Bula do Coversyl produzido pelo laboratorio Laboratórios Servier do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Bula Profissional de Saúde
Coversyl®
4mg
Laboratórios Servier do Brasil
Comprimidos
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
COVERSYL®®®®
perindopril 4mg
APRESENTAÇÕES:
Embalagem contendo 30 comprimidos de 4mg.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de COVERSYL®
(perindopril) 4mg contém:
perindopril, sal de terc-butilamina........................................................... 4,00 mg.
correspondente a 3,338 mg de perindopril
excipientes q.s.p ......................................................................................... 1 comprimido.
Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
COVERSYL®
8mg é indicado no tratamento da hipertensão arterial, no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva,
na prevenção da recorrência do acidente vascular cerebral em associação com a indapamida em pacientes com doença
cerebrovascular e na redução do risco de eventos cardiovasculares em pacientes portadores de doença arterial coronariana
estável.
- Hipertensão:
O perindopril é ativo em todos os estágios da hipertensão: leve, moderada ou grave. Uma redução nas pressões arteriais
sistólica e diastólica é observada tanto no paciente em posição supina quanto ortostática.
O perindopril reduz a resistência vascular periférica, levando a uma redução na pressão arterial. Como consequência, o
fluxo sanguíneo periférico aumenta, sem nenhum efeito na frequência cardíaca.
Geralmente ocorre o aumento no fluxo sanguíneo renal, enquanto a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) permanece
inalterada.
A atividade anti-hipertensiva é máxima entre a 4ª e 6ª hora após a administração de uma dose única e é mantida por no
mínimo 24 horas: os efeitos no vale são aproximadamente 87-100% dos efeitos no pico.
A diminuição da pressão arterial ocorre rapidamente. Em pacientes que respondem ao tratamento, a normalização da
pressão arterial é alcançada dentro de 1 mês de tratamento e é mantida sem ocorrência de taquifilaxia.
A interrupção do tratamento não causa efeito rebote.
O perindopril reduz a hipertrofia ventricular esquerda.
Em humanos, o perindopril demonstrou propriedades vasodilatadoras, promovendo aumento da elasticidade das artérias
de grande calibre e redução da relação média-luz das artérias de pequeno calibre.
Quando necessário, a combinação com um diurético tiazídico resulta em um efeito sinérgico aditivo. Esta associação de
um inibidor da ECA com um tiazídico também pode diminuir o risco de hipocalemia induzida pelo tratamento diurético.
- Insuficiência cardíaca:
O perindopril reduz o trabalho cardíaco por uma diminuição na pré e pós carga.
Estudos realizados em pacientes com insuficiência cardíaca demonstraram:
- diminuição das pressões de enchimento ventricular esquerda e direita,
- redução da resistência vascular periférica total,
- aumento do débito cardíaco e melhoria do índice cardíaco.
Em estudos comparativos, a primeira administração de 2mg de perindopril em pacientes com insuficiência cardíaca leve a
moderada não foi associada a qualquer redução significativa da pressão arterial em comparação com o placebo.
Referência Bibliográfica: Lechat P, Garnham SP, Desché P, Bounhoure JP. Efficacy and acceptability of perindopril in
mild to moderate chronic congestive heart failure. Am Heart J 1993;126(3Pt2):798-806;
Study of perindopril in chronic congestive heart rate- a six month multicenter double-blind study of perindopril versus
placebo;
- Doença cerebrovascular:
Um estudo multicêntrico, internacional, duplo cego, randomizado e controlado com placebo (PROGRESS) avaliou o
impacto de um esquema terapêutico de 4 anos (perindopril, sozinho ou em combinação com o diurético indapamida)
sobre o risco de recorrência do AVC (acidente vascular cerebral) em pacientes com história de doença cerebrovascular.
O desfecho primário foi AVC.
Após um período de “run in” inicial com COVERSYL®
2mg durante duas semanas uma vez ao dia, 4mg foram
administrados por mais duas semanas, quando necessário, a dose poderia ser ampliada para até 8mg. Em seguida, 6105
pacientes foram randomizados para placebo (n=3054) ou COVERSYL®
sozinho ou associado a indapamida (n=3051).
Indapamida foi associada exceto quando o paciente tinha uma indicação formal ou contra-indicação para o uso de
diurético.
Estes tratamentos eram prescritos em adição às terapias convencionais já em uso para tratamento do AVC e/ou
hipertensão ou qualquer outra patologia associada.
Todos os pacientes randomizados tinham uma história pregressa de doença cerebrovascular (AVC ou Ataque Isquêmico
Transitório) nos últimos 5 anos. Não havia critério para inclusão baseado em cifras tensionais: 2916 pacientes eram
hipertensos e 3189 eram normotensos.
Após uma média de acompanhamento de 3,9 anos, houve uma redução da pressão arterial (sistólica e diastólica) em
média de 9,0/4,0 mmHg e uma redução significativa de 28% (95% CI [17;38], p<0.0001) no risco de recorrência do AVC
(tanto isquêmico quanto hemorrágico) foi observada no grupo de pacientes tratados em comparação com o grupo placebo
(10,1% vs 13,8%).
