Bula do Cloridrato de Sibutramina produzido pelo laboratorio Germed Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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cloridrato de sibutramina monoidratado
Germed Farmacêutica Ltda
cápsula
10mg e 15mg
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“medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999”
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Cloridrato de sibutramina monoidratado
APRESENTAÇÕES
Cápsulas de 10 mg: Embalagem com 30 ou 60 cápsulas.
Cápsulas de 15 mg: Embalagem com 30 ou 60 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula contém:
cloridrato de sibutramina monoidratado*...................................................................................10,568mg
excipientes**.................................................................................................................................1cápsula
*Equivale a l0 mg de cloridrato de sibutramina.
**estearato de magnésio, dióxido de silicio e lactose monoidratada.
cloridrato de sibutramina monoidratado*.....................................................................................15,854mg
*Equivale a l5 mg de cloridrato de sibutramina.
Alerta: Ler atentamente a bula para informações detalhadas.Alerta: Ler atentamente a bula para informações detalhadas.Alerta: Ler atentamente a bula para informações detalhadas.Alerta: Ler atentamente a bula para informações detalhadas.
Esse medicamento é contraindicado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC)Esse medicamento é contraindicado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC)Esse medicamento é contraindicado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC)Esse medicamento é contraindicado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC)
menormenormenormenor que 30 kgque 30 kgque 30 kgque 30 kg/m/m/m/m2222;;;;
Esse medicamento é contraindicado em pacientes com história de doença arterialEsse medicamento é contraindicado em pacientes com história de doença arterialEsse medicamento é contraindicado em pacientes com história de doença arterialEsse medicamento é contraindicado em pacientes com história de doença arterial
coronariana,coronariana,coronariana,coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterialinsuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterialinsuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterialinsuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterial
obstrutiva periférica, arritmia ouobstrutiva periférica, arritmia ouobstrutiva periférica, arritmia ouobstrutiva periférica, arritmia ou doença cerebrovascular e pacientes com histórico dedoença cerebrovascular e pacientes com histórico dedoença cerebrovascular e pacientes com histórico dedoença cerebrovascular e pacientes com histórico de
diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos 1tipo 2 com pelo menos 1tipo 2 com pelo menos 1tipo 2 com pelo menos 1 outro fator de risco, mas sem histórico deoutro fator de risco, mas sem histórico deoutro fator de risco, mas sem histórico deoutro fator de risco, mas sem histórico de
doença de artérias coronarianas, doençadoença de artérias coronarianas, doençadoença de artérias coronarianas, doençadoença de artérias coronarianas, doença cerebrovascular, ou doença vascular periféricacerebrovascular, ou doença vascular periféricacerebrovascular, ou doença vascular periféricacerebrovascular, ou doença vascular periférica
preexistente;preexistente;preexistente;preexistente;
Em um estudo conduzido após aprovação do produto, com 10.744 pacientes com sobEm um estudo conduzido após aprovação do produto, com 10.744 pacientes com sobEm um estudo conduzido após aprovação do produto, com 10.744 pacientes com sobEm um estudo conduzido após aprovação do produto, com 10.744 pacientes com sobrepesorepesorepesorepeso
ouououou obesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco cardiovascular, tratados comobesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco cardiovascular, tratados comobesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco cardiovascular, tratados comobesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco cardiovascular, tratados com
sibutramina,sibutramina,sibutramina,sibutramina, observouobservouobservouobservou----se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio não fatal,se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio não fatal,se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio não fatal,se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio não fatal,
acidente vascularacidente vascularacidente vascularacidente vascular cerebral não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascularcerebral não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascularcerebral não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascularcerebral não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascular
comparcomparcomparcomparados com placebo (taxa deados com placebo (taxa deados com placebo (taxa deados com placebo (taxa de risco de 1,162 [IC95% 1,029, 1,311; p=0,015]).risco de 1,162 [IC95% 1,029, 1,311; p=0,015]).risco de 1,162 [IC95% 1,029, 1,311; p=0,015]).risco de 1,162 [IC95% 1,029, 1,311; p=0,015]).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cloridrato de sibutramina monoidratado é indicado como terapia adjuvante como parte de um programa de
gerenciamento de peso para pacientes obesos com um índice de massa corpórea (IMC) maior ou igual a 30
kg/m2.
