Bula do Cloridrato de Ondansetrona para o Profissional

Bula do Cloridrato de Ondansetrona produzido pelo laboratorio Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cloridrato de Ondansetrona
Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE ONDANSETRONA PARA O PROFISSIONAL

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cloridrato de ondansetrona

Novafarma Indústria

Farmacêutica Ltda.

Solução injetável

2mg/mL x 2mL

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Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: cloridrato de ondansetrona

APRESENTAÇÃO

cloridrato de ondansetrona 2mg/mL: caixa com 50 ampolas de vidro âmbar com 2mL.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR / INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 MÊS DE IDADE

(para o controle de náuseas e vômitos pós-operatórios)

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 MESES DE IDADE

(para o controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia)

COMPOSIÇÃO

Cada ampola com 2mL contém 4,98mg de cloridrato de ondansetrona di-hidratado equivalente a 4mg de ondansetrona

base.

Excipientes: ácido cítrico monoidratado, citrato de sódio di-hidratado, cloreto de sódio e água para injetáveis.

Obs.: pode ser utilizado ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio durante a fabricação para ajustar o pH.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Cloridrato de ondansetrona é indicado para o controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia, em

adultos e crianças acima de 6 meses de idade.

Também é indicado para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos do período pós-operatório, para adultos e crianças

acima de 1 mês de idade.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Cloridrato de ondansetrona demonstrou eficácia no controle de náuseas e vômitos em 75% dos pacientes tratados com

quimioterapia com cisplatina1

.

1

MARTY M. et al. Comparison of the 5-hydroxytryptamine3 (serotonin) antagonist ondansetron (GR 38032F) with high-

dose metoclopramide in the control of cisplatin-induced emesis. N Engl J Med, 32;322(12): 816-21, 1990.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS

Mecanismo de ação

A ondansetrona é um potente antagonista, altamente seletivo, dos receptores 5-HT3. Seu mecanismo de ação no controle da

náusea e do vômito ainda não é bem conhecido.

Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem causar liberação de 5-HT no intestino delgado, iniciando um reflexo de

vômitos pela ativação dos aferentes vagais nos receptores 5-HT3. A ondansetrona bloqueia o início desse reflexo.

A ativação dos aferentes vagais pode ainda causar liberação de 5-HT em área extrema localizada no assoalho do quarto

ventrículo, e isso também pode promover vômitos, através de um mecanismo central. Desse modo, o efeito da

ondansetrona no controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia citotóxica e radioterapia se devem ao

antagonismo do medicamento aos receptores 5-HT3 dos neurônios do sistema nervoso periférico e do sistema nervoso

central.

Não se conhece o mecanismo de ação desse medicamento na náusea e no vômito pós-operatórios, no entanto as vias

devem ser comuns às da náusea e do vômito induzidos por agentes citotóxicos.

Cloridrato de ondansetrona possui um rápido início de ação, e por isso pode ser administrado na indução da anestesia ou

imediatamente antes da quimioterapia ou radioterapia, conforme o caso.

Efeitos farmacodinâmicos

A ondansetrona não altera as concentrações de prolactina plasmática.

- Prolongamento do intervalo QT

O efeito da ondansetrona no intervalo QTc foi avaliado em um estudo cruzado, duplo-cego, randomizado, controlado por

placebo e controle positivo (moxifloxacino), em 58 adultos saudáveis (homens e mulheres). As doses de ondansetrona

incluíram 8mg e 32mg infundidos intravenosamente durante 15 minutos. Na dose mais elevada testada, de 32mg, a

diferença máxima média (limite superior de 90% do IC) no intervalo QTcF em relação ao placebo após a correção na linha

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de base foi de 19,6 (21,5) msec. Na dose mais baixa testada, de 8mg, a diferença máxima média (limite superior de 90% do

IC) em relação ao placebo após correção na linha de base foi de 5,8 (7,8) msec. Neste estudo, não houve medições do

intervalo QTcF maiores que 480 msec e nenhum prolongamento do intervalo QTcF foi maior que 60 msec.