Além disso, ainda foram observadas reduções significativas no risco de:
- AVC fatal ou incapacitante (4,0% vs 5,9% correspondendo a 33% de redução de risco);
- Eventos cardiovasculares totais, definidos como morte vascular, infarto do miocárdio não fatal e AVC não fatal (15,0%
vs 19,8% correspondendo a 26% de redução de risco);
- Demência relacionada ao AVC (1,4% vs 2,1% correspondendo a uma redução de risco de 34%) e declínio cognitivo
severo relacionado ao AVC (1,6% vs 2,8% correspondendo a 45% de redução de risco).
Estes benefícios terapêuticos foram observados independente do fato do paciente ser hipertenso ou não, independente da
idade, sexo, subtipo do AVC ou presença de diabetes.
Os resultados do PROGRESS demonstram que esta terapia por cinco anos resultaria em se evitar um AVC para cada 23
pacientes tratados e um evento cardiovascular maior a cada 18 pacientes tratados.
Referências Bibliográficas: PROGRESS Collaborative Group. Effects of a perindopril-based blood pressure lowering
regimen on cardiac outcomes among patients with cerebrovascular disease. European Heart Journal 2003; 24: 475-484.
Doença arterial coronariana estável:
O estudo EUROPA foi um estudo multicêntrico, internacional, randomizado, duplo cego e controlado por placebo que
teve uma duração de 4 anos.
Doze mil duzentos e dezoito (12218) pacientes com idade superior a 18 anos foram randomizados para perindopril 8mg
(n=6110) ou placebo (n=6108).
A população em estudo apresentava evidências de doença arterial coronariana sem sinais clínicos de insuficiência
cardíaca. De um modo geral, 90% dos pacientes tiveram um infarto prévio do miocárdio e/ou uma revascularização
coronariana prévia. A maioria dos pacientes recebeu a medicação em estudo além da terapêutica convencional incluindo
inibidores plaquetários, agentes hipolipemiantes e betabloqueadores.
O principal critério de eficácia foi composto por mortalidade cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e/ou parada
cardíaca com reanimação bem sucedida. O tratamento com perindopril 8mg uma vez por dia resultou em uma
significativa redução absoluta no desfecho primário de 1,9% (redução do risco relativo (RRR) de 20%, 95%IC [9,4; 28,6]
–p<0,001).
Em pacientes com história de infarto do miocárdio e/ou revascularização, foi observada uma redução absoluta de 2,2%
correspondente a uma RRR de 22,4% (95%IC [12,0; 31,6] – p<0,001) no desfecho primário em comparação com o
placebo.
Referências bibliográficas: Fox KM et al. – Efficacy of perindopril in reduction of cardiovascular events among patients
with stable coronary artery disease: randomised, double-blind, placebo-controlled, multicentre trial (the EUROPA study);
The Lancet 362 (9386): 782-788, 2003.
Propriedades Farmacodinâmicas:
Grupo farmacoterapêutico
Inibidores da ECA.
Mecanismo de ação
O perindopril é um inibidor da enzima que converte a angiotensina I em angiotensina II (Enzima Conversora de
Angiotensina - ECA). A enzima de conversão, ou quinase, é uma exopeptidase que permite a conversão da angiotensina I
no vasoconstritor angiotensina II, assim como causa a degradação do vasodilatador bradicinina em um heptapeptídeo
inativo. A inibição da ECA resulta na redução da angiotensina II no plasma, que leva ao aumento da atividade da renina
plasmática (pela inibição do feedback negativo de liberação da renina) e à redução da secreção de aldosterona. Uma vez
que a ECA inativa a bradicinina, a inibição da ECA também resulta em um aumento da atividade dos sistemas calicreína-
cinina circulantes e locais (e consequentemente também ativando o sistema prostaglandina). É possível que este
mecanismo contribua para ação hipotensora dos inibidores da ECA e seja parcialmente responsável por alguns dos seus
efeitos adversos (como por exemplo, a tosse).
O perindopril age por intermédio de seu metabólito ativo, o perindoprilato. Os outros metabólitos não demostraram
nenhuma inibição da atividade da ECA in vitro.
Propriedades Farmacocinéticas:
Absorção
Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e o pico de concentração é atingido em 1 hora. A meia-vida
plasmática do perindopril é de 1 hora.
Perindopril é uma pró-droga. Vinte e sete por cento (27%) da dose de perindopril administrado, chega a circulação
sanguínea como perindoprilato, metabólito ativo. Além do perindoprilato ativo, o perindopril produz cinco metabólitos,
todos inativos.
O pico de concentração plasmática do perindoprilato é atingido em 3 a 4 horas.
A ingestão de alimentos reduz a conversão em perindoprilato, consequentemente a sua biodisponibilidade, desse modo, o
perindopril sal de terc-butilamina deve ser administrado por via oral, em dose única diária pela manhã, antes da refeição.
Foi demonstrado uma relação linear entre a dose de perindopril e sua exposição plasmática.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente de 0,2 l/Kg para o perindoprilato livre. A ligação do perindoprilato as
proteínas plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima conversora da angiotensina, mas é dependente da concentração.
Eliminação
Perindoprilato é eliminado na urina e a meia-vida terminal da fração livre é cerca de 17 horas, resultando em um estado de
equilíbrio em 4 dias.
