Bula do Cloridrato de Epirrubicina produzido pelo laboratorio Accord Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
BULA PARA PACIENTE – RDC 47/2009
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cloridrato de epirrubicina
Accord Farmacêutica Ltda
Solução injetável
2 mg/mL
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Medicamento Genérico – Lei nº. 9.787, de 1999.
I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Cloridrato de epirrubicina
APRESENTAÇÕES
Cloridrato de epirrubicina solução injetável estéril 2 mg/ml é apresentado em embalagem contendo 1 frasco de vidro de 5 ml
(10 mg), 10 ml (20 mg) ou 25 ml (50 mg).
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA OU INTRAVESICAL
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco de 10 mg contém:
Cloridrato de epirrubicina...................................................................................................................................................2 mg/mL
Excipientes.......................................................................................................................................................................q.s.p. 5 mL
Excipientes: ácido clorídrico 37% (para ajuste de pH), cloreto de sódio, água para injetáveis.
Cada frasco de 20 mg contém:
Excipientes.....................................................................................................................................................................q.s.p. 10 mL
Cada frasco de 50 mg contém:
Excipientes.....................................................................................................................................................................q.s.p. 25 mL
II. INFORMAÇÕES AO PACIENTE
BULA PARA PACIENTE – RDC 47/2009
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Cloridrato de epirrubicina é indicado para o tratamento de vários tipos de câncer (neoplasia): câncer de mama, linfomas
(cânceres que se originam nos linfonodos (gânglios)), sarcomas de partes moles (câncer dos músculos, cartilagens, gordura,
nervos e vasos sanguíneos) câncer gástrico (do estômago), câncer hepático (do fígado), câncer do pâncreas, câncer do reto-
sigmoide (intestino), carcinoma da região cérvico-facial (cabeça e pescoço), câncer de pulmão, câncer de ovário e leucemias
(câncer da medula óssea).
Cloridrato de epirrubicina por instilação intravesical (dentro da bexiga) é indicado no tratamento dos carcinomas superficiais
da bexiga (não invasivos) e na profilaxia (prevenção) das recidivas (retorno do câncer) após ressecção transuretral (cirurgia da
bexiga realizada pela uretra).
Cloridrato de epirrubicina é um agente citotóxico (que causa destruição celular) antraciclínico (da família das antraciclinas, um
tipo de classe de medicamentos). Embora se saiba que as antraciclinas podem interferir em várias funções bioquímicas e
biológicas das células o mecanismo preciso das propriedades citotóxicas e/ou antiproliferativas (que inibem a proliferação
celular) do cloridrato de epirrubicina ainda não foi completamente elucidado.
Cloridrato de epirrubicina é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade (alergia) à epirrubicina ou à
qualquer outro componente da fórmula, outras antraciclinas ou antracenedionas.
Cloridrato de epirrubicina também é contraindicado nas seguintes situações: 1) Uso intravenoso (dentro da veia):
mielossupressão (mau funcionamento da medula óssea) persistente, insuficiência hepática (do fígado) grave, miocardiopatia
(doença do músculo do coração), infarto do miocárdio (infarto do coração) recente, arritmias severas, tratamentos prévios com
doses cumulativas máximas de cloridrato de epirrubicina e/ou outras antraciclinas e antracenedionas (vide item 4. O que devo
saber antes de usar este medicamento?). 2) Uso intravesical (dentro da bexiga urinaria): infecções no trato urinário (uretra,
bexiga, ureter e rins), inflamação da bexiga, hematúria (sangue na urina).
Cloridrato de epirrubicina deve ser administrado apenas sob a supervisão de médicos especialistas com experiência em terapia
citotóxica.
Os pacientes devem recuperar-se das toxicidades agudas de tratamentos anteriores, como: estomatite (inflamação da mucosa da
boca), neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa do sangue: neutrófilos) trombocitopenia (diminuição das
células de coagulação do sangue: plaquetas) e infecções generalizadas, antes de iniciar o tratamento com cloridrato de
epirrubicina.
Embora o tratamento com altas doses de cloridrato de epirrubicina (por exemplo, ≥ 90 mg/m² a cada 3 a 4 semanas) cause
efeitos adversos semelhantes aqueles vistos com doses padrão (< 90 mg/m² a cada 3 a 4 semanas), a gravidade da neutropenia e
da estomatite/mucosite (inflamação da mucosa dos órgãos do aparelho digestivo) pode ser maior. O tratamento com altas doses
de cloridrato de epirrubicina requer atenção especial para possíveis complicações clínicas devido à mielossupressão (mau
funcionamento da medula óssea) acentuada.