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS

As propriedades farmacocinéticas da ondansetrona permanecem inalteradas em dosagens repetidas.

Absorção

Observou-se exposição sistêmica equivalente após a administração intramuscular e intravenosa da ondansetrona.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 70% a 76%. Em adultos, a disponibilidade da ondansetrona após dose oral

é similar a observada após a administração intravenosa ou intramuscular; o volume de distribuição é de cerca de 140L no

estado de equilíbrio.

Metabolismo

A ondansetrona é depurada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático, através de diversas vias

enzimáticas. A ausência da enzima CYP2D6 (polimorfismo da debrisoquina) não interfere na farmacocinética da

ondansetrona.

Eliminação

A ondansetrona é eliminada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático. Menos de 5% da dose

absorvida é excretada inalterada na urina. A disponibilidade da ondansetrona após dose oral é similar à observada após a

administração intravenosa ou intramuscular; a meia-vida de eliminação terminal é de aproximadamente três horas.

Populações especiais de pacientes

- Sexo

Foi demonstrado que, após dose oral, indivíduos do sexo feminino apresentam taxa e extensão de absorção maiores, bem

como clearance sistêmico e volume de distribuição reduzidos.

- Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos)

Pacientes pediátricos com idade entre 1 e 4 meses de vida (n = 19) submetidos à cirurgia apresentaram um clearance

aproximadamente 30% menor do que em pacientes entre 5 e 24 meses (n = 22), mas comparável a pacientes entre 3 e 12

anos de idade, quando normalizado ao peso corporal. A meia-vida em pacientes entre 1 e 4 meses foi em média 6,7 horas,

comparado a 2,9 horas para pacientes entre 5 e 24 meses e 3 e 12 anos. As diferenças nos parâmetros farmacocinéticos na

população com idade entre 1 a 4 meses podem ser explicadas em parte pela maior porcentagem de água corporal em

neonatos e bebês e pelo maior volume de distribuição de fármacos hidrossolúveis como a ondansetrona. Em pacientes

pediátricos com idade entre 3 e 12 anos de idade submetidos a cirurgia eletiva com anestesia geral verificou-se a redução

dos valores absolutos do clearance e do volume de distribuição da ondansetrona quando comparados com os valores em

pacientes adultos. Ambos os parâmetros aumentaram de forma linear com o peso, e a partir de 12 anos de idade os valores

se aproximaram dos obtidos em adultos jovens. Quando o clearance e o volume de distribuição foram normalizados de

acordo com o peso corporal, os valores desses parâmetros mostraram-se similares nos diversos grupos de idade.

O uso de doses ajustadas ao peso corpóreo compensou as alterações relacionadas à idade e é eficaz para normalizar a

exposição sistêmica em pacientes pediátricos.

A análise da farmacocinética da ondansetrona foi realizada em 428 indivíduos (pacientes com câncer, pacientes

submetidos à cirurgia e voluntários saudáveis) com idade entre 1 mês e 44 anos após a administração de ondansetrona por

via intravenosa. Com base nesta análise, a exposição sistêmica (ASC) de ondansetrona após a administração por via oral

ou intravenosa em crianças e adolescentes foi comparável a adultos, com exceção em bebês com 1 a 4 meses de vida. O

volume de distribuição estava relacionado a idade e foi menor em adultos do que em bebês e crianças. O clearance estava

relacionado ao peso e não à idade, exceto em bebês com 1 a 4 meses de vida. É difícil concluir se houve uma redução

adicional do clearance relacionada a idade em bebês entre 1 a 4 meses de vida ou se simplesmente houve variabilidade

neste grupo devido ao baixo número de indivíduos estudados nesta faixa etária. Considerando que pacientes com menos de

6 meses de idade receberão apenas uma dose única em casos de náuseas e vômitos no pós-operatório, a diminuição do

clearance possivelmente não será clinicamente relevante.

