Bula do Cloridrato de Nalbufina produzido pelo laboratorio Hipolabor Farmaceutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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Cloridrato de Nalbufina
Hipolabor Farmacêutica Ltda.
Solução Injetável
10mg/mL
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cloridrato de nalbufina
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999
NOME GENÉRICO:
FORMA FARMACÊUTICA:
APRESENTAÇÕES:
10mg/mL - Cartucho contendo 10 ampolas de vidro âmbar de 1mL
10mg/mL - Cartucho contendo 10 ampolas de vidro âmbar de 2mL
USO ADULTO • USO I.M. / I.V. / S.C.
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de solução injetável contém:
cloridrato de nalbufina..............................................................................................................................................................10mg
Veículo q.s.p...............................................................................................................................................................................1mL
(ácido cítrico, citrato de sódio, cloreto de sódio, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água de osmose reversa)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O cloridrato de nalbufina é indicado para alívio de dores desde as moderadas até as severas. Pode também ser utilizado como
complemento da anestesia cirúrgica, na analgesia pré e pós-operatória, na analgesia obstétrica durante o trabalho de parto e
para alívio da dor após infarto agudo do miocárdio.
O início de ação de cloridrato de nalbufina ocorre 2 a 3 minutos após administração intravenosa e em menos de 15 minutos
após administração subcutânea ou intramuscular.
- Hipersensibilidade ao cloridrato de nalbufina ou a qualquer outro componente do produto;
- Abdômen agudo: a nalbufina pode modificar os sintomas, portanto não é indicada até que o diagnóstico tenha sido
estabelecido.
- Tratamento com IMAO.
Gravidez – Categoria B: Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O cloridrato de nalbufina deve ser utilizado como complemento de anestesia geral somente por profissionais habilitados no uso
de anestésicos intravenosos e no controle dos efeitos respiratórios de opioides. Devem estar prontamente disponíveis: naloxona
(antídoto específico), equipamentos para respiração artificial e ressuscitação.
Abuso do medicamento: recomenda-se cautela na prescrição de cloridrato de nalbufina para pacientes emocionalmente
instáveis ou com história de abuso de narcóticos. Tais pacientes devem ser rigorosamente supervisionados em caso de terapia
prolongada.
Dependência ao medicamento: o cloridrato de nalbufina mostrou apresentar um baixo potencial de abuso, quando comparado
com outros fármacos que não são agonista-antagonistas. Seu potencial de abuso é menor que o da codeína e propoxifeno.
Relatou-se raramente abuso deste medicamento. Podem ocorrer dependência física ou psíquica e tolerância por abuso ou uso
indevido de nalbufina. Recomenda-se, portanto, cautela para evitar aumento da dose ou frequência de administração de
cloridrato de nalbufina que, em indivíduos propensos, pode resultar em dependência física.
Interrupção do tratamento: após uso prolongado, a descontinuação de cloridrato de nalbufina é seguida pelos sintomas que
ocorrem na crise de abstinência de narcóticos como cólica abdominal, náusea e vômito, rinorreia, lacrimejamento, ansiedade,
agitação, hipertermia e piloereção.
Uso em pacientes ambulatoriais: o cloridrato de nalbufina pode prejudicar as habilidades físicas e mentais necessárias ao
desempenho de atividades potencialmente perigosas que requerem atenção, como dirigir veículos e operar máquinas. Portanto
o cloridrato de nalbufina deve ser administrado com cautela em pacientes ambulatoriais, que devem ser advertidos para evitar
tais riscos.
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Uso em procedimentos emergenciais: deve-se manter o paciente sob observação até a recuperação dos efeitos de cloridrato de
nalbufina que poderiam afetar atividades potencialmente perigosas, como dirigir.
Lesão cerebral e aumento da pressão intracraniana: os possíveis efeitos de depressão respiratória e a capacidade dos
analgésicos potentes de elevar a pressão do fluido cerebroespinhal (resultante da vasodilatação seguinte à retenção de CO2)
podem ser exacerbados na presença de lesão cerebral, lesão intracraniana ou elevação pré-existente da pressão intracraniana.
