Bula do Cloridrato de Ondansetrona produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Cloridrato de Ondansetrona
Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia
Solução injetável
2 mg/mL
CLORIDRATO DE ONDANSETRONA
Solução Injetável
Medicamento Genérico, Lei nº 9787, de 1999
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LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Cloridrato de ondansetrona
APRESENTAÇÕES:
-Solução injetável caixa com 100 ampolas de vidro âmbar 2 mL
-Solução injetável caixa com 50 ampolas de vidro âmbar 2 mL
-Solução injetável cartucho com 10 ampolas de vidro âmbar 2 mL
-Solução injetável caixa com 100 ampolas de vidro âmbar 4 mL
-Solução injetável caixa com 50 ampolas de vidro âmbar 4 mL
-Solução injetável cartucho com 10 ampolas de vidro âmbar 4 mL
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO A PARTIR DE 1 MÊS DE IDADE
(para o controle de náuseas e vômitos pós-operatórios)
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO A PARTIR DE 6 MESES DE IDADE
(para o controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia)
COMPOSIÇÃO
Cada 1 mL de solução injetável contém:
cloridrato de ondansetrona diidratado ................................................. 2,50 mg
(equivalente a 2,00 mg de ondansetrona)
Excipientes (ácido cítrico, citrato de sódio, cloreto de sódio e água para injetáveis)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cloridrato de ondansetrona é indicado para o controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia.
Cloridrato de ondansetrona também é indicado para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos do período pós-
operatório.
Cloridrato de ondansetrona demonstrou eficácia no controle de náuseas e vômitos em 75% dos pacientes tratados com
quimioterapia com cisplatina1
.
1
MARTY M. et al. Comparison of the 5-hydroxytryptamine3 (serotonin) antagonist ondansetron (GR 38032F) with
high-dose metoclopramide in the control of cisplatin-induced emesis. N Engl J Med, 32;322(12): 816-21, 1990.
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A ondansetrona, substância ativa de cloridrato de ondansetrona genérico, é um potente antagonista, altamente seletivo,
dos receptores 5-HT3. Seu mecanismo de ação no controle da náusea e do vômito ainda não é bem conhecido.
Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem causar liberação de 5-HT no intestino delgado, iniciando um reflexo
de vômitos pela ativação dos aferentes vagais nos receptores 5-HT3. A ondansetrona bloqueia o início desse reflexo.
A ativação dos aferentes vagais pode ainda causar liberação de 5-HT em área extrema localizada no assoalho do quarto
ventrículo, e isso também pode promover vômitos através de um mecanismo central. Desse modo, o efeito da
ondansetrona no controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia citotóxica e radioterapia se deve ao
antagonismo da droga aos receptores 5-HT3 dos neurônios do sistema nervoso periférico e sistema nervoso central.
Não se conhece o mecanismo de ação na náusea e no vômito pós-operatório, no entanto as vias devem ser comuns às da
náusea e do vômito induzidos por agentes citotóxicos.
Efeitos farmacodinâmicos
A ondansetrona não altera as concentrações de prolactina plasmática.
- Prolongamento do intervalo QT
O efeito da ondansetrona no intervalo QTc foi avaliado em um estudo cruzado, duplo-cego, randomizado, controlado
por placebo e controle positivo (moxifloxacino), em 58 adultos saudáveis (homens e mulheres). As doses de
ondansetrona incluíram 8 mg e 32 mg infundidos intravenosamente durante 15 minutos. Na dose mais elevada testada,
de 32 mg, a diferença máxima média (limite superior de 90% do IC) no intervalo QTcF em relação ao placebo após a
correção na linha de base foi de 19,6 (21,5) msec. Na dose mais baixa testada, de 8 mg, a diferença máxima média
(limite superior de 90% do IC) em relação ao placebo após correção na linha de base foi de 5,8 (7,8) msec. Neste
estudo, não houve medições do intervalo QTcF maiores que 480 msec e nenhum prolongamento do intervalo QTcF foi
maior que 60 msec.
Propriedades farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas da ondansetrona permanecem inalteradas em dosagens repetidas.
Absorção
Observou-se exposição sistêmica equivalente após a administração intramuscular e intravenosa da ondansetrona.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 70% a 76%. Em adultos, a disponibilidade da ondansetrona após dose
oral é similar a observada após a administração intravenosa ou intramuscular; o volume de distribuição é de cerca de
140 L no estado de equilíbrio.
Metabolismo
A ondansetrona é depurada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático, através de diversas
vias enzimáticas. A ausência da enzima CYP2D6 (polimorfismo da debrisoquina) não interfere na farmacocinética da
ondansetrona.