População especial
A eliminação do perindoprilato é reduzida em pacientes idosos, e também nos pacientes com insuficiência cardíaca ou
renal. O ajuste da dosagem na insuficiência renal é desejável dependendo do grau da insuficiência (clearance de
creatinina) No caso de insuficiência renal deve-se fazer uma adaptação da posologia, em função do grau de insuficiência
(depuração da creatinina).
O clearance de diálise do perindoprilato é de 70ml/min.
Os parâmetros cinéticos do perindopril são modificados em pacientes com cirrose: o clearance hepático do perindopril é
reduzido à metade. No entanto, a quantidade de perindoprilato formado não é reduzida e por essa razão não há
necessidade de se fazer um ajuste na dosagem (ver itens 5 e 8).
- Dados de segurança pré-clínicos:
Em estudos de toxicidade crônica oral (ratos e macacos), o órgão atingido foi o rim, com danos reversíveis.
Em estudos in vitro e in vivo não foi observada mutagenicidade,
Os estudos toxicológicos sobre a reprodução (camundongos, ratos, coelhos e macacos) não demonstraram sinais de
embriotoxiciade ou teratogenicidade. Contudo, os inibidores da ECA, enquanto classe, tem demonstrado provocar efeitos
adversos no desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e efeitos congênitos em roedores e coelhos: foram
observadas lesões renais e um aumento na mortalidade peri e pós-natal. A fertilidade não foi prejudicada em ratos tanto
em machos quanto fêmeas.
Não foi observada carcinogenicidade em estudos a longo prazo em camundongos e ratos.
COVERSYL®
8mg não deve ser administrado nos seguintes casos:
- hipersensibilidade a substancia ativa, a qualquer componente da fórmula listado no item composição ou a qualquer outro
inibidor da ECA,
- história de angioedema associada a terapia prévia com inibidor da ECA,
- angiodema hereditário ou idiopático,
- durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez (ver item 5),
-uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes mellitus ou insuficiência renal (TFG< 60ml/min/1.73m2
).
(ver itens 5 e 6).
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de
Diabetes.
Doença arterial coronariana estável
Se durante o primeiro mês de tratamento com perindopril ocorrer episódio de angina pectoris instável (grave ou não),
deve ser feita uma avaliação cuidadosa do risco/benefício, antes de continuar com o tratamento.
Hipotensão
Os inibidores da ECA podem causar queda da pressão arterial. Observa-se, raramente, hipotensão sintomática em
pacientes com hipertensão não complicada e sua ocorrência é mais provável em pacientes com depleção de volume, por
exemplo por terapia diurética, dieta com restrição de sal, diálise, diarreia ou vômitos, ou com hipertensão grave renina-
dependente (ver itens 6 e 9). Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, com ou sem insuficiência renal
associada, foi observada hipotensão sintomática. A ocorrência deste efeito é mais provável em pacientes com
insuficiência cardíaca mais grave, que se reflete na utilização de doses elevadas de diuréticos de alça, hiponatremia ou
insuficiência renal funcional. Nos pacientes em risco elevado de hipotensão sintomática, o início da terapia e o ajuste
posológico devem ser rigorosamente monitorados (ver itens 8 e 9). As mesmas considerações aplicam-se aos pacientes
com isquemia cardíaca ou doença cerebrovascular, nos quais uma queda excessiva da pressão arterial pode resultar em um
infarto do miocárdio ou um acidente cerebrovascular.
Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser deitado de costas e, se necessário, deve receber por via intravenosa uma
infusão de solução de cloreto de sódio 9mg/ml (0,9%). Uma resposta hipotensora transitória não é uma contraindicação
para doses futuras, que podem ser administradas sem dificuldade logo que a pressão arterial tenha aumentado após
expansão do volume.
Em alguns pacientes com insuficiência cardíaca congestiva com pressão arterial normal ou baixa, pode ocorrer uma
redução adicional da pressão arterial com COVERSYL®
8mg. Este efeito é previsível e não é, normalmente, motivo para
interromper o tratamento. Se a hipotensão se tornar sintomática, pode ser necessária a redução da dose ou a interrupção do
tratamento com COVERSYL®
8mg.
Estenose da aorta e da válvula mitral/cardiomiopatia hipertrófica
Como com outros inibidores da ECA, COVERSYL®
8mg deve ser administrado com precaução em pacientes com
estenose da válvula mitral e obstrução no fluxo do ventrículo esquerdo tal como estenose da aorta ou cardiomiopatia
hipertrófica.
Insuficiência renal
Em casos de insuficiência renal (clearance da creatinina <60ml/min) a dose inicial de perindopril deve ser ajustada de
acordo com o clearance da creatinina do paciente (ver item 8), e em seguida em função da resposta do paciente ao
tratamento. O monitoramento periódico do potássio e da creatinina faz parte da prática médica normal nestes pacientes
(ver item 9).
Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, a hipotensão seguida do início da terapêutica com inibidores da
ECA pode levar mais adiante a danos na função renal. Tem sido reportado, nesta situação, insuficiência renal aguda
normalmente reversível.
