Bula do Cloridrato de Propranolol produzido pelo laboratorio Pharlab Indústria Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Cloridrato de propranolol
Pharlab Indústria Farmacêutica S.A.
Comprimido
40 mg e 80 mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
CLORIDRATO DE PROPRANOLOL
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 40mg e 80mg em embalagens contendo 30 e 500 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 40 mg contém 40 mg de cloridrato de propranolol e cada comprimido de 80 mg
contém 80 mg de cloridrato de propranolol.
Excipientes: estearato de magnésio, celulose microcristalina, dióxido de silício e amidoglicolato de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Propranolol é um betabloqueador indicado para:
- Controle de hipertensão.
- Controle de angina pectoris.
- Controle das arritmias cardíacas.
- Profilaxia da enxaqueca.
- Controle do tremor essencial.
- Controle da ansiedade e taquicardia por ansiedade.
- Controle adjuvante da tireotoxicose e crise tireotóxica.
- Controle da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
- Controle de feocromocitoma. Neste caso, o tratamento com propranolol deve apenas ser iniciado na
presença de um bloqueio alfa efetivo.
Hipertensão arterial
Há amplas evidências que demonstram que os antagonistas do adrenoceptor beta diminuem a pressão
arterial e são úteis no manejo da hipertensão. O grau de redução na pressão arterial depende dos níveis
iniciais. Os pacientes com uma pressão arterial inicial de 180/100 mmHg apresentam uma queda de 12 a
20 mmHg na pressão sistólica e de 6-12 mmHg na diastólica [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C
Therapeutic Drugs, 1991; 2: P272-8]. O propranolol é eficaz em 70 a 90 % dos pacientes com hipertensão
arterial (Ahlquist RP. Am Heart J 1979; 97 (2): 137-40). Aumentando-se a dosagem, não há um aumento
correspondente na redução de pressão arterial [Conway J & Amery A. Central Action of Drugs in Blood
Pressure 1975; 277-89].
Arritmia cardíaca
O propranolol reduziu a incidência de batimentos ventriculares prematuros em 76% (Kubik MM &
Dawes PM. Curr Med Res Op 1986;10(4): 215-20). Em outro estudo, o número médio de complexos
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ventriculares prematuros (VCP/h) foi reduzido em 70% de 71% dos pacientes que fizeram uso de
propranolol [Aronow WS et al. Am J of Cardiol 1995; 75(7): 514-6].
Enxaqueca
O propranolol demonstrou ser uma medicação efetiva para a prevenção de enxaqueca: 72% dos pacientes
responderam ao seu uso e, a longo prazo, 46% mantiveram a melhora apesar da descontinuação do
tratamento (Diamond S et al. Headache 1982; 22(6): 268-71).
Angina pectoris
Após o uso do propranolol, os pacientes apresentaram maior tolerância ao exercício, sendo que 50%
destes apresentaram angina induzida por exercício físico [Santamaria F et al. Minerva Cardioangiol 1993;
41(4): 139-45].
Ansiedade
O propranolol demonstrou ser eficaz no manejo das síndromes de ansiedade, controlando tanto os
sintomas somáticos (palpitações, temor e taquicardia) como os psíquicos [Suzman MM. Postgrad Med J
1976; 52(suppl.4): 168-74].
Tremor essencial
Um estudo que avaliou a adição de propranolol à terapia do tremor essencial demonstrou redução desta
desordem pela sua ação bloqueadora nos receptores periféricos (Murrray TJ. CMA J 1972; 18 (107): 984-
6).
Tireotoxicose
O propranolol reduz a taquicardia e o aumento de débito cardíaco presentes na tireotoxicose [propranolol
(hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991; 2: P272-8].
Feocromocitoma
O propranolol inibe a taquicardia e a taquiarritmia causada pelo excesso de catecolaminas circulantes,
podendo ser usado no período pré-operatório diariamente por três dias e, diariamente, na dosagem de 30
mg nos tratamentos a longo prazo. O propranolol deve ser usado concomitantemente às drogas alfa-
bloqueadoras uma vez que elas também inibem os efeitos beta-2 vasodilatadores [propranolol
(hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991;2: P272-8].
Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica
O propranolol inibe o efeito inotrópico da estimulação simpática e pode reduzir o gradiente de pressão
intraventricular [propranolol (hydrochloride). In: Dollery C Therapeutic Drugs 1991; 2: P272-8].
Propriedades Farmacodinâmicas
O propranolol é um antagonista competitivo dos receptores adrenérgicos beta-1 e beta-2. Não possui
atividade agonista no receptor beta-adrenérgico, mas possui atividade estabilizadora de membrana em
concentrações que excedam 1-3 mg/L, embora tais concentrações são raramente alcançadas durante
tratamento oral. O bloqueio competitivo do receptor beta-adrenérgico foi demonstrado no homem através
de um deslocamento paralelo para a direita da curva de resposta da frequência cardíaca aos beta-agonistas
versus dose, tal como a isoprenalina.
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O propranolol, assim como outros betabloqueadores, possui efeitos inotrópicos negativos e, portanto, é
contraindicado na insuficiência cardíaca descompensada.
O propranolol é uma mistura racêmica cuja forma ativa é o isômero S(-)-propranolol. Com exceção da
inibição da conversão da tiroxina à triiodotironina, é improvável que qualquer propriedade adicional
inerente ao isômero R(+) do propranolol desencadeie efeitos terapêuticos diferentes, em comparação com
a mistura racêmica.
Propranolol é eficaz e bem tolerado na maioria das populações étnicas, apesar da resposta poder ser
menor em pacientes negros.
Propriedades Farmacocinéticas
O propranolol é completamente absorvido após administração oral, e as concentrações plasmáticas
máximas ocorrem entre 1 e 2 horas após a administração em pacientes em jejum. O fígado remove até
90% de uma dose oral, com uma meia-vida de eliminação de 3 a 6 horas. O propranolol é ampla e
rapidamente distribuído pelo corpo, sendo que concentrações mais altas ocorrem nos pulmões, fígado,
rins, cérebro e coração. O propranolol apresenta um alto índice de ligação às proteínas plasmáticas (80-
95%).
O propranolol, assim como outros betabloqueadores, não deve ser utilizado em pacientes nas seguintes
situações:
- conhecida hipersensibilidade ao propranolol e aos outros componentes da fórmula;
- hipotensão;
- bradicardia;
- distúrbios graves da circulação arterial periférica;
- síndrome do nó sinoatrial;
- feocromocitoma não tratado (com um antagonista do receptor alfa-adrenérgico);
- insuficiência cardíaca descompensada;
- angina de Prinzmetal;
- choque cardiogênico;
- acidose metabólica;
- após jejum prolongado;
- bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau;
- histórico de asma brônquica ou broncoespasmo.
O broncoespasmo pode normalmente ser revertido com broncodilatadores agonistas beta-2, por exemplo,
salbutamol. Altas doses de broncodilatadores agonistas beta-2 podem ser necessárias para superar o
bloqueio beta produzido pelo propranolol e a dose deve ser titulada de acordo com a resposta clínica.
Tanto a administração intravenosa quanto a inalatória devem ser consideradas. O uso de aminofilina
intravenosa e/ou o uso de ipratrópio (administrado por nebulizador) podem também ser considerados.
Também foi relatado que o glucagon (1 a 2 mg administrados intravenosamente) produz um efeito
broncodilatador em pacientes asmáticos. Em casos graves, podem ser necessários oxigênio ou ventilação
artificial.
Propranolol não deve ser utilizado por pacientes com predisposição à hipoglicemia, isto é, pacientes após
jejum prolongado ou pacientes com reservas contra regulatórias restritas.
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Embora contraindicado em insuficiência cardíaca descompensada (ver contraindicações), propranolol
pode ser usado em pacientes cujos sinais de insuficiência cardíaca foram controlados. Deve-se tomar
cuidados especiais em pacientes com reserva cardíaca diminuída.