Além disso, analgésicos potentes podem produzir efeitos que ocultem o curso clínico de pacientes com lesões cerebrais.
Portanto, o cloridrato de nalbufina deve ser utilizado, nestas circunstâncias, apenas em caso de necessidade evidente e com
extrema cautela.
Interação com outros depressores do SNC: embora apresente atividade antagonista narcótica, existem evidências que em
pacientes não dependentes, o cloridrato de nalbufina não antagoniza um analgésico narcótico administrado antes,
concomitantemente, ou logo após a sua administração. Portanto, pacientes em uso de analgésico narcótico, anestésicos em
geral, fenotiazinas ou outros tranquilizantes, sedativos, hipnóticos ou outros depressores do SNC (incluindo álcool),
concomitantemente ao cloridrato de nalbufina, podem apresentar efeitos aditivos, devendo-se, portanto, reduzir a dose de um
ou de ambos os medicamentos.
Insuficiência respiratória: na dose habitual de 10mg/70kg, o cloridrato de nalbufina provoca o mesmo grau de depressão
respiratória que a mesma dose de morfina. Entretanto, ao contrário da morfina, não ocorre aumento da depressão respiratória
com altas doses de cloridrato de nalbufina. A depressão respiratória induzida por cloridrato de nalbufina pode ser revertida
com naloxona. O cloridrato de nalbufina deve ser administrado com cautela e em baixas doses a pacientes com insuficiência
respiratória (por exemplo, de outros medicamentos, uremia, asma brônquica, infecção grave, cianose ou obstrução
respiratória).
Insuficiência renal ou hepática: visto que o cloridrato de nalbufina é metabolizado no fígado e excretado pelos rins, deve ser
prescrito com extrema cautela para pacientes com disfunção renal ou hepática e administrado em doses reduzidas.
Cirurgia do trato biliar: como outros analgésicos narcóticos, o cloridrato de nalbufina deve ser utilizado com cautela em
pacientes submetidos à cirurgia do trato biliar, pois pode causar espasmo do esfíncter de Oddi.
Sistema cardiovascular: durante avaliação de cloridrato de nalbufina em anestesia, observou-se maior incidência de bradicardia
em pacientes que não receberam atropina no pré-operatório.
Infarto do miocárdio: como outros analgésicos potentes, o cloridrato de nalbufina deve ser utilizado com cautela em pacientes
com infarto do miocárdio que apresentem náusea ou vômito.
Carcinogênese, mutagênese ou interferência com a fertilidade: não foram encontradas evidências de carcinogenicidade em um
estudo de 26 meses realizado em ratos e em um estudo de 18 meses realizado em camundongos, com administração oral de
altas doses de cloridrato de nalbufina, equivalentes à aproximadamente 3 vezes a dose terapêutica máxima recomendada. Não
foram encontradas evidências de potencial mutagênico/genotóxico de cloridrato de nalbufina nos seguintes testes: Ames,
HGPRT de ovário de hamster chinês, troca de cromátides irmãs, micronúcleo de camundongo e citogenicidade de medula
óssea de ratos. A nalbufina induziu aumento da frequência de mutação em linfomas de células de camundongos.
Uso na gravidez: a segurança do uso de cloridrato de nalbufina durante a gravidez ainda não foi estabelecida. Embora estudos
de reprodução em animais não tenham revelado efeitos teratogênicos ou embriotóxicos, a nalbufina deve ser administrada em
mulheres grávidas somente quando claramente necessário.