- Idosos

Os primeiros estudos de Fase I em voluntários idosos saudáveis mostraram uma ligeira diminuição relacionada com a

idade na depuração, e um aumento na meia-vida da ondansetrona. Entretanto, a grande variabilidade inter-individual

resultou em uma considerável sobreposição nos parâmetros farmacocinéticos entre jovens (< 65 anos de idade) e idosos (≥

65 anos de idade) e não foram observadas diferenças na segurança e eficácia observadas entre pacientes com câncer de

jovens e idosos matriculados em ensaios clínicos em náuseas e vômitos para suportar uma recomendação de dosagem

diferente para os idosos. Com base nas concentrações plasmáticas mais recentes e em modelos de exposição-resposta, um

efeito maior sobre QTcF é previsto em pacientes ≥ 75 anos de idade quando comparado com adultos jovens. Informações

específicas de doses são fornecidas para pacientes acima de 65 anos de idade e acima de 75 anos de idade (ver item

“POSOLOGIA E MODO DE USAR – Posologia – 1. Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia –

Idosos”).

- Pacientes com disfunção renal

Em pacientes com disfunção renal moderada (clearance de creatinina de 15 a 60mL/min), tanto o clearance sistêmico

quanto o volume de distribuição foram reduzidos após administração intravenosa de ondansetrona, resultando em um leve

e clinicamente insignificante aumento da meia-vida de eliminação (5,4 horas). Em pacientes com disfunção renal grave

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que requer hemodiálise regular (estudados entre as diálises), a ondansetrona demonstrou perfil farmacocinético

essencialmente inalterado após a administração intravenosa.

- Pacientes com disfunção hepática

Nos pacientes com disfunção hepática grave, o clearance sistêmico da ondansetrona reduziu-se acentuadamente, a meia-

vida de eliminação prolongou-se (15 - 32 horas) e a biodisponibilidade oral foi de aproximadamente 100% devido à

redução do metabolismo pré-sistêmico.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Cloridrato de ondansetrona é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida a qualquer

componente da fórmula.

Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando cloridrato de ondansetrona foi

administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é contraindicado.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Há relatos de reações de hipersensibilidade em pacientes que já apresentaram esse tipo de reação a outros antagonistas

seletivos de receptores 5-HT3.

Ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose-dependente. Além disso, casos pós-comercialização de Torsades

de Pointes têm sido relatados em pacientes usando ondansetrona. Evitar o uso de ondansetrona em pacientes com síndrome

do QT longo congênito. Cloridrato de ondansetrona deve ser administrado com precaução em pacientes que possuem ou

podem desenvolver prolongamento do QTc. Essas condições incluem pacientes com distúrbios eletrolíticos, pacientes com

a síndrome do QT longo congênito, ou pacientes que tomam outros medicamentos que levam ao prolongamento QT ou

distúrbios eletrolíticos.

Hipocalemia e hipomagnesemia devem ser corrigidas antes da administração de ondansetrona. Síndrome serotoninérgica

tem sido descrita após o uso concomitante de cloridrato de ondansetrona e outros medicamentos serotoninérgicos (ver item

“INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). Se o tratamento concomitante com cloridrato de ondansetrona e outros

medicamentos serotoninérgicos é clinicamente justificado, é recomendada a observação apropriada do paciente.

Tendo-se em vista que a ondansetrona aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso, pacientes com sinais de obstrução

intestinal subaguda devem ser monitorados após a administração.

A ondansetrona injetável não deve ser administrada na mesma seringa nem infundida com qualquer outra medicação.

A ondansetrona injetável deve ser administrada somente em soluções de infusão recomendadas (ver item “POSOLOGIA E

MODO DE USAR”).

Uso durante a gravidez e lactação

A segurança do uso da ondansetrona em mulheres grávidas ainda não foi estabelecida. Avaliações de estudos em animais

experimentais não indicaram efeito nocivo direto ou indireto no desenvolvimento do embrião ou feto, no curso da gestação

e no desenvolvimento perinatal e pós-natal. Entretanto, uma vez que estudos em animais nem sempre são preditivos da

resposta humana, o uso da ondansetrona durante a gravidez não é recomendado.

Os testes têm demonstrado que a ondansetrona é excretada no leite de animais. Por esse motivo, recomenda-se que

lactantes sob tratamento com a ondansetrona não amamentem.

