Bula do D.t.i. produzido pelo laboratorio Ucb Biopharma S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
D.T.I.
Meizler UCB Biopharma S/A
Pó Liófilo
100 mg e 200 mg
dacarbazina
Pó liófilo injetável
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Embalagens com 1 frasco-ampola contendo 100 mg ou 200 mg de dacarbazina.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 (DOIS) ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de D.T.I. 100 mg contém 100 mg de dacarbazina e excipientes.
Cada frasco-ampola de D.T.I. 200 mg contém 200 mg de dacarbazina e excipientes.
Excipientes: ácido cítrico e manitol.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
D.T.I. (dacarbazina) é indicado no tratamento de melanoma maligno metastático. Além disto, D.T.I. (dacarbazina) é indicado na
doença de Hodgkin, como uma terapia de segunda linha, quando em combinação com outros agentes eficazes.
Melanoma maligno
A eficácia da dacarbazina no tratamento do melanoma metastático foi avaliada em vários estudos clínicos. Segundo a revisão de
Serrone e cols1
, a monoterapia com dacarbazina determina uma taxa de resposta objetiva de aproximadamente 20%, com uma
duração de resposta mediana de 5 (cinco) a 6 (seis) meses e taxas de resposta completa de 5%.
No estudo de Middleton e cols.2
, a dacarbazina na dose inicial de 250 mg/m2
/dia durante 5 (cinco) dias a cada 21 (vinte e um) dias
foi administrada a 149 (cento e quarenta e nove) pacientes ≥ 18 (dezoito) anos de idade portadores de melanoma metastático
avançado cirurgicamente irresecável. Os pacientes deveriam ter doença mensurável e performance status (OMS) ≤ 2. Foram
excluídos pacientes que já haviam recebido tratamento prévio para doença metastática (exceto radioterapia local), ou que
apresentavam metástases em sistema nervoso central (SNC). Na população com intenção de tratamento (ITT), o tempo de sobrevida
mediano foi de 6,4 meses e o tempo de sobrevida livre de progressão mediano foi de 1,5 meses. Resposta completa (RC), parcial
(RP) e estabilização da doença foram observadas, respectivamente, em 2,7%, 9,4% e 15,8% dos pacientes tratados. Dentre os
pacientes respondedores (RC e RP), o tempo de sobrevida global mediano foi de 20 (vinte) meses.
Vários estudos avaliaram regimes de quimioterapia, ou bioquimioterapia, contendo dacarbazina. Legha e cols.3
analisaram a
atividade antitumoral e a toxicidade do regime, contendo cisplatina (20 mg/m2
/d por 4 (quatro) dias), vinblastina (1,6 mg/m2
/d por 4
(quatro) dias) e dacarbazina (800 mg/m2
IV no dia 1 (um)) em combinação com interferon alfa (5 x 106
U/m2
/d SC por 5 dias) e
interleucina-2 (9 x 106
UI/m2
/d IV por infusão contínua, por 4 (quatro) dias), repetidos a intervalos de 21 (vinte e um) dias, em 53
(cinquenta e três) pacientes portadores de melanoma metastático com lesões mensuráveis, performance status (ECOG) ≤ 2 e sem
metástases sintomáticas em SNC. A resposta foi avaliada após dois ciclos, e os pacientes que responderam continuaram o
tratamento até um total de seis ciclos. Onze pacientes (21%) alcançaram RC e 23 (vinte e três) pacientes (43%) alcançaram RP,
totalizando 64% de resposta objetiva global, a qual teve duração mediana de 6,5 meses. Considerando-se todos os pacientes, o
tempo mediano para progressão da doença foi de 5 (cinco) meses e a sobrevida mediana foi de 11,8 meses.
Eton e cols.4
realizaram um estudo clínico de fase III para comparar os efeitos da quimioterapia com cisplatina, na dose de 20
mg/m2
, nos dias 1-4 e 22-25, vinblastina na dose de 2 mg/m2
nos dias 1-4 e 22-25 e dacarbazina 800 mg/m2
nos dias 1 e 22 (CVD),
com aqueles da bioquimioterapia sequencial, que consistia no regime CVD (com vinblastina na dose de 1,5 mg/m2
) mais
interleucina-2 administrada como infusão contínua em 24 (vinte e quatro) horas, na dose de 9 MUI/m2
, nos dias 5-8, 17-20 e 26-29 e
interferon alfa-2b, na dose de 5 MU/m2
SC, nos dias 5-9, 17-21 e 26-30. Cada curso de tratamento consistia de dois ciclos de 21
(vinte e um) dias de quimioterapia dados em um período de 6 (seis) semanas. Os pacientes foram avaliados a cada 6 (seis) semanas e
aqueles com evidência de redução tumoral repetiam o tratamento. Dentre os 190 (cento e noventa) pacientes incluídos, 91 (noventa
e um) foram avaliáveis para o regime de bioquimioterapia e 92 (noventa e dois) para o regime de quimioterapia. As taxas de
resposta foram de 48% para a bioquimioterapia e 25% para a quimioterapia (p=0,001), enquanto o tempo para progressão mediano
foi de 4,9 e 2,4 meses, e a sobrevida mediana foi de 11,9 e 9,2 meses, respectivamente. Naqueles pacientes que apresentaram RC ou
RP ao tratamento, a sobrevida mediana foi de 18,7 meses no grupo que recebeu bioquimioterapia e 15,4 meses no grupo que recebeu
quimioterapia.