Uso durante o trabalho de parto: a transferência placentária da nalbufina é alta, rápida e variável, com uma razão de 1:0,37 a
1:1,16. Os efeitos adversos no feto e no neonato, relatados após a administração de nalbufina na mãe durante o trabalho de
parto incluem bradicardia fetal, depressão respiratória no momento do nascimento, apneia, cianose e hipotonia. Em alguns
casos, a administração de naloxona na mãe durante o trabalho de parto reverteu estes efeitos. Foram relatados casos severos e
prolongados de bradicardia fetal, com danos neurológicos permanentes. Relatou-se um padrão sinusal no ritmo cardíaco fetal,
associado ao uso da nalbufina. O cloridrato de nalbufina deve ser utilizado com cautela durante o trabalho de parto e os recém-
-nascidos devem ser monitorizados devido ao risco de depressão respiratória, apneia, bradicardia e arritmias.
Efeitos teratogênicos: foram realizados estudos de reprodução em ratos e coelhos com altas doses de cloridrato de nalbufina,
equivalentes respectivamente a 14 e 31 vezes a dose diária máxima recomendada. Os resultados destes estudos não indicaram
qualquer evidência de prejuízo da fertilidade ou dano fetal. Porém, em mulheres grávidas, não foram realizados estudos
adequados e bem controlados. Visto que estudos de reprodução animal nem sempre são preditivos da resposta humana, o
cloridrato de nalbufina deve ser utilizado durante a gravidez somente quando estritamente necessário.
Efeitos não-teratogênicos: observou-se redução do peso corpóreo e da sobrevivência em estudos nos quais administrou-se
cloridrato de nalbufina por via subcutânea, em ratas antes do acasalamento, durante a gestação e lactação ou em ratas durante o
último terço da gestação e lactação, em doses de aproximadamente 8 a 17 vezes a dose terapêutica máxima recomendada. O
significado clínico deste efeito é desconhecido.
Amamentação: dados limitados sugerem que o cloridrato de nalbufina é excretado no leite materno em pequena quantidade
(menos que 1% da dose administrada) e com efeito clinicamente insignificante. Deve-se ter cautela em caso de administração
de cloridrato de nalbufina em mulheres que amamentam.
Uso pediátrico: a segurança e eficácia de uso de cloridrato de nalbufina em pacientes menores de 18 anos ainda não foram
estabelecidas.
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Pacientes em uso de analgésico narcótico, anestésicos em geral, fenotiazinas ou outros tranquilizantes, sedativos, hipnóticos ou
outros depressores do SNC (incluindo álcool), concomitantemente ao cloridrato de nalbufina, podem apresentar efeitos
aditivos, devendo-se, portanto, reduzir a dose de um ou de ambos os medicamentos.
Pacientes idosos:
Nalbufina deve ser usado com cautela em pacientes idosos por serem mais propensos a efeitos adversos, especialmente
depressão respiratória. Devido à diminuição do metabolismo, os pacientes idosos normalmente requer doses mais baixas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
O cloridrato de nalbufina deve ser conservado dentro da embalagem original, em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger
da luz.
Aspectos físicos: ampolas de vidro âmbar contendo 1mL e 2mL.
Características organolépticas: solução incolor, odor característico.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Verifique sempre o prazo de validade do medicamento antes de usá-lo. Nunca use medicamento com o prazo de validade
vencido, pois pode ser prejudicial a sua saúde. Antes de utilizar o medicamento, confira o nome no rótulo, para não haver
enganos. Não utilize o cloridrato de nalbufina caso haja sinais de violação e/ou danificação da embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O cloridrato de nalbufina deve ser administrado por via subcutânea, intramuscular ou intravenosa.
Posologia:
Adultos: a dose recomendada para um adulto de 70kg é de 10mg, por via subcutânea, intramuscular ou intravenosa. Esta dose
pode ser repetida, se necessário, a cada 3 a 6 horas. A dosagem deve ser ajustada de acordo com a severidade da dor, o estado
psíquico do paciente e outras medicações que o mesmo estiver recebendo. Em pacientes não tolerantes, a dose única máxima é
de 20mg, com uma dose total diária máxima de 160mg.