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Função Cardíaca
A cardiotoxicidade (toxicidade ao coração) durante o tratamento com antraciclinas pode ser evidenciada através de eventos
precoces (agudos) e tardios.
Eventos precoces: cardiotoxicidade precoce de cloridrato de epirrubicina consiste principalmente em taquicardia sinusal
(aceleração dos batimentos cardíacos) e/ou anormalidades no eletrocardiograma (ECG) como alterações não específicas na
onda ST-T. Também foram relatadas taquiarritmias (tipo de arritmia), incluindo contração prematura ventricular (da câmara do
coração), taquicardia ventricular e bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), assim como bloqueio atrioventricular
(região do coração responsável pela condução dos batimentos cardíacos) e bundle-branch. Esses efeitos geralmente não
predizem o desenvolvimento de cardiotoxicidade tardia; raramente tem importância clínica e em geral, não são considerados
para descontinuação do tratamento com o cloridrato de epirrubicina.
Eventos tardios: cardiotoxicidade (toxicidade do coração) tardia, geralmente surge no final do tratamento com cloridrato de
epirrubicina ou 2 a 3 meses após o término do tratamento, porém, eventos tardios (muitos meses ou anos após o término do
tratamento) também foram relatados. Cardiomiopatia (alteração no músculo do coração) tardia manifesta-se pela redução da
fração de ejeção ventricular esquerda (LVEF) e/ou sinais e sintomas de falência cardíaca congestiva (ICC) (incapacidade do
coração de bombear a quantidade adequada de sangue) como dispnéia (falta de ar), edema pulmonar (acúmulo de líquidos nos
pulmões), edema (inchaço), cardiomegalia (aumento do coração) e hepatomegalia (aumento do fígado), oligúria (diminuição
da produção de urina), ascite (acúmulo de líquido dentro do abdome), efusão pleural (líquido nas pleuras), e ritmo de galope
(tipo de arritmia). ICC com risco à vida é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclinas e representa a
toxicidade dose limitante cumulativa do fármaco.
O risco de desenvolvimento de falência cardíaca congestiva aumenta rapidamente com dose cumulativa total acima de 900
mg/m2
de cloridrato de epirrubicina. Esta dose só deve ser excedida com extrema cautela.
A função cardíaca deve ser avaliada antes do tratamento e deve ser monitorada durante a terapia para minimizar o risco de
ocorrência de insuficiência cardíaca. O risco pode ser diminuído através do monitoramento regular da LVEF durante o
tratamento, com a interrupção imediata de epirrubicina no primeiro sinal de insuficiência. O método quantitativo apropriado
para a avaliação repetida da função cardíaca (avaliação da LVEF) inclui angiografia com radionucleotídeo (MUGA) ou
ecocardiograma (ECO). A avaliação cardiológica com ECG, uma varredura MUGA ou um ECO é recomendável,
principalmente em pacientes com fatores de risco para cardiotoxicidade aumentado. Determinações repetidas por MUGA ou
ECO de LVEF devem ser realizadas, particularmente com mais altas, doses cumulativas de antraciclina. A técnica utilizada
para a avaliação deve ser consistente ao longo do acompanhamento.
Dado o risco de cardiomiopatia, uma dose cumulativa de 900 mg/m2
de epirrubicina deve ser excedida apenas com extrema
cautela.
Os fatores de risco para cardiotoxicidade incluem doença cardiovascular (do coração e dos vasos sanguíneos) ativa ou latente,
radioterapia prévia ou concomitante da área mediastinal/pericárdica (no centro do tórax e ao redor do coração), terapia prévia
com outras antraciclinas ou antracenedionas, e uso concomitante com outras drogas que podem diminuir contratabilidade
cardíaca ou drogas cardiotóxicas (por ex.: trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo o cloridrato de epirrubicina, não devem
ser administradas em combinação com outros agentes cardiotóxicos sem monitoramento cuidadoso da função cardíaca (vide
“Interações Medicamentosas”). Pacientes recebendo antraciclinas após interromperem o tratamento com outros agentes
cardiotóxicos, especialmente aqueles com longa meia-vida, como o trastuzumabe, podem também aumentar o risco de
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desenvolvimento de cardiotoxicidade. A meia-vida do trastuzumabe é de aproximadamente 28 – 38 dias e pode persistir na
circulação por até 27 semanas. Por isso, quando possível, os médicos devem evitar a terapia baseada em antraciclinas por até
27 semanas após interromperem o tratamento com trastuzumabe. Em caso de utilização de antraciclinas antes deste período,
recomenda-se um cuidadoso monitoramento da função cardíaca.