Em um estudo com duração de dois anos, avaliou-se a manutenção do peso em 605 pacientes com um
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IMC de 30 - 45 kg/m2, os quais receberam dieta com redução de calorias, aconselhamento de exercícios
físicos e modificação comportamental. Durante seis meses, em fase aberta, quando todos os pacientes
receberam diariamente 10 mg de sibutramina, 94% dos pacientes conseguiram perda de peso ≥ 5%. A
média de perda de peso foi 11,9 kg. Pacientes que conseguiram perda de peso ≥ 5% durante esta fase,
foram randomizados para uma fase adicional de 18 meses de estudo duplo-cego e placebo-controlado.
Durante esta fase, os médicos tiveram a opção de aumentar a dose de sibutramina ou placebo para 15 mg
ou 20 mg se ocorresse a recuperação do peso.
Após 2 anos de tratamento, 69% dos pacientes tratados com sibutramina (comparados a 42% com
placebo) mantiveram pelo menos 5% de redução de peso, enquanto 46% dos pacientes tratados
(comparados a 20% com placebo) mantiveram pelo menos 10% de redução de peso. Também após 2
anos, cerca de 43% dos pacientes tratados com sibutramina mantiveram 80% ou mais de sua perda de
peso original (i.e., sua perda de peso em 6 meses) comparado a 16% com placebo. A perda de peso média
foi de 11 kg para pacientes com sibutramina e 6 kg para pacientes com placebo.
W Philip T James, et al. Effect of sibutramine on weight maintenance after weight loss: a randomised
trial. STORM Study Group. Sibutramine Trial of Obesity Reduction and Maintenance. LANCET 2000;
356: 2119-25.
O cloridrato de sibutramina monoidratado é administrado via oral para o tratamento da obesidade (E66),
sendo identificado quimicamente como uma mistura racêmica dos enantiômeros (+) e (-) do cloridrato de
1-(4-clorofenil)-N,N-dimetil--(2-metilpropil)-ciclobutanometanomina monoidratado. Sua fórmula
empírica é C17H29Cl2NO. Seu peso molecular é 334,33. É um pó cristalino, branco a branco leitoso, com
solubilidade 2,9 mg/ml em água com pH 5,2. Seu coeficiente de separação em octanol-água é de 30,9 em
pH 5,0.
Mecanismo de ação:Mecanismo de ação:Mecanismo de ação:Mecanismo de ação:
A sibutramina exerce seus efeitos terapêuticos através da inibição da recaptação da noradrenalina,
serotonina e dopamina. A sibutramina e seus principais metabólitos farmacologicamente ativos (M1 e M2)
não agem através da liberação de monoaminas.
Farmacodinâmica:Farmacodinâmica:Farmacodinâmica:Farmacodinâmica:
A sibutramina exerce suas ações farmacológicas predominantemente através de seus metabólitos amino
secundário (M1) e primário (M2), que são inibidores da recaptação de noradrenalina, serotonina (5-
hidroxitriptamina, 5-HT) e dopamina. O composto de origem, a sibutramina, é um potente inibidor da
recaptação de serotonina. Em tecido cerebral humano, M1 e M2 inibem também a recaptação de dopamina
in vitro, mas com uma potência três vezes mais baixa do que a inibição da recaptação de serotonina ou
noradrenalina. Amostras plasmáticas obtidas de voluntários tratados com sibutramina causaram inibição
significativa tanto da recaptação de noradrenalina (73%) quanto da recaptação de serotonina (54%), mas
sem inibição significativa da recaptação da dopamina (16%).
