Bula do Cloridrato de Propranolol para o Paciente

Bula do Cloridrato de Propranolol produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cloridrato de Propranolol
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Paciente

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE PROPRANOLOL PARA O PACIENTE

cloridrato de propranolol

Comprimido 40mg e Comprimido 80mg

MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES AO PACIENTE

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.

APRESENTAÇÕES

Comprimido 40mg

Embalagens contendo 30 e 100 comprimidos.

Comprimido 80mg

Embalagem contendo 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 40mg contém:

cloridrato de propranolol..................................................................................................40mg

Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido

Excipientes: amido, estearato de magnésio, povidona, manitol, celulose microcristalina,

talco e álcool etílico.

Cada comprimido de 80mg contém:

cloridrato de propranolol..................................................................................................80mg

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

O propranolol é um betabloqueador indicado para:

-Controle de hipertensão (pressão alta);

-Controle de angina pectoris (sensação de pressão e dor no peito);

-Controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos);

-Prevenção da enxaqueca (dor de cabeça forte);

-Controle do tremor essencial;

-Controle da ansiedade e taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos) por ansiedade;

-Controle adjuvante da tireotoxicose (aumento da secreção da glândula tireoide) e crise

tireotóxica;

-Controle da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (aumento do volume do coração e

problemas no seu funcionamento);

-Controle de feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula

suprarrenal). Neste caso, o tratamento com propranolol deve apenas ser iniciado na

presença de um bloqueio alfa efetivo.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O propranolol é um medicamento betabloqueador, ou seja, inibe a estimulação dos

receptores beta-adrenérgicos (beta-1 e beta-2) presentes no organismo (como no coração e

nos vasos sanguíneos).

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

O propranolol, assim como outros betabloqueadores, não deve ser utilizado na presença de:

-conhecida hipersensibilidade (alergia) ao propranolol e aos outros componentes da

fórmula;

-hipotensão (pressão baixa);

-bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos);

-distúrbios graves da circulação arterial periférica (alterações na circulação sanguínea);

-síndrome do nó sinoatrial (um tipo de arritmia cardíaca);

-feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula suprarrenal)

não tratado;

-insuficiência cardíaca descompensada (problemas no funcionamento do coração);

-angina de Prinzmetal (sensação de pressão e dor no peito em repouso);

-choque cardiogênico (problemas graves na circulação do coração);

-acidose metabólica (alto nível de ácidos no sangue);

-após jejum prolongado;

-bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau (bloqueio nos impulsos elétricos do

coração);

-histórico de asma brônquica ou broncoespasmo (contrações nos brônquios do pulmão).

O propranolol não deve ser utilizado por pacientes com predisposição à hipoglicemia, isto

é, pacientes após jejum prolongado ou pacientes com reservas contrarregulatórias restritas

(nível de certos hormônios como glucagon e adrenalina).

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Em caso de cirurgia, informar ao médico anestesista que você está em tratamento com

propranolol.

Informe seu médico se você tem problemas pulmonares, circulatórios, cardíacos, hepáticos,

renais ou de tireoide, ou se teve sintomas de baixa taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia).

Informe também se você tem diabetes, inchaço nos tornozelos, falta de ar e

feocromocitoma (tipo de tumor, geralmente benigno, localizado na glândula suprarrenal)

que ainda não está sendo tratado com outros medicamentos. Informe ainda se você está de

jejum ou se esteve em jejum recentemente.

O propranolol pode bloquear/modificar os sinais e sintomas da hipoglicemia (baixa

quantidade de açúcar no sangue), especialmente taquicardia (aumento dos batimentos

cardíacos). Propranolol pode causar hipoglicemia, mesmo em pacientes não diabéticos, por

exemplo, recém-nascidos, lactentes (crianças em fase de amamentação), crianças, pacientes

idosos, pacientes submetidos à hemodiálise, pacientes com doença hepática crônica (doença

no fígado) e pacientes com superdosagem. Deve-se ter cuidado ao administrar propranolol

concomitantemente com terapia hipoglicêmica em pacientes diabéticos. Propranolol pode

prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina.

O propranolol pode mascarar os sinais da tireotoxicose.

Informe seu médico caso você apresente sintomas de redução da frequência cardíaca

(diminuição dos batimentos cardíacos). Neste caso pode ser necessária a redução da

dosagem.

