Bula do Cloridrato de Tramadol para o Paciente

Bula do Cloridrato de Tramadol produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cloridrato de Tramadol
União Química Farmacêutica Nacional S/a - Paciente

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BULA COMPLETA DO CLORIDRATO DE TRAMADOL PARA O PACIENTE

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cloridrato de tramadol

União Química Farmacêutica Nacional S/A

Solução injetável

50 mg/mL

2

Medicamento genérico Lei n

o

9.787, de 1999

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Solução injetável 50 mg/mL: embalagem contendo 50 ampolas de 1 mL ou 50 ampolas de 2 mL.

USO ENDOVENOSO/INTRAMUSCULAR (EV/IM)

USO ADULTO ACIMA DE 16 ANOS

COMPOSIÇÃO:

Cada mL contém:

cloridrato de tramadol .......................................................................... 50 mg

Veículo: acetato de sódio tri-hidratado e água para injetáveis.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

O cloridrato de tramadol solução injetável é indicado para analgesia (alívio da dor) de intensidade moderada a

grave; independente do tempo que esta dor atinge o paciente seja a dor do tipo aguda, subaguda e crônica.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O cloridrato de tramadol é um agonista (substância que se liga a uma porção celular – chamada receptor -

simulando a ação de outra) que age nos receptores opioides do sistema nervoso, com efeito analgésico, utilizada

para aliviar a dor.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? LEIA TAMBéM A RESPOSTA 8.

O cloridrato de tramadol não deve ser utilizado se você: (1) tem hipersensibilidade (alergia) a tramadol ou a

qualquer componente do produto; (2) faz atualmente – ou, fez nos últimos 14 dias – tratamento com

medicamentos inibidores da MAO (tipo de antidepressivo que inibe uma enzima que metaboliza – “destrói” – o

neurotransmissor serotonina, substância produzida pelo corpo que transmite a sensação de bem estar); (3) tem

epilepsia (crises convulsivas) não controlada com tratamento; (4) está se tratando de abstinência (conjunto de

reações do corpo que acontecem por falta de uma determinada substância a que ele está acostumado) a

narcóticos (substâncias entorpecentes); (5) está sendo tratado de intoxicação aguda (reação por consumo de

quantidades excessivas) de álcool, hipnóticos (medicamentos que induzem o sono), opioides (medicamentos

derivados do ópio) e outros psicotrópicos (substâncias que agem no sistema nervoso e seu comportamento).

Não consuma bebidas alcoólicas junto com cloridrato de tramadol.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO? LEIA TAMBéM AS RESPOSTAS 3 E 8.

Como não estão disponíveis evidências adequadas na segurança de tramadol em mulheres grávidas, cloridrato

de tramadol não deve ser utilizado durante a gravidez. O cloridrato de tramadol não deve ser usado por mulheres

que estejam amamentando.

Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação após uma única dose de cloridrato de tramadol.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

A presença de qualquer outro problema de saúde pode sofrer interferência com o uso de cloridrato de tramadol.

O cloridrato de tramadol deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência e/ou abuso (ou

história prévia) aos opioides e/ou outras substâncias, ferimentos na cabeça, choque (estado de profunda

depressão mental ou física, consequente de lesão física grave ou distúrbio emocional), alterações do nível de

consciência de origem não estabelecida, alterações da função ou do centro respiratório, pressão intracraniana

(pressão dentro do crânio) aumentada, portadores de epilepsia.

3

Pacientes com tendência ao abuso ou a dependência de medicamentos só devem usar cloridrato de tramadol por

períodos curtos e sobre estrita e rigorosa supervisão médica. O cloridrato de tramadol tem potencial baixo de

causar dependência. O risco aumenta quando as doses são superiores à dose máxima indicada (400mg/dia). Uso

prolongado de cloridrato de tramadol pode levar à dependência química e física, assim como o desenvolvimento

de tolerância (fenômeno em que uma determinada dose da medicação já não é capaz de atingir o efeito

desejado).