Eliminação
A ondansetrona é eliminada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático. Menos de 5% da
dose absorvida são excretados inalterados na urina. A disponibilidade da ondansetrona após dose oral é similar à
observada após a administração intravenosa ou intramuscular; a meia-vida de eliminação terminal é de
aproximadamente três horas.
Populações especiais de pacientes
-Sexo:
Foi demonstrado que, após dose oral, indivíduos do sexo feminino apresentam taxa e extensão de absorção maiores,
bem como clearance sistêmico e volume de distribuição reduzidos.
- Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos):
Em um estudo clínico, 51 pacientes pediátricos com idade entre 1 e 24 anos receberam 0,1 ou 0,2 mg/kg de
ondansetrona antes de serem submetidos a cirurgia. Pacientes entre 1 e 4 meses de vida apresentaram um clearance
aproximadamente 30% menor do que em pacientes entre 5 e 24 meses, mas comparável a pacientes entre 3 e 12 anos de
idade, quando normalizado ao peso corporal. A meia-vida em pacientes entre 1 e 4 meses foi em média 6,7 horas,
enquanto naqueles com 5 a 24 meses e com 3 a 12 anos a média foi de 2,9 horas. Não foi necessário nenhum ajuste de
dose em crianças entre 1 e 4 meses, visto que apenas a dose única intravenosa de ondansetrona é recomendada para o
tratamento de náusea e vômito pós-operatórios. As diferenças de parâmetros farmacocinéticos podem ser explicadas em
parte pelo alto volume de distribuição nos pacientes entre 1 e 4 meses de vida.
Em estudo realizado em 21 pacientes pediátricos de 3 a 12 anos de idade submetidos a cirurgia eletiva com anestesia
geral, verificou-se a redução dos valores absolutos do clearance e do volume de distribuição da ondansetrona após dose
única intravenosa de 2 mg (3-7 anos) ou 4 mg (8-12 anos) em comparação aos valores observados em adultos.
Ambos os parâmetros aumentaram de forma linear com o peso, e a partir de 12 anos de idade os valores se
aproximaram dos obtidos em adultos. Quando o clearance e o volume de distribuição foram normalizados de acordo
com o peso corporal, os valores desses parâmetros mostraram-se similares nos diversos grupos de idade
O uso de doses ajustadas ao peso corpóreo (0,1 mg/kg, até o máximo de 4 mg) compensou essas alterações e é eficaz
para normalizar a exposição sistêmica em pacientes pediátricos.
A análise da farmacocinética da ondansetrona foi realizada em dois estudos: um com 74 pacientes (com idade entre 6 e
48 meses) após a administração intravenosa de 0,15 mg/kg de ondansetrona a cada quatro horas (até três doses) para
tratamento de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia; e o outro estudo com 41 pacientes (com idade entre 1 e
24 meses e submetidos a cirurgia) após a administração de dose única intravenosa de 0,1 mg/kg ou 0,2 mg/kg. Com
base nos parâmetros farmacocinéticos em pacientes entre 1 e 48 meses, a administração intravenosa de 0,15 mg/kg de
ondansetrona a cada quatro horas, em um total de três doses, resultaria em uma exposição sistêmica (ASC) comparável
à observada em pacientes pediátricos cirúrgicos de 5 a 24 meses, em pacientes com câncer de estudos pediátricos
anteriores com idade entre 4 e 18 anos e em pacientes cirúrgicos de 3 a 12 anos, todos eles tratados com doses
similares.
- Idosos:
Estudos em voluntários idosos sadios revelaram um leve aumento da biodisponibilidade oral e da meia-vida da
ondansetrona relacionado à idade.
-Pacientes com disfunção renal:
Em pacientes com disfunção renal moderada (clearance de creatinina de 15 a 60 mL/min), tanto o clearance sistêmico
quanto o volume de distribuição foram reduzidos após administração intravenosa de ondansetrona, resultando em um
leve e clinicamente insignificante aumento da meia-vida de eliminação (5,4 horas). Em pacientes com disfunção renal
grave que requer hemodiálise regular (estudados entre as diálises), a ondansetrona demonstrou perfil farmacocinético
essencialmente inalterado após a administração intravenosa.