Categoria B de risco na gravidez.

“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Em testes psicomotores, cloridrato de ondansetrona não comprometeu o desempenho do paciente nessas atividades nem

causou sedação. Não são previstos efeitos negativos em cada uma dessas atividades pela farmacologia de cloridrato de

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Estudos específicos demonstraram que não existem interações farmacocinéticas quando a ondansetrona é administrada

com álcool, temazepam, furosemida, tramadol ou propofol.

A ondansetrona é metabolizada por múltiplas enzimas hepáticas do citocromo P450: CYP3A4, CYP2D6 e CYP1A2.

Devido à multiplicidade de enzimas capazes de metabolizar a ondansetrona, a inibição enzimática ou a redução da

atividade de uma dessas enzimas (por exemplo, a deficiência genética de CYP2D6) é normalmente compensada por outras

enzimas e resulta em pouca ou nenhuma mudança no clearance da ondansetrona, não tornando necessário o ajuste de dose.

Deve-se ter cautela quando ondansetrona é co-administrada com medicamentos que prolongam o intervalo QT e/ou

causam distúrbios eletrolíticos (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Apomorfina

Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando cloridrato de ondansetrona foi

administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é contraindicado.

Fenitoína, carbamazepina e rifampicina

Em pacientes tratados com indutores potentes da CYP3A4, como fenitoína, carbamazepina e rifampicina, o clearance oral

da ondansetrona foi aumentado e as concentrações plasmáticas reduzidas.

Fármacos serotoninérgicos

Síndrome serotoninérgica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonômica e anormalidades neuromusculares)

tem sido descrita após o uso concomitante de cloridrato de ondansetrona e outros fármacos serotoninérgicos, incluindo

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inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN)

(ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Tramadol

Dados de estudos pequenos indicam que a ondansetrona pode reduzir o efeito analgésico do tramadol.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cloridrato de ondansetrona deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser

conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da

data de fabricação (vide ampola e/ou rótulo externo).

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

“Após preparo, as soluções mantêm-se estáveis por 7 dias sob luz fluorescente quando armazenado em

temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).”

“Após preparo, as soluções mantêm-se estáveis por 7 dias quando armazenado sob refrigeração (temperatura entre

2ºC e 8ºC).”

As ampolas de cloridrato de ondansetrona devem ser usadas somente uma vez, injetadas ou diluídas imediatamente após

serem abertas. Qualquer solução remanescente deve ser descartada. As ampolas não devem ser autoclavadas.

Cloridrato de ondansetrona é uma solução límpida, incolor ou quase incolor.

Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar

alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.

No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão de Controle de

Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs

(Equipamentos de Proteção Individual) e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões

das linhas de infusão.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE USO

Uso intravenoso ou intramuscular.

Estudos de compatibilidade foram realizados com bolsas e equipos de PVC. A estabilidade é verificada usando-se bolsas

PET ou frascos de vidro tipo 1.

Diluições da ondansetrona em solução de cloreto de sódio a 0,9% p/v ou em solução de glicose a 5% p/v demonstraram ser

estáveis em seringas de polipropileno. Portanto, considera-se que a ondansetrona diluída com os fluidos compatíveis de

infusão recomendados abaixo poderão ser estáveis em seringas de polipropileno.

Segundo as boas práticas farmacêuticas, as soluções intravenosas devem ser preparadas no momento da infusão e sob

condições adequadas de assepsia.

Compatibilidade com fluidos intravenosos

Cloridrato de ondansetrona deve somente ser misturado com os líquidos de infusão recomendados.

- Solução de cloreto de sódio a 0,9% p/v;

- Solução de glicose a 5% p/v;

- Solução de manitol a 10% p/v;

- Solução de Ringer;

- Solução de cloreto de potássio a 0,3% p/v + cloreto de sódio a 0,9% p/v;

- Solução de cloreto de potássio a 0,3% p/v + glicose a 5% p/v.