Há relatos de convulsões em pacientes usando as doses recomendadas de cloridrato de tramadol, observa-se que

o risco aumenta quando as doses são superiores à dose máxima indicada (400mg/dia). O uso de cloridrato de

tramadol com outras medicações que podem desencadear crises convulsivas também pode aumentar esse risco.

Comunique ao seu médico se você tem epilepsia, história e/ou tendência de ter convulsões.

Durante o tratamento, você não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção

podem estar prejudicadas.

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.

O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama

interação medicamentosa.

O cloridrato de tramadol pode aumentar a atividade das medicações psicotrópicas (que agem no sistema nervoso

central) – especialmente dos antidepressivos tricíclicos e inibidores da recaptação da serotonina e dos

neurolépticos – inclusive aumentando o potencial risco de essas medicações desencadearem convulsões.

Há possibilidade de redução da eficácia e/ou da duração da ação de cloridrato de tramadol quando ele for usado

com a carbamazepina (medicamento usado no tratamento da epilepsia), buprenorfina (medicamento usado para

tratar crise de abstinência), naburfina (analgésico com ação muito potente) e pentazocina (analgésico com ação

muito potente). Também há possibilidade disso acontecer quando usado com medicamentos que alterem a

função das enzimas (tipo de substâncias) hepáticas (produzidas no fígado) que são responsáveis pelo

metabolismo (transformação de substâncias), tais como o cetoconazol e a eritromicina.

O uso de cloridrato de tramadol com anticoagulantes (medicações que diminuem a capacidade de coagulação do

sangue) derivados cumarínicos (por exemplo, varfarina) pode aumentar o risco de sangramento.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºc); proteger

da luz.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho)

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico: líquido límpido, incolor a levemente amarelado, isento de partículas estranhas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

A melhor eficácia analgésica (redução e/ou cessação da dor) é atingida quando a dose de cloridrato de tramadol

é individualizada (processo em que a dose é ajustada à intensidade da dor, à sensibilidade do paciente ao

estímulo doloroso e ao efeito da medicação). O esquema recomendado é apenas uma sugestão. Sempre se deve

usar a menor dose eficaz para produzir analgesia. O tratamento com cloridrato de tramadol deve ser feito apenas

pelo período de tempo necessário. Seu médico determinará a duração do tratamento e a quantidade de

medicamento administrada por dia, e monitorará sua resposta e condições.

O cloridrato de tramadol solução injetável sempre será preparado e administrado por um médico ou por um

profissional de saúde especializado. As instruções para administração, reconstituição, diluição e infusão estão

disponibilizadas na parte destinada aos Profissionais de Saúde, pois somente um médico ou um profissional de

saúde especializado poderá preparar e administrar a medicação.

4

Após a abertura da ampola de cloridrato de tramadol solução injetável, qualquer solução não utilizada deve ser

devidamente descartada.

O cloridrato de tramadol solução injetável demonstrou ser incompatível (não se mistura) com soluções injetáveis

de diclofenaco, indometacina, fenilbutazona, diazepam, flunitrazepam, midazolam e trinitrato de glicerol.

Em pacientes com insuficiência (redução importante da função) dos rins e do fígado a eliminação de cloridrato

de tramadol pode ser mais lenta; nesse caso o médico pode avaliar o espaçamento entre as doses. Isso também

pode ser necessário em idosos.

Se as doses recomendadas são consideravelmente excedidas e outras substâncias depressoras do sistema nervoso

central são administradas concomitantemente, pode ocorrer depressão respiratória.

Cálculo do volume de injeção

1) Calcular a dose total de cloridrato de tramadol (mg) requerida: peso corporal (kg) x dose (mg/kg)

2) Calcular o volume (mL) da solução diluída a ser injetada: dividir a dose total (mg) por uma concentração

apropriada da solução diluída (mg/mL; ver tabela abaixo).