O monitoramento da função cardíaca deve ser particularmente rigorosa em pacientes recebendo altas doses cumulativas e
naqueles com fatores de risco. No entanto, a cardiotoxicidade com epirrubicina pode ocorrer em doses cumulativas mais baixas
se fatores de risco cardíacos estão presentes ou não.
É provável que a toxicidade do cloridrato de epirrubicina e outras antraciclinas ou antracenedionas é aditiva.
Toxicidade Hematológica (do sangue)
À exemplo do que ocorre com outros agentes citotóxicos, o cloridrato de epirrubicina pode produzir mielossupressão. O perfil
hematológico (exame completo do sangue) deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da terapia com cloridrato de
epirrubicina, incluindo contagem diferencial dos glóbulos brancos. Leucopenia (redução de células de defesa no sangue)
reversível, dependente da dose e/ou granulocitopenia (neutropenia) são as manifestações predominantes, constituindo a
toxicidade aguda limitante da dose mais comum. A leucopenia e a neutropenia são, geralmente, mais graves com esquemas de
altas doses, alcançando um nadir (ponto mais baixo), na maioria dos casos, entre o 10° e 14° dia após a administração do
medicamento. Esses efeitos são, usualmente, transitórios, com a normalização da contagem de glóbulos brancos/ neutrófilos,
na maioria dos casos, até o 21° dia. Trombocitopenia e anemia também podem ocorrer. As conseqüências clínicas mais graves
da mielossupressão incluem febre, infecção, sepse/ septicemia (infecção generalizada), choque séptico (sepse grave),
hemorragia (sangramento), hipóxia tecidual (diminuição de oxigênio aos tecidos) ou morte.
Leucemia secundária
Leucemia secundária (causada pelo medicamento), com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados com
antraciclinas, incluindo o cloridrato de epirrubicina. A leucemia secundária é mais comum quando utilizados em combinação
com outros agentes antineoplásicos, em caso de pacientes tratados previamente com citotóxicos ou quando utilizadas doses
maiores de antraciclinas. Essas leucemias possuem um período de latência (período sem manifestação clínica) de 1 a 3 anos.
Gastrintestinal
O cloridrato de epirrubicina é emetogênica (causa náuseas e vômitos). A mucosite/ estomatite geralmente aparece no início do
tratamento com o fármaco e, se grave, pode progredir em poucos dias para úlceras de mucosa (camada que recobre
internamente o sistema digestivo, como boca e esôfago). A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso até a
terceira semana de terapia.
Função Hepática
A principal via de eliminação do cloridrato de epirrubicina é o sistema hepatobiliar (relacionado à bile). Os níveis de
bilirrubina sérica total (níveis de bilirrubina no sangue) e de aspartato transaminase (TGO) devem ser avaliados antes e durante
o tratamento com cloridrato de epirrubicina. Pacientes com bilirrubina ou TGO elevado podem apresentar clearance
(excreção) mais lento do fármaco, com um aumento da toxicidade geral. Doses mais baixas são recomendadas nesses pacientes
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(vide item 6. Como devo usar este medicamento?). Pacientes com insuficiência hepática grave (prejuízo grave da função do
fígado) não devem receber cloridrato de epirrubicina (vide 3. Quando não devo usar este medicamento?).
Função Renal (dos rins)
A creatinina sérica (no sangue) deve ser avaliada antes e durante a terapia. O ajuste da dose é necessário em pacientes com
creatinina sérica > 5 mg/dL (vide item 6. Como devo usar este medicamento?).
Efeitos no Local de Infusão
Fleboesclerose (lesão da veia usada para administração do medicamento) pode resultar da infusão do fármaco em vaso de
pequeno calibre ou de infusões repetidas na mesma veia. Para minimizar o risco de flebite/tromboflebite (inflamação da veia,
com ou sem o aparecimento de um coágulo dentro dela) no local de infusão, recomenda-se seguir os procedimentos descritos
no item 6. Como devo usar este medicamento?.