Compatibilidade com outros fármacos

Cloridrato de ondansetrona pode ser administrado por infusão intravenosa de 1mg/hora, por exemplo, através de um frasco

de infusão ou de uma bomba de infusão. Os seguintes medicamentos podem ser administrados, com ondansetrona, nas

concentrações de 16 a 160 g/mL (8mg/500mL e 8mg/50mL, respectivamente, por exemplo), através de equipo em Y.

- Cisplatina

Concentrações de até 0,48mg/mL (240mg em 500mL, por exemplo) administradas durante uma a oito horas.

- Fluoruracila

Concentrações de até 0,8mg/mL (2,4g em três litros ou 400mg em 500mL, por exemplo) administradas a uma velocidade

de pelo menos 20mL/h (500mL por 24 horas). Altas concentrações de 5-fluoruracila podem causar precipitação da

ondansetrona. A infusão de 5-fluoruracila pode conter até 0,045% p/v de cloreto de magnésio em adição a outros

excipientes que se mostraram compatíveis.

- Carboplatina

Concentrações na faixa de 0,18mg/mL a 9,9mg/mL (90mg em 500mL a 990mg em 100mL, por exemplo) administradas

durante dez minutos a uma hora.

- Etoposida

Concentrações na faixa de 0,144mg/mL a 0,25mg/mL (72mg em 500mL a 250mg em 1.000mL, por exemplo)

administradas durante 30 minutos a uma hora.

- Ceftazidima

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Doses na faixa de 250mg a 2.000mg reconstituídas com água para injetáveis, como recomendado pelo produtor (2,5mL

para 250mg e 10mL para 2g de ceftazidima, por exemplo), e administradas como injeção intravenosa em bolus durante

aproximadamente cinco minutos.

- Ciclofosfamida

Doses na faixa de 100mg a 1g reconstituídas com água para injetáveis, 5mL por 100mg de ciclofosfamida, como

recomendado pelo fabricante, e administradas como injeção intravenosa em bolus durante aproximadamente cinco

minutos.

- Doxorrubicina

Doses na faixa de 10mg a 100mg reconstituídas com água para injetáveis por 10mg de doxorrubicina, 5mL por 10mg de

doxorrubicina, como recomendado pelo fabricante, e administradas como injeção intravenosa em bolus durante

- Dexametasona

Podem ser administrados 20mg de fosfato sódico de dexametasona como injeção intravenosa lenta durante dois a cinco

minutos através de equipo em Y de uma infusão, liberando-se 8mg ou 16mg de ondansetrona diluída em 50mL a 100mL

de um líquido de infusão compatível durante aproximadamente 15 minutos. A compatibilidade entre o fosfato sódico de

dexametasona e a ondansetrona foi demonstrada com a administração desses medicamentos através do mesmo equipo, o

que resultou em concentrações na faixa de 32 g a 2,5mg/mL de fosfato sódico de dexametasona e de 8 g a 1mg/mL de

ondansetrona.

POSOLOGIA

1. Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia

O potencial emetogênico do tratamento de câncer varia de acordo com as doses e combinações dos regimes de

quimioterapia e radioterapia usados. A seleção do regime de dose deve ser determinada pela gravidade emetogênica.

Adultos

A dose intravenosa ou intramuscular recomendada é de 8mg, administrada imediatamente antes do tratamento.

Para quimioterapia altamente emetogênica, uma dose intravenosa inicial máxima de 16mg de ondansetrona infundida

durante 15 minutos pode ser usada. Não deve ser administrada uma dose intravenosa única maior que 16mg.

A eficácia de cloridrato de ondansetrona em quimioterapia altamente emetogênica pode ser aumentada pela adição de uma

dose única intravenosa de 20mg de fosfato sódico de dexametasona administrada antes da quimioterapia. Recomenda-se

tratamento oral para proteger contra êmese prolongada ou retardada após as primeiras 24 horas.

Doses intravenosas maiores que 8mg a até um máximo de 16mg devem ser diluídas em 50mL a 100mL de cloreto de sódio

0,9% injetável ou dextrose 5% injetável antes da administração e infundidas por não menos que 15 minutos (ver item

“POSOLOGIA E MODO DE USAR”). Doses de cloridrato de ondansetrona de 8mg ou menos não precisam ser diluídas e

devem ser administradas como uma injeção intramuscular ou intravenosa lenta em não menos que 30 segundos.

