Bula do Cloridrato de Naloxona produzido pelo laboratorio Hipolabor Farmaceutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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Cloridrato de Naloxona
Hipolabor Farmacêutica Ltda.
Solução Injetável
0,4mg/mL
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cloridrato de naloxona
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999
NOME GENÉRICO:
FORMA FARMACÊUTICA:
APRESENTAÇÕES:
0,4mg/mL – Cartucho com 10 ampolas contendo 1mL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO • USO I.V. / I.M. / S.C.
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de solução injetável contém:
cloridrato de naloxona..............................................................................................................................................................0,4mg
Veículo q.s.p...............................................................................................................................................................................1mL
(cloreto de sódio, ácido clorídrico e água de osmose reversa)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é indicado para reversão completa ou parcial da depressão causada por opioide, inclusive depressão
respiratória, induzida por ingestão de narcóticos opioides naturais ou sintéticos.
O cloridrato de naloxona é um medicamento que reverte os efeitos dos opioides, como depressão respiratória, sedação e
hipotensão e por isso é chamado de antagonista puro de opioide. Este é um medicamento utilizado somente por profissionais
da saúde em ambiente hospitalar ou clínicas especializadas.
O cloridrato de naloxona não produz depressão respiratória, alucinações ou contração da pupila.
O cloridrato de naloxona não se mostrou capaz de causar tolerância, nem produzir dependência física ou psíquica.
Quando o cloridrato de naloxona é aplicado por via intravenosa a ação aparece, em geral, dentro de dois minutos; a ação só é
levemente mais lenta, quando ele é aplicado por via subcutânea ou por via intramuscular. A duração da ação depende da dose e
da via de aplicação de cloridrato de naloxona. A aplicação de cloridrato de naloxona por via intramuscular, produz um efeito
mais prolongado do que se aplicado por via intravenosa.
A necessidade de repetição de doses de cloridrato de naloxona, no entanto, dependerá da quantidade, tipo e via de
administração do opioide que está sendo revertido.
O cloridrato de naloxona quando administrado por via parenteral (via intravenosa, subcutânea ou intramuscular) é rapidamente
distribuído pelo corpo e imediatamente atravessa a placenta.
Ele é metabolizado no fígado, e excretado pela urina.
Este medicamento é contraindicado para pacientes que sejam hipersensíveis a ele ou a qualquer componente da fórmula.
O cloridrato de naloxona deve ser administrado cuidadosamente a pessoas, incluindo os recém-nascidos de mães sob suspeita
de dependência física a opioides. Nestes casos, uma reversão abrupta e completa dos efeitos do narcótico pode precipitar uma
síndrome aguda de abstinência.
O cloridrato de naloxona não é eficaz sobre a depressão respiratória causada por fármacos não opioides.
Além do cloridrato de naloxona, outras medidas de ressuscitação, tais como ventilação artificial, vias aéreas livres, massagens
cardíacas e agentes vasopressores, devem estar disponíveis e usadas quando necessário, para combater a intoxicação aguda
causada por opioides.
O cloridrato de naloxona deve ser usado durante a gravidez somente em situações em que haja necessidade absoluta.
Gravidez:
Categoria de risco B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação:
Não se sabe se o cloridrato de naloxona é excretado no leite humano. Deve-se ter cuidado ao administrar o cloridrato de
naloxona a mulheres que amamentem.
USO GERIÁTRICO:
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Em geral, a dose selecionada para um paciente idoso deve ser feita com cautela, iniciando-se com a mais baixa, devido à maior
frequência em ter diminuída suas funções hepática, renal ou cardíaca ou mesmo quando estiver em terapia com outro fármaco.
O cloridrato de naloxona deve ser administrado com cuidado para pacientes com insuficiência renal/hepática.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Medicamentos narcóticos para dor e nalbufina podem interagir com o cloridrato de naloxona.
O produto deve ser usado com precaução em pacientes que tenham usado fármacos potencialmente cardiotóxicos.
