Bula do Cloridrato de Tramadol (Port 344/98 Lista A2) produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CLORIDRATO DE TRAMADOL
EMS S/A
Cápsula gelatinosa dura
50 mg
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: cloridrato de cloridrato de tramadol
“Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999”.
APRESENTAÇÕES:
cloridrato de tramadol cápsulas de 50 mg em embalagens contendo 10, 20, 30, 60 e 500 (Emb. Hosp.) cápsulas.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 16 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de cloridrato de tramadol contém 50mg de cloridrato de cloridrato de tramadol.
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e dióxido de sílicio.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O cloridrato de tramadol cápsula é indicado para dor de intensidade moderada a grave, de caráter agudo, subagudo e crônico.
Estudos Clínicos
O cloridrato de tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100mg a pacientes com dores geradas após
procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).
Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50 e
75mg de cloridrato de tramadol. A dose de 100mg de cloridrato de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60mg de
sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60mg de fosfato de codeína.
O cloridrato de tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo um total de 820 pacientes,
onde 530 deles receberam cloridrato de tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram estudados em um
estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250mg de cloridrato de
tramadol em doses divididas, foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de paracetamol com 30 mg de fosfato
de codeína, a cinco doses diárias de 325mg de ácido acetilsalicílico com 30mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias
de 500mg de paracetamol com 5mg de cloridrato de oxicodona.
Propriedades Farmacodinâmicas
O cloridrato de tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista puro não seletivo dos receptores opioides µ (mi),
δ(delta) e κ(kappa), com uma afinidade maior pelo receptor µ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito analgésico de
cloridrato de tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da liberação de serotonina.
O cloridrato de tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, de uma maneira geral, doses analgésicas de
cloridrato de tramadol não apresentam efeito depressor sobre sistema respiratório. A motilidade gastrintestinal também não é
afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a potência de cloridrato de tramadol é 1/10 a 1/6
da potência da morfina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intramuscular em humanos, cloridrato de tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio de
concentração sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade é quase 100%. Mais de 90% de cloridrato de
tramadol é absorvido após administração oral em humanos( cloridrato de tramadol cápsulas). A meia-vida de absorção é de 0,38 ±
0,18 h.
Uma comparação das áreas sob as curvas das concentrações séricas de cloridrato de tramadol (AUC) após administração oral e I.V.
mostra uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para cloridrato de tramadol cápsulas. Comparado com outros analgésicos opioides a
biodisponibilidade absoluta de cloridrato de tramadol cápsulas é extremamente alta.
Os picos de concentrações séricas são alcançados após 2h após administração de cloridrato de tramadol cápsulas. Após
administração de cloridrato de tramadol Retard, o pico de concentração plasmática Cmáx é de 141 ± 40 ng/mL após 4,9 horas.
A farmacocinética de cloridrato de tramadol comprimidos e solução oral não são significativamente diferentes de cloridrato de
tramadol cápsulas em relação à extensão da biodisponibilidade medida pela AUC. Houve uma diferença de 10% na Cmáx entre
cloridrato de tramadol cápsulas e cloridrato de tramadol comprimidos. O tempo para alcançar a Cmáx foi de 1 hora para cloridrato
de tramadol solução oral, 1,5 horas para cloridrato de tramadol comprimidos e 2,2 horas para cloridrato de tramadol cápsulas
refletindo a rápida absorção das formas líquidas orais.
O cloridrato de tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se às proteínas
plasmáticas.
O cloridrato de tramadol atravessa as barreiras placentárias e hematoencefálica. Pequenas quantidades de cloridrato de tramadol e do
derivado O-desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02% da dose aplicada, respectivamente).
A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidos na biotransformação de cloridrato de tramadol pode afetar a
concentração plasmática de cloridrato de tramadol ou seus metabólitos ativos. Até o momento, não foram observadas interações
clinicamente relevantes.