A dose inicial de cloridrato de onsansetrona deve ser seguida por 2 doses adicionais intramusculares ou intravenosas de

8mg com duas ou quatro horas de intervalo, ou por uma infusão constante de 1 mg/h por até 24 horas.

Crianças e adolescentes (de 6 meses a 17 anos de idade)

A dose em casos de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia pode ser calculada baseada na área de superfície

corporal ou peso. Em estudos clínicos pediátricos, ondansetrona foi administrada através de infusão intravenosa diluída em

25 a 50mL de solução salina ou outro fluido de infusão compatível e infudida por um período superior a 15 minutos.

- Posologia baseada em área de superfície corporal

Cloridrato de ondansetrona deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em uma dose única por via

intravenosa na dose de 5mg/m2

. A dose intravenosa não deve exceder 8mg. A dose oral pode começar doze horas depois e

continuar por até 5 dias (tabela 1). Não deve ser excedida a dose de adultos.

Tabela 1: Dosagem baseada em área de superfície corporal para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia (idade

entre 2 a 17 anos)

Área de superfície corporal 1º Dia 2º a 6º Dia

≥ 0,6m2

a ≤ 1,2m2 5mg/m2

por via intravenosa + 4mg por

via oral após 12 horas

4mg por via oral a cada 12 horas

> 1,2m2 5 ou 8mg/m2

por via intravenosa +

8mg por via oral após 12 horas

8mg por via oral a cada 12 horas

- Posologia baseada por peso corporal

Cloridrato de ondansetrona deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em uma dose única intravenosa de

0,15mg/kg. A dose intravenosa não deve exceder 8mg.

No 1º dia, duas doses adicionais por via intravenosa podem ser dadas com intervalos de 4 horas. A administração por via

oral pode começar doze horas mais tarde e continuar por até 5 dias (tabela 2). Não deve ser excedida a dose de adultos.

Tabela 2: Posologia baseada em peso corporal para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia (idade entre 2 a 17

anos)

Peso corporal 1º Dia 2º a 6º Dia

> 10Kg Até 3 doses de 0,15mg/kg a cada 4h 4mg por via oral a cada 12 horas

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Idosos

Cloridrato de ondansetrona é bem tolerado por pacientes com idade acima de 65 anos.

Em pacientes com idade a partir de 65 anos, todas as doses intravenosas devem ser diluídas e infundidas durante 15

minutos e, se repetidas, deve ser dado um intervalo de não menos que quatro horas.

Em pacientes de 65 a 74 anos de idade, a dose intravenosa inicial de cloridrato de ondansetrona 8mg ou 16mg, infundidas

durante 15 minutos, deve ser seguida por duas doses de 8mg infundidas durante 15 minutos, após intervalo de não menos

que 4 horas.

Em pacientes de 75 anos de idade ou mais, a dose inicial intravenosa de cloridrato de ondansetrona não deve exceder 8mg

infundidas durante 15 minutos. A dose inicial de 8mg deve ser seguida por duas doses de 8mg, infundidas durante 15

minutos e após um intervalo de não menos que 4 horas (ver item “CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS –

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS – Populações especiais de pacientes – Idosos”).

Pacientes com insuficiência renal

Não é necessária nenhuma alteração da via de administração, da dose diária nem da frequência de dose.

Pacientes com insuficiência hepática

O clearance de cloridrato de ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente

prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Para esses pacientes, a dose total diária, por via

intravenosa ou oral, não deve exceder 8mg.

Pacientes com deficiência do metabolismo de esparteína/debrisoquina

A meia-vida de eliminação da ondansetrona não é alterada em indivíduos que têm deficiência do metabolismo de

esparteína e debrisoquina. Consequentemente, em tais pacientes, doses repetidas não provocarão níveis diferentes de

exposição ao medicamento dos que ocorrem na população em geral. Não é necessário alterar a dosagem diária nem a

frequência de dose.