Atkins e cols.5
randomizaram 395 (trezentos e noventa e cinco) pacientes portadores de melanoma metastático progressivo com
doença mensurável e com performance status (ECOG) < 2 para receber o regime CVD (cisplatina 20 mg/m2
/d nos dias 1-4;
vinblastina 1,2 mg/m2
/d nos dias 1-4; dacarbazina 800 mg/m2
no dia 1; n=195) isoladamente, ou em combinação com interleucina-2
(9 MUI/m2
nos dias 1-4) e interferon alfa-2b (5 MU/m2
nos dias 1-5, 8, 10 e 12; n=200) a cada 21 (vinte e um) dias por um máximo
de quatro ciclos. A resposta tumoral foi avaliada após os ciclos 2 (dois) e 4 (quatro) e, a seguir, a cada 3 (três) meses. A taxa de
resposta foi de 19,5% no grupo que recebeu bioquimioterapia, e 13,8% no grupo CVD (p =0,140). A sobrevida livre de progressão
mediana foi significativamente mais longa com o regime de bioquimioterapia que com o regime CVD (4,8 versus 2,9 meses; p =
0,015), embora isso não tenha se traduzido em vantagem na sobrevida global mediana (9,0 versus 8,7 meses), ou na porcentagem de
pacientes vivos após 1 (um) ano (41% versus 36,9%).
Doença de Hodgkin:
A eficácia da dacarbazina, como parte do regime ABVD, foi avaliada em vários estudos clínicos, no tratamento da Doença de
Hodgkin. Duggan e cols6
compararam o regime que alterna os esquemas MOPP (mecloretamina, vincristina, procarbazina e
prednisona) e ABV (MOPP/ABV) com o regime ABVD (doxorubicina 25 mg/m2
, bleomicina 10 mg/m2
, vinblastina 6 mg/m2
e
dacarbazina 375 mg/m2
nos dias 1 e 15) isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin avançada. Um total de 856 (oitocentos
e cinqüenta e seis) pacientes com doença histologicamente confirmada nos estádios III2A, IIIB, ou IV, ou que haviam
experimentado recidiva após radioterapia foram randomizados para uma das duas modalidades de tratamento. As taxas de remissão
completa (76% versus 80%), sobrevida livre de falência em 5 (cinco) anos (63% versus 66%) e sobrevida global em 5 (cinco) anos
(82% versus 81%) foram semelhantes entre os grupos ABVD e MOPP/ABV, respectivamente. Uma vez que o regime MOPP/ABV
foi associado com maior incidência de toxicidade aguda pulmonar e hematológica (efeitos adversos de outras drogas
antineoplásicas), síndrome mielodisplásica e leucemia, os autores concluíram que o regime ABVD deveria ser considerado o regime
padrão no tratamento da doença de Hodgkin avançada.
Straus e cols7
tiveram como objetivo determinar se a combinação de quimioterapia e radioterapia (terapia combinada) era superior à
quimioterapia isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin nos estádios IA, IB, IIA, IIB e IIIA sem massa tumoral. Os
pacientes foram randomizados para receber seis ciclos do regime ABVD a cada 28 (vinte e oito) dias isoladamente ou seguido de
radioterapia (3600 cGy). Dos 69 (sessenta e nove) pacientes avaliáveis em cada grupo, 94% alcançaram remissão completa. Em 60
(sessenta) meses, a duração da remissão completa e sobrevida global no grupo de terapia combinada versus ABVD isoladamente
foram 91% versus 87% e 97% versus 90%, respectivamente, não se evidenciando diferenças estatisticamente significativas entre as
duas modalidades de tratamento.