São necessárias doses altas de naloxona para antagonizar a buprenorfina, por esta possuir longa duração de ação devido a sua
baixa taxa de ligação e subseqüente lenta dissociação do receptor opioide. O antagonismo da buprenorfina é caracterizado pelo
gradual início dos efeitos de reversão a uma diminuída duração de ação da depressão respiratória normalmente prolongada.
O barbitúrico metohexital parece bloquear o início agudo dos sintomas de abstinência induzidos pela naloxona em aditos em
opioides.
Recomenda-se que infusões de cloridrato de naloxona não sejam misturadas com preparações contendo bissulfito,
metabissulfito, ânions de cadeia longa ou alto peso molecular ou soluções com pH alcalino.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
O cloridrato de naloxona deve ser conservado dentro da embalagem original, em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger
da luz.
Aspectos físicos: ampola de vidro âmbar contendo 1mL.
Características organolépticas: o cloridrato de naloxona é uma solução incolor, odor característico.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem. Esse medicamento é fornecido em
clínicas e hospitais e não deve ser guardado em casa.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O cloridrato de naloxona pode ser administrado por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea. O meio mais rápido de ação
é alcançado por injeção intravenosa e é recomendado em situações de emergência.
Este medicamento é administrado pelo profissional de saúde em hospitais ou clínicas especializadas.
Converse com seu pediatra em relação ao uso deste medicamento em crianças. Este medicamento pode ser utilizado tanto em
crianças jovens quanto em recém-nascidos.
Infusão Intravenosa: O cloridrato de naloxona deve ser diluído, para aplicação intravenosa, em solução salina normal ou
solução de dextrose a 5%. A adição de 2mg de cloridrato de naloxona em 500mL de qualquer solução citada, fornece a
concentração de 0,004mg/mL. As misturas devem ser usadas dentro de 24 horas. Após 24 horas a solução restante não
utilizada deve ser descartada. A porcentagem de dose deve ser ajustada de acordo com a resposta do paciente.
Uso em adulto
Superdosagem de opioide:
Suspeita ou Comprovada - Uma dose inicial de 0,4mg a 2mg de cloridrato de naloxona deve ser aplicada por via intravenosa.
Se não conseguir o nível desejado de reação ou melhora nas funções respiratórias, deve-se repetir a dose com 2 ou 3 minutos
de intervalo. Se nenhuma resposta for observada após administração de 10mg de cloridrato de naloxona, o diagnóstico de
toxicidade induzida por narcóticos deve ser questionado. A aplicação intramuscular ou subcutânea pode ser necessária, se a
aplicação intravenosa
não puder ser feita.
Depressão Pós-Operatória (por opioide): Para uma reversão parcial de depressão causada por narcóticos após seu uso
durante cirurgia, doses menores de cloridrato de naloxona, em geral, são suficientes. A dose de cloridrato de naloxona deve
ser titulada de acordo com a reação do paciente. Para reversão inicial da depressão respiratória, o cloridrato de naloxona deve
ser injetado gradativamente de 0,1 a 0,2mg por via intravenosa com dois ou três minutos de intervalo, para se alcançar um
nível desejável de reversão, isto é, ventilação e estado de consciência adequada, sem dor ou desconforto significativo. Uma
superdosagem de cloridrato de naloxona pode resultar numa significativa reversão da analgesia e aumento da pressão
sanguínea. Similarmente, uma reversão rápida pode ocasionar náuseas, vômitos, sudorese e estresse circulatório.
Repetidas doses de cloridrato de naloxona podem ser necessárias, dentro de uma ou duas horas de intervalo, dependendo da
quantidade, tipo (curta ou longa duração) e intervalo de tempo, desde a última administração de narcótico. Doses
suplementares, por via intramuscular têm mostrado um efeito maior e duradouro.