A sibutramina e seus metabólitos (M1 e M2) não são agentes liberadores de monoaminas e também não
são IMAOs. Eles não apresentam afinidade para um grande número de receptores de neurotransmissores,
incluindo os receptores serotoninérgicos (5-HT1, 5-HT1A, 5-HT1B, 5-HT2A, 5-HT2C), adrenérgicos (β1,
β2,
β3, α1 e α2), dopaminérgicos (D1 e D2), muscarínicos, histaminérgicos (H1), benzodiazepínicos e
glutamato (NMDA). Em modelos experimentais em animais utilizando ratos magros em crescimento e
obesos, a sibutramina produziu uma redução no ganho de peso corporal. Acredita-se que isto tenha
resultado de um impacto sobre a ingestão de alimentos, isto é, do aumento da saciedade, mas a
termogênese aumentada também contribuiu para a perda de peso. Demonstrou-se que estes efeitos foram
mediados pela inibição da recaptação de serotonina e noradrenalina.
Farmacocinética:Farmacocinética:Farmacocinética:Farmacocinética:
A sibutramina é bem absorvida e sofre extenso metabolismo de primeira passagem. Os níveis plasmáticos
máximos (Cmáx) foram obtidos 1,2 horas após uma única dose oral de 20 mg de cloridrato de sibutramina
monoidratado, e a meia-vida do composto principal é de 1,1 horas.
Os metabólitos farmacologicamente ativos M1 e M2 atingem Cmáx em 3 horas, com meia-vida de
eliminação de 14 e 16 horas, respectivamente.
Foi demonstrada uma cinética linear nas doses entre 10 a 30 mg, sem qualquer alteração dose-dependente
na meia-vida de eliminação, mas com um aumento nas concentrações plasmáticas proporcional à dose.
Sob doses repetidas, as concentrações no estado de equilíbrio dos metabólitos M1 e M2 são alcançadas
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dentro de quatro dias, com um acúmulo de aproximadamente o dobro.
A farmacocinética da sibutramina e seus metabólitos em indivíduos obesos é semelhante àquela
observada em indivíduos de peso normal.
O índice de ligação às proteínas plasmáticas da sibutramina e seus metabólitos M1 e M2 é de 97%, 94% e
94%, respectivamente. O metabolismo hepático é a principal via de eliminação da sibutramina e de seus
metabólitos ativos M1 e M2.
Outros metabólitos (inativos) M5 e M6 são excretados principalmente através da urina, com urina:fezes de
10:1.
Estudos com microssomos hepáticos in vitro mostraram que o CYP3A4 é a principal isoenzima do
sistema citocromo P450 responsável pelo metabolismo da sibutramina. ln vitro não houve indicação de
uma afinidade com CYP2D6, que possui uma baixa capacidade enzimática, estando envolvido em
interações farmacocinéticas com várias substâncias. Outros estudos in vitro mostraram que a sibutramina
não apresenta efeito significativo sobre a atividade das principais isoenzimas P450, incluindo CYP3A4.
Foi demonstrado que as enzimas do citocromo P450 envolvidas no posterior metabolismo do metabólito 2
(in vitro) são CYP3A4 e CYP2C9. Embora não existam dados até o momento, é provável que o CYP3A4
também esteja envolvido no posterior metabolismo do metabólito M1.
Cloridrato de sibutramina monoidratado é contraindicado para uso por:
- Pacientes com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos 1 outro fator de risco, isto é,
hipertensão controlada por medicação, dislipidemia, prática atual do tabagismo ou nefropatia diabética
com evidência de microalbuminúria;
- Pacientes com história de doença arterial coronariana (angina, história de infarto do miocárdio),
insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterial obstrutiva periférica, arritmia ou doença
cerebrovascular (acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório - TIA);
- Pacientes com hipertensão controlada inadequadamente (> 145/90 mmHg) (ver “Advertências e
Precauções”);
- Pacientes com história ou presença de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia;
- Pacientes recebendo outros medicamentos de ação central para a redução de peso ou tratamento de
transtornos psiquiátricos;
- Pacientes recebendo inibidores da monoaminoxidase. É recomendado um intervalo de pelo menos duas
semanas após a interrupção dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com sibutramina (ver “Interações
Medicamentosas”);
Cloridrato de sibutramina monoidratado é contraindicado a pacientes com índice de massa corpórea (IMC)
menor que 30 kg/m2.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à sibutramina ou a
qualquer outro componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças, adolescentes e idosos acima de 65 anos.