Bonadonna e cols9
compararam o tratamento com quatro ciclos do regime ABVD seguido por irradiação nodal subtotal, ou por
radioterapia da área envolvida em 136 (cento e trinta e seis) pacientes, com doença de Hodgkin nos estádios IA, IB e IIA. Remissão
completa foi alcançada em 100% e 97% dos pacientes, e as taxas de sobrevida global foram de 96% e 94%, respectivamente. Os
autores concluíram que o regime ABVD seguido por radioterapia da área envolvida pode ser considerado uma modalidade de
tratamento efetiva e segura na Doença de Hodgkin inicial.
Engert e cols9
compararam a terapia combinada (dois ciclos de ABVD seguidos por radioterapia estendida) com a radioterapia
estendida isoladamente em 650 (seiscentos e cinquenta) pacientes com Doença de Hodgkin recém-diagnosticada nos estádios IA a
IIB. Após um período de observação mediano de 87 (oitenta e sete) meses, não houve diferenças entre os dois grupos de tratamento,
na taxa de RC (95% e 94%, respectivamente) e na sobrevida global (92% e 94%, respectivamente); porém, houve mais recidivas nos
pacientes tratados apenas com radioterapia (22%) em relação aos que receberam terapia combinada (3%), o que demonstrou que
esta última é mais eficaz que a radioterapia isolada.
Os resultados do tratamento para Linfoma de Hodgkin em pediatria com esquemas quimioterápicos que incluem a dacarbazina tem
se mostrado animadores.
Weiner et al10
conduziram um estudo randomizado empregando 8 ciclos de MOPP (mostarda nitrogenada, vincristina, procarbazina
e prednisona) e ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina), associado ou não a radioterapia em baixas doses, em
183 crianças e adolescentes com estadio IIB, IIIA2, IIIB e IV. A remissão completa foi obtida em 90% dos casos após o término dos
oito ciclos de quimioterapia. A sobrevida livre de eventos e a sobrevida global estimadas em 5 anos foi de 79% e 92%,
respectivamente. A sobrevida livre de eventos em 5 anos para o grupo que recebeu apenas quimioterapia foi de 79%, enquanto para
aqueles que receberam também radioterapia foi de 80%, sugerindo que, com o advento da quimioterapia MOPPABVD, a
radioterapia em baixas doses não melhora a SLE e a SG nesses pacientes.
Estudo retrospectivo brasileiro avaliou 69 crianças entre 2 e 18 anos (mediada de 11 anos) com doença de Hodgkin. Até 1996, a
terapia utilizada era adriamicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina / vincristina, procarbazina, prednisona e adriamicina
(ABVD/OPPA). Após 1996, a terapia utilizada foi ABVD. A sobrevida global com resposta completa foi de 94,2%, a SLE foi de
87% e a duração mediana de seguimento de 82 meses (12-332 meses)11
.
A tabela abaixo compila os resultados do tratamento do linfoma de Hodgkin em pacientes pediátricos com esquemas utilizando
dacarbazina12
Tabela: Resultados do tratamento do linfoma de Hodgkin em pacientes pediátricos com esquemas utilizando dacarbazina
Quimioterapia Radioterapia Estadio Nº pacientes Sobrevida
livre de
eventos
Sobrevida
doença
Stanford
3 MOPP/3ABVD Sim I-IV 57 96% --- 93%
St. Jude
4-5 COP(P)/3-4
ABVD
Sim II-IV 85 --- 93% 93%
Pediatric
Oncology
Group
4 MOPP/4ABVD Sim IIB, IIIA2,
IIIB, IV
80 80% --- 87%
62 77% --- 91%
Children’s
Cancer Group
6 ABVD
12 ABVD
SFOP MDH-82
Sim
III-IV
54
64
87%
---
90%
89%
4 ABVD
2MOPP/ 2ABVD
I-IIA
79
67
92%
3 MOPP/3ABVD Sim I-II 31 --- 89%
3 MOPP/3ABVD Sim III 40 --- 82%
3 MOPP/3ABVD Sim IV 21 --- 62%
Adaptado de Hudson MM, Onciu M e Donaldson SD. Hodgkin Disease. Pizzo PA, Poplack DG, (edis.).
Principles and practice of pediatric oncology. Philadelphia: Lippincott-Raven Publishers; 2010 acesso on line.
Farmacodinâmica
Embora o mecanismo de ação exato da dacarbazina seja desconhecido, existem três hipóteses prováveis:
1 - inibição da síntese de DNA pela ação como um análogo de purina;
2 - ação como um agente alquilante;
3 - interação com grupos SH.