Uso pediátrico:
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Superdosagem de opioides: Suspeita ou Comprovada - A dosagem inicial comum, em crianças, é de 0,01mg/kg/peso,
aplicada por via I.V.. Se esta dosagem não alcançar o nível desejado de melhora clínica, uma dose subsequente de
0,1mg/kg/peso pode ser administrada.
Se a via de aplicação I.V. não for possível, o cloridrato de naloxona pode ser administrado por via I.M. ou subcutânea, em
doses divididas.
Se necessário o cloridrato de naloxona pode ser diluído com água para injetáveis.
Depressão Narcótica Pós-Operatória: Seguir as recomendações sob o título “Depressão Pós-Operatória em Adultos”.
Para início da reversão da depressão respiratória, cloridrato de naloxona deve ser injetado em doses gradativas de 0,005mg a
0,01mg por via intravenosa com 2 ou 3 minutos de intervalo, para se obter um grau desejado de reversão.
Uso em Recém-Nascidos: Depressão induzida por narcótico - a dose inicial comum é de 0,01mg/kg/peso administrada por via
I.V., I.M. ou S.C. Esta dosagem deve ser repetida de acordo com a orientação prescrita na administração em adultos, para
depressão narcótica pós-cirúrgica.
Siga orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Pós-Operatório:
Existem relatos de casos de pacientes que receberam naloxona e apresentaram quadro de hipertensão, taquicardia ventricular e
fibrilação ou edema pulmonar no pós-
-operatório. Os pacientes apresentavam doença cardíaca pré-existente e foram submetidos à cirurgia cardíaca.
O relato de edema pulmonar foi descrito em 2 homens sadios que receberam naloxona com evolução de 1 caso fatal embora
seja questionada a relação da naloxona com o óbito.
Hipotensão, bradicardia e precipitação de crises convulsivas focais foram relatadas em pacientes que receberam naloxona
4mg/kg inicialmente seguida de 24 horas de infusão na dose de 2mg/kg/hora após acidente vascular.
Reações adversas foram relatadas em 6 de 453 pacientes que receberam naloxona para reversão de intoxicação por diamorfina.
Os efeitos foram assistolia (1 caso), convulsão generalizada (3 casos), edema pulmonar (1 caso) e comportamento agressivo
(1caso).
Depressão por opioides: Uma abrupta reversão da depressão por opioides pode resultar em náuseas, vômitos, sudorese,
taquicardia e aumento da pressão arterial, ataques, taquicardia ventricular e fibrilação, edema pulmonar e parada cardíaca que
pode resultar em óbito.
Dependência de opioides: Os sinais e sintomas de uma síndrome de abstinência em paciente fisicamente dependente de
opioides podem incluir o seguinte: dores no corpo, diarreia, taquicardia, febre, rinite, espirro, arrepio, sudorese, bocejo, náusea
ou vômito, nervosismo, agitação ou irritabilidade, calafrios ou tremores, cólicas abdominais, fraqueza e pressão arterial alta.
No recém-nascido, a síndrome de abstinência pode incluir: convulsões, choro excessivo e reflexos hiperativos.
As reações adversas associadas com o uso pós-operatório do produto estão descritas por sistema e em ordem decrescente de
frequência:
Cardíaco: edema pulmonar, parada cardíaca, taquicardia, fibrilação ventricular e taquicardia ventricular. Como sequela desses
eventos podem ocorrer óbito, coma encefalopatia.
Gastrintestinal: vômito, náusea.
Nervoso: agitação, alucinação, tremores.
Respiratório: dispneia, depressão respiratória, hipóxia.
Dermatológico: reações inespecíficas no local da injeção, sudorese.
Vascular: hipertensão, hipotensão, rubor.
Todas as reações adversas devem ser informadas ao profissional de saúde o mais breve possível.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
A experiência clínica com superdosagem de cloridrato de naloxona em seres humanos é limitada.
O paciente deve ser tratado sintomaticamente em ambiente muito supervisionado. O médico deve contatar um centro de
controle de intoxicação para obter a informação atualizada para esta supervisão.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico leve a embalagem ou
bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.