Pressão Arterial e Frequência Cardíaca: A sibutramina aumenta substancialmente a pressão arterial
e/ou frequência cardíaca em alguns pacientes. A monitorização da pressão arterial e frequência cardíaca é
necessária durante o tratamento com sibutramina.
Nos primeiros 3 meses de tratamento, a pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser verificadas a
cada 2 semanas. Entre 4 e 6 meses estes parâmetros devem ser verificados uma vez por mês e em seguida,
periodicamente, a intervalos máximos de 3 meses. O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que
tenham um aumento, após duas medições consecutivas, da frequência cardíaca de repouso de ≥ 10 bpm
ou pressão arterial sistólica/diastólica de ≥ 10 mmHg. Em pacientes hipertensos bem controlados, se a
pressão arterial exceder a 145/90 mmHg em duas leituras consecutivas, o tratamento deve ser
descontinuado (ver “Reações Adversas”).
Em pacientes com a síndrome da apneia do sono, cuidados especiais devem ser tomados na monitorização
da pressão arterial.
Glaucoma: A sibutramina deve ser utilizada com cautela por pacientes com glaucoma.
Hipertensão Pulmonar: Embora a sibutramina não tenha sido associada à hipertensão pulmonar,
determinados agentes redutores de peso de ação central que causam a liberação de serotonina nas
terminações nervosas (mecanismo de ação diferente da sibutramina) foram associados à hipertensão
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pulmonar.
Distúrbios Psiquiátricos: Casos de psicose, mania, ideação suicida e suicídio foram relatados em
pacientes tomando sibutramina. Se estes eventos ocorrerem, o tratamento com sibutramina deve ser
descontinuado.
Casos de depressão foram relatados em pacientes tomando sibutramina. Se este evento ocorrer durante o
tratamento com sibutramina, a descontinuação deve ser considerada.
Epilepsia: Cloridrato de sibutramina monoidratado deve ser utilizado com cautela por pacientes com
epilepsia.
Disfunção Renal: A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal
leve a moderada. A sibutramina não deve ser utilizada em pacientes com insuficiência renal grave,
incluindo pacientes com insuficiência renal em estágio avançado e que realizam diálise (ver
“Farmacocinética”).
Disfunção Hepática: Cloridrato de sibutramina monoidratado deve ser usado com cautela em pacientes com
disfunção hepática leve a moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com disfunção hepática
grave.
Distúrbios Hemorrágicos: Em comum com outros agentes que inibem a recaptação de serotonina (por
exemplo, sertralina e fluoxetina), existe um risco potencial no aumento de hemorragias em pacientes
tomando sibutramina.
A sibutramina deve ser usada com cautela em pacientes com predisposição a hemorragias e aqueles que
tomam concomitantemente medicamentos conhecidos por afetar a hemostasia e função plaquetária.
Interferência com o Desempenho Motor e Cognitivo: Embora a sibutramina não afete o desempenho
psicomotor e cognitivo em voluntários sadios, qualquer medicamento de ação no SNC pode prejudicar
julgamentos, pensamentos ou habilidade motora.
Outras: Causas orgânicas de obesidade (como por exemplo, hipotireoidismo não tratado) devem ser
excluídas antes da prescrição de Cloridrato de sibutramina monoidratado.
Abuso: Embora os dados clínicos disponíveis não tenham evidenciado abuso com a sibutramina, os
pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto a antecedentes de abuso de drogas e observados
quanto a sinais de uso inadequado ou abuso.
Cuidados e advertências para populações especiais
Sexo: Os dados disponíveis até o momento são relativamente limitados e não fornecem evidências de
uma diferença clinicamente relevante na farmacocinética em homens e mulheres.
