Bula do Cloridrato de Gencitabina produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Blau Farmacêutica S/A.
CLORIDRATO DE
GENCITABINA
Blau Farmacêutica S.A.
Pó Liófilo
200 mg e 1 g
MODELO DE BULA PACIENTE RDC 47/09
cloridrato de gencitabina
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Pó liófilo. Embalagens com 1 frasco-ampola de vidro incolor de 13 e 50 mL de capacidade, contendo
cloridrato de gencitabina, equivalente a 200 mg ou 1 g de gencitabina base, respectivamente.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 200 mg contém:
cloridrato de gencitabina (equivalente a 200 mg de gencitabina base) ............................................... 227,70 mg
Excipientes: manitol, acetato de sódio anidro.
Cada frasco-ampola de 1 g contém:
cloridrato de gencitabina (equivalente a 1000 mg de gencitabina base) ............................................. 1138,5 mg
I) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Cloridrato de gencitabina pode ser utilizado para o tratamento dos seguintes tipos de câncer:
- câncer de bexiga, o qual esteja acometendo regiões próximas à bexiga ou metastático (que já tenha se
espalhado para outras regiões do corpo).
- câncer do pâncreas, o qual esteja acometendo regiões próximas ao pâncreas ou metastático (que já esteja
acometendo outras regiões do corpo). Também pode ser utilizado para o câncer de pâncreas que não responde
a outros tipos de tratamento (5-Fluorouracil).
- câncer de pulmão (do tipo chamado de “câncer de pulmão de células não pequenas”), o qual esteja
acometendo regiões próximas ao pulmão ou metastático (que já tenha se espalhado para outras regiões do
corpo), em uso isolado ou combinado com a cisplatina.
- câncer de mama, o qual não tenha possibilidade de ser retirado através de cirurgia ou metastático (que já
tenha se espalhado para outras regiões do corpo), em uso combinado com o cloridrato de gencitabina.
Cloridrato de gencitabina é um medicamento utilizado na tentativa de bloquear o crescimento das células do
tumor, fazendo com que o tumor diminua ou pare de crescer.
Baseado em dados não clínicos, o início da ação farmacológica de cloridrato de gencitabina é esperada dentro
de horas após a aplicação, mas a eficácia terapêutica é observada durante todo o tempo.
Cloridrato de gencitabina não deve ser usado em pacientes alérgicos à gencitabina ou a qualquer um dos
componentes da fórmula do medicamento.
Advertências e Precauções
Aplicar a dose de cloridrato de gencitabina em um período maior que o recomendado na bula ou em
intervalos menores que o recomendado na bula pode fazer com que ocorram mais efeitos colaterais devido ao
tratamento. Antes de cada dose de cloridrato de gencitabina, deve-se avaliar se existe alteração do número das
células do sangue, devido à possibilidade do tratamento com cloridrato de gencitabina causar a diminuição
destas células.
Blau Farmacêutica S/A.
Antes de cada dose de Cloridrato de gencitabina, também verificar, através de exames de sangue, se os rins e
o fígado estão funcionando normalmente.
Casos de Síndrome Hemolítico-Urêmica - SHU (coagulação intravascular renal glomerular), Síndrome de
Hemorragia Alveolar – SHA (manifestação de uma série de doenças resultando em sangramento pulmonar),
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo - SDRA (tipo de insuficiência pulmonar provocado por
diversos distúrbios que causam acúmulo excessivo de líquido nos pulmões) e Síndrome de Encefalopatia
Posterior Reversível - SEPR (alteração do sistema nervoso que causa dor de cabeça, diminuição do nível de
consciência, convulsões e distúrbios visuais) com consequências potencialmente graves, foram relatadas em
pacientes recebendo gencitabina como único agente ou em combinação com outros medicamentos para
câncer. Esses eventos podem estar relacionados aos danos do endotélio vascular (camada de células que
recobre internamente os vasos sanguíneos) possivelmente induzidos pela gencitabina. Cloridrato de
gencitabina deve ser descontinuado e medidas de apoio instituídas, caso qualquer um desses eventos se
desenvolva durante a terapia (ver QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?).