Em alguns pacientes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria em rim único, tratados com inibidores
da ECA, foram observados aumentos da ureia sanguínea e creatinina sérica, normalmente reversíveis com a
descontinuação do tratamento. Este efeito é mais provável em pacientes com insuficiência renal. Se estiver também
presente uma hipertensão renovascular, existe um risco aumentado de hipotensão grave e insuficiência renal. Nestes
pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob rigorosa supervisão médica com doses baixas e cuidadosa titulação das
doses. Uma vez que o tratamento com diuréticos pode contribuir para os efeitos acima mencionados, estes devem ser
descontinuados e a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento com COVERSYL®
8mg. Alguns pacientes hipertensos, sem aparente doença vascular renal preexistente desenvolveram aumentos da ureia
sanguínea e da creatinina sérica, normalmente menores e transitórios, especialmente quando COVERSYL®
8mg foi
administrado concomitantemente com um diurético. A ocorrência deste efeito é mais provável em pacientes com
insuficiência renal preexistente. Pode ser necessária a redução da dosagem e/ou a descontinuação do diurético e/ou do
COVERSYL®
Pacientes em hemodiálise
Foram reportadas reações do tipo anafilática em pacientes dialisados com membranas de alto fluxo e tratados
concomitantemente com um inibidor da ECA. Nestes pacientes deve-se considerar o uso de um tipo diferente de
membrana de diálise ou uma diferente classe de agente anti-hipertensivo.
Transplante renal
Não existe experiência da administração de COVERSYL®
8mg em pacientes que realizaram recentemente um transplante
renal.
Hipersensibilidade/Angioedema
Raros casos de angioedema da face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe (ver item 9) foram relatados em
pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo perindopril. Isto pode acontecer em qualquer ocasião do tratamento.
Nesses casos, o tratamento com COVERSYL®
8mg deve ser interrompido imediatamente e o paciente deve ser
monitorado até o desaparecimento dos sintomas. Edemas envolvendo somente a face e lábios geralmente não necessitam
de tratamento, embora os anti-histamínicos sejam utilizados para aliviar os sintomas.
Angioedema associado com edema da laringe pode ser fatal. Nos casos de edema da língua, glote e/ou laringe que podem
ocasionar obstrução das vias aéreas, deve-se administrar rapidamente um tratamento de emergência, que pode incluir a
administração de adrenalina e/ou a manutenção da ventilação das vias aéreas do paciente. O paciente deve permanecer
sob supervisão médica rigorosa até a completa resolução dos sintomas.
Pacientes com histórico de angiodema não associado à terapia com um inibidor da ECA podem ter um risco aumentado
de angiodema quando tratados com um inibidor da ECA (ver item 4).
Raramente, foram reportados casos de angioedema intestinal em pacientes tratados com inibidores da ECA. Estes
pacientes apresentam dor abdominal (com ou sem náuseas ou vômitos); em alguns casos não houve qualquer angioedema
da face prévio e os níveis da esterase C-1eram normais. O angioedema foi diagnosticado por procedimentos como
tomografia computadorizada abdominal, ou ultrassonografia ou durante a cirurgia e os sintomas desapareceram após a
interrupção do inibidor da ECA. O angioedema intestinal deve ser incluído no diagnóstico diferencial de pacientes que
tomem inibidores da ECA e apresentem dor abdominal.
Reações anafiláticas durante aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
Raramente, foram reportados casos de pacientes que sofreram reações do tipo anafilática, com risco de vida, ao receberem
inibidores da ECA durante a aférese de lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano. Estas reações foram
evitadas com a interrupção temporária da terapia com o inibidor da ECA antes de cada aférese.
Reações anafiláticas durante dessensibilização
Pacientes que receberam inibidores da ECA durante tratamentos de dessensibilização (ex: com veneno de himenópteros)
sofreram reações do tipo anafilática. Nos mesmos pacientes, estas reações foram evitadas quando os inibidores da ECA
foram interrompidos temporariamente, no entanto reapareceram após a retomada inadvertida da medicação.
.
Insuficiência hepática
Raramente, os inibidores da ECA têm sido associados a uma síndrome que começa com icterícia colestática e progride
para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. O mecanismo desta síndrome não está esclarecido. Os pacientes
medicados com inibidores da ECA que desenvolvam icterícia ou elevação acentuada das enzimas hepáticas devem
descontinuar o tratamento com o inibidor da ECA e fazer acompanhamento médico apropriado (ver item 9).
Neutropenia / Agranulocitose/ Trombocitopenia/Anemia
Neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram relatados em pacientes tratados com inibidores da ECA. Em
pacientes com função renal normal e sem outros fatores de risco, a neutropenia ocorre raramente. O perindopril deve ser
usado com extremo cautela nos pacientes portadores de doenças vasculares do colágeno, terapia imunossupressora,
tratamento com alopurinol ou procainamida ou com uma combinação destes fatores de risco, especialmente em caso de
disfunção renal preexistente. Alguns destes pacientes desenvolveram infecções graves, que em poucos casos não
responderam à terapia antibiótica intensiva. Se o perindopril for usado nestes pacientes, recomenda-se o monitoramento
periódico do hemograma (contagem das células sanguíneas da série branca) e que os pacientes sejam instruídos a reportar
qualquer sinal de infecção (ex: dores de garganta, febre).