Pacientes idosos: Embora o perfil farmacocinético observado em indivíduos idosos sadios (idades entre
61 a 77 anos) não mostre diferenças que possam ser de relevância clínica em comparação ao observado
em indivíduos sadios mais jovens, Cloridrato de sibutramina monoidratado é contraindicado em pacientes
com idade superior a 65 anos
(ver “Contraindicações”).
Insuficiência Renal: Estudou-se a distribuição dos metabólitos de sibutramina M1, M2, M5 e M6 em
pacientes com diferentes graus de insuficiência renal. Este procedimento não foi realizado para a
sibutramina.
A área sobre a curva (ASC) dos metabólitos ativos M1 e M2, em geral, não foi afetada pela presença de
disfunção renal. Em pacientes com insuficiência renal avançada que realizam diálise, a ASC do
metabólito M2 era metade da apresentada por pacientes normais (CLcr ≥ 80 ml/min). A ASC dos
metabólitos inativos M5 e M6 aumentou 2 a 3 vezes na presença de disfunção moderada (30 ml/min ≤
CLcr ≤ 60 ml/min), 8 a 11 vezes em pacientes com disfunção grave (CLcr ≤ 30 ml/min) e 22 a 33 vezes
em pacientes com disfunção renal em estágio avançado e que realizam diálise, quando comparados com
indivíduos sadios. Aproximadamente 1% da dose oral é encontrada no dialisado, associado aos
metabólitos M5 e M6 durante o processo de hemodiálise. Os metabólitos M1 e M2 não são encontrados no
dialisado.
A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal leve a moderada. A
sibutramina não deve ser usada em pacientes com insuficiência renal grave, incluindo pacientes em
estágio avançado e que realizam diálise.
Insuficiência Hepática: Em indivíduos com insuficiência hepática moderada, a biodisponibilidade dos
metabólitos ativos foi 24% mais elevada após dose única de sibutramina.
A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. A
sibutramina não deve ser usada em pacientes com insuficiência hepática grave.
Uso em Crianças: A sibutramina não deve ser usado em crianças e adolescentes (ver
“Contraindicações”).
Uso Durante a Gravidez e Lactação
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Embora os estudos em animais tenham mostrado que a sibutramina não é teratogênica, a segurança do seu
uso durante a gestação humana não foi estabelecida e, por esta razão, o emprego de Cloridrato de
sibutramina monoidratado durante a gestação não é recomendado. Mulheres com potencial para engravidar
devem empregar medidas de contracepção adequadas durante o tratamento com Cloridrato de sibutramina
monoidratado. As pacientes devem ser advertidas a notificar o médico se engravidarem ou se pretenderem
engravidar durante o tratamento.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Período de Amamentação
Não é conhecido se a sibutramina ou seus metabólitos são excretados no leite materno, portanto, o
emprego de Cloridrato de sibutramina monoidratado durante a lactação não é recomendado. A paciente
deverá notificar seu médico se estiver amamentando.
Este medicamento pode causar doping.
Estudo SCOUT:
SCOUT foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com fase cega inicial
prérandomização (período introdutório ou de lead in). O estudo foi conduzido após a aprovação da
sibutramina, como um compromisso assumido frente às autoridades regulatórias europeias.
No estudo foram incluídos 10.744 pacientes (dos quais foram randomizados 9.805) com sobrepeso ou
obesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco de eventos cardiovasculares (sendo a maioria
contraindicados a receber o tratamento com sibutramina). No estudo, pacientes com alto risco
cardiovascular foram tratados com sibutramina apesar da perda de peso inadequada, o que é inconsistente
com as instruções de uso.
Os pacientes incluídos no estudo foram agrupados em 1 de 3 grupos de risco cardiovascular segundo as
seguintes definições:
- “Diabetes Mellitus (DM) Apenas" - participantes com histórico de DM Tipo 2 com pelo menos 1
outro fator de risco (i.e., hipertensão controlada por medicação, dislipidemia, prática atual do
tabagismo, nefropatia diabética com evidência de microalbuminúria), mas sem histórico de doença de
artérias coronarianas, doença cerebrovascular, ou doença vascular periférica preexistente;
- “CV Apenas” - participantes com um histórico de doença de artérias coronarianas, doença
cerebrovascular, ou doença oclusiva arterial periférica preexistentes, mas sem histórico de diabetes
mellitus tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco;
- “CV + DM” - participantes com um histórico preexistente de doença de artérias coronarianas, doença
cerebrovascular, ou doença arterial oclusiva periférica, e histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo
menos um outro fator de risco.
