Bula do Cloridrato de Propranolol produzido pelo laboratorio Cimed Indústria de Medicamentos Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de Bula
PACIENTE
cloridrato de propranolol
CIMED INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS LTDA.
Comprimidos
40 MG
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 40 mg: embalagem contendo 40 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO*
*vide posologia
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
cloridrato de propranolol..................... 40 mg
Excipientes*q.s.p.:................................1 comprimido
*amido de milho, dióxido de silício, croscarmalose sódica, estearato de magnésio, lactose e celulose microcristalina.
II- INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Cloridrato de propranolol é um betabloqueador indicado para:
- Controle de hipertensão (pressão alta).
- Controle de angina pectoris (sensação de pressão e dor no peito).
- Controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos).
- Prevenção da enxaqueca (dor de cabeça forte).
- Controle do tremor essencial.
- Controle da ansiedade e taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos) por ansiedade.
- Controle adjuvante da tireotoxicose (aumento da secreção da glândula tireoide) e crise tireotóxica.
- Controle da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (aumento do volume do coração e problemas no seu
funcionamento).
- Controle de feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula supra-renal). Neste caso, o
tratamento com cloridrato de propranolol deve apenas ser iniciado na presença de um bloqueio alfa efetivo.
Cloridrato de propranolol é um medicamento betabloqueador, ou seja, inibe a estimulação dos receptores beta-
adrenérgicos (beta-1 e beta-2) presentes no organismo (como no coração e nos vasos sanguíneos).
Cloridrato de propranolol, assim como outros betabloqueadores, não deve ser utilizado na presença de:
- conhecida hipersensibilidade (alergia) ao propranolol e aos outros componentes da fórmula;
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PACIENTE
- hipotensão (pressão baixa);
- bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos);
- distúrbios graves da circulação arterial periférica (alterações na circulação sanguínea);
- síndrome do nó sino-atrial (um tipo de arritmia cardíaca);
- feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula supra-renal) não tratado;
- insuficiência cardíaca descompensada (problemas no funcionamento do coração);
- angina de Prinzmetal (sensação de pressão e dor no peito em repouso);
- choque cardiogênico (problemas graves na circulação do coração);
- acidose metabólica (alto nível de ácidos no sangue);
- após jejum prolongado;
- bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau (bloqueio nos impulsos elétricos do coração);
- histórico de asma brônquica ou broncoespasmo (contrações nos brônquios do pulmão).
Cloridrato de propranolol não deve ser utilizado por pacientes com predisposição à hipoglicemia, isto é, pacientes após
jejum prolongado ou pacientes com reservas contraregulatórias restritas (nível de certos hormônios como glucagon e
adrenalina).
Em caso de cirurgia, informar ao médico anestesista que você está em tratamento com cloridrato de propranolol.
Informe seu médico se você tem problemas pulmonares, circulatórios, cardíacos, hepáticos, renais ou de tireoide, ou se
teve sintomas de baixa taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia). Informe também se você tem diabetes, inchaço nos
tornozelos, falta de ar e feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula supra-renal) que
ainda não está sendo tratado com outros medicamentos. Informe ainda se você está de jejum ou se esteve em jejum
recentemente.
Cloridrato de propranolol pode bloquear/modificar os sinais e sintomas da hipoglicemia (baixa quantidade de açúcar no
sangue), especialmente taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos). Cloridrato de propranolol pode causar
hipoglicemia, mesmo em pacientes não-diabéticos, por exemplo, recém-nascidos, lactentes (crianças em fase de
amamentação), crianças, pacientes idosos, pacientes submetidos à hemodiálise, pacientes com doença hepática crônica
(doença no fígado) e pacientes com superdosagem. Deve-se ter cuidado ao administrar cloridrato de propranolol
concomitantemente com terapia hipoglicêmica em pacientes diabéticos. Cloridrato de propranolol pode prolongar a
resposta hipoglicêmica à insulina.
Cloridrato de propranolol pode mascarar os sinais da tireotoxicose.
Informe seu médico caso você apresente sintomas de redução da frequência cardíaca (diminuição dos batimentos
cardíacos). Neste caso pode ser necessária a redução da dosagem.