O uso de cloridrato de nalbufina como complemento de anestesia requer doses maiores que as recomendadas para analgesia. A
dose de indução deve ser de 0,3mg/kg a 3,0mg/kg, administrada por via intravenosa durante 10 a 15 minutos, com dose de
manutenção de 0,25 a 0,50mg/kg, em administrações intravenosas únicas, quando necessário.
O cloridrato de nalbufina é fisicamente incompatível com naficilina e cetorolaco.
Pacientes que tenham feito tratamento crônico com narcóticos podem apresentar sintomas de crise de abstinência após a
administração de cloridrato de nalbufina. Os sintomas da crise de abstinência de narcóticos podem ser controlados pela
administração intravenosa lenta de pequenos incrementos de morfina, até que o alívio seja alcançado. Se o analgésico
administrado previamente for morfina, petidina, codeína ou outro narcótico com mesma duração de atividade, pode-se
administrar inicialmente 1/4 da dose antecipada de cloridrato de nalbufina, sendo necessário observar o aparecimento de
sintomas da crise de abstinência como cólica abdominal, náusea e vômito, rinorreia, lacrimejamento, ansiedade, agitação,
hipertermia e piloereção. Caso estes sintomas não ocorram, pode-se administrar doses progressivamente maiores em intervalos
apropriados, até que a analgesia desejada seja obtida com cloridrato de nalbufina.
Soluções de uso parenteral devem ser inspecionadas visualmente quanto à presença de partículas ou alteração de cor antes de
serem administradas.
Pacientes idosos:
Nalbufina deve ser usado com cautela em pacientes idosos por serem mais propensos a efeitos adversos, especialmente
depressão respiratória. Devido à diminuição do metabolismo, os pacientes idosos normalmente requer doses mais baixas.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa
o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A reação adversa mais frequente é sedação (36%). Outras reações menos frequentes são: sudorese (9%), náusea/vômito (6%),
tontura/vertigem (5%), boca seca (4%) e cefaleia (3%).
Com incidência menor que 1% tem ocorrido:
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Sistema nervoso central: nervosismo, depressão, agitação, euforia, instabilidade emocional, hostilidade, sonhos não habituais,
confusão, alucinação, disforia, sensação de peso, dormência. A incidência de efeitos psicotomiméticos, como
despersonalização, disforia, alucinação tem sido menor do que com o uso da pentazocina.
Cardiovascular: hipertensão, hipotensão, bradicardia, taquicardia.
Gastrintestinal: cólicas, dispepsia, gosto amargo.
Respiratório: depressão respiratória, dispneia, asma.
Dermatológico: pruridos, queimação, urticária.
Outros: dificuldade para falar, urgência miccional, visão turva, e "flushing".
Reações alérgicas: foram relatadas reações anafiláticas/anafilactoides e outras reações de hipersensibilidade com o uso de
nalbufina, podendo ser necessário suporte médico imediato. Estas reações incluem choque, insuficiência respiratória, parada
respiratória, bradicardia, parada cardíaca, hipotensão ou laringoedema. Outras reações alérgicas relatadas foram
broncoespasmo, estridor, respiração ofegante, edema, prurido, náusea, vômito, diaforeses, fraqueza, calafrios.
Outros relatos incluíram edema pulmonar, agitação e reações no local de aplicação da injeção como dor, tumefação,
vermelhidão, ardência e sensações de calor.
Alterações de Exames Laboratoriais
O cloridrato de nalbufina pode interferir com métodos enzimáticos, na especificidade/sensibilidade do teste de detecção de
dependência de opioides.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
O cloridrato de naloxona é o antídoto específico para o cloridrato de nalbufina, devendo ser administrado imediatamente por
via intravenosa. Oxigênio, fluidos intravenosos, vasopressores ou outras medidas de suporte devem ser utilizados quando
indicado.
A administração de doses únicas de 72mg de cloridrato de nalbufina por via subcutânea em oito pessoas provocou
principalmente sintomas de sonolência e disfonia moderada.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou
a bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.