dia. O cloridrato de diltiazem

apresenta a vantagem de um início de ação menos súbito, devido a uma liberação lenta do princípio ativo, encontrado

na matriz do comprimido.

Em alguns casos, devido às condições do trato gastrintestinal do paciente, esta matriz não absorvível pode ser

detectada nas fezes. Isto não implica uma alteração no efeito terapêutico do medicamento, uma vez que o princípio

ativo já foi liberado e absorvido.

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Cloridrato de diltiazem 30mg & 60mg

Idosos: o cloridrato de diltiazem deve ser administrado com especial cautela, iniciando o tratamento com baixas

doses enquanto se monitora cuidadosamente as condições do paciente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

O diltiazem é geralmente bem tolerado, havendo poucas referências à ocorrência de reações adversas.

O bloqueio AV é um evento adverso incomum, porém grave e que pode ter o risco aumentado pelo uso de terapia

concomitante com beta-bloqueadores.

O tratamento com diltiazem deve ser interrompido caso ocorra alguma das seguintes reações:

– Bloqueio atrioventricular total ou bradicardia grave (com sintomas de tontura, sensação de cabeça leve). Pode ser

necessária a administração de sulfato de atropina ou isoprenalina, ou ainda instalação de marcapasso cardíaco.

– Insuficiência cardíaca congestiva. Pode ser necessária a administração de fármacos cardiotônicos.

– Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), eritrodermia (dermatite esfoliativa), pustulose

aguda generalizada (os sintomas são eritema, bolhas, pústulas, prurido, febre, enantema).

– Disfunção hepática ou icterícia (com aumento da AST (TGO), ALT (TGP) ou γ-GTP).

– Reações comuns (≥1/100 e <1/10): hipersensibilidade, anorexia, cefaleia profunda e queimação retroesternal.

– Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): tontura, cefaleia, bradicardia, bloqueio atrioventricular, rubor facial,

constipação, náusea, dor abdominal, desconforto gástrico, erupção cutânea (rash) e mal-estar..

– Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000): palpitação, dispepsia, boca seca, prurido, urticária, sede, edema periférico,

hipotensão, sonolência, insônia, parada sinusal, dor torácica, câimbras nas panturrilhas, astenia, icterícia, erupção

eritematosa multiforme, fezes amolecidas, diarreia.

– Reações com frequência desconhecida: sintomas tipo Parkinson, insuficiência cardíaca congestiva, bloqueio

sinoatrial, hipertrofia gengival, função hepática anormal, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidermal, eritema

multiforme, dermatite esfoliativa, pústulas, exantematosa generalizada aguda, fotossensibilidade, ginecomastia,

elevação das enzimas hepáticas (LDH, Al-P, γ-GTP), insuficiência renal aguda (elevação de ureia e creatinina),

assistolia, parestesia, tremor, poliúria, nictúria, vômitos, aumento de peso, petéquias, hipertrofia hepática, diminuição

da contagem de plaquetas e leucócitos, dormência.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária- NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Doses únicas de até 300 mg de diltiazem foram bem toleradas em voluntários sadios. Em um relato de intoxicação

com a ingestão de 1800 mg de diltiazem, os problemas de condução só apareceram quando a taxa plasmática

alcançou níveis 5 vezes maiores do que o nível máximo aconselhado.

Sintomas

Os sintomas da superdose são alguns dos eventos adversos do medicamento como bradicardia, bloqueio

atrioventricular total, insuficiência cardíaca e hipotensão.

Tratamento

Nos casos de superdose ou resposta exagerada, além da lavagem gástrica, as seguintes medidas de suporte

apropriadas devem ser empregadas:

Em caso de bradicardia e bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau:

Administrar agentes taquicardizantes (atropina - 0,60 a 1 mg, isoprenalina).

Se não houver resposta ao bloqueio vagal, administrar isoproterenol com cautela.

Se o bloqueio AV de 2º ou 3º grau não ceder, tratar com marca-passo cardíaco.

Em caso de insuficiência cardíaca:

Administrar agentes inotrópicos (isoproterenol, dopamina ou dobutamina), diuréticos e, se necessário, instalar

circulação assistida.

Em caso de hipotensão:

Administrar vasopressores (dopamina ou noradrenalina) e, se necessário, instalar circulação assistida.

O tratamento instituído e a dose empregada dependem da gravidade da situação clínica e do julgamento e da

experiência do médico.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

7

Modelo de bula – Profissional

Cloridrato de diltiazem 30mg & 60mg

III) DIZERES LEGAIS

Reg. MS.: 1.2352.0188

Farm. Resp.: Adriana M. C. Cardoso

CRF - RJ N° 6750

Fabricado por: Ranbaxy Laboratories Limited

Industrial Area 3, Dewas, 455001,

Madhya Pradesh-Índia

Ou

Ranbaxy Laboratories Limited

B-2, Madkai Industrial Estate,

Ponda, Goa – 403 404, Índia

Importado e Registrado por: Ranbaxy Farmacêutica Ltda.

Av. Eugênio Borges, 1.060

Arsenal - Rio de Janeiro

CNPJ: 73.663.650/0001-90

Indústria Brasileira

Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC): 0800 704 7222

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

DIL_VPROF_02

01/2014

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Anexo B – Histórico de alteração para a bula

Número do

expediente

Nome do assunto

Data da

notificação /

petição

Data de

aprovação

da petição

Itens alterados

0460167/13-0

10459 - GENÉRICO -

Inclusão Inicial de Texto

de Bula - RDC 60/12

10/06/2013 --- Versão inicial

Versão atual

10452 - GENÉRICO -

Notificação de Alteração

de Texto de Bula - RDC

60/12

27/01/2014 ---

Paciente:

Item 4. O QUE DEVO SABER ANTES DE

USAR ESTE MEDICAMENTO?

Item 6. COMO DEVO USAR ESTE

MEDICAMENTO?

Item 8. QUAIS OS MALES QUE ESTE

MEDICAMENTO PODE ME

CAUSAR?

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.