Se você sofre de doença cardíaca isquêmica (problemas no coração devido à circulação

deficiente), o tratamento com propranolol não deve ser interrompido de repente. Neste caso

ou pode-se substituir o tratamento com propranolol por doses equivalentes de outro

medicamento ou suspende-se gradualmente o tratamento com propranolol.

Antes de iniciar seu tratamento com propranolol informe seu médico se você possui

histórico de reações anafiláticas (reações alérgicas).

Informe seu médico se você tem problemas com cirrose descompensada.

Houve relatos sugerindo que o tratamento com propranolol pode aumentar o risco de

desenvolvimento de encefalopatia hepática.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir automóveis e operar máquinas: o uso de

propranolol provavelmente não resultará em comprometimento da capacidade de dirigir

automóveis ou operar máquinas. Entretanto, deve ser levado em consideração que

ocasionalmente vertigem e fadiga podem ocorrer. Se você sentir um destes sintomas, não

deve dirigir automóveis ou operar máquinas.

-Uso durante a gravidez e lactação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

O propranolol não deve ser administrado durante a gravidez, a menos que seu uso seja

essencial.

A maioria dos medicamentos da classe do propranolol passa para o leite materno embora

em quantidades variáveis. Portanto, a amamentação não é recomendada após a

administração desses compostos. Informar ao médico se está amamentando.

Este medicamento pode causar doping.

-Interações medicamentosas

O propranolol modifica a taquicardia da hipoglicemia. Deve-se tomar cuidado ao se

instituir o uso de propranolol concomitantemente a tratamento hipoglicêmico em pacientes

diabéticos. O propranolol pode prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina.

Informe seu médico se estiver tomando outros medicamentos betabloqueadores (inclusive

colírios) ou outros medicamentos para tratamento de problemas do coração e circulação

(anti-hipertensivos, antiarrítmicos, por exemplo, disopiramida e amiodarona), bloqueadores

do canal de cálcio (por exemplo, verapamil, diltiazem e nifedipino), agentes

simpatomiméticos (por exemplo, adrenalina), cimetidina, hidralazina, ergotamina,

diidroergotamina, inibidores da prostaglandina sintetase (por exemplo, indometacina e

ibuprofeno), clorpromazina, anestésicos (por exemplo, lidocaína), quinidina, propafenona,

rifampicina, teofilina, varfarina, tioridazina, inibidores da MAO (monoaminoxidase),

álcool, anti-inflamatórios, medicamentos para diabetes, para tratamento de úlcera, para

prevenção de trombose das veias, medicamentos para asma, para tuberculose, para

enxaqueca e antidepressivos. O resultado do tratamento poderá ser alterado se propranolol

for tomado ao mesmo tempo que estes medicamentos. Se você estiver tomando clonidina e

propranolol ao mesmo tempo, você não deve parar de tomar a clonidina ou propranolol sem

consultar o seu médico.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro

medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a

sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

MEDICAMENTO?

DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO

DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C).

PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características do produto: Comprimido circular de cor branca a bege.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de

validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para

saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Modo de usar

Os comprimidos de propranolol devem ser administrados por via oral, engolidos inteiros

com água.

Posologia

Adultos

Hipertensão

Dose inicial de 80mg, duas vezes ao dia, que pode ser aumentada em intervalos semanais,

de acordo com a resposta. A dose usual está na faixa de 160-320mg por dia. A

administração em conjunto com diuréticos ou outros medicamentos anti-hipertensivos

causa uma diminuição adicional da pressão arterial.

O limite máximo diário de administração de propranolol para o tratamento da hipertensão é

de 640mg.

Angina, ansiedade, enxaqueca e tremor essencial

Dose inicial de 40mg, duas ou três vezes ao dia, que pode ser aumentada em igual

quantidade, em intervalos semanais, de acordo com a resposta do paciente. Uma resposta

adequada para ansiedade, enxaqueca e tremor essencial é geralmente observada na faixa de

80-160mg/dia e, para angina, na faixa de 120-240mg/dia. A mínima dose diária para tremor

essencial pode ser de 40mg.

O limite máximo diário de administração de propranolol para cada um dos tratamentos

listados abaixo é de:

-Angina pectoris: 480mg

-Ansiedade: 160mg

-Enxaqueca: 240mg

-Tremor: 160mg

Arritmia, taquicardia por ansiedade, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e

tireotoxicose

Dose até 40mg, três ou quatro vezes ao dia.