Além da SDRA, a toxicidade pulmonar tem sido relatada com o uso de Cloridrato de gencitabina e também
com o uso combinado de Cloridrato de gencitabina com outros medicamentos para câncer. Em casos de
toxicidade pulmonar grave, a terapia com Cloridrato de gencitabina deve ser interrompida imediatamente e
medidas apropriadas de apoio instituídas (ver QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE
CAUSAR?).
Embora Cloridrato de gencitabina tenha sido avaliado em estudos clínicos em vários tipos de tumores em
crianças, os resultados obtidos demonstraram-se insuficientes para estabelecer a eficácia e segurança do seu
uso em crianças.
Para mais informações sobre uso de Cloridrato de gencitabina em pacientes idosos verifique a seção “COMO
DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Posologia”.
Em pacientes com alteração grave da função do fígado e dos rins, o uso de Cloridrato de gencitabina deve ser
feito com cautela.
O uso de Cloridrato de gencitabina deve ser evitado em mulheres grávidas ou amamentando, devido ao risco
de causar alterações no feto ou bebê (Gravidez Categoria D).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Cloridrato de gencitabina causa sonolência leve a moderada, podendo interferir na capacidade de julgamento,
pensamento e ação. Portanto, os pacientes devem evitar dirigir veículos ou operar maquinário até que tenham
certeza de que seu desempenho não foi afetado.
Interações medicamentosas
Dependendo da dose de Cloridrato de gencitabina utilizada para o tratamento do câncer de pulmão de células
não pequenas e com a administração simultânea (ou até 7 dias após) de altas doses de radioterapia, foi
observada uma inflamação intensa das mucosas (como na parte interna da boca), esôfago e pulmões, podendo
ser fatal. Ainda não foi definido um método ideal para a administração segura de Cloridrato de gencitabina
com doses terapêuticas de radiação.
Não foram realizados estudos específicos de interações medicamentosas de Cloridrato de gencitabina com
outros medicamentos.
Não há dados/estudos disponíveis sobre a interação entre Cloridrato de gencitabina e plantas medicinais,
nicotina e doenças com estado de comorbidade (ocorrência conjunta de dois ou mais sintomas de doenças em
um mesmo indivíduo avaliado clinicamente).
Como Cloridrato de gencitabina é administrado somente por via intravenosa, a interação com alimentos é
improvável.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Cloridrato de gencitabina deve ser mantido em embalagem original e em temperatura ambiente entre 15°C a
30°C.
Blau Farmacêutica S/A.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
As soluções de Cloridrato de gencitabina prontas para serem utilizadas podem ser mantidas em temperatura
ambiente entre 15°C e 30°C e devem ser administradas dentro de 24 horas. Desprezar a porção não usada.
As soluções preparadas de gencitabina não devem ser refrigeradas, uma vez que pode ocorrer a formação de
cristais.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo, manter em temperatura ambiente entre 15°C e 30ºC por 24 horas.
Características do medicamento
Cloridrato de gencitabina é um pó estéril liofilizado branco, que quando reconstituído, apresenta uma solução
injetável límpida, incolor a levemente amarelada e isenta de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções de Uso/Manuseio:
O medicamento é de uso exclusivamente intravenoso (através da veia). O preparo e a aplicação do
medicamento devem ser feitos exclusivamente por um profissional da área da saúde experiente e devidamente
capacitado.
O único diluente aprovado para reconstituição da gencitabina estéril é a solução de cloreto de sódio a 0,9%,
sem conservantes. Não foram estudadas incompatibilidades; portanto, não é recomendado misturar
gencitabina com outras drogas quando reconstituída. Devido às considerações de solubilidade, a concentração
máxima de gencitabina após a reconstituição é de 40 mg/mL. A reconstituição em concentrações maiores do
que 40 mg/mL pode resultar em dissolução incompleta e deve ser evitada.