Embora contraindicado em distúrbios graves da circulação arterial periférica (ver contraindicações),
propranolol pode também agravar distúrbios circulatórios arteriais periféricos menos graves.
Devido ao seu efeito negativo no tempo de condução, propranolol deve ser administrado com cautela em
pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau.
Propranolol pode bloquear/modificar os sinais e sintomas da hipoglicemia (especialmente taquicardia).
Propranolol ocasionalmente causa hipoglicemia, mesmo em pacientes não-diabéticos, como, por
exemplo, neonatos, lactentes, crianças, pacientes idosos, pacientes submetidos à hemodiálise ou pacientes
com doença hepática crônica e pacientes com superdosagem. A hipoglicemia grave associada ao
propranolol tem-se apresentado raramente com convulsões e/ou coma em pacientes isolados. Deve-se ter
cuidado ao administrar propranolol concomitantemente com terapia hipoglicêmica em pacientes
diabéticos. Propranolol pode prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina.
Propranolol pode mascarar os sinais da tireotoxicose.
Uma das ações farmacológicas dos betabloqueadores é a redução da frequência cardíaca. Nos raros casos
em que o paciente desenvolver sintomas que possam ser atribuídos a uma baixa frequência cardíaca, a
dose pode ser reduzida.
Em pacientes que sofrem de doença cardíaca isquêmica, assim como ocorre com outros betabloqueadores,
o tratamento com propranolol não deve ser descontinuado abruptamente. Neste caso ou pode-se substituir
o tratamento com propranolol por doses equivalentes de um outro betabloqueador ou suspende-se
gradualmente o tratamento.
Propranolol pode causar uma reação mais grave a uma variedade de alérgenos, quando administrado a
pacientes com história de reação anafilática a tais alérgenos. Esses pacientes podem não responder às
doses usuais de adrenalina utilizadas no tratamento das reações alérgicas.
Propranolol deve ser utilizado com cautela em pacientes com cirrose descompensada.
Em pacientes com hipertensão portal pode haver deterioração da função hepática e desenvolvimento de
encefalopatia hepática. Houve relatos sugerindo que o tratamento com propranolol pode aumentar o risco
de desenvolvimento de encefalopatia hepática.
A insuficiência cardíaca ocasionada por tireotoxicose frequentemente responde ao propranolol
isoladamente, mas, se outros fatores adversos coexistirem, a contractilidade do miocárdio deve ser
mantida, e os sinais de insuficiência devem ser controlados com diuréticos e digitálicos.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir automóveis e operar máquinas: O uso de propranolol
provavelmente não resultará em comprometimento da capacidade dos pacientes em dirigir automóveis ou
operar máquinas. Entretanto, deve ser levado em consideração que ocasionalmente vertigem e fadiga
podem ocorrer.
Uso durante a gravidez e lactação
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Como ocorre com todos os medicamentos, propranolol não deve ser administrado durante a gravidez, a
menos que seu uso seja essencial. Não há evidência de teratogenicidade com o uso de propranolol.
Entretanto, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária o que pode resultar em morte fetal
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intrauterina, partos imaturos e prematuros. Além disso, podem ocorrer eventos adversos, especialmente
hipoglicemia e bradicardia no neonato e bradicardia no feto. Há um risco aumentado de complicações
cardíacas e pulmonares no neonato no período pós-natal.
Lactação
A maioria dos betabloqueadores, principalmente compostos lipofílicos, passará para o leite materno
embora em quantidades variáveis. Portanto, a amamentação não é recomendada após a administração
desses compostos.
Propranolol modifica a taquicardia da hipoglicemia. Deve-se tomar cuidado ao se instituir o uso de
propranolol concomitantemente ao tratamento hipoglicêmico em pacientes diabéticos. O propranolol pode
prolongar a resposta hipoglicêmica à insulina (ver Contraindicações e Advertências e Precauções).