2. Náuseas e vômitos pós-operatórios

Para prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios, recomenda-se usar cloridrato de ondansetrona em dose única de

4mg, que pode ser administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta na indução da anestesia.

Para tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios já estabelecidos, recomenda-se uma dose única de 4mg administrada

através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta.

Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos de idade)

Para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios em pacientes pediátricos submetidos a cirurgia sob

anestesia geral, pode-se administrar ondansetrona através de injeção intravenosa lenta na dose de 0,1mg/kg, até o máximo

de 4mg, antes, durante ou depois da indução da anestesia ou ainda após a cirurgia.

Existem poucos estudos com o uso de cloridrato de ondansetrona na prevenção e no tratamento de náuseas e vômitos pós-

operatórios em pessoas idosas, entretanto cloridrato de ondansetrona é bem tolerado por pacientes acima de 65 anos de

idade submetidos a quimioterapia.

prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Para esses pacientes, a dose total diária por via

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os eventos muito comuns, comuns e incomuns são determinados geralmente a partir de dados de estudos clínicos. A

incidência no grupo placebo foi levada em consideração. Os eventos raros e muito raros são determinados a partir de dados

espontâneos pós-comercialização.

As frequências seguintes são estimadas na dose padrão recomendada para cloridrato de ondansetrona de acordo com

indicação e formulação.

Reação muito comum (> 1/10): dor de cabeça.

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): sensação de calor ou rubor; constipação; reações no local de injeção intravenosa.

Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): convulsão; transtornos do movimento (inclusive distúrbios extrapiramidais, tais

como crises oculógiras, reações distônicas e discinesia, observados sem evidências definitivas de persistência de sequelas

clínicas); arritmias; dor torácica, com ou sem depressão do segmento ST; bradicardia; hipotensão; soluços; aumento

assintomático de testes funcionais hepáticos (essas reações foram observadas em pacientes submetidos a quimioterapia

com cisplatina).

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Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): reações de hipersensibilidade imediata, às vezes graves, inclusive anafilaxia;

tontura predominantemente durante a administração intravenosa rápida; distúrbios visuais passageiros (como visão turva),

predominantemente durante a administração intravenosa; prolongamento do intervalo QT (incluindo Torsade de Pointes).

Reações muito raras (< 1/10.000): cegueira passageira, predominantemente durante a administração intravenosa; erupção

cutânea tóxica, incluindo necrólise epidérmica tóxica.

A maior parte dos casos de cegueira relatados foi resolvida em até 20 minutos. A maioria dos pacientes recebeu agentes

quimioterápicos, inclusive cisplatina. Alguns casos de cegueira passageira foram relatados como de origem cortical.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.”

10. SUPERDOSE

Sintomas

A experiência com casos de superdosagem da ondansetrona é limitada. Na maioria deles, os sintomas são muito similares

aos relatados acerca dos pacientes que recebem doses recomendadas (ver item “REAÇÕES ADVERSAS”). A

ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose dependente. O monitoramento por ECG é recomendado em casos

de superdosagem.

Tratamento

Não existe antídoto específico contra a ondansetrona. Dessa forma, em casos de superdose, recomenda-se conduzir

terapias sintomáticas e de suporte apropriadas.

O uso de ipecacuanha para tratar a superdosagem de ondansetrona não é recomendável, uma vez que é pouco provável que

se obtenha resposta satisfatória em razão da própria ação antiemética de cloridrato de ondansetrona.

“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”

Registro MS 1.1402.0047

Farmacêutico Responsável: Walter F. da Silva Junior

CRF-GO: 5497

USO RESTRITO A HOSPITAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

ME – 003466

Página 9 de 9

Anexo B

Histórico de Alteração para Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Nº expediente Assunto

Assunto

Data de

aprovação

Itens de bula

Versões

(VP/VPS)

Apresentações

relacionadas

24/10/2014 Não se aplica

10452 – Genérico –

Notificação de

Alteração de Texto de

bula - RDC 60/12.

NA NA NA NA

POSOLOGIA E MODO DE

USAR

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