Para reconstituir, adicionar no mínimo 5 mL da solução de cloreto de sódio a 0,9% ao frasco de 200 mg ou no
mínimo 25 mL ao frasco de 1 g. Agitar para dissolver. Estas diluições atingem uma concentração de 38 g/mL
de gencitabina que inclui a contabilização do volume de deslocamento do pó liofilizado (0,26 mL para o
frasco de 200 mg e 1,3 mL para o frasco de 1 g). O volume total de reconstituição deverá ser de 5,26 mL ou
26,3 mL, respectivamente. A retirada completa do conteúdo do frasco fornecerá 200 mg ou 1 g de
gencitabina, respectivamente. A quantidade adequada da droga pode ser administrada como preparada ou com
subsequente diluição com solução de cloreto de sódio a 0,9% para injeção, em volume suficiente para infusão
intravenosa de 30 minutos. As drogas parenterais devem ser inspecionadas visualmente quanto a partículas e
descoloração, antes da administração, sempre que a solução e recipiente permitirem.
Deve-se ter cuidado com a manipulação e preparação das soluções de Cloridrato de gencitabina. É
recomendado o uso de luvas na manipulação de Cloridrato de gencitabina. Caso as soluções de Cloridrato de
gencitabina entrem em contato com a pele ou mucosa, lavar imediatamente a pele com água e sabão ou
enxaguar a mucosa com quantidades abundantes de água.
Posologia
Câncer de Bexiga
Uso isolado
A dose recomendada de cloridrato de gencitabina é de 1.250 mg/m2
, administrada na veia em 30 minutos, por
três semanas seguidas e uma semana de descanso (ciclo de 28 dias). Este ciclo de quatro semanas é, então,
repetido.
Uso combinado
A dose recomendada de cloridrato de gencitabina é de 1.000 mg/m2
três semanas seguidas e uma semana de descanso (ciclo de 28 dias) em combinação com a cisplatina. A
cisplatina é administrada na dose recomendada de 70 mg/m2
no Dia 1 após a gencitabina ou Dia 2 de cada
ciclo de 28 dias. Este ciclo de quatro semanas é então repetido.
Câncer de pâncreas
Blau Farmacêutica S/A.
Cloridrato de gencitabina na dose de 1.000 mg/m2
administrada na veia em 30 minutos e deve ser repetida
uma vez por semana por até sete semanas consecutivas, seguido por um período de descanso de uma semana.
Ciclos subsequentes devem consistir de injeções semanais por três semanas consecutivas, seguidas de uma
semana de descanso.
Câncer de Pulmão de Células Não Pequenas
A dose recomendada de Cloridrato de gencitabina é de 1.000 mg/m2
administrada na veia por 30 minutos e
deve ser repetida uma vez por semana durante três semanas, seguida de um período de descanso de uma
semana. Este ciclo de quatro semanas é, então, repetido.
Cloridrato de gencitabina, em combinação com a cisplatina, pode ser utilizado em um dos dois seguintes
esquemas: Cloridrato de gencitabina na dose de 1.250 mg/m2
administrada na veia em 30 minutos por duas
semanas seguidas, com descanso de uma semana (ciclos de 21 dias); ou cloridrato de gencitabina na dose de
1.000 mg/m2
administrada na veia em 30 minutos, por três semanas seguidas e uma semana de descanso (ciclos de 28 dias).
Câncer de mama
Cloridrato de gencitabina em combinação ao paclitaxel: paclitaxel 175 mg/m2
administrado na veia por cerca
de 3 horas a cada 21 dias; seguido por cloridrato de gencitabina 1.250 mg/m2
, administrado na veia em 30
minutos, por duas semanas seguidas, com descanso de uma semana (ciclo de 21 dias).