Raça
Os inibidores da ECA apresentam maior incidência de angioedema em pacientes negros do que em pacientes de outras
raças. Assim como os outros inibidores da ECA, o perindopril pode ser menos efetivo na redução da pressão arterial em
indivíduos negros do que em pacientes de outras raças, possivelmente devido a uma maior prevalência de níveis baixos de
renina na população de hipertensos negros.
Tosse
Tosse foi relatada em pacientes que fizeram uso de inibidores da ECA. A tosse é caracterizada por ser não produtiva,
persistente e por desaparecer após a descontinuação da terapia. A tosse induzida por um inibidor da ECA deve ser
considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.
Cirurgia/Anestesia
Em pacientes que serão submetidos a cirurgia de grande porte ou durante anestesia com agentes hipotensores,, o
8mg pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. O
tratamento deve ser interrompido um dia antes da cirurgia. Se ocorrer hipotensão e esta for considerada como causa deste
mecanismo, pode ser corrigida por expansão de volume.
Hipercalemia
Foi observado em alguns pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo perindopril, elevações do potássio sérico.
Os fatores de risco para desenvolver hipercalemia incluem insuficiência renal, piora da função renal, idade (>70 anos),
diabetes mellitus, eventos intercorrentes, em particular desidratação, descompensação cardíaca aguda, acidose metabólica
e uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (ex: espironolactona, eplerenona, triantereno ou amilorida),
suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou pacientes tomando simultaneamente outros
medicamentos associados ao aumento do potássio sérico (ex: heparina). O uso de suplementos de potássio, diuréticos
poupadores de potássio, ou substitutos do sal contendo potássio, particularmente em pacientes com disfunção renal pode
provocar um aumento significativo do potássio sérico. A hipercalemia pode causar graves arritmias, por vezes fatais. Se o
uso concomitante dos medicamentos acima mencionados for considerado apropriado, estes devem ser usados com
precaução e com um monitoramento frequente do potássio sérico (ver item 6).
Pacientes diabéticos
Em pacientes diabéticos tratados com antidiabéticos orais ou insulina, o controle da glicemia deve ser rigorosamente
monitorado durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA (ver item 6).
Lítio
A combinação de lítio e perindopril geralmente não é recomendada (ver item 6).
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio.
A combinação de perindopril com diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal
contendo potássio geralmente não é recomendado (ver item 6).
Bloqueio Duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Hipotensão, síncope, acidente vascular cerebral, hipercalemia e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal
aguda) foram reportadas em indivíduos susceptíveis, especialmente se combinados com medicamentos que afetam este
sistema. O duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona através da combinação de inibidores da enzima
conversora da angiotensina (IECA) com bloqueador do receptor da angiotensina II (BRA) ou alisquireno, portanto não é
recomendado.
Combinação com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus ou disfunção renal
(TFG<60ml/min/1.73m2
) (ver itens 4 e 6).
Excipientes
Devido a presença de lactose, pacientes com problemas hereditários de intolerância à galactose, má-absorção de glicose-
galactose, ou deficiência de Lapp lactase não devem tomar este medicamento.
Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de
Diabetes.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Gravidez
Os IECA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser que a manutenção do tratamento com IECA seja
considerado essencial, nas pacientes que planejam engravidar, a medicação deve ser substituída por terapêuticas anti-
hipertensivas alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a
gravidez, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica
alternativa (ver item 4).
A administração de IECA não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez. A administração de IECA está
contraindicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver item 4).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos IECAS durante o primeiro
trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A exposição ao
IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal
em humanos (diminuição da função renal, oligodramnia, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal
(insuficiência renal, hipotensão, hipercalemia) (ver item 3). No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do
segundo trimestre de gravidez, recomenda-se o monitoramento com ultrassonografia da função renal e do crânio. Recém-
nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar
hipotensão (ver itens 4 e 5).
Lactação
Não existem informações disponíveis sobre o uso de COVERSYL®
8mg durante a amamentação. Desta forma, o uso de
8mg não é recomendado em mulheres que estejam amamentando e tratamentos alternativos com um
melhor perfil de segurança estabelecido durante a amamentação são preferíveis, especialmente em recém-nascidos ou
prematuros.
Fertilidade
Não houve efeito sobre o desempenho reprodutivo ou fertilidade.
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos na capacidade de condução de veículos e uso de máquinas
8mg não tem influência direta na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, mas em alguns pacientes
podem aparecer reações individuais relacionadas com a diminuição da pressão arterial, especialmente no início do
tratamento ou em associação com outro anti-hipertensivo. Assim, a capacidade de conduzir ou operar máquinas pode ser
Medicamentos que induzem hipercalemia:
Alguns medicamentos ou classes terapêuticas podem aumentar a ocorrência de hipercalemia: alisquireno. sais de potássio,
diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA, antagonistas receptores de angiotensina II, AINES, heparina,
agentes imunossupressores como ciclosporina ou tacrolimus, trimetoprim,. A combinação desses medicamentos aumenta
o risco de hipercalemia.
Associações contraindicadas (ver item 4):
- Alisquireno:
Em diabéticos ou pacientes com disfunção renal, há risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbidade
e mortalidade cardiovascular.