Extravasamento
O extravasamento de cloridrato de epirrubicina durante a administração IV pode produzir dor local, lesões teciduais graves
(vesicação – formação de bolhas na pele, celulite – inflamação grave da pele e do tecido abaixo da pele) e necrose (morte dos
tecidos). Caso ocorram sinais ou sintomas de extravasamento durante a administração intravenosa de cloridrato de
epirrubicina, a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida.
Outros
Assim como ocorre com outros agentes citotóxicos, tromboflebite e fenômenos tromboembólicos (formação de um coágulo
dentro do vaso sanguíneo), incluindo embolia pulmonar (entupimento de um vaso sanguíneo no pulmão por um coágulo), fatal
em alguns casos, foram coincidentemente relatados com o uso de cloridrato de epirrubicina.
Síndrome da Lise Tumoral (sintomas provocados pela destruição das células do câncer)
Cloridrato de epirrubicina pode induzir à hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue) devido ao extenso catabolismo das
purinas que acompanha a rápida destruição de células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome da lise tumoral). Níveis
séricos de ácido úrico, potássio, fosfato de cálcio e creatinina devem ser avaliados após o tratamento inicial de forma que este
fenômeno possa ser reconhecido e controlado adequadamente. Hidratação, alcalinização urinária (diminuição da acidez da
urina) e profilaxia com alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar as complicações potenciais da síndrome de
lise tumoral.
Efeitos Imunossupressores/Aumento da Suscetibilidade a Infecções
A administração de vacinas “vivas” ou vacinas “vivo-atenuadas” em pacientes imunocomprometidos (com diminuição da
função do sistema de defesa do organismo) por agentes quimioterápicos (que combatem cânceres) incluindo cloridrato de
epirrubicina podem resultar em infecções graves ou fatais. A utilização de vacina “viva” deve ser evitada em pacientes
recebendo cloridrato de epirrubicina. Vacinas “mortas” ou “inativadas” podem ser administradas, contudo, a resposta a estas
vacinas pode ser diminuída.
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Advertências e Precauções Adicionais para Outras Vias de Administração
Via Intravesical
A administração de cloridrato de epirrubicina pode produzir sintomas de cistite química (tais como, disúria – dificuldade e dor
para urinar, poliúria – aumento da quantidade de urina, noctúria – aumento da freqüência urinária à noite, estrangúria –
constrição da uretra causando eliminação lenta e dolorosa da urina, hematúria – sangue na urina, desconforto vesical – na
bexiga, necrose da parede vesical) e constrição da bexiga. É necessária atenção especial para problemas de cateterização (por
ex., obstrução uretral devido a tumores intravesicais de grande volume).
Fertilidade, gravidez e lactação
Prejuízo da Fertilidade
O cloridrato de epirrubicina pode induzir dano cromossômico em espermatozóides humanos. Homens submetidos a tratamento
com cloridrato de epirrubicina devem utilizar métodos contraceptivos (para evitar gravidez) efetivos.
O cloridrato de epirrubicina pode causar amenorréia (ausência de menstruação) ou menopausa prematura em mulheres pré-
menopáusicas (antes da idade característica para o aparecimento da menopausa).
Uso durante a Gravidez
Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar engravidar durante o tratamento e devem utilizar métodos
contraceptivos eficazes.
Dados experimentais em animais sugerem que o cloridrato de epirrubicina pode causar dano fetal quando administrada a
mulheres grávidas. Caso o cloridrato de epirrubicina seja utilizado durante a gravidez ou se a paciente engravidar enquanto
estiver utilizando esse fármaco, ela deve ser comunicada quanto aos danos potenciais para o feto. Não há estudos em mulheres
grávidas, portanto o cloridrato de epirrubicina deve ser utilizado durante a gravidez apenas se os benefícios potenciais
justificarem os riscos potenciais para o feto.
Uso durante a Lactação
Não se sabe se o cloridrato de epirrubicina é excretado no leite humano. Uma vez que muitos fármacos, incluindo outras
antraciclinas, são excretados no leite humano e devido à possibilidade de reações adversas sérias em lactentes pelo cloridrato
de epirrubicina, as mães devem interromper o aleitamento antes de receber esse medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito do cloridrato de epirrubicina na habilidade de dirigir e operar máquinas ainda não foi sistematicamente avaliado.