Farmacocinética
Após administração intravenosa de dacarbazina, o volume de distribuição excede o conteúdo total de água corpórea, o que sugere a
localização em alguns tecidos corpóreos, provavelmente o fígado. A curva de desaparecimento no plasma é bifásica, com uma meia
vida inicial de 19 (dezenove) minutos e uma meia-vida terminal de 5 (cinco) horas. Em um paciente com disfunções hepática e
renal, as meias-vidas foram aumentadas para 55 (cinquenta e cinco) minutos e 7,2 horas, respectivamente.
A excreção cumulativa média de dacarbazina inalterada na urina é 40% da dose injetada em 6 (seis) horas. A dacarbazina está mais
sujeita à secreção tubular renal do que à filtração glomerular. Em concentrações terapêuticas, a dacarbazina não se liga
apreciavelmente às proteínas plasmáticas. No homem, a dacarbazina é amplamente degradada. Além da dacarbazina inalterada, 5-
aminoimidazol-4-carboxamida (AIC) é o maior metabólito da dacarbazina excretado na urina.
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida à dacarbazina e/ou aos demais componentes da
formulação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idades
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico
em caso de suspeita de gravidez
A depressão hematopoiética é a toxicidade mais comum com dacarbazina e envolve primariamente os leucócitos e plaquetas,
embora anemia possa ocorrer algumas vezes. Leucopenia e trombocitopenia podem ser suficientemente graves, para causar a morte.
Uma depressão da medula óssea requer cuidadosa monitorização das contagens de leucócitos, eritrócitos e plaquetas.
A toxicidade hematopoiética pode justificar uma suspensão temporária, ou interrupção da terapia com D.T.I. (dacarbazina).
Toxicidade hepática acompanhada por trombose da veia hepática e necrose hepatocelular, resultando em morte foi relatada. A
incidência de tais reações foi baixa, aproximadamente 0,01% dos pacientes tratados. Esta toxicidade foi observada principalmente
quando a dacarbazina foi administrada concomitantemente, com outras medicações antineoplásicas; entretanto, foi também relatada
em alguns pacientes tratados somente com dacarbazina. Pode ocorrer anafilaxia após administração de D.T.I. (dacarbazina).
Hospitalização não é sempre necessária; porém, exames laboratoriais adequados devem estar disponíveis. O extravasamento
subcutâneo da medicação durante a administração I.V. pode resultar em dano ao tecido e dor de forte intensidade. Dor local,
sensação de ardência e irritação no local de injeção podem ser aliviados por aplicação local de compressa quente.
A carcinogenicidade da dacarbazina foi estudada em ratos e camundongos. Lesões endocárdicas proliferativas, incluindo
fibrocarcinomas e sarcomas, foram induzidas pela dacarbazina em ratos. Em camundongos, a administração de dacarbazina resultou
na ocorrência de angiosarcomas do baço.
É recomendado que D.T.I. (dacarbazina) seja administrado sob supervisão de um médico qualificado com experiência, no
uso de agentes quimioterápicos. No tratamento de cada paciente, o médico deve estudar cuidadosamente a possibilidade de
atingir o benefício terapêutico contra o risco de toxicidade.
A dacarbazina demonstrou ser teratogênica em ratos quando administrada, em doses 20 (vinte) vezes a dose diária humana no 12º
dia de gestação. A dacarbazina quando administrada em doses 10 (dez) vezes superiores a humana em ratos machos (2 (duas) vezes
por semana por 9 (nove) semanas) não afetou a libido; contudo, as fêmeas acasaladas tiveram maior incidência de reabsorção que os
controles. Em coelhos, doses diárias de dacarbazina 7 (sete) vezes a dose diária humana administrada nos 6º - 15º dias de gestação
resultaram em anormalidade no esqueleto do feto. Não existiram estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
A dacarbazina somente deve ser usada durante a gravidez se o benefício justificar o risco potencial para o feto. Não se sabe se este
fármaco é excretado no leite humano. Devido a vários medicamentos serem excretados no leite humano e ao potencial para
tumorigenicidade demonstrada pela dacarbazina em estudos em animais, deve ser tomada uma decisão entre continuar a
amamentação, ou descontinuação do fármaco, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.