Associações não recomendadas (ver item 5):
- Alisquireno: em outros pacientes que não os diabéticos ou com disfunção renal, há risco de hipercalemia, piora da
função renal e aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular.
- Associação de inibidor ECA com bloqueador do receptor de angiotensina:
Foi reportado na literatura que pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca ou com diabetes
com lesão de órgão final, a combinação de um inibidor da ECA com bloqueador do receptor de angiotensina está
associada com uma maior frequência de hipotensão, síncope, hipercalemia, piora na função renal (incluindo insuficiência
renal aguda) quando comparado ao uso de um único agente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. O bloqueio duplo
(ex: combinação de um inibidor da ECA com um antagonista receptor da angiotensina II) deve ser limitado a casos
identificados individualmente, com um monitoramento rigoroso da função renal, níveis de potássio e pressão arterial.
-Estramustina: risco de aumento de efeitos adversos como edema angioneurótico (angioedema).
- Diuréticos poupadores de potássio (triantereno, amilorida) e sais de potássio:
Hipercalemia (potencialmente fatal), especialmente em conjunto com disfunção renal (efeitos hipercalêmicos aditivos). A
combinação do perindopril com os medicamentos mencionados acima não é recomendada (ver item 5).
Se o uso concomitante é no entanto indicado, eles devem ser usados com precaução e com frequente monitoramento do
potássio sérico. Para uso da espironolactona na insuficiência cardíaca, veja abaixo.
- Lítio
Aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade foram relatados durante a administração
concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso de perindopril com lítio não é recomendado, contudo se esta
associação for necessária, um monitoramento cuidadoso dos níveis séricos de lítio deve ser realizado (ver item 5).
Associações que exigem precauções de uso:
- Agentes antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais):
Estudos epidemiológicos sugerem que a administração concomitante de inibidores da ECA e antidiabéticos (insulinas,
agentes hipoglicemiantes orais) pode aumentar o efeito hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. A ocorrência deste
efeito é mais provável durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com disfunção renal.
- Baclofeno:
Aumenta os efeitos anti-hipertensivos. Monitorar a pressão arterial e adaptar a dosagem do agente anti-hipertensivo se
necessário.
- Diuréticos não poupadores de potássio:
Em pacientes que utilizam diuréticos, e especialmente nos que tem depleção de volume e/ou sal, pode ocorrer uma
redução excessiva da pressão arterial após o início da terapia com um inibidor da ECA. A possibilidade de efeitos
hipotensores pode ser reduzida pela descontinuação do diurético, pelo o aumento do volume ou ingestão de sal antes do
início da terapia que deve ser iniciada com doses baixas e aumento progressivo do perindopril.
Na hipertensão arterial, quando a terapia prévia com diurético possa ter causado depleção de sal/volume, ou o diurético
deve ser interrompido antes de se iniciar com o inibidor de ECA, neste caso, um diurético não poupador de potássio, pode
ser posteriormente reintroduzido ou o inibidor de ECA deve ser iniciado com uma dose baixa e aumentado
progressivamente. Na insuficiência cardíaca congestiva tratada com diurético, o inibidor ECA deve ser iniciado com uma
dosagem muito baixa, possivelmente após a redução da dosagem do diurético não poupador de potássio associado.
Em todos os casos, a função renal (níveis de creatinina) deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento
com inibidor da ECA.
- Diuréticos poupadores de potássio: (eplerenona, espironolactona)
Com eplerenona ou espironolactona em doses diárias entre 12,5mg a 50mg e com doses baixas de inibidores da ECA:
No tratamento de insuficiência cardíaca classe II - IV (NYHA) com fração de ejeção menor que 40% e tratamento prévio
com uma associação de inibidor da ECA e diurético de alça, risco de hipercalemia, potencialmente fatal, especialmente
em caso de não observância das recomendações da prescrição para esta combinação.
Antes de iniciar a combinação, deve-se verificar a ausência de hipercalemia e disfunção renal. Um rigoroso
monitoramento do calemia e creatinemia é recomendado no primeiro mês do tratamento uma vez por semana inicialmente
e, mensalmente por conseguinte.
- Anti-inflamatório não esteroidal (AINEs) incluindo aspirina > 3 g por dia:
Quando inibidores da ECA são administrados simultaneamente com os anti-inflamatórios não esteroidais (ex: ácido
acetilsalicílico em regimes posológicos anti-inflamatórios, inibidores da COX-2 e AINES não seletivos) pode ocorrer uma
atenuação do efeito anti-hipertensivo. O uso concomitante de AINE e os inibidores da ECA pode levar a um aumento do
risco de piora da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, e um aumento nos níveis de potássio
sérico, especialmente em pacientes com prejuízo da função renal pré-existente. Esta combinação deve ser administrada
com cautela, especialmente nos idosos. Os pacientes devem ser hidratados adequadamente e deve-se monitorar a função
renal depois de iniciar a terapia concomitante e então periodicamente.
Associações que devem ser avaliadas cuidadosamente:
- Agentes anti-hipertensivos e vasodilatadores
O uso concomitante destes medicamentos pode aumentar o efeito hipotensor do perindopril. A utilização concomitante de
nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores pode reduzir ainda mais a pressão arterial.