-Pacientes com disfunção hepática:
Nos pacientes com disfunção hepática grave, o clearance sistêmico da ondansetrona reduziu-se acentuadamente, a
meia-vida de eliminação prolongou-se (15-32 horas) e a biodisponibilidade oral foi de aproximadamente 100% devido
à redução do metabolismo pré-sistêmico.
Cloridrato de ondansetrona é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida a qualquer
componente da fórmula.
Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando cloridrato de ondansetrona foi
administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é contraindicado.
Há relatos de reações de hipersensibilidade em pacientes que já apresentaram esse tipo de reação a outros antagonistas
seletivos de receptores 5-HT3.
Ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose-dependente. Além disso, casos pós-comercialização de
Torsades de Pointes tem sido relatados em pacientes usando ondansetrona. Evitar o uso de ondansetrona em pacientes
com sídrome do QT longo congênito. Cloridrato de ondansetrona deve ser administrado com precaução em pacientes
que possuem ou podem desenvolver prolongamento do QTc. Essas condições incluem pacientes com distúrbios
eletrolíticos, pacientes com a síndrome do QT longo congênito, ou pacientes que tomam outros medicamentos que
levam ao prolongamento QT ou distúrbios eletrolíticos.
Hipocalemia e hipomagnesemia devem ser corrigidas antes da administração de ondansetrona.
Síndrome serotoninérgica tem sido descrita após o uso concomitante de Cloridrato de ondansetrona e outros fármacos
serotoninérgicos (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Se o tratamento concomitante com Cloridrato de
ondansetrona e outras drogas serotoninérgicas é clinicamente justificado, é recomendada a observação apropriada do
paciente.
Tendo-se em vista que a ondansetrona aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso, pacientes com sinais de
obstrução intestinal subaguda devem ser monitorados após a administração.
A ondansetrona injetável não deve ser administrada na mesma seringa nem infundida com qualquer outra medicação.
A ondansetrona injetável deve ser administrada somente com soluções de infusão recomendadas (ver POSOLOGIA E
MODO DE USAR).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Em testes psicomotores, cloridrato de ondansetrona não comprometeu o desempenho do paciente nessas atividades nem
causou sedação.
Gravidez e lactação
A segurança do uso da ondansetrona em mulheres grávidas ainda não foi estabelecida. Avaliações de estudos em
animais experimentais não indicaram efeito nocivo direto nem indireto no desenvolvimento do embrião ou feto, no
curso da gestação e no desenvolvimento peri natal e pós-natal. Entretanto, uma vez que estudos em animais nem
sempre são preditivos da resposta humana, o uso da ondansetrona durante a gravidez não é recomendado.
Os testes têm demonstrado que a ondansetrona é excretada no leite de animais. Por esse motivo, recomenda-se que
lactantes sob tratamento com a ondansetrona não amamentem.
Categoria B de risco na gravidez.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
Não existem evidências de que a ondansetrona induza ou iniba o metabolismo de outras drogas com as quais é
comumente administrada. Estudos específicos demonstraram que não há interações farmacocinéticas quando a
ondansetrona é administrada com álcool, temazepam, furosemida, tramadol ou propofol.
A ondansetrona é metabolizada por múltiplas enzimas hepáticas do citocromo P450: CYP3A4, CYP2D6 e CYP1A2.
Devido à multiplicidade de enzimas capazes de metabolizar a ondansetrona, a inibição ou redução da atividade de uma
dessas enzimas (por exemplo, a deficiência genética de CYP2D6) é normalmente compensada por outras enzimas e
resulta em pouca ou nenhuma mudança no clearance da ondansetrona, não tornando necessário o ajuste de dose.
Deve-se ter cautela quando ondansetrona é co-administrada com drogas que prolongam o intervalo QT e/ou causam
distúrbios eletrolíticos. (ver o item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Apomorfina
Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando Cloridrato de ondansetrona foi
administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é contraindicado.
Fenitoína, carbamazepina e rifampicina
Em pacientes tratados com indutores potentes da CYP3A4, como fenitoína, carbamazepina e rifampicina, o clearance
oral da ondansetrona foi aumentado e as concentrações plasmáticas reduzidas.
Fármacos serotoninérgicos
Síndrome serotoninérgica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonômica e anormalidades
neuromusculares) tem sido descrita após o uso concomitante de Cloridrato de ondansetrona e outros fármacos
serotoninérgicos, incluindo inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e inibidores da recaptação de
serotonina e noradrenalina (IRSN) (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Tramadol
Dados de estudos pequenos indicam que a ondansetrona pode reduzir o efeito analgésico do tramadol.
