Bula do Cloridrato de Raloxifeno produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
RALOXIFENO
(CLORIDRATO DE RALOXIFENO)
LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA
COMPRIMIDOS REVESTIDOS
60mg
BULA DO PACIENTE
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LFM-RALOXIFENO 60mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
RALOXIFENO 60mg
DCB: CLORIDRATO DE RALOXIFENO
“Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999.”
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 60 mg: embalagens contendo 14, 28 e 350 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém: cloridrato de raloxifeno 60 mg, equivalente a 56 mg de raloxifeno em base livre.
Excipientes: lactose monoidratada, crospovidona. povidona, polissorbato 80, estearato de magnésio, hipromelose,
macrogol, dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Raloxifeno é indicado para prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres após a menopausa e também para a
redução do risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa com osteoporose. A ocorrência do número de fraturas
vertebrais foi reduzida. Embora a redução na incidência de outras fraturas não seja significante, o risco dessas fraturas
diminui com o uso de raloxifeno. No momento de escolher entre o tratamento com raloxifeno ou outras terapias para
mulher após a menopausa, deve-se levar em conta os sintomas da menopausa, e os efeitos sobre as mamas e o útero e os
riscos e benefícios cardiovasculares.
Raloxifeno age na osteoporose, doença caracterizada por redução da massa óssea e alteração da estrutura dos ossos, com
aumento do risco de fraturas. A osteoporose ocorre mais comumente em mulheres após a menopausa e as consequências
mais comuns são fraturas da coluna, quadril e punho.
Raloxifeno tem atividade específica sobre os tecidos que respondem ao hormônio estrógeno. Atua de modo semelhante ao
estrógeno no osso e sobre o metabolismo do colesterol (redução do colesterol total e LDL-colesterol), porém age de forma
oposta ao estrógeno nos tecidos do útero e mamas.
O raloxifeno é absorvido rapidamente após administração oral. O tempo para alcançar a concentração plasmática máxima e
a biodisponibilidade depende de seu metabolismo no fígado.
Raloxifeno é contraindicado em mulheres que estão ou podem ficar grávidas. O tratamento com raloxifeno durante a
gravidez aumenta o risco de problemas no desenvolvimento do feto.
Raloxifeno é contraindicado em pacientes que têm ou já tiveram trombose (sangue coagulado no interior da veia) com ou
sem embolia (obstrução da veia).
Raloxifeno é contraindicado a pacientes com alergia ao cloridrato de raloxifeno ou a qualquer ingrediente da formulação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Advertências e Precauções
A segurança e eficácia de raloxifeno não foram estabelecidas em pacientes menores de 18 anos.
O uso de raloxifeno não é indicado para homens ou mulheres na pré-menopausa.
O uso de raloxifeno não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática (mau funcionamento do fígado) ou com
insuficiência renal (mau funcionamento dos rins) moderada ou grave.
O uso de raloxifeno não é recomendado para: pacientes com risco de tromboembolismo venoso (que é a formação de
coágulo nas veias), pacientes que estejam amamentando, pacientes com histórico de câncer de mama e pacientes com
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alguma anormalidade nas mamas. Deve-se ter cuidado ao se prescrever raloxifeno a pacientes na pós-menopausa com
histórico de derrame ou outros fatores de risco significantes de derrame.
Raloxifeno também não é indicado para redução do câncer de mama não invasivo, tratamento do câncer de mama invasivo
ou redução do risco de recorrência.
Este medicamento pode causar doping.
Este medicamento contém LACTOSE. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes que apresentem
intolerância à lactose.
Interações medicamentosas
Raloxifeno não deve ser administrado junto à colestiramina, uma resina de troca aniônica que reduz significativamente sua
absorção. Embora não tenha sido especificamente estudado, antecipa-se que qualquer outra resina de troca aniônica terá um
efeito similar.
A administração concomitante de ampicilina reduz as concentrações máximas de raloxifeno.
Durante o tratamento com raloxifeno comumente são observadas as seguintes alterações séricas: aumento da subfração
HDL-2 do colesterol e da apolipoproteína A1 e redução do colesterol total, do colesterol LDL, fibrinogênio,
apolipoproteína B e lipoproteína (a). Raloxifeno aumenta discretamente a concentração de globulinas, logo leva um
aumento da concentração total de hormônios que normalmente estão ligados a globulina. Essas alterações não afetam as
concentrações dos hormônios livres correspondentes.
Nenhum estudo clínico foi conduzido com o propósito de investigar a possível interação entre o raloxifeno e fitoterápicos,
nicotina, álcool, exames laboratoriais e não laboratoriais.
Não existe interação entre o raloxifeno e alimentos. Portanto, pode ser administrado independente das refeições.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Raloxifeno deve ser guardado em temperatura ambiente de 15 a 30ºC e protegido da luz, calor e umidade. O prazo de
validade nessas condições é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: Raloxifeno é apresentado como comprimido revestido, circular, biconvexo liso, de coloração branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada é um comprimido de 60 mg, administrado uma vez ao dia, por via oral, podendo ser tomado a
qualquer hora do dia, independente das refeições. Não é necessário o ajuste de dose para pacientes em idade avançada. Em
mulheres com uma dieta baixa em cálcio e vitamina D, recomenda-se administrar suplementos dessas substâncias.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado.
Não administrar mais que a quantidade total de raloxifeno recomendada pelo médico para períodos de 24 horas. Caso se
esqueça de tomar uma dose, deverá tomá-la assim que lembrar. Não tome mais de 1 comprimido em um mesmo dia.
Em caso de dúvidas, procure a orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
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A maioria das reações adversas foi leve e não foi necessária a descontinuação do tratamento.
Assim, as reações adversas durante os estudos clínicos com raloxifeno foram:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): Fogachos (rubores,
calores ou ondas de calor) e sintomas de gripe.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): Edema periférico (inchaço das
mãos, pés e pernas) e cãibra nas pernas.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Espasmos musculares,
tromboflebite superficial [uma doença caracterizada por trombose (sangue coagulado) dentro da veia superficial, com
reação inflamatória da parede da veia e dos tecidos vizinhos], tromboembolismo venoso [uma doença caracterizada por
trombose (sangue coagulado) dentro da veia], incluindo trombose venosa profunda, embolismo pulmonar e trombose
venosa da retina.
No acompanhamento após o lançamento de raloxifeno, os seguintes eventos adversos foram relatados:
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Inchaço (edema periférico) e
doença tromboembólica venosa (coágulo no interior das veias profundas).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): Sintomas
gastrointestinais tais como náuseas, vômitos, dor abdominal, dispepsia (indisposição gástrica), erupção da pele, aumento da
pressão sanguínea, dor de cabeça incluindo enxaquecas, leves sintomas da mama tais como dor, aumento e sensibilidade à
palpação, trombocitopenia (diminuição das plaquetas do sangue) e doença tromboembólica arterial (oclusão arterial aguda).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
Em estudos clínicos, não foram relatados superdose de raloxifeno.
Não foram relatadas fatalidades associadas à superdose. Em adultos, sintomas relatados por pacientes que tomaram mais
que 120mg como ingestão única, incluíram cãibra nas pernas e tontura. Em alguns casos, não foram relatados eventos
adversos como resultados de superdose.
Em superdose acidental em crianças de 2 anos de idade, a dose máxima relatada foi de 180 mg.
Em crianças, os sintomas relatados incluem: ataxia (falta de coordenação motora), tontura, vômito, erupção cutânea,
diarreia, tremor e vermelhidão, assim como, elevação da fosfatase alcalina, uma enzima do sangue.
Não há um antídoto específico para cloridrato de raloxifeno. Em caso de suspeita de superdose, procurar imediatamente o
serviço de saúde mais próximo. Não tente dar qualquer medicamento para o paciente intoxicado, pois isso pode piorar o
quadro.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem
ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.