A administração simultânea de rizatriptana e propranolol pode causar um aumento de aproximadamente
70-80% na AUC e Cmax da rizatriptana. Presume-se que a exposição aumentada à rizatriptana deve ser
causada pela inibição do metabolismo de primeira passagem da rizatriptana através da inibição da
monoaminoxidase-A. Caso planeje-se usar ambos os fármacos, uma dose de 5 mg rizatriptana tem sido
recomendada.
Antiarrítmicos Classe I (por exemplo, disopiramida) e amiodarona podem apresentar efeito
potencializado no tempo de condução atrial e induzir efeito inotrópico negativo.
A associação entre glicosídeos digitálicos e betabloqueadores pode aumentar o tempo de condução
atrioventricular.
O uso combinado de betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio com efeitos inotrópicos
negativos, como, por exemplo, verapamil e diltiazem, pode levar a um aumento desses efeitos,
particularmente em pacientes com a função ventricular prejudicada e/ou com anormalidades de condução
sino-atrial ou atrioventricular. Isto pode resultar em hipotensão grave, bradicardia e insuficiência
cardíaca. Nenhum destes medicamentos deve ser administrado por via intravenosa antes da
descontinuação do outro por 48 horas.
A terapia concomitante com bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos, por exemplo, nifedipino,
pode aumentar o risco de hipotensão e, em pacientes com insuficiência cardíaca latente, pode ocorrer
insuficiência cardíaca.
O uso concomitante de agentes simpatomiméticos, como, por exemplo, adrenalina, pode neutralizar o
efeito dos betabloqueadores. Deve-se tomar cuidado na administração parenteral de preparações que
contenham adrenalina a pacientes em tratamento com betabloqueadores, uma vez que, em raros casos,
pode resultar em vasoconstrição, hipertensão e bradicardia.
A administração de propranolol durante infusão de lidocaína pode aumentar a concentração plasmática de
lidocaína em aproximadamente 30%. Pacientes que já estejam recebendo propranolol tendem a apresentar
níveis mais altos de lidocaína do que pacientes-controle. Esta associação deve ser evitada.
O uso concomitante de cimetidina ou hidralazina aumenta os níveis plasmáticos de propranolol. O uso
concomitante de álcool também pode aumentar os níveis plasmáticos de propranolol.
Os betabloqueadores podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode se seguir à retirada da clonidina.
Se os dois medicamentos forem coadministrados, o betabloqueador deve ser retirado vários dias antes da
clonidina. Em caso de substituição da clonidina por terapia betabloqueadora, a introdução do
betabloqueador deve ser feita vários dias após a interrupção do tratamento com clonidina.
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Deve-se tomar cuidado em caso de administração de ergotamina, diidroergotamina ou substâncias
relacionadas em associação ao propranolol, pois foram relatadas reações vasospásticas em alguns
pacientes.
O uso concomitante de inibidores da prostaglandina sintetase (por exemplo: indometacina e ibuprofeno)
pode diminuir os efeitos hipotensores de propranolol. A administração concomitante de propranolol e
clorpromazina pode resultar em um aumento dos níveis plasmáticos de ambos os fármacos. Isto pode
levar a um maior efeito antipsicótico da clorpromazina e a um maior efeito anti-hipertensivo do
propranolol.
Deve-se tomar cuidado ao utilizar agentes anestésicos com propranolol. O anestesista deve ser informado
e deve-se optar pelo agente anestésico com a menor atividade inotrópica negativa possível. O uso de
betabloqueadores com anestésicos pode resultar na atenuação da taquicardia reflexa e aumentar o risco de
hipotensão. Os anestésicos que causam depressão miocárdica devem ser evitados.
Estudos farmacocinéticos têm mostrado que os seguintes fármacos podem interagir com o propranolol,
devido aos efeitos nos sistemas enzimáticos do fígado que metabolizam o propranolol e estes agentes. São
eles: quinidina, propafenona, rifampicina, teofilina, varfarina, tioridazina e bloqueadores de canais de
cálcio diidropiridínicos, tais como nifedipino, nisoldipino, nicardipino, isradipina e lacidipina. Levando-
se em conta que as concentrações plasmáticas de qualquer um destes agentes podem ser afetadas, ajustes
de doses podem ser necessários a critério médico (ver também as interações apresentadas acima
referentes ao uso concomitante com bloqueadores de canais de cálcio diidropiridínicos).