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Interações Medicamentosas
Cloridrato de epirrubicina é utilizado, principalmente, em combinação com outros fármacos citotóxicos. Toxicidade aditiva
pode ocorrer especialmente em relação a efeitos medulares/hematológicos e gastrintestinais (no estômago e no intestino) (vide
item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?). O uso de cloridrato de epirrubicina em combinação quimioterápica
com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos, assim como o uso concomitante de outros compostos cardioativos (por ex.,
bloqueadores do canal de cálcio, como a nifedipina e o verapamil), requer a monitoração da função cardíaca durante o
tratamento. O cloridrato de epirrubicina é amplamente metabolizado pelo fígado. Qualquer medicamento concomitante que
possa afetar a função hepática também pode afetar o metabolismo ou a farmacocinética do cloridrato de epirrubicina e, como
resultado, a eficácia e/ou a toxicidade (vide item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?).
A cimetidina aumentou a área sob a curva (AUC: quantidade do medicamento efetivamente disponível para atuação de acordo
com o tempo de utilização) do cloridrato de epirrubicina em 50% e seu uso deve ser interrompido durante o tratamento com
cloridrato de epirrubicina. Quando administrado antes do cloridrato de epirrubicina, o paclitaxel pode causar aumento das
concentrações plasmáticas (no sangue) do cloridrato de epirrubicina inalterada e de seus metabólitos (derivados), sendo que
seus metabólitos não são tóxicos nem ativos. A administração concomitante do paclitaxel ou do docetaxel não alterou a
farmacocinética do cloridrato de epirrubicina quando esta foi administrada antes do taxano.
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.
O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação
medicamentosa.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
O cloridrato de epirrubicina deve ser conservado sob refrigeração (entre 2 e 8ºC). Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: solução vermelha límpida.
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, com emprego específico em várias neoplasias,
e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado. As informações ao paciente serão fornecidas pelo médico assistente,
conforme necessário.
BULA PARA PACIENTE – RDC 47/2009
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O cloridrato de epirrubicina é um medicamento citotóxico administrado por via intravenosa. No entanto, a administração
intravesical (dentro da bexiga urinária) mostrou-se benéfica no tratamento de câncer superficial de bexiga, bem como na
profilaxia de recidiva (retorno) de tumor após ressecção transuretral (vide item 4. O que devo saber antes de usar este
medicamento?).
Cloridrato de epirrubicina não é ativa quando administrada por via oral e não deve ser injetada por via intramuscular ou
intratecal.
Administração intravenosa (IV)
Normalmente, a dose é calculada com base na área de superfície corpórea (mg/m2
). A dose total de cloridrato de epirrubicina
por ciclo a ser administrada pode variar de acordo com o uso, dentro de um esquema de tratamento específico (por exemplo,
administrada como agente único ou em combinação com outros fármacos citotóxicos) e de acordo com a indicação terapêutica
(por exemplo, no tratamento de câncer de pulmão, o cloridrato de epirrubicina também é utilizado em doses mais altas que as
convencionais).
Cloridrato de epirrubicina deve ser administrado através de cateter de infusão intravenosa correndo livremente (solução
fisiológica 0,9% ou solução de glicose 5%). Para minimizar o risco de trombose ou extravasamento perivenoso, os períodos de
infusão usuais variam entre 3 e 20 minutos dependendo da dose e volume da solução de infusão. Não se recomenda uma
injeção direta devido ao risco de extravasamento, o qual pode ocorrer mesmo na presença de retorno adequado de sangue
mediante aspiração com a agulha (vide item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?).
Regime de Dose Inicial Padrão
Como agente único à dose inicial padrão recomendada de cloridrato de epirrubicina, em adultos, por ciclo é 60 a 120 mg/m2
da
área de superfície corpórea. A dose inicial padrão recomendada de cloridrato de epirrubicina quando usada como componente
da terapia adjuvante em pacientes com câncer de mama linfonodo positivo (com comprometimento dos gânglios da axila) é
100 a 120 mg/m2
. A dose total inicial padrão por ciclo deve ser administrada como dose única ou dividida em 2 a 3 dias
sucessivos. Após recuperação das toxicidades induzidas pelo medicamento (particularmente depressão da medula óssea e
estomatite), os ciclos podem ser repetidos a cada 3 a 4 semanas. Caso o cloridrato de epirrubicina seja utilizado em
combinação com outros medicamentos citotóxicos com toxicidade potencialmente somatória, a dose recomendada por ciclo
deve ser reduzida.