Nos indivíduos tratados com sibutramina, observou-se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio
não fatal, acidente vascular cerebral não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascular (561/4906,
11,4%), comparados com indivíduos tratados com placebo (490/4898, 10,0%) (taxa de risco 1,162 [IC
95% 1,029, 1,311]; p=0,015). Não houve diferença significativa na incidência de morte CV ou
mortalidade por todas as outras causas entre os grupos de tratamento.
Os resultados de segurança do estudo SCOUT estão disponíveis na seguinte referência bibliográfica: Data
Substâncias de ação sobre o SNC: o uso de Cloridrato de sibutramina monoidratado é contraindicado em
pacientes que usam concomitantemente outras drogas de ação no SNC para redução de peso ou tratamento de
distúrbios psiquiátricos (ver “Contraindicações”).
Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs): o uso concomitante de Cloridrato de sibutramina monoidratado
com inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) é contraindicado. Deve haver um intervalo mínimo de 2
semanas após interrupção dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com sibutramina (ver
“Contraindicações”).
Síndrome serotoninérgica: o uso simultâneo de várias drogas que aumentam os níveis de serotonina no
cérebro, pode originar a síndrome de serotonina. A síndrome de serotonina ocorre raramente em casos
com utilização simultânea de um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) com certas drogas
indicadas para o tratamento de migrânea, com certos opioides ou em casos de uso simultâneo de dois
ISRS.
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Como a sibutramina inibe a recaptação de serotonina, não deve ser usada concomitantemente com outras
drogas que também aumentem os níveis de serotonina no cérebro.
Substâncias que podem aumentar a pressão arterial e/ou a frequência cardíaca: o uso concomitante
de sibutramina e outros agentes que podem aumentar a pressão arterial e/ou a frequência cardíaca não foi
sistematicamente avaliado. Esses agentes incluem determinados medicamentos descongestionantes,
antitussígenos, antigripais e antialérgicos que contêm substâncias como a efedrina ou pseudoefedrina.
Deve-se ter cautela quando prescrever Cloridrato de sibutramina monoidratado a pacientes que utilizam esses
medicamentos.
Substâncias inibidoras do metabolismo do citocromo P450 (3A4): a administração concomitante de
inibidores enzimáticos tais como o cetoconazol, a eritromicina e a cimetidina podem aumentar as
concentrações plasmáticas da sibutramina. Recomenda-se cautela na administração concomitante da
sibutramina com outros inibidores enzimáticos CYP3A4.
Álcool: a administração concomitante de dose única de sibutramina com álcool não resultou em
interações com alterações adicionais do desempenho psicomotor ou funções cognitivas. Entretanto, o uso
concomitante de álcool com Cloridrato de sibutramina monoidratado não é recomendado.
Contraceptivos orais: a sibutramina não afeta a eficácia dos contraceptivos orais.
Alterações laboratoriais: aumentos reversíveis das enzimas hepáticas.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados
os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de
sua fabricação.
Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e úmidos (ex: banheiro, cozinha, carros
etc).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto do medicamento:
Cloridrato de sibutramina monoidratado 10 mg: Cápsula de gelatina dura, de cor verde na cabeça e branca no
corpo, contendo granulado de cor branca.
Cloridrato de sibutramina monoidratado 15 mg: Cápsula de gelatina dura, de cor roxa na cabeça e branca no
corpo, contendo granulado branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose inicial recomendada é de 1 cápsula de 10 mg por dia, administrada por via oral, pela manhã, com
ou sem alimentação, engolida por inteiro com líquido (um copo de água).