-Arritmia: 240mg

-Taquicardia por ansiedade: 160mg

-Cardiomiopatia: 160mg

-Tireotoxicose: 160mg

Feocromocitoma (propranolol deve ser usado apenas na presença de efetivo bloqueio alfa)

Pré-operatório: recomendam-se 60mg diários, por três dias.

O limite máximo diário de administração de propranolol para o tratamento do

feocromocitoma é de 60mg para pré-operatório.

Tabela - Resumo das doses de propranolol para Adultos (em doses divididas)

Dose mínima/dia Dose máxima/dia

Hipertensão 160mg 640mg

Angina pectoris 80mg 480mg

Arritmias 30mg 240mg

Enxaqueca 80mg 240mg

Tremor 40mg 160mg

Ansiedade 80mg 160mg

Taquicardia por ansiedade 30mg 160mg

Tireotoxicose 30mg 160mg

Cardiomiopatia 30mg 160mg

Feocromocitoma 60mg (pré-operatório) 60mg

Pacientes idosos

A dosagem de propranolol deve ser determinada individualmente, de acordo com a resposta

clínica.

Crianças

A dose deve ser determinada individualmente. As doses recomendadas são:

Arritmias, feocromocitoma, tireotoxicose

Dose de 0,25 a 0,50mg/kg, três ou quatro vezes ao dia, como for necessário.

Enxaqueca

Abaixo de 12 anos: 20mg, duas ou três vezes ao dia.

Acima de 12 anos: a mesma dose de adultos.

Insuficiência hepática ou renal

Uma vez que a meia-vida pode ser aumentada em pacientes com insuficiência hepática ou

renal significativa, deve-se ter cuidado quando estiver iniciando o tratamento e

selecionando a dose inicial nestes pacientes.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração

do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

MEDICAMENTO?

Se você esquecer de tomar uma dose, tome-a assim que lembrar. Não tome duas doses do

medicamento ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou

cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

O propranolol é geralmente bem tolerado.

As seguintes reações adversas têm sido relatadas com o uso de propranolol:

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):

fadiga (cansaço) e/ou lassitude (relaxamento) frequentemente passageira, bradicardia

(diminuição dos batimentos cardíacos), extremidades frias, fenômeno de Raynaud (palidez,

dormência e dor nos dedos), distúrbios do sono e pesadelos.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

distúrbios gastrintestinais náuseas, vômito e diarreia.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

vertigem (tontura), trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas no sangue), piora

da insuficiência cardíaca (problemas no funcionamento do coração), precipitação do

bloqueio cardíaco (bloqueio nos impulsos elétricos do coração), hipotensão postural

(diminuição da pressão sanguínea ao passar para a posição ereta), alucinações, psicoses

(problemas mentais que geralmente causam mudança de personalidade), alterações de

humor, confusão, púrpura (manchas na pele), alopecia (queda de cabelo), reações cutâneas

psoriasiformes (manchas vermelhas na pele cobertas com escamas), agravamento da

psoríase (manchas vermelhas na pele cobertas com escamas), exantema (erupções na pele),

parestesia (sensação anormal de picada e formigamento na pele), olhos secos, distúrbios

visuais (alterações na visão), broncoespasmo (contração dos brônquios do pulmão) em

pacientes com asma brônquica ou história de queixas asmáticas (algumas vezes com

resultado fatal).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este

medicamento): hipoglicemia (diminuição de açúcar no sangue), aumento dos anticorpos

antinucleares (ANA) e miastenia grave (fraqueza muscular).

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. A interrupção, quando

necessária, deve ser realizada gradualmente e sob supervisão médica.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações

indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu

serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

Os sintomas de superdosagem podem incluir bradicardia (diminuição dos batimentos

cardíacos), hipotensão (diminuição da pressão arterial), insuficiência cardíaca aguda

(coração fraco) e broncoespasmo (contração dos brônquios do pulmão).

O tratamento geral deve incluir: monitorização cuidadosa, tratamento em unidade de terapia

intensiva, o uso de lavagem gástrica, carvão ativado e um laxante para prevenir a absorção

de qualquer fármaco ainda presente no trato gastrintestinal, o uso de plasma ou substitutos

do plasma para tratar hipotensão e choque.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente

socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para

0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Bula do Cloridrato de Propranolol
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Profissional

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.