Regime de Altas Doses Iniciais
Elevadas doses de cloridrato de epirrubicina podem ser utilizadas no tratamento do câncer de mama e de pulmão. Como
agente único à dose recomendada por ciclo em adultos é de até 135 mg/m2
e deve ser administrada no primeiro dia ou em
doses divididas nos dias 1, 2, 3, a cada 3 a 4 semanas. Na terapia combinada, a dose máxima recomendada de início é de até
120 mg/m2
e deve ser administrada no primeiro dia, a cada 3 ou 4 semanas.
Modificação da Dose
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Disfunção Renal: embora nenhuma recomendação específica de dosagem possa ser feita com base nos limitados dados
disponíveis de pacientes com insuficiência renal (diminuição da função renal), doses iniciais mais baixas devem ser
consideradas em pacientes com insuficiência renal grave (creatinina sérica > 5 mg/dL).
Disfunção Hepática: como a principal via de eliminação do cloridrato de epirrubicina é o sistema hepatobiliar, a dose deve ser
reduzida em pacientes com função hepática comprometida para evitar aumento da toxicidade geral.
Normalmente, as diretrizes utilizadas para redução da dose na função hepática comprometida são baseadas nos níveis de
bilirrubina sérica e da TGO conforme segue:
Bilirrubina entre 1,2 a 3 mg/dL ou TGO 2 a 4 vezes o limite superior da
normalidade:
Metade da dose inicial recomendada
Bilirrubina > 3 mg/dL ou TGO > 4 vezes o limite superior da
Um quarto da dose inicial recomendada
Outras Populações Especiais: doses iniciais baixas ou longos intervalos entre os ciclos devem ser considerados para pacientes
obesos pré-tratados ou para pacientes com infiltração neoplásica da medula óssea (vide item 4. O que devo saber antes de usar
este medicamento?). O regime e dose inicial padrão é utilizado para pacientes idosos.
Administração intravesical (dentro da bexiga urinária)
O cloridrato de epirrubicina deve ser instilado usando um cateter e o instilado deve ser retido na bexiga por 1 hora. Durante a
instilação, o paciente deve ser rotacionado (virado) para garantir contato mais amplo possível da solução com a mucosa
vesical. Para evitar diluição indevida pela urina, o paciente deve ser orientado a não ingerir qualquer tipo de líquido nas 12
horas antes da instilação. O paciente deve ser instruído a urinar no final da instilação. A administração intravesical não é
apropriada para o tratamento de tumores invasivos que tenham invadido a camada muscular da parede da bexiga.
Desprezar o restante da solução não utilizada.
Carcinoma Superficial da Bexiga
Instilação Única: é recomendada uma instilação única de 80 a 100 mg imediatamente após a ressecção transuretral.
Ciclo de 4 a 8 Semanas Seguido por Instilação Mensal: recomendam-se instilações semanais de 50 mg (em 25-50 mL de
solução salina) por 8 semanas após a ressecção transuretral (RTU), iniciando-se 2 a 7 dias após a RTU (ressecção transuretral).
No caso de toxicidade local (cistite química), é aconselhável redução da dose para 30 mg. Os pacientes podem receber
administrações semanais de 50 mg por 4 semanas, seguidas de instilações mensais por 11 meses na mesma dose.
Incompatibilidades
Cloridrato de epirrubicina não deve ser misturado com outros medicamentos. O contato com qualquer outra solução de pH
alcalino deve ser evitado, pois isso resultará em hidrólise (destruição) do cloridrato de epirrubicina.
Cloridrato de epirrubicina não deve ser misturado com heparina devido à incompatibilidade química que pode resultar em
precipitação quando os fármacos estão em determinada proporção.
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Cloridrato de epirrubicina pode ser utilizado em associação com outros agentes antitumorais, mas não se recomenda que seja
misturada com outros fármacos na mesma seringa (vide item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?).