Se o paciente não perder pelo menos 2 kg nas primeiras 4 semanas de tratamento, deve-se considerar a
reavaliação do tratamento, que pode incluir um aumento da dose para 15 mg ou a descontinuação da
sibutramina.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não responderem a terapia de perda de peso após 4
semanas de tratamento com dose diária de 15 mg (definido como menos que 2 kg).
No caso de titulação da dose, deve-se levar em consideração os índices de variação da frequência cardíaca
e da pressão arterial (ver “Advertências e Precauções”).
Doses acima de 15 mg ao dia não são recomendadas.
A sibutramina deve ser somente administrada por período de até 2 anos.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não atingirem a perda de peso adequada, por
exemplo, aqueles cuja a perda de peso se estabiliza em menos de 5% do peso inicial ou cuja a perda de
peso após 3 meses do início da terapia for menos que 5% do peso inicial.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que readquirirem 3 kg ou mais após a perda de peso
adquirida anteriormente.
Em pacientes com condições de comorbididade associada, é recomendado que o tratamento com
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sibutramina somente seja mantido se a indução da perda de peso estiver associada com outros benefícios
clínicos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Reações Durante Estudos Clínicos
A maior parte dos efeitos colaterais relatados ocorreu no início do tratamento com sibutramina (durante as
primeiras quatro semanas). Sua gravidade e frequência diminuíram no decorrer do tempo. Os efeitos, em
geral, não foram graves, não levaram a descontinuação do tratamento e foram reversíveis. Os efeitos
colaterais observados nos estudos clínicos de fase II/III conduzidos com sibutramina são relacionados a
seguir (muito comuns ≥ 1/10; comuns ≥ 1/100 e < 1/10):
- Reação muito comum (≥ 1/10): constipação, boca seca e insônia.
- Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10): taquicardia, palpitações, aumento da pressão arterial/hipertensão,
vasodilatação (ondas de calor), náuseas, piora da hemorroida, delírios/tonturas, parestesia, cefaleia,
ansiedade, sudorese e alterações do paladar.
Aumento da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca em Estudos Clínicos Pré-comercialização
Foram observados um aumento médio da pressão arterial sistólica e diastólica de repouso na variação
entre 2 a 3 mmHg e aumento médio na frequência cardíaca de 3 a 7 batimentos por minuto. Aumento
superior da pressão arterial e da frequência cardíaca foi observado em alguns pacientes.
Aumentos clinicamente relevantes na pressão sanguínea e frequência cardíaca tendem a ocorrer no início
do tratamento (nas primeiras 4 a 12 semanas). A terapia deve ser descontinuada nestes casos (ver
“Advertências e Precauções”).
Reações Observadas nos Estudos de Fase IV ou na Farmacovigilância Pós-Comercialização
Os eventos adversos clinicamente relevantes observados nos estudos clínicos e de obesidade durante o
período pós-comercialização são listados abaixo:
- Sistema hematológico e linfático: trombocitopenia.
- Sistema imunológico: foram relatadas reações de hipersensibilidade alérgica variando desde leves
erupções cutâneas e urticária até angioedema e anafilaxia.
- Transtornos psiquiátricos: foram relatados casos de psicose, mania, ideias suicidas e suicídio em
pacientes tratados com sibutramina. Se algum destes eventos ocorrer com o tratamento de sibutramina, o
medicamento deverá ser descontinuado.
Casos de depressão foram observados em pacientes tratados com sibutramina. Se este evento ocorrer
durante o tratamento com sibutramina, deve-se considerar a descontinuação do tratamento.
- Sistema nervoso: convulsões e alteração transitória de memória recente.
- Distúrbios oculares: turvação visual.
- Distúrbios cardíacos: fibrilação atrial.
- Sistema gastrintestinal: diarreia e vômitos.
- Pele e tecido subcutâneo: alopécia, erupções cutâneas e urticária.
- Rins/Alterações urinárias: retenção urinária e nefrite intersticial aguda.
- Sistema reprodutor: ejaculação anormal (orgasmo), impotência, distúrbios do ciclo menstrual,
metrorragia.
- Alterações Laboratoriais: aumentos reversíveis das enzimas hepáticas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.