Tabela: Diluição de cloridrato de tramadol solução para injeção

cloridrato de tramadol 50 mg/1mL

solução para injeção + diluente

adicionado

cloridrato de tramadol 100 mg/2mL

Concentração da solução diluída

para injeção (mg de cloridrato de

tramadol/mL)

1 mL + 1 mL 2 mL + 2 mL 25,0 mg/mL

1 mL + 2 mL 2 mL + 4 mL 16,7 mg/mL

1 mL + 3 mL 2 mL + 6 mL 12,5 mg/mL

1 mL + 4 mL 2 mL + 8 mL 10,0 mg/mL

1 mL + 5 mL 2 mL + 10 mL 8,3 mg/mL

1 mL + 6 mL 2 mL + 12 mL 7,1 mg/mL

1 mL + 7 mL 2 mL + 14 mL 6,3 mg/mL

1 mL + 8 mL 2 mL + 16 mL 5,6 mg/mL

1 mL + 9 mL 2 mL + 18 mL 5,0 mg/mL

De acordo com os seus cálculos, diluir os conteúdos da ampola de cloridrato de tramadol adicionando um

diluente adequado, misturar e administrar o volume calculado da solução diluída. Descartar o excesso de

solução para injeção.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não

interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Caso você esqueça-se de usar cloridrato de tramadol no horário estabelecido pelo seu médico, use/tome-o assim

que lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de usar a próxima dose, pule a dose esquecida e use/tome a próxima,

continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não use o

medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer o

resultado do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR? LEIA TAMBéM AS RESPOSTAS 3

e 4.

As reações adversas mais comumente relatadas são: náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais de 10% dos

pacientes.

Comum

Dor de cabeça, sonolência, vômito, constipação (prisão de ventre), boca seca, transpiração, fadiga (cansaço).

Incomum

5

Regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia, hipotensão postural ou colapso cardiovascular), ânsia de

vômito, irritação gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago ou de distensão abdominal (sensação de

estômago cheio)), diarreia, reações dérmicas (por ex.: prurido (coceira), rash (erupções na pele), urticária).

Raro

Bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), hipertensão (aumento da pressão sanguínea), alterações no

apetite, parestesia (dormência e formigamento), tremores, depressão respiratória, convulsão epileptiforme,

contrações musculares involuntárias, coordenação anormal, desmaio, alucinações (percepção de algo que não

existe), confusão, distúrbios do sono, ansiedade, pesadelos, alteração do humor, aumento e/ou redução da

atividade (hipo ou hiperatividade), alterações na capacidade cognitiva (de perceber e compreender) e sensorial

(dos sentidos), dependência do medicamento, visão turva, dispneia (dificuldades para respirar), fraqueza motora,

distúrbios de micção (dificuldade na passagem da urina, disúria (dificuldade ou dor ao urinar) e retenção

urinária, reações alérgicas (por ex.: dispneia, broncoespasmo – redução do calibre dos brônquios, ronco, edema

angioneurótico – inchaço na pele e das mucosas), anafilaxia (reação alérgica grave), sintomas de reação de

retirada (abstinência) do medicamento tais como agitação, ansiedade, nervosismo, insônia (dificuldade para

dormir), hipercinesia (aumento dos movimentos), sintomas gastrintestinais).

Não conhecido

Distúrbio da fala, midríase (dilatação da pupila).

Outros sintomas que foram relatados raramente após a descontinuação do tramadol incluem: ataque de pânico,

ansiedade grave, alucinação, parestesia, zumbido (sensação de barulho no ouvido) e sintomas incomuns do SNC

(por ex.: confusão, alucinação (ilusão), personalização, desrealização, paranoia), rubor e fogacho (sensação de

calor).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo

uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Bula do Cloridrato de Tramadol
União Química Farmacêutica Nacional S/a - Profissional

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