Medidas de proteção
As seguintes recomendações de proteção devem ser seguidas devido à natureza tóxica dessa substância:
- o pessoal deve ser treinado quanto às boas práticas para manipulação;
- as profissionais grávidas não devem trabalhar com esse medicamento;
- o pessoal que manipula cloridrato de epirrubicina deve utilizar vestuário de proteção: óculos, avental, luvas e máscaras
descartáveis;
- todos os itens utilizados para reconstituição, administração ou limpeza, incluindo as luvas, devem ser colocados em sacos de
lixo descartáveis, de alto risco, para incineração em temperatura elevada;
- derramamento ou vazamento deve ser tratado com solução de hipoclorito de sódio diluída (solução a 1%), de preferência por
imersão e depois com água;
- todos os materiais de limpeza devem ser descartados conforme indicado anteriormente;
- o contato acidental com a pele deve ser tratado imediatamente com lavagem abundante com água e sabão, ou solução de
bicarbonato de sódio, mas não se deve esfregar a pele com escovas. Nestes casos, devem-se procurar cuidados médicos;
- em caso de contato com o(s) olho(s), segure e mantenha levantada a pálpebra do(s) olho(s) afetado(s) e lave com jato de água
em quantidade abundante por, pelo menos, 15 minutos. Procure, então, avaliação médica;
- sempre lave as mãos após a remoção das luvas.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Como cloridrato de epirrubicina é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo
médico que acompanha seu caso. Caso você falte a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, procure
o seu médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do
tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Estão listadas a seguir reações adversas sérias relatadas durante os estudos clínicos com cloridrato de epirrubicina:
Infecções e infestações: infecções.
Neoplasia benigna e maligna: leucemia linfocítica e mielogênica agudas.
Sanguíneo e linfático: anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias), trombocitopenia
(diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), neutropenia febril (neutropenia acompanhada de febre),
neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos), leucopenia (redução de células de defesa no
sangue).
BULA PARA PACIENTE – RDC 47/2009
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Metabólico e nutricional: anorexia (perda de apetite).
Oculares: conjuntivite/queratite (inflamação ou infecção da membrana que cobre o olho ou da córnea – membrana transparente
da frente do olho).
Cardíacos: falência cardíaca congestiva, taquicardia ventricular (aceleração dos batimentos cardíacos), bloqueio AV, bloqueio
de ramo (alteração no coração que pode causar mudança no ritmo dos batimentos cardíacos), bradicardia (diminuição dos
batimentos cardíacos).
Vasculares: ondas de calor, tromboembolismo (eliminação de coágulos a partir dos vasos sanguíneos para os pulmões).
Gastrintestinais: náusea/vômito, mucosite, estomatite, diarréia.
Pele e tecido subcutâneo: alopecia (perda de cabelo), toxicidade local, rash (alergia da pele) /coceira, alterações na pele.
Sistema reprodutivo e mamário: amenorréia (ausência de menstruação).
Geral e condições no local da administração: mal estar/astenia (cansaço), febre.
Laboratoriais: reduções assintomáticas na fração da ejeção ventricular, alteração no nível da transaminase (TGO e TGP).
Estão listadas a seguir reações adversas relatadas durante o período comercialização de cloridrato de epirrubicina:
Infecções e infestações: sepse (infecção geral grave do organismo), pneumonia (doença inflamatória no pulmão).
Sistema Imunológico: anafilaxia (reação alérgica grave).
Metabólico e nutricional: desidratação (perda excessiva de água e sais minerais do organismo), hiperuricemia (aumento do
ácido úrico no sangue).
Vasculares: choque (queda grave da pressão arterial), hemorragia (perda excessiva de sangue), embolismo arterial,
tromboflebite, flebite (inflamação da veia).
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: embolia pulmonar (entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo).
Gastrintestinais: erosões, ulcerações, sensação de dor ou queimação, hemorragia (perda excessiva de sangue),
hiperpigmentação (coloração mais forte) da mucosa oral.
Pele e tecido subcutâneo: eritema (vermelhidão), rubor (vermelhidão da pele), hiperpigmentação da pele e unhas,
fotossensibilidade (sensibilidade exagerada da pele à luz), hipersensibilidade da pele irradiada (radiationrecall reaction),
urticária (alergia da pele).
Renais e urinários: coloração avermelhada na urina por 1 a 2 dias após a administração.
Geral e condições no local da administração: febre, calafrios.
Injúria envenenamento e complicações dos procedimentos: cistite química (após administração intravesical).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.