As ampolas de cloridrato de ondansetrona devem ser armazenadas em sua embalagem original, em temperatura
ambiente (entre 15°C e 30ºC) e protegidas da luz.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
As ampolas de cloridrato de ondansetrona devem ser usadas somente uma vez, injetadas ou diluídas imediatamente
após serem abertas. Qualquer solução remanescente deve ser descartada. As ampolas não devem ser autoclavadas. O
medicamento não deve ser congelado.
Aspectos físicos / Características organolépticas
Cloridrato de ondansetrona injetável é uma solução incolor, límpida, praticamente livre de partículas.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Modo de uso
Uso intravenoso ou intramuscular.
Atenção: “medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se
detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem”.
Estudos de compatibilidade foram realizados com bolsas e equipos de PVC. A estabilidade é verificada usando-se
bolsas PET ou frascos de vidro tipo 1.
Diluições da ondansetrona em solução de cloreto de sódio a 0,9% p/v ou em solução de glicose a 5% p/v demonstraram
ser estáveis em seringas de polipropileno. Portanto, considera-se que a ondansetrona diluída com os fluidos
compatíveis de infusão recomendados abaixo poderão ser estáveis em seringas de polipropileno.
Segundo as boas práticas farmacêuticas, as soluções intravenosas devem ser preparadas no momento da infusão e sob
condições adequadas de assepsia. Cloridrato de ondansetrona genérico, sob a forma de solução injetável, destina-se a
administração em dose única, não podendo ser armazenado depois de aberto, pois sua condição de esterilidade pode ser
comprometida durante o armazenamento da solução aberta e/ou diluída. As soluções não utilizadas deverão ser
descartadas. O medicamento não deve ser congelado.
Compatibilidade com fluidos intravenosos:
Cloridrato de ondansetrona genérico deve somente ser misturado com os líquidos de infusão recomendados. Estudos de
compatibilidade têm demonstrado que a solução de cloridrato de ondansetrona injetável é estável durante 7 dias em
temperatura abaixo de 25°C, sob luz fluorescente ou em refrigerador, com os seguintes fluidos de infusão intravenosa:
- solução intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% p/v;
- solução intravenosa de glicose a 5% p/v;
- solução intravenosa de manitol a 10% p/v;
- solução intravenosa de Ringer;
- solução intravenosa de cloreto de potássio a 0,3% p/v + cloreto de sódio a 0,9% p/v;
- solução intravenosa de cloreto de potássio a 0,3% p/v + glicose a 5% p/v.
Compatibilidade com outras drogas:
Cloridrato de ondansetrona injetável pode ser administrado por infusão intravenosa de 1 mg/hora, por exemplo, através
de um frasco de infusão ou de uma bomba de infusão. As seguintes drogas podem ser administradas, com
ondansetrona, nas concentrações de 16 a 160 µg/mL (8 mg/500 mL e 8 mg/50 mL, respectivamente, por exemplo),
através de equipo em Y.
Cisplatina: Concentrações de até 0,48 mg/mL (240 mg em 500 mL, por exemplo) administradas durante uma a oito
horas.
Fluoruracila: Concentrações de até 0,8 mg/mL (2,4 g em três litros ou 400 mg em 500 mL, por exemplo)
administradas a uma velocidade de pelo menos 20 mL/h (500 mL por 24 horas). Altas concentrações de 5-fluoruracila
podem causar precipitação da ondansetrona. A infusão de 5-fluoruracila pode conter até 0,045% p/v de cloreto de
magnésio em adição a outros excipientes que se mostraram compatíveis.
Carboplatina: Concentrações na faixa de 0,18 mg/mL a 9,9 mg/mL (90 mg em 500 mL a 990 mg em 100 mL, por
exemplo) administradas durante dez minutos a uma hora.
Etoposida: Concentrações na faixa de 0,144 mg/mL a 0,25 mg/mL (72 mg em 500 mL a 250 mg em 1.000 mL, por
exemplo) administradas durante 30 minutos a uma hora.
Ceftazidima: Doses na faixa de 250 mg a 2.000 mg reconstituídas com água estéril para injeções, como recomendado
pelo produtor (2,5 mL para 250 mg e 10 mL para 2 g de ceftazidima, por exemplo), e administradas como injeção
intravenosa em bolus durante aproximadamente cinco minutos.