O cloridrato de tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária cumulativa é 90%
da radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas, independentemente
da via de administração. Em pacientes acima de 75 anos de idade, a meia-vida de eliminação pode ser prolongada por um fator de
aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as meias-vidas de eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (cloridrato de tramadol)
e 18,5 ± 4,9 h (O-desmetilcloridrato de tramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h, respectivamente. Em pacientes
com insuficiência renal (clearancede creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2 h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo
19,5h e 43,2 h, respectivamente. Em humanos, o cloridrato de tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e
conjugação dos produtos da O-desmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-desmetil cloridrato de tramadol é
farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos. Até o momento,
onze metabólitos foram detectados na urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetil cloridrato de tramadol é 2-4
vezes mais potente do que o fármaco inalterado. A meia-vida t1/2,β(6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4 – 9,6 h), bastante similar à
meia-vida de cloridrato de tramadol.
O cloridrato de tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica.
A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia consideravelmente em casos isolados. Uma
concentração sérica de 100-300 ng/mL é usualmente eficaz.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Após a administração repetida oral e parenteral de cloridrato de tramadol por 6-26 semanas em ratos e cães, e após administração
oral por 12 meses em cães, testes hematológicos, clínico-químicos e histológicos não demonstraram evidências de alterações
relacionadas à substância. Somente ocorreram manifestações no sistema nervoso central após doses altas, consideravelmente acima
da dose terapêutica (agitação, salivação, convulsão e redução do ganho de peso). Ratos e cães toleraram doses orais de 20 mg/kg e
10 mg/kg de peso corpóreo, respectivamente, e cães toleraram doses retais de 20 mg/kg de peso corpóreo, sem qualquer reação.
Em ratos, doses de no mínimo 50 mg/kg/dia de cloridrato de tramadol causaram toxicidade materna e aumento da mortalidade
neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios de ossificação e retardo na abertura vaginal e dos olhos. A fertilidade
masculina não foi afetada. Após doses elevadas (mínimo de 50 mg/kg/dia), as fêmeas sofreram redução na ocorrência de gravidez.
Em coelhos, foi relatada toxicidade materna em doses superiores a 125 mg/kg e anomalias esqueléticas na prole.
Em alguns testes in vitro, houve evidência de efeitos mutagênicos. Estudos in vivo não demonstraram tais efeitos. Até o momento,
cloridrato de tramadol pode ser classificado como não mutagênico.
Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do cloridrato de tramadol em ratos e camundongos.
O estudo em ratos, não demonstrou evidência de aumento na incidência de tumores devido a essa substância. No estudo em
camundongos, houve uma incidência aumentada de adenomas de células hepáticas em animais machos (aumento dose-dependente,
não significativo a partir de 15 mg/kg) e um aumento nos tumores pulmonares em fêmeas de todos os grupos de doses (significativo,
mas não dose-dependente).
O cloridrato de tramadol é contraindicado:
- a pacientes que apresentam hipersensibilidade a cloridrato de tramadol ou a qualquer componente da fórmula;
- nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros psicotrópicos;
- a pacientes em tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados com esses fármacos nos últimos 14 dias (vide
item 6. Interações Medicamentosas);
- a pacientes com epilepsia não controlada adequadamente com tratamento;
- para tratamento de abstinência de narcóticos.
O cloridrato de tramadol deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides; ferimentos na cabeça;
choque, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com distúrbios da função respiratória ou do centro
respiratório; pressão intracraniana aumentada.
O cloridrato de tramadol deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo cloridrato de tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar quando
as doses de cloridrato de tramadol excederem a dose diária máxima recomendada (400mg). O cloridrato de tramadol pode elevar o
risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para crises convulsivas
(vide item 6. Interações Medicamentosas). Pacientes com epilepsia, ou aqueles susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser
tratados com cloridrato de tramadol sob circunstâncias inevitáveis.
O cloridrato de tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver tolerância e
dependência física e psíquica. Pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, só devem utilizar cloridrato de
cloridrato de tramadolpor períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.
O cloridrato de tramadol não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o cloridrato de tramadol
seja um agonista opioide, cloridrato de tramadol não pode suprimir os sintomas da síndrome de abstinência da morfina.
Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
Mesmo quando administrado de acordo com as instruções da bula, cloridrato de tramadol pode causar efeitos tais como sonolência e
tontura e, portanto, pode prejudicar as reações do paciente ao dirigir veículos ou operar máquinas.
Esse fato diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou substâncias psicotrópicas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.