- Gliptinas (linagliptina, saxagliptina, sitagliptina,vildagliptina):
Aumento do risco de angioedema devido diminuição da atividade da dipeptil peptidase IV (DPP-IV) pela gliptina, em
pacientes em uso concomitante com inibidor da ECA.
- Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos/anestésicos
O uso concomitante de alguns medicamentos anestésicos, antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos com inibidores
da ECA pode provocar uma redução adicional da pressão arterial (ver item 5).
- Simpaticomiméticos
Os simpaticomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA.
- Ouro
Foram reportadas, raramente, reações nitritóides (sintomas que incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) em
pacientes com terapia concomitante de ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e inibidor da ECA, incluindo perindopril.
COVERSYL®
8mg deve ser guardado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido
da luz e umidade. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da
data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
8mg é apresentado sob a forma de comprimidos redondos de cor verde, biconvexos, sem revestimento,
gravados com em uma das faces e na outra face.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO ORAL.
COVERSYL®
8mg deve ser administrado sempre em uma dose única diária pela manhã, antes da refeição.
A dose deve ser individualizada de acordo com o perfil do paciente (ver item 5) e a resposta da pressão arterial.
Hipertensão Arterial Essencial:
- Na ausência de depleção pré-existente de água e sódio ou falência renal (isto é, condições abaixo das normais):
A dose efetiva é de 4mg por dia em uma tomada única pela manhã. Dependendo da resposta ao tratamento, a dosagem
deve ser gradualmente ajustada em intervalos de 3 a 4 semanas, até uma dose única máxima de 8mg por dia.
Se necessário, um diurético não-poupador de potássio pode ser administrado concomitantemente para conseguir uma
redução adicional da pressão sanguínea.
- Na hipertensão arterial previamente tratada com outros diuréticos:
• se possível, interromper o diurético 3 dias antes da introdução do COVERSYL®
e reiniciá-lo em seguida, se necessário;
• se o diurético não puder ser descontinuado, iniciar com doses de 2mg (equivalente a metade de um comprimido
4 mg) e depois ajustar de acordo com a resposta da pressão arterial obtida.
Recomenda-se monitorar a função renal e o potássio sérico antes do tratamento e após 15 dias de tratamento.
- Na hipertensão renovascular:
Recomenda-se iniciar o tratamento com a dosagem de 2mg por dia, que em seguida pode ser ajustada de acordo com a
resposta da pressão arterial do paciente. Os níveis sanguíneos de creatinina e potássio devem ser monitorados para revelar
a possibilidade de início de falência renal funcional.
- Em idosos (ver item 5):
O tratamento deve ser iniciado com a dose de 2mg ao dia , (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL®
4 mg)
e se necessário, aumentar progressivamente para 4mg após 1 mês de tratamento e então para 8mg se necessário,
dependendo da função renal (ver tabela abaixo).
Populações Especiais:
Pacientes com insuficiência renal
A dosagem nos pacientes com insuficiência renal deve ser baseada no clearance da creatinina, conforme descrito na tabela
abaixo.
Tabela 1: Ajuste de dosagem em pacientes com disfunção renal:
Clearance de creatinina (ml/min) Dose recomendada
Clcr ≥ 60* 4mg por dia
30 < Clcr < 60* 2mg por dia
15 < Clcr < 30* 2mg em dias alternados
Pacientes hemodializados**
Clcr < 15 2 mg no dia da diálise
*Nestes pacientes, a prática médica normal compreende um controle periódico dos níveis sanguíneos de potássio e
creatinina, por exemplo, a cada 2 meses durante períodos estabilizados terapeuticamente.
Nesses casos, o diurético a ser usado em combinação deve ser um diurético de alça.
** O clearance da diálise do perindoprilato é 70ml/min. Para pacientes em hemodiálise, a dose deve ser administrada após
a diálise.
Pacientes com disfunção hepática
Nenhum ajuste de dosagem é necessário em pacientes com insuficiência hepática (ver itens 3 e 5).
População Pediátrica
A eficácia e segurança do uso em crianças e adolescentes (idade menor que 18 anos) não foi estabelecida. Portanto, o uso
em crianças e adolescentes não é recomendado.
Insuficiência Cardíaca Congestiva
A dose inicial recomendada é de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL®
4 mg), durante a
primeira semana, elevando-se a seguir para a dose de manutenção ideal de 4mg ao dia, observando-se a tolerância
hemodinâmica, sempre em uma tomada única diária, preferencialmente pela manhã.
Prevenção da Recorrência do Acidente Vascular Cerebral
- em pacientes com história de doença cerebrovascular, COVERSYL®
deve ser introduzido em uma dose inicial de 2mg ao
dia, durante duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada para 4mg ao dia, durante outras duas semanas e então
associado à indapamida.
- o tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento inicial (AVC ou Ataque Isquêmico Transitório), de
duas semanas até vários anos.
Redução do Risco de Eventos Cardiovasculares em Pacientes portadores de Doença Arterial Coronariana Estável
A posologia preconizada para redução de eventos cardiovasculares em pacientes portadores de DAC estável é de um
comprimido de 8 mg em tomada única diária. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento
coronário inicial, podendo ser mantido até vários anos.