Se você sofre de doença cardíaca isquêmica (problemas no coração devido à circulação deficiente), o tratamento com
cloridrato de propranolol não deve ser interrompido de repente. Neste caso ou pode-se substituir o tratamento com
cloridrato de propranolol por doses equivalentes de outro medicamento ou suspende-se gradualmente o tratamento com
cloridrato de propranolol.
Antes de iniciar seu tratamento com cloridrato de propranolol informe seu médico se você possui histórico de reações
anafiláticas (reações alérgicas).
Informe seu médico se você tem problemas com cirrose descompensada.
Houve relatos sugerindo que o tratamento com propranolol pode aumentar o risco de desenvolvimento de encefalopatia
hepática.
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PACIENTE
Efeitos sobre a capacidade de dirigir automóveis e operar máquinas: o uso de cloridrato de propranolol
provavelmente não resultará em comprometimento da capacidade de dirigir automóveis ou operar máquinas. Entretanto,
deve ser levado em consideração que ocasionalmente vertigem e fadiga podem ocorrer. Se você sentir um destes
sintomas, não deve dirigir automóvel ou operar máquinas.
Uso durante a gravidez e lactação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Cloridrato de propranolol não deve ser administrado durante a gravidez, a menos que seu uso seja essencial.
A maioria dos medicamentos da classe do propranolol passa para o leite materno embora em quantidades variáveis.
Portanto, a amamentação não é recomendada após a administração desses compostos. Informar ao médico se está
amamentando.
Cloridrato de propranolol 40 mg: este medicamento contém lactose (29,85 mg/comprimido) portanto, deve ser
usado com cautela em pacientes com intolerância a lactose.
Este medicamento pode causar doping.
Interações medicamentosas
Cloridrato de propranolol modifica a taquicardia da hipoglicemia. Deve-se tomar cuidado ao se instituir o uso de
cloridrato de propranolol concomitantemente a tratamento hipoglicêmico em pacientes diabéticos. O propranolol pode
prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina.
Informe seu médico se estiver tomando outros medicamentos betabloqueadores (inclusive colírios) ou outros
medicamentos para tratamento de problemas do coração e circulação (anti-hipertensivos, antiarrítmicos, por exemplo,
disopiramida e amiodarona), bloqueadores do canal de cálcio (por exemplo, verapamil, diltiazem e nifedipino), agentes
simpatomiméticos (por exemplo, adrenalina), cimetidina, hidralazina, ergotamina, diidroergotamina, inibidores da
prostaglandina sintetase (por exemplo, indometacina e ibuprofeno), clorpromazina, anestésicos (por exemplo,
lidocaína), quinidina, propafenona, rifampicina, teofilina, varfarina, tioridazina, inibidores da MAO
(monoaminoxidase), álcool, anti-inflamatórios, medicamentos para diabetes, para tratamento de úlcera, para prevenção
de trombose das veias, medicamentos para asma, para tuberculose, para enxaqueca e antidepressivos. O resultado do
tratamento poderá ser alterado se cloridrato de propranolol for tomado ao mesmo tempo que estes medicamentos. Se
você estiver tomando clonidina e cloridrato de propranolol ao mesmo tempo, você não deve parar de tomar a clonidina
ou cloridrato de propranolol sem consultar o seu médico.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Cloridrato de propranolol comprimido deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) protegido da luz
e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do produto:
Comprimido branco, homogêneo na cor e isento de materiais estranhos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
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PACIENTE
Os comprimidos de cloridrato de propranolol devem ser administrados por via oral, engolidos inteiros com água.
Posologia
Adultos
Hipertensão
Dose inicial de 80 mg, duas vezes ao dia, que pode ser aumentada em intervalos semanais, de acordo com a resposta. A
dose usual está na faixa de 160-320 mg por dia. A administração em conjunto com diuréticos ou outros medicamentos
anti-hipertensivos causa uma diminuição adicional da pressão arterial.
O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para o tratamento da hipertensão é de 640 mg.
Angina, ansiedade, enxaqueca e tremor essencial
Dose inicial de 40 mg, duas ou três vezes ao dia, que pode ser aumentada em igual quantidade, em intervalos semanais,
de acordo com a resposta do paciente. Uma resposta adequada para ansiedade, enxaqueca e tremor essencial é
geralmente observada na faixa de 80-160 mg/dia e, para angina, na faixa de 120-240 mg/dia. A mínima dose diária para
tremor essencial pode ser de 40 mg.