Ciclofosfamida: Doses na faixa de 100 mg a 1 g reconstituídas com água estéril para injeções, 5 mL por 100 mg de
ciclofosfamida, 5 mL por 100mg de ciclofosfamida, como recomendado pelo fabricante, e administradas como injeção
Doxorrubicina: Doses na faixa de 10 mg a 100 mg reconstituídas com água estéril para injeções por 10 mg de
doxorrubicina, 5 mL por 10 mg de doxorrubicina, como recomendado pelo fabricante, e administradas como injeção
Dexametasona: Podem ser administrados 20 mg de fosfato sódico de dexametasona como injeção intravenosa lenta
durante dois a cinco minutos através de equipo em Y de uma infusão, liberando-se 8 mg ou 16 mg de ondansetrona
diluída em 50 mL a 100 mL de um líquido de infusão compatível durante aproximadamente 15 minutos. A
compatibilidade entre o fosfato sódico de dexametasona e a ondansetrona foi demonstrada com a administração dessas
drogas através do mesmo equipo, o que resultou em concentrações na faixa de 32 µg a 2,5 mg/mL de fosfato sódico de
dexametasona e de 8 µg a 1 mg/mLde ondansetrona.
POSOLOGIA
Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia
O potencial emetogênico do tratamento de câncer varia de acordo com as doses e combinações dos regimes de
quimioterapia e radioterapia usados. A seleção do regime de dose deve ser determinada pela gravidade emetogênica.
Adultos
- Quimioterapia e radioterapia emetogênicas:
Recomenda-se administrar 8 mg de Cloridrato de ondansetrona via injeção intravenosa ou intramuscular lenta
imediatamente antes da quimioterapia ou radioterapia. Recomenda-se também o tratamento via oral para proteger
contra êmese prolongada ou retardada após as primeiras 24 horas.
- Quimioterapia altamente emetogênica (por exemplo, altas doses de cisplatina):
Cloridrato de ondansetrona deve ser administrado em dose única de 8 mg via intravenosa ou intramuscular
imediatamente antes da quimioterapia. Doses maiores que 8 mg até 16 mg somente podem ser administradas por
infusão intravenosa diluída em 50 mL a 100 mL de solução salina, ou outro fluido de infusão compatível, é infundido
durante um período não inferior a 15 minutos. Uma única dose maior que 16 mg não deve ser administrada (ver o item
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). De forma alternativa, pode-se administrar uma dose de 8 mg através de
injeção intravenosa ou intramuscular lenta, imediatamente antes da quimioterapia, seguida de duas doses intravenosas
ou intramusculares adicionais de 8 mg duas a quatro horas após, ou através de infusão contínua de 1 mg/hora por até 24
horas. A eficácia de Cloridrato de ondansetrona em quimioterapia altamente emetogênica pode ser aumentada pela
adição de uma dose única intravenosa de 20 mg de fosfato sódico de dexametasona administrada antes da
quimioterapia. Recomenda-se tratamento oral para proteger contra êmese prolongada ou retardada após as primeiras 24
Crianças e adolescentes (de 6 meses a 17 anos de idade)
Em crianças que apresentam área de superfície corporal de 0,6 m2 a 1,2 m2, pode-se administrar Cloridrato de
ondansetrona em dose única intravenosa de 5 mg/m2, imediatamente antes da quimioterapia, seguida de uma dose oral
de 4 mg após 12 horas. Pode-se continuar com 4 mg por via oral em duas doses diárias, por até cinco dias, após o
término de um tratamento.
Em crianças com área de superfície corporal maior que 1,2 m2, pode-se administrar uma dose inicial intravenosa de 8
mg de Cloridrato de ondansetrona, imediatamente antes da quimioterapia, seguida de uma dose oral de 8 mg após 12
horas. Pode-se continuar com 8 mg por via oral em duas doses diárias, por até cinco dias, após um curso de tratamento.
Alternativamente, em crianças de 6 meses ou mais, pode-se administrar ondansetrona em dose única intravenosa de
0,15 mg/kg (não exceder 8 mg) imediatamente antes da quimioterapia. Essa dose pode ser repetida a cada quatro horas
num total de três doses. Pode-se continuar com 4 mg por via oral em duas doses diárias, por até cinco dias, após um
curso de tratamento. Não se deve exceder a dose adulta.