Uso na gravidez
Categoria de risco D: O fármaco demonstrou evidências positivas de risco fetal humano; no entanto, os benefícios potenciais para a
mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em casos de doenças graves, ou que ameaçam a vida, e para as
quais não existam outros fármacos mais seguros.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico
em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos sob a capacidade de dirigir ou operar máquinas
A dacarbazina pode influenciar a habilidade de dirigir ou operar máquinas devido a seus efeitos sobre o sistema nervoso central e
Existem relatos de que a dacarbazina, bem como outros antineoplásicos, podem afetar o comportamento de vários fármacos,
incluindo: digoxina, anticoagulantes orais, fenitoína, suxametônio, diminuição de resposta a vacinas. A dacarbazina reduz os efeitos
da levodopa. Por meio de efeito sinérgico, a dacarbazina aumenta o risco de depressão da medula óssea, quando administrada
concomitantemente com placlitaxel, teniposídeo, topotecana e vinorelbina. Recomenda-se cautela quando dacarbazina for
administrada com algum desses medicamentos. A dacarbazina é metabolizada pelo citocromo P450 (CYP1A1, CYP1A2 e
CYP2E1), o que deve ser levado em consideração se outras drogas metabolizadas por essas enzimas hepáticas forem
coadministradas. Também deve ser evitado o consumo de erva de São João durante o tratamento com dacarbazina (pode causar
fotossensibilidade).
Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2º a 8ºC). Não congelar A solução deve ser protegida da luz.
Após reconstituição a solução deve ser protegida da luz e utilizada dentro de uma hora.
O prazo de validade do medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Este produto apresenta-se sob a forma de pó liofilizado branco, isento de partículas estranhas. Após reconstituição, apresenta-se sob
a forma de solução incolor a levemente amarelada isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os frascos ampolas de 100 mg e 200 mg devem ser reconstituídos com 9,9 ml e 19,7 ml, respectivamente, de água para injeção USP
(volumes finais de 10 ml e 20 ml, respectivamente). A solução resultante apresenta pH de 3 a 4 e contém dacarbazina na
concentração de 10 mg/ml. A dose calculada da solução é retirada com uma seringa e administrada somente por via intravenosa. A
solução reconstituída pode ser diluída posteriormente, com 200 a 500 mL de, soro glicosado a 5% ou soro fisiológico 0,9% e
administrada como uma infusão IV, durante um período de 30 (trinta) a 60 (sessenta) minutos. Infusões rápidas podem causar
irritação venosa. A concentração da solução de dacarbazina infundida não pode ser maior do que 10 mg/mL.
Procedimento para o manuseio adequado e utilização de drogas antineoplásicas devem ser considerados. A solução de dacarbazina é
quimicamente incompatível com heparina, hidrocortisona e L-cisteína.
A dacarbazina não deve ser administrada por via oral, subcutânea, ou intramuscular, pois pode causar lesões e dor intensa nos locais
de aplicação.
A reconstituição e o manuseio da dacarbazina devem ser feitos por pessoal especializado na manipulação de fármacos
antineoplásicos, que deverão usar vestimenta apropriada, como aventais, gorros, máscaras e luvas descartáveis. Deverá ser
designada uma área para reconstituição (preferivelmente sob um sistema de fluxo laminar vertical) e a superfície de trabalho deverá
ser protegida com papel absorvente descartável. Todos os itens utilizados para reconstituição, administração, ou limpeza deverão ser
classificados de alto risco, devendo ser colocados em sacolas fechadas e incinerados. Funcionárias grávidas deverão ser excluídas da
manipulação com este fármaco. Se houver contato do produto com a pele, lavar imediatamente com água e sabão. Se houver contato
com membranas mucosas, lavar a região com água.
Posologia
• Melanoma maligno:
A dosagem recomendada é de 2 a 4,5 mg/kg/dia IV por 10 dias. O tratamento pode ser repetido em intervalos de 4 (quatro) semanas.
Uma dosagem recomendada alternativa é de 250 mg/m2
dia IV por 5 (cinco) dias. O tratamento pode ser repetido a cada 3 (três)
semanas.
• Doença de Hodgkin:
A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin é 150 mg/m2
por 5 (cinco) dias, em combinação com
outras drogas eficazes. O tratamento pode ser repetido a cada 4 (quatro) semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é de 375
mg/m2
, em combinação com outras doses eficazes, nos dias 1 e 15 do curso de tratamento. O tratamento deve ser repetido a cada 4
(quatro) semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.
Populações especiais:
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática leves, não é necessário ajuste de dose. Em pacientes com insuficiência renal e
hepática combinadas, a eliminação da dacarbazina é prolongada; no entanto, não há reduções de doses validadas.
Uso em pacientes idosos:
D.T.I. (dacarbazina) pode ser usado por pessoas acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade desde que sejam observadas as
precauções comuns ao produto.
Uso pediátrico (acima de dois anos de idade)
A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin na população pediátrica é de 375 mg/m2
, em
combinação com outras doses eficazes, nos dias 1e 15 do curso de tratamento. O tratamento deve ser repetido a cada 4 (quatro)
semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.