-Sumário do perfil de segurança
O perfil de segurança do perindopril é consistente com o perfil de segurança dos inibidores da ECA.
As reações adversas mais frequente reportadas em estudos clínicos e observadas com perindopril são: tontura, cefaleia,
parestesia, vertigem, distúrbios visuais, zumbido, hipotensão, tosse, dispneia, dor abdominal, constipação, diarreia,
disgeusia, dispepsia, náusea, vômito, prurido, erupção, câimbras e astenia.
- Tabulação das reações adversas
As seguintes reações adversas foram observadas durante ensaios clínicos e/ou utilização pós-comercialização com o
perindopril e classificados de acordo com a seguinte frequência:
Muito comum (>1/10); comum (>1/100, <1/10), incomum (>1/1000, <1/100); rara (>1/10000, <1/1000); muito rara
(<1/10000); desconhecidos (não podem ser avaliados com os dados disponíveis).
Classe de Sistemas de Orgãos Reações Adversas Frequência
Alterações no sistema
sanguíneo linfático
Eosinofilia Incomum*
Agranulocitose ou pancitopenia Muito rara
Diminuição da hemoglobina e hematócrito Muito rara
Leucopenia/neutropenia Muito rara
Anemia hemolítica em pacientes com deficiência
congênita da G-6PDH (ver item 5)
Muito rara
Trombocitopenia Muito rara
Alterações metabólicas e
Nutricionais
Hipoglicemia (ver itens 5 e 6) Incomum*
Hipercalemia reversível com descontinuação (ver item 5) Incomum*
Hiponatremia Incomum*
Alterações psiquiátricas Alterações de humor Incomum
Alterações no sono Incomum
Alterações do sistema nervoso
Tontura Comum
Cefaleia Comum
Parestesia Comum
Vertigem Comum
Sonolência
Incomum*
Síncope Incomum*
Confusão Muito rara
Alterações visuais Distúrbios visuais
Comum
Alterações no ouvido e
labirinto
Zumbido Comum
Alterações cardíacas
Palpitações Incomum*
Taquicardia Incomum*
Angina pectoris (ver item 5)
Arritmia Muito rara
Infarto do miocárdio, possivelmente secundário a
hipotensão excessiva em pacientes de alto risco (ver item
5)
Alterações vasculares
Hipotensão (e efeitos relacionados à hipotensão) Comum
Vasculite Incomum*
Acidente vascular cerebral, possivelmente secundário a
Alterações respiratórias,
torácica e no mediastino
Tosse Comum
Dispneia Comum
Broncoespasmo Incomum
Pneumonia eosinófilica Muito rara
Rinite Muito rara
Alterações gastrointestinais
Dor abdominal Comum
Constipação Comum
Diarréia Comum
Disgeusia Comum
Dispepsia Comum
Náusea Comum
Vômito Comum
Boca seca Incomum
Pacreatite Muito rara
Alterações hepato-biliares Hepatite citolítica ou colestática (ver item 5)
Prurido Comum
Erupção Comum
Urticária (ver item 5)
Incomum
Alterações da pele e tecido
subcutâneo
Angiodema de face, extremidades, lábios, membranas
mucosas, língua, glote e/ou laringe (ver item 5)
Reações de fotossensibilidade Incomum*
Penfigóide Incomum*
Hiperidrose Incomum
Eritema multiforme Muito rara
Alterações do tecido conjuntivo
e músculo esquelético
Câimbras musculares
Artralgia Incomum*
Mialgia Incomum*
Alterações renais e urinárias
Insuficiência renal Incomum
Insuficiência renal aguda Muito rara
Alterações do sistema
reprodutivo e mama
Disfunção erétil
Alterações Gerais e no local de
administração
Astenia Comum
Dor no peito Incomum*
Mal-estar Incomum*
Edema periférico Incomum*
Pirexia Incomum*
Investigações
Aumento da ureia no sangue Incomum*
Aumento da creatinina no sangue Incomum*
Aumento da bilirrubina no sangue Raro
Aumento das enzimas hepáticas Raro
Lesões, envenenamento e
complicações em
procedimentos
Queda Incomum*
*Frequência calculada a partir de estudos clínicos para eventos adversos detectados de relatos espontâneos.
Ensaios clínicos
Durante o período randomizado do estudo EUROPA, apenas os eventos adversos graves foram coletados. Poucos
pacientes apresentaram eventos adversos graves: 16 (0,3%) dos 6122 pacientes tratados com perindopril e 12 (0,2%) dos
6107 pacientes tratados com placebo. Nos pacientes tratados com perindopril, foi observada hipotensão em 6 pacientes,
angiodema em 3 pacientes e parada cardíaca súbita em 1 paciente. Foram excluídos mais pacientes devido a tosse,
hipotensão ou outra intolerância no grupo tratado com perindopril 6,0% (n=336) versus grupo tratado com placebo 2,1%
(n=129).
Notificação de suspeita de reações adversas
Notificar suspeitas de reações adversas após autorização do medicamento é importante. Isso permite a continuação do
monitoramento do balanço risco/benefício do produto.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.