Os comprimidos devem ser conservados em temperatura ambiente, entre 15º e 30ºC, protegidos da luz e
umidade.
Propranolol comprimidos tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Propranolol 40mg e 80mg é um comprimido circular, de cor branca, com sulco central em uma das faces
e isento de material estranho.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Os comprimidos de propranolol devem ser administrados por via oral, engolidos inteiros com água.
Posologia
Adultos
Hipertensão
Dose inicial de 80 mg, duas vezes ao dia, que pode ser aumentada em intervalos semanais, de acordo com
a resposta. A dose usual está na faixa de 160-320 mg por dia. Com administração concomitante de
diuréticos ou outros medicamentos anti-hipertensivos obtém-se uma redução adicional da pressão arterial.
O limite máximo diário de administração de propranolol para o tratamento da pressão alta é de 640 mg.
Angina, ansiedade, enxaqueca e tremor essencial
Dose inicial de 40 mg, duas ou três vezes ao dia, que pode ser aumentada em igual quantidade, em
intervalos semanais, de acordo com a resposta do paciente. Uma resposta adequada para ansiedade,
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enxaqueca e tremor essencial é geralmente observada na faixa de 80-160 mg/dia e, para angina, na faixa
de 120-240 mg/dia. A mínima dose diária para tremor essencial pode ser de 40 mg.
O limite máximo diário de administração de propranolol para cada um dos tratamentos listados abaixo é
de:
- Angina pectoris: 480 mg
- Ansiedade: 160 mg
- Enxaqueca: 240 mg
- Tremor: 160 mg
Arritmia, taquicardia por ansiedade, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e tireotoxicose
Uma faixa de dose de 10 a 40 mg, três ou quatro vezes ao dia, geralmente atinge a resposta desejada.
- Arritmia: 240 mg
- Taquicardia por ansiedade: 160 mg
- Cardiomiopatia: 160 mg
- Tireotoxicose: 160 mg
Feocromocitoma (propranolol deve ser usado apenas na presença de efetivo bloqueio alfa)
Pré-operatório: recomendam-se 60 mg diários, por três dias.
Casos malignos inoperáveis: 30 mg diários.
O limite máximo diário de administração de propranolol para o tratamento do feocromocitoma é de 60
mg para pré-operatório e de 30 mg para casos malignos inoperáveis.
Tabela - Resumo das doses de propranolol para Adultos (em doses divididas)
Dose mínima/dia Dose máxima/dia
Hipertensão 160 mg 640 mg
Angina pectoris 80 mg 480 mg
Arritmias 30 mg 240 mg
Enxaqueca 80 mg 240 mg
Tremor 40 mg 160 mg
Ansiedade 80 mg 160 mg
Taquicardia por ansiedade 30 mg 160 mg
Tireotoxicose 30 mg 160 mg
Cardiomiopatia 30 mg 160 mg
Feocromocitoma
60 mg (pré-operatório)
30 mg (manutenção)
60 mg
30 mg
Pacientes idosos
Evidência referente à relação entre nível sanguíneo e idade é conflitante. Com relação aos pacientes
idosos, a dose ótima deve ser determinada individualmente, de acordo com a resposta clínica.
Crianças
A dose deve ser determinada individualmente. As doses recomendadas são:
Arritmias, feocromocitoma, tireotoxicose
Dose de 0,25 a 0,50 mg/kg, três ou quatro vezes ao dia, como for necessário.
Enxaqueca
Abaixo de 12 anos: 20 mg, duas ou três vezes ao dia.
Acima de 12 anos: a mesma dose de adultos.
Insuficiência hepática ou renal
Uma vez que a meia-vida pode ser aumentada em pacientes com insuficiência hepática ou renal
significativa, deve-se ter cuidado quando estiver iniciando o tratamento e selecionando a dose inicial
nestes pacientes.
Caso o paciente se esqueça de tomar uma dose ele deve ser orientado a tomá-la assim que possível. Não é
recomendável tomar duas doses ao mesmo tempo.
Propranolol é geralmente bem tolerado. Em estudos clínicos, as possíveis reações adversas relatadas são
geralmente atribuíveis às ações farmacológicas do propranolol.
As seguintes reações adversas têm sido relatadas com propranolol:
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10):
Geral: fadiga e/ou lassitude (frequentemente transitória).
Cardiovascular: bradicardia, extremidades frias, fenômeno de Raynaud.
Sistema Nervoso Central: distúrbios do sono e pesadelos.
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100):
Gastrointestinal: distúrbios gastrointestinais, assim como náuseas, vômito e diarréias.
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000):
Geral: vertigem
Sangue: trombocitopenia
Cardiovascular: piora da insuficiência cardíaca, precipitação do bloqueio cardíaco, hipotensão postural
que pode estar associada com síncope e exacerbação de claudicação intermitente.
Sistema Nervoso Central: alucinações, psicoses, alterações de humor, confusão.
Pele: púrpura, alopecia, reações cutâneas psoriasiformes, agravamento da psoríase, exantema.
Neurológico: parestesia.
Olhos: olhos secos, distúrbios visuais.
Respiratório: pode ocorrer broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou história de queixas
asmáticas (algumas vezes com resultado fatal).
Reação muito rara (< 1/10.000):
Sistema endócrino: foi relatada hipoglicemia em neonatos, lactentes, crianças, pacientes idosos, pacientes
submetidos a hemodiálise, pacientes em terapia antidiabética concomitante, pacientes em jejum
prolongado e pacientes com doença hepática crônica.
Investigações: aumento dos anticorpos antinucleares (ANA), entretanto, a relevância clínica deste evento
não está clara.
Sistema Nervoso Central: síndrome do tipo miastenia grave ou exacerbação da miastenia grave.
A descontinuação do tratamento deve ser considerada se, a critério médico, o bem-estar do paciente
estiver sendo afetado por qualquer uma das reações acima. A interrupção do tratamento com um
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betabloqueador deve ser gradual. Na rara possibilidade de intolerância, manifestada como bradicardia e
hipotensão, o fármaco deve ser suspenso e, se necessário, deve-se instituir tratamento para superdosagem.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Os sintomas de superdosagem podem incluir bradicardia, hipotensão, insuficiência cardíaca aguda e
broncoespasmo.
O broncoespasmo pode normalmente ser revertido por broncodilatadores, tais como o salbutamol. Doses
maiores podem ser requeridas e devem ser tituladas de acordo com a resposta clínica.
O tratamento geral deve incluir: monitorização cuidadosa, tratamento em unidade de terapia intensiva, o
uso de lavagem gástrica, carvão ativado e um laxante para prevenir a absorção de qualquer fármaco ainda
presente no trato gastrointestinal, o uso de plasma ou substitutos do plasma para tratar hipotensão e
choque.
Bradicardia excessiva pode ser controlada com 1-2 mg de atropina por via intravenosa e/ou um
marcapasso cardíaco. Se necessário, a isto pode se seguir a administração de uma dose em bolus de 10 mg
de glucagon por via intravenosa. Se necessário, esse procedimento pode ser repetido ou seguido por uma
infusão intravenosa de 1-10 mg/hora de glucagon, dependendo da resposta. Se não houver resposta ao
glucagon, ou se o mesmo não estiver disponível, pode-se administrar, por infusão intravenosa, um
estimulante beta-adrenérgico, tal como dobutamina (2,5 a 10 mcg/kg/min). A dobutamina, devido ao seu
efeito inotrópico positivo, também pode ser usada para tratar hipotensão e insuficiência cardíaca aguda. É
provável que estas doses sejam inadequadas para a reversão dos efeitos cardíacos do bloqueio beta se
tiver ocorrido a ingestão de uma superdose elevada. A dose de dobutamina deve então ser aumentada, se
necessário, para atingir a resposta desejada de acordo com a condição clínica do paciente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.