Uso durante a Gravidez
Estudos em animais revelaram que o cloridrato de tramadol, em doses muito altas, afeta o desenvolvimento dos órgãos, ossificação
e a taxa de mortalidade neonatal. O cloridrato de tramadol atravessa a barreira placentária. Como não estão disponíveis evidências
adequadas na segurança de cloridrato de tramadol em mulheres grávidas, cloridrato de cloridrato de tramadol não deve ser utilizado
durante a gravidez.
O cloridrato de tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos, pode
induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico durante a gravidez pode
levar a sintomas de abstinência neonatal.
O cloridrato de tramadol é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento
não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose de cloridrato de tramadol é secretada no leite materno.
O cloridrato de tramadol não deve ser administrado a lactantes. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação após
uma única administração de cloridrato de tramadol.
Fertilidade
Vigilância pós comercialização não sugere um efeito de cloridrato de tramadol sobre a fertilidade. Estudos em animais não mostram
O cloridrato de tramadol não deve ser combinado com inibidores da MAO (vide item 4. Contraindicações).
Foram observadas interações medicamentosas sérias com inibidores da MAO, com risco de vida com repercussão sobre o sistema
nervoso central, função respiratória e cardiovascular quando houve pré-medicação de inibidores da MAO nos últimos 14 dias antes
do uso do opioide petidina. As mesmas interações não podem ser descartadas durante o tratamento com cloridrato de tramadol.
A administração concomitante de cloridrato de tramadol com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC),
incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC (vide item 9. Reações Adversas).
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que a administração prévia ou concomitante de
cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrer interações clinicamente relevantes.
Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração da ação.
Não se recomenda a combinação de agonistas/antagonistas de receptores de morfina (por ex.: buprenorfina, nalbufina, pentazocina)
e cloridrato de tramadol, pois o efeito analgésico de um agonista puro pode ser teoricamente reduzido nessas circunstâncias.
O cloridrato de tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial de inibidores seletivos da recaptação de serotonina,
antidepressivos tricíclicos, neurolépticos e outros fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas. O uso terapêutico
concomitante de cloridrato de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina,
inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e mirtazapina pode causar
toxicidade de serotonina. A síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes é observado:
- clônus espontâneo
- clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese
- tremor e hiperreflexia
- hipertonia e temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular.
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da
natureza e gravidade dos sintomas.
O tratamento com cloridrato de tramadol junto com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente monitorado, devido
a relatos de aumento no tempo de protrombina (INR) com risco de sangramento e de equimoses em alguns pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo do cloridrato de
tramadol (N-demetilação) e do metabólito ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não é conhecida (vide item 9.
Reações Adversas).
Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um antiemético agonista 5-HT3 ondansetron aumentou a exigência de
cloridrato de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.
O cloridrato de tramadol deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegidos da luz e umidade e pode ser
utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características: cápsula gelatinosa dura com corpo na cor branca e tampa na cor azul, contendo granulado na cor branca.
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a a intensidade da dor e sensibilidade individual do
paciente.
O esquema posológico recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser selecionada a menor dose analgésica eficaz. O
tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem.
As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que
necessitam de doses mais elevadas.
Adultos e jovens com mais de 16 anos de idade:
Forma Farmacêutica Dose única Dose Diária Modo de uso
cloridrato de tramadol 1 a 2 cápsulas até 8 cápsulas
Deve ser ingerido com um
pouco de água.
Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada até 150 mg ou 200 mg 2 vezes/dia de cloridrato de tramadol.
O cloridrato de tramadol pode ser administrado com ou sem alimentos.
O cloridrato de tramadol cápsulas não devem ser mastigados ou partidos. Eles devem ser engolidos inteiros com quantidades
adequadas de líquidos.
Se após administração de dose única de 50 mg de cloridrato de tramadol (equivalente a 1 cápsula) o alívio da dor não for alcançado
dentro de 30-60 minutos, uma segunda dose única de 50 mg pode ser administrada.
Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de cloridrato de tramadol (100 mg de cloridrato de tramadol)
pode ser considerada para dose inicial, a critério médico.
Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura 4 – 8 horas. Normalmente não se devem exceder doses de 400 mg/dia
(correspondente 8 cápsulas de cloridrato de tramadol 50 mg).
Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor pós-operatória grave, podem ser necessárias doses mais
elevadas, sempre a critério médico.
Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem ser necessárias para a analgesia pretendida no período
imediatamente pós-operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores que a administração normal.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal e/ou Hepática
A eliminação de cloridrato de tramadol é retardada em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática. Nesses pacientes, o
prolongamento dos intervalos entre as doses deve ser considerado de acordo com a necessidade do paciente.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos (até 75 anos) sem manifestação clínica hepática ou insuficiência renal. Em
pacientes idosos (acima de 75 anos) a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o intervalo da dose deve ser
aumentado de acordo com as necessidades do paciente.
Duração do Tratamento
O tratamento com cloridrato de tramadol deve ser efetuado apenas pelo período de tempo necessário. Se for necessário tratamento
prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, deve-se estabelecer sua duração e dosagem, exercendo monitoramento
regular e cuidadoso, e fazer algumas interrupções (pausas) na administração do fármaco se necessário.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça-se de utilizar cloridrato de tramadol no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima.
Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode
comprometer a eficácia do tratamento.
O medicamento cloridrato de tramadol cápsulas não deve ser partido, aberto ou mastigado.
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes.
As frequências são definidas a seguir:
Muito comum: ≥1/10
Comum: ≥1/100, <1/10
Incomum: ≥1/1000, <1/100
Raro: ≥1/10.000, <1/1000
Muito raro:<1/10.000
Não conhecido: não pode ser estimado dos dados disponíveis
Distúrbio cardiovascular
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia, hipotensão postural ou colapso cardiovascular).
Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que são fisicamente
estressados.
Raro: bradicardia, hipertensão.
Distúrbio do sistema nervoso
Muito comum: tontura.
Comum: dor de cabeça, sonolência.
Raro: alterações no apetite, parestesia, tremor, depressão respiratória, convulsão epileptiforme, contrações musculares involuntárias,
coordenação anormal, desmaio.
Se as doses recomendadas são consideravelmente excedidas e outras substâncias depressoras do SNC são administradas
concomitantemente (vide item 6. Interações Medicamentosas), pode ocorrer depressão respiratória.
Convulsões epileptiformes ocorreram principalmente após a administração de altas doses de cloridrato de tramadol ou após o
tratamento concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar para crise convulsiva (vide item 5. Advertências e item 6.
Interações Medicamentosas).
Não conhecido: distúrbios da fala.
Distúrbio psiquiátrico
Raro: alucinações, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.
As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de cloridrato de tramadol que varia individualmente em
intensidade e natureza (dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Essas reações incluem alteração no
humor (geralmente euforia, ocasionalmente disforia), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente elevação) e
alterações na capacidade cognitiva e sensorial (por ex.: comportamento de decisão, problemas de percepção).
Pode ocorrer dependência.
Distúrbio da visão
Raro: visão turva, miose
Não conhecido: midríase.
Distúrbio respiratório
Raro: dispneia.
Foi relatada piora de asma, embora não tenha sido estabelecida uma relação causal.
Distúrbio gastrintestinal
Muito comum: náusea.
Comum: vômito, constipação, boca seca.
Incomum: ânsia de vômito, irritação gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago ou de distensão abdominal), diarreia.
Distúrbio da pele e tecido subcutâneo
Comum: transpiração.
Incomum: reações dérmicas (por ex.: prurido, rash, urticária).
Distúrbio músculo-esquelético
Raro: fraqueza motora.
Distúrbio hepatobiliar
Em poucos casos isolados foram relatados aumento nos valores das enzimas hepáticas em associação temporal com uso terapêutico
de cloridrato de tramadol.
Distúrbio renal e urinário
Raro: distúrbios de micção (dificuldade na passagem da urina, disúria e retenção urinária).
Distúrbio geral
Comum: fadiga.
Raro: reações alérgicas (por ex.: dispneia, broncoespasmo, roncos, edema angioneurótico) e anafilaxia.
Podem ocorrer sintomas de abstinência, similares aos que ocorrem durante a retirada de opioides tais como, agitação, ansiedade,
nervosismo, insônia, hipercinesia, tremor e sintomas gastrintestinais.
Outros sintomas que foram relatados raramente após a descontinuação do cloridrato de tramadol incluem: ataque de pânico,
ansiedade grave, alucinação, parestesia, zumbido e sintomas incomuns do SNC (por ex.: confusão, delírio, personalização,
desrealização, paranoia).
Outras reações adversas relatadas foram: rubor e fogacho.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema deNotificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.