O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para cada um dos tratamentos listados abaixo é
de:
- Angina pectoris: 480 mg
- Ansiedade: 160 mg
- Enxaqueca: 240 mg
- Tremor: 160 mg
Arritmia, taquicardia por ansiedade, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e tireotoxicose
Dose de 10 a 40 mg, três ou quatro vezes ao dia.
- Arritmia: 240 mg
- Taquicardia por ansiedade: 160 mg
- Cardiomiopatia: 160 mg
- Tireotoxicose: 160 mg
Feocromocitoma (cloridrato de propranolol deve ser usado apenas na presença de efetivo bloqueio alfa)
Pré-operatório: recomendam-se 60 mg diários, por três dias.
Casos malignos inoperáveis: 30 mg diários.
O limite máximo diário de administração de cloridrato de propranolol para o tratamento do feocromocitoma é de 60 mg
para pré-operatório e de 30 mg para casos malignos inoperáveis.
Tabela - Resumo das doses de cloridrato de propranolol para Adultos (em doses divididas)
Dose mínima/dia Dose máxima/dia
Hipertensão 160 mg 640 mg
Angina pectoris 80 mg 480 mg
Arritmias 30 mg 240 mg
Enxaqueca 80 mg 240 mg
Tremor 40 mg 160 mg
Ansiedade 80 mg 160 mg
Taquicardia por ansiedade 30 mg 160 mg
Tireotoxicose 30 mg 160 mg
Cardiomiopatia 30 mg 160 mg
Feocromocitoma 60 mg (pré-operatório)
30 mg (manutenção)
60 mg
30 mg
Pacientes idosos
A dosagem de cloridrato de propranolol deve ser determinada individualmente, de acordo com a resposta clínica.
Crianças
A dose deve ser determinada individualmente. As doses recomendadas são:
Arritmias, feocromocitoma, tireotoxicose
Dose de 0,25 a 0,50 mg/kg, três ou quatro vezes ao dia, como for necessário.
Enxaqueca
Abaixo de 12 anos: 20 mg, duas ou três vezes ao dia.
Acima de 12 anos: a mesma dose de adultos.
Insuficiência hepática ou renal
Uma vez que a meia-vida pode ser aumentada em pacientes com insuficiência hepática ou renal significativa, deve-se
ter cuidado quando estiver iniciando o tratamento e selecionando a dose inicial nestes pacientes.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer de tomar uma dose, tome-a assim que lembrar. Não tome duas doses do medicamento ao mesmo
tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Cloridrato de propranolol é geralmente bem tolerado.
As seguintes reações adversas têm sido relatadas com o uso de cloridrato de propranolol:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): fadiga (cansaço) e/ou lassitude
(relaxamento) frequentemente passageira, bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), extremidades frias,
fenômeno de Raynaud (palidez, dormência e dor nos dedos), distúrbios do sono e pesadelos.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): distúrbios gastrointestinais
náuseas, vômito e diarreia.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): vertigem (tontura),
trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas no sangue), piora da insuficiência cardíaca (problemas no
funcionamento do coração), precipitação do bloqueio cardíaco (bloqueio nos impulsos elétricos do coração), hipotensão
postural (diminuição da pressão sanguínea ao passar para a posição ereta), alucinações, psicoses (problemas mentais
que geralmente causam mudança de personalidade), alterações de humor, confusão, púrpura (manchas na pele), alopecia
(queda de cabelo), reações cutâneas psoriasiformes (manchas vermelhas na pele cobertas com escamas), agravamento
da psoríase (manchas vermelhas na pele cobertas com escamas), exantema (erupções na pele), parestesia (sensação
anormal de picada e formigamento na pele), olhos secos, distúrbios visuais (alterações na visão), broncoespasmo
(contração dos brônquios do pulmão) em pacientes com asma brônquica ou história de queixas asmáticas (algumas
vezes com resultado fatal).
Modelo de Bula
PACIENTE
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipoglicemia
(diminuição de açúcar no sangue), aumento dos anticorpos antinucleares (ANA) e miastenia grave (fraqueza muscular).
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. A interrupção, quando necessária, deve ser realizada
gradualmente e sob supervisão médica.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.