Idosos
Cloridrato de ondansetrona é bem tolerado por pacientes com idade acima de 65 anos, o que indica não haver
necessidade de alterar a dose, a frequência nem a via de administração para idosos.
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessária nenhuma alteração da via de administração, da dose diária nem da frequência de dose.
Pacientes com insuficiência hepática
O clearance de Cloridrato de ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente
prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Para esses pacientes, a dose total diária não
deve exceder 8 mg.
Pacientes com deficiência do metabolismo de esparteína/ debrisoquina
A meia-vida de eliminação da ondansetrona não é alterada em indivíduos que têm deficiência do metabolismo de
esparteína e debrisoquina. Consequentemente, em tais pacientes, doses repetidas não provocarão níveis diferentes de
exposição a droga dos que ocorrem na população em geral. Não é necessário alterar a dosagem diária nem a frequência
de dose.
Náuseas e vômitos pós-operatórios
Para prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios, recomenda-se usar cloridrato de ondansetrona em dose única de
4 mg, que pode ser administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta na indução da anestesia.
Para tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios já estabelecidos, recomenda-se uma dose única de 4 mg
administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta.
Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos de idade)
Para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios em pacientes pediátricos submetidos a cirurgia sob
anestesia geral, pode-se administrar ondansetrona através de injeção intravenosa lenta na dose de 0,1 mg/kg, até o
máximo de 4 mg, antes, durante ou depois da indução da anestesia ou ainda após a cirurgia.
Existem poucos estudos com o uso de cloridrato de ondansetrona na prevenção e no tratamento de náuseas e vômitos
pós-operatórios em pessoas idosas, entretanto cloridrato de ondansetrona é bem tolerado por pacientes acima de 65
anos de idade submetidos a quimioterapia.
O clearance de cloridrato de ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente
deve exceder 8 mg. Recomenda-se, portanto, a administração parenteral ou oral.
exposição à droga dos que ocorrem na população em geral. Não é necessário alterar a dosagem diária nem a frequência
Os eventos muito comuns, comuns e incomuns são determinados geralmente a partir de dados de estudos clínicos. A
incidência no grupo placebo foi levada em consideração. Os eventos raros e muito raros são determinados a partir de
dados espontâneos pós-comercialização. As frequências seguintes são estimadas na dose padrão recomendada para
Cloridrato de ondansetrona de acordo com indicação e formulação.
Reação muito comum (> 1/10): dor de cabeça.
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): sensação de calor ou rubor; constipação; reações no local da injeção intravenosa.
Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): convulsão; transtornos do movimento (inclusive distúrbios extrapiramidais,
tais como crises oculógiras, reações distônicas e discinesia, observados sem evidências definitivas de persistência de
sequelas clínicas); arritmias; dor torácica, com ou sem depressão do segmento ST; bradicardia; hipotensão; soluços;
aumento assintomático de testes funcionais hepáticos (essas reações foram observadas em pacientes submetidos a
quimioterapia com cisplatina).
Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): reações de hipersensibilidade imediata, às vezes grave, inclusive anafilaxia;
vertigens durante a administração intravenosa rápida; distúrbios visuais passageiros (como visão turva),
predominantemente durante a administração intravenosa; prolongamento do intervalo QT (incluindo Torsade de
Pointes).
Reações muito raras (< 1/10.000): cegueira passageira, predominantemente durante a administração intravenosa;
erupção cutânea tóxica, incluindo necrólise epidérmica tóxica.
A maior parte dos casos de cegueira relatados foi resolvida em até 20 minutos. A maioria dos pacientes recebeu agentes
quimioterápicos, inclusive cisplatina. Alguns casos de cegueira passageira foram relatados como de origem cortical.
“Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.”
A experiência com casos de super dosagem da ondansetrona é limitada. Na maioria deles, os sintomas são muito
similares aos relatados acerca dos pacientes que recebem doses recomendadas (ver REAÇÕES ADVERSAS).
Não existe antídoto específico contra a ondansetrona. Dessa forma, em casos de superdose, recomenda-se conduzir
terapias sintomáticas e de suporte apropriadas. O uso de ipecacuanha para tratar a super dosagem de ondansetrona não é
recomendável, uma vez que é pouco provável que se obtenha resposta satisfatória em razão da própria ação antiemética
de Cloridrato de ondansetrona.
A ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose dependente. O monitoramento por ECG é recomendado em
casos de super dosagem.
“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA