Bula do Cloridrato de Ranitidina produzido pelo laboratorio Pharlab Indústria Farmacêutica S.a.
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cloridrato de ranitidina
Pharlab Indústria Farmacêutica S.A.
Solução injetável
25 mg/mL
CLORIDRATO DE RANITIDINA
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÃO
Solução injetável (pH entre 6,7 e 7,3), contendo 25 mg/mL de ranitidina, para uso intravenoso ou
intramuscular.
Apresentado em caixas com 5, 50 ou 100 ampolas de 2 mL.
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada 1 mL de ranitidina solução injetável contém 28 mg de cloridrato de ranitidina, correspondente a
25mg de ranitidina base.
Excipientes: fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico dodecaidratado, fenol e água para
injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Ranitidina injetável é indicado no tratamento de úlcera duodenal, úlcera gástrica benigna, úlcera pós-
operatória, esofagite de refluxo e outros estados hipersecretores patológicos, sempre que for
recomendável a administração parenteral – ou seja, na prevenção de hemorragia gastrintestinal por úlcera
de estresse em pacientes em estado grave, profilaxia de úlcera pós-operatória, profilaxia de sangramento
recorrente em portadores de úlcera péptica hemorrágica e profilaxia em pacientes propensos a aspiração
ácida (síndrome de Mendelson) e a síndrome de Zollinger-Ellison.
Ranitidina proporcionou cura da úlcera duodenal em 83% dos pacientes, comparado com 32% do grupo
placebo, após quatro semanas de tratamento. Pacientes com úlcera gástrica tratados por 12 semanas
alcançaram a cura em 89% dos casos, comparados com 72% do grupo placebo. Taxas de cura para
esofagite erosiva foram 83 e 81%, respectivamente, para os grupos que usaram 150 e 300 mg de
ranitidina (grupo placebo = 58%).
JOHNSON, JA; et al. Ranitidine 300 mg at bedtime is effective for gastric ulcers: a 12-wk, multicenter,
randomized, double-blind, placebo-controlled comparison. The Ranitidine 300 mg HS Gastric Ulcer
Study Group. Am J Gastroenterol. [S.l.], v. 88, n. 7, p. 1071-75, 1993.
ROUFAIL, W; et al. A study of two hundred and eight patients in premature labour treated with orally
administered Ranitidine for erosive oesophagitis: a double-blind, placebo-controlled study. Glaxo Erosive
Esophagitis Study Group. Aliment Pharmacol Ther. [S.l.], v. 6, n. 5, p. 597-607, 1992.
LEE, FI. Comparison of twice-daily ranitidine and placebo in the treatment of duodenal ulcer – a
multicentre study in the United Kingdom. [S.l.], v. 29, n. 3, p. 127-129, 1982.
Propriedades farmacodinâmicas
O princípio ativo do medicamento, a ranitidina, é um antagonista do receptor histamínico H2 dotado de
alta seletividade e rápido início de ação. Inibe a secreção basal e a secreção estimulada de ácido gástrico,
reduzindo tanto o volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção.
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Propriedades farmacocinéticas
- Absorção:
A absorção da ranitidina após injeção intramuscular é rápida: a concentração plasmática máxima
geralmente é atingida dentro de 15 minutos após a administração.
- Distribuição:
A ranitidina não mostra extensa ligação às proteínas plasmáticas (15%), porém exibe um grande volume
de distribuição, variando de 96 a 142 litros.
- Metabolismo:
A ranitidina não é extensivamente metabolizada. A fração de dose recuperada na forma de metabólitos é
similar ao observado após o uso oral: e inclui 6% da dose na urina como N-óxido, 2% como S-óxido, 2%
como desmetilranitidina e 1% a 2% como análogo do ácido furoico.
- Eliminação:
A concentração plasmática diminui de maneira biexponencial, com uma meia vida terminal de 2-3 horas.
A principal via de eliminação é a renal. Após a administração intravenosa de 150 mg de 3H-ranitidina,
98% da dose foi recuperada, incluindo 5% nas fezes e 93% na urina, dos quais 70% consistiam na droga
original inalterada. Menos de 3% da dose são excretados na bile. O clearance renal é de aproximadamente
500 mL/minuto, o que excede a filtração glomerular, indicando secreção tubular renal.
- Pacientes acima de 50 anos de idade:
Em pacientes acima de 50 anos de idade, a meia vida é prolongada (3-4h) e o clearance é reduzido, o que
é compatível com a diminuição da função renal relacionada a idade. No entanto, a exposição sistêmica e o
acúmulo são 50% maiores. Essa diferença excede o efeito da função renal em declínio e indica aumento
da biodisponibilidade nesse grupo de pacientes.
Ranitidina injetável é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer
componente da fórmula.
Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado em mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
O tratamento com ranitidina pode mascarar sintomas relacionados a carcinoma gástrico e, desse modo,
retardar o diagnóstico da doença. Diante da suspeita de úlcera gástrica, deve ser excluída a possibilidade
de patologia maligna antes de se instituir a terapia com ranitidina injetável.
Como a ranitidina é excretada por via renal, é esperado que os níveis plasmáticos aumentem ou se
prolonguem diante de insuficiência renal. Na vigência de insuficiência renal, recomenda-se ajuste
posológico de acordo com o clearance.
Deve-se evitar o uso de ranitidina em pacientes com história de porfiria aguda, visto que há relatos,
embora raros, de crises desta doença precipitadas pela ranitidina. É recomendada a monitoração regular
dos pacientes que estão em terapia concomitante com anti-inflamatórios não-esteroidais e ranitidina,
especialmente dos idosos e daqueles com histórico de úlcera péptica.
Em idosos, pacientes com doença pulmonar crônica, diabetes ou imunodeprimidos, pode haver aumento
do risco de desenvolver pneumonia comunitária. Em um grande estudo epidemiológico observou-se risco
relativo ajustado de 1,63 (95% IC, 1,07-2,48) em usuários de drogas antagonistas do receptor H2, em
comparação a pacientes que interromperam o tratamento.
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O uso de doses maiores que as recomendadas de antagonistas H2 administradas por via intravenosa tem
sido relacionado à elevação das enzimas hepáticas, quando o tratamento se estende por cinco dias ou
mais. Foram relatados raros casos de bradicardia associados à administração rápida de ranitidina injetável,
e esses ocorreram geralmente em pacientes com fatores que predispunham a distúrbios do ritmo cardíaco.
Populações especiais
Crianças
O uso em crianças não foi avaliado.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Não há efeitos reportados relacionados ao uso de ranitidina.
Fertilidade
Não há informações sobre os efeitos da ranitidina na fertilidade humana. Não houve efeitos na fertilidade
masculina ou feminina em estudos realizados em animais.
Gravidez e lactação
A ranitidina atravessa a barreira placentária e é secretada no leite materno. Como qualquer droga, o
produto só deve ser usado durante a gravidez e o aleitamento caso seja essencial.
Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado em mulheres grávidas sem orientação médica ou do
A ranitidina tem o potencial de afetar a absorção, o metabolismo e a excreção renal de outros
medicamentos. A farmacocinética alterada pode exigir ajuste na dosagem do medicamento afetado ou a
interrupção do tratamento. As interações ocorrem por vários mecanismos, como:
1) Inibição do sistema oxigenase de função mista associado ao citocromo P450
A ranitidina nas doses terapêuticas usuais não potencializa a ação dos fármacos inativados por esse
sistema de enzimas, como diazepam, lidocaína, fenitoína, propranolol e teofilina.
Houve relatos de alteração no tempo de protrombina com o uso de anticoagulantes de cumarina (por
exemplo, varfarina). Devido ao índice terapêutico estreito, é recomendada monitoração cuidadosa da
elevação ou redução do tempo de protrombina durante o tratamento concomitante com ranitidina.
2) Competição pela secreção tubular renal
Uma vez que a ranitidina é parcialmente eliminada pelo sistema catiônico, ela pode afetar a eliminação de
outros medicamentos por essa via. Doses altas de ranitidina (como as usadas no tratamento da síndrome
de Zollinger-Ellison) podem reduzir a excreção de procainamida e N-acetilprocainamida, o que resulta
em níveis plasmáticos elevados desses fármacos.
3) Alteração do pH gástrico
A biodisponibilidade de certos fármacos pode ser afetada. Ou seja, a absorção deles pode ser aumentada
(caso de triazolam, midazolam, glipizida) ou reduzida (caso de cetoconazol, atazanavir, delaviridina,
gefitinibe).
Não há evidências de interação da ranitidina com amoxicilina e metronidazol.
O uso simultâneo com cetoconazol pode resultar na redução da absorção do cetoconazol. Os pacientes
devem receber a ranitidina duas horas após o uso do cetoconazol.
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Mantenha o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e
protegido da luz.
O prazo de validade é de ranitidina injetável é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Todas as soluções de ranitidina injetável para uso intravenoso, preparadas com líquidos normalmente
usados para este fim, devem ser descartadas depois de 24 horas.
Após preparo, manter por até 24 horas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Ranitidina injetável é uma solução aquosa que vai de incolor a amarelo pálido (amarelada), em ampolas
de 2 mL.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Ranitidina injetável é compatível com as seguintes soluções para uso intravenoso:
- cloreto de sódio a 0,9%;
- glicose a 5%;
- cloreto de sódio a 0,18% e glicose a 4%;
- bicarbonato de sódio a 4,2%;
- solução de Hartmann.
As soluções diluídas de ranitidina injetável não utilizadas dentro de 24 horas devem ser descartadas.
Posologia
- Profilaxia da síndrome de Mendelson (pneumonite de broncoaspiração):
Para profilaxia da síndrome de Mendelson (pneumonite por broncoaspiração), administrar 50 mg, por
injeção IM ou IV lenta, 45 a 60 minutos antes da indução da anestesia geral.
- Profilaxia da hemorragia por úlcera de estresse em pacientes gravemente enfermos ou na
profilaxia de hemorragia recorrente em pacientes com episódio de sangramento por ulceração
péptica:
Na profilaxia da hemorragia por úlcera de estresse em pacientes gravemente enfermos ou na profilaxia de
hemorragia recorrente em pacientes com episódio de sangramento por ulceração péptica, ranitidina
injetável pode ser continuado até que seja reinstituída a alimentação oral. Os pacientes considerados ainda
sob risco de hemorragia podem, então, ser tratados com ranitidina comprimidos 150 mg duas vezes ao
dia.
Na profilaxia da hemorragia do trato gastrintestinal superior por úlcera de estresse em pacientes
gravemente enfermos, é preferível uma dose preventiva de 50 mg por injeção intravenosa lenta, seguida
de infusão contínua de 0,125 a 0,250 mg/kg/h.
• Crianças
O uso em crianças não foi avaliado.
• Pacientes com insuficiência renal
Pode ocorrer acúmulo de ranitidina no organismo, com concentrações plasmáticas elevadas como
consequência, em pacientes com insuficiência renal (depuração de creatina menor que 50 mL/min).
Recomenda-se que ranitidina injetável seja administrado em doses fracionadas de 25 mg nestes pacientes.
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• Idosos
Não existe necessidade de ajuste de dose em pacientes idosos. Para pacientes idosos acima de 50 anos de
idade ver Farmacocinética, Populações Especiais de Pacientes, Pacientes acima de 50 anos de idade.
As reações adversas estão classificadas segundo o sistema orgânico e a frequência – muito comuns
(>1/10), comuns (>1/100 a <1/10), incomuns (>1/1.000 a <1/100), raras (>1/10.000 a <1/1.000) e muito
raras (<1/10.000).
Os eventos adversos foram estimados com base em relatos espontâneos pós-comercialização.
Reações raras (>1/10.000 a <1/1.000):
- Reações de hipersensibilidade (urticária, edema angioneurótico, febre, broncoespasmo, hipotensão e dor
no peito). Conforme relatos, esses eventos ocorreram após uma única dose;
- Mudanças transitórias e reversíveis nos exames de função hepática. Esses sintomas foram normalmente
reversíveis;
- Rash cutâneo.
Reações muito raras (<1/10.000):
- Leucopenia e trombocitopenia, usualmente reversíveis; agranulocitose ou pancitopenia, algumas vezes
com hipoplasia ou aplasia medulares;
- Choque anafilático. Conforme relatos, esses eventos ocorreram após uma única dose;
- Confusão mental, depressão e alucinação reversíveis. Esses sintomas foram relatados
predominantemente por pacientes gravemente enfermos e por idosos;
- Cefaleia (por vezes, grave), vertigem e movimentos involuntários reversíveis;
- Visão turva reversível. Esse sintoma é sugestivo de alteração da acomodação visual;
- Como ocorre com outros antagonistas do receptor H2, bradicardia, parada cardíaca, bloqueio
atrioventricular e assistolia (apenas para apresentação injetável);
- Vasculite;
- Pancreatite aguda, diarreia;
- Hepatite (hepatocelular, hepatocanalicular ou mista), com ou sem icterícia. Esses sintomas foram
normalmente reversíveis;
- Eritema multiforme, alopecia;
- Artralgia e mialgia;
- Nefrite aguda intersticial;
- Impotência reversível e alterações nas mamas (como ginecomastia e galactorreia).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Devido à elevada especificidade de ação da ranitidina, não é esperada a ocorrência de alterações
significativas no caso de eventual superdosagem de ranitidina injetável. Se necessário, pode ser instituída
terapia sintomática e de suporte.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.