Pacientes idosos: não há evidências de que seja necessário um ajuste de dose para pacientes idosos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A aplicação de Cloridrato de gencitabina deve ser efetuada exclusivamente por profissionais da área de saúde
devidamente habilitados e em estabelecimentos de saúde.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Os eventos adversos relatados durante os estudos clínicos são:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Sistema gastrointestinal: anormalidades nos testes de função do fígado são bastante comuns, porém são
usualmente leves, não progressivas e raramente requerem interrupção do tratamento. Náusea (vontade de
vomitar) e náusea acompanhada de vômito são muito comuns. Esta reação adversa é raramente dose-limitante
e é facilmente contornável com antieméticos (medicamentos que tratam a náusea) atualmente em uso clínico.
Sistema geniturinário: hematúria (urina com sangue) e proteinúria (proteína na urina) leves.
Pele e anexos: erupção cutânea (lesões na pele), frequentemente associada com prurido (coceira). A erupção
é geralmente leve.
Corpo como um todo: sintomatologia semelhante à da gripe é muito comum. Os sintomas mais comumente
relatados são febre, dor de cabeça, calafrios, mialgia (dor muscular), astenia (fraqueza) e anorexia (falta de
apetite).
Sistema cardiovascular: edema (inchaço) e edema periférico (inchaço nas extremidades). Poucos casos de
hipotensão (pressão sanguínea baixa) foram relatados.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Blau Farmacêutica S/A.
Sistema hematológico e linfático: devido à gencitabina ser um supressor da medula óssea, podem ocorrer
anemia, leucopenia (diminuição do número de leucócitos) e trombocitopenia (diminuição do número de
plaquetas) como resultados da administração. Neutropenia febril (febre na presença da diminuição dos
neutrófilos sem infecção evidente) é comumente reportada.
Sistema gastrointestinal: diarreia e estomatite (inflamação na boca).
Sistema respiratório: dispneia (respiração difícil).
Pele e anexos: alopecia (perda de cabelo).
Corpo como um todo: tosse, rinite (inflamação da mucosa nasal), mal-estar e sudorese (suor em excesso).
Febre e astenia (fraqueza) são também relatadas como sintomas isolados.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Sistema respiratório: broncoespasmo (contração brusca dos brônquios) após infusão de gencitabina.
Pneumonite intersticial (inflamação dos pulmões) foi relatada.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Hipersensibilidade: reação anafilactoide (reação alérgica grave generalizada).
Toxicidade à radiação: ver Interações Medicamentosas.
Os eventos adversos relatados após o início da comercialização são:
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Sistema respiratório: efeitos pulmonares, algumas vezes graves [tais como edema pulmonar (acúmulo
excessivo de líquido nos pulmões), pneumonite intersticial (inflamação dos pulmões) ou Síndrome do
Desconforto Respiratório Agudo – SDRA (tipo de insuficiência pulmonar provocado por diversos distúrbios
que causam acúmulo excessivo de líquido nos pulmões)] foram relatados em associação com a gencitabina.
Sistema geniturinário: síndrome Hemolítico-Urêmica - SHU (coagulação intravascular renal glomerular) foi
relatada em pacientes recebendo gencitabina.
Sistema gastrointestinal: alterações da função do fígado, incluindo elevação dos níveis das enzimas do
fígado.
Sistema cardiovascular: insuficiência cardíaca (incapacidade do coração de bombear quantidade adequada
de sangue) e arritmias (alteração do ritmo cardíaco normal).
Sistema vascular: vasculite periférica (inflamação dos vasos periféricos), gangrena (morte do tecido causada
pela ausência de circulação de sangue) e Síndrome da Hemorragia Alveolar (manifestação de uma série de
doenças resultando em sangramento pulmonar).
Pele e anexos: reações graves na pele, tais como descamação e erupções cutâneas bolhosas (lesões na pele
com bolhas).
Lesões, intoxicações e complicações nos procedimentos: foram relatadas reações devido à readministração
de radiação.
Sistema nervoso: foi relatado Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível (alteração do sistema nervoso
que causa dor de cabeça, diminuição do nível de consciência, convulsões e distúrbios visuais).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.