Bula do Decan Haloper produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DECAN HALOPER
(decanoato de haloperidol)
União Química Farmacêutica Nacional S.A
Solução injetável
50 mg/mL
1
decanoato de haloperidol
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável 50 mg/mL: embalagem contendo 3 ampolas de 1 mL.
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada ampola de 1 mL contém:
decanoato de haloperiol ..........................................................................................................70,52 mg*
*
Equivalente a 50 mg de haloperidol.
Veículo: álcool benzílico e óleo de gergelim.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tratamento de manutenção de pacientes psicóticos crônicos estabilizados.
Os resultados de um estudo duplo-cego, multicêntrico, de avaliação de doses, com 105 indivíduos, para avaliar as taxas de exacerbações
sintomáticas e de eventos adversos, sugerem que a dose de decanoato de haloperidol 200 mg/mês está associada a uma taxa mais baixa de
exacerbação sintomática em relação às outras doses avaliadas (50 ou 100 mg/mês), com um risco aumentado mínimo de eventos adversos
associados ou desconfortos associados com as outras doses. Paralelamente as taxas de piora com 100 mg (23%) e 50 mg (25%) não foram
significativamente maiores do que aquelas vistas com a dose de 200 mg.
Numa revisão sistemática sobre o uso de decanoato de haloperidol no tratamento da esquizofrenia foi observado que o medicamento pode ter
um efeito substancial na melhora dos sintomas e comportamentos associado à esquizofrenia em comparação ao placebo. A formulação de
depósito (DEPOT) pode ser de grande auxílio para aqueles pacientes que necessitam do medicamento, porém apresentam restrições em
relação ao uso de haloperidol oral. Como não há clara diferenciação entre decanoato de haloperidol e outros medicamentos de depósito, a
escolha deve ser individualizada de acordo com as necessidades e características dos pacientes.
Referências bibliográficas
1. KANE, J. M. et al. A multidose study of haloperidol decanoate in the maintenance treatment of schizophrenia. American Journal of
Psychiatry. Ano 159, n. 4, p. 554-560, abr. 2002.
2. QURAISHI, S.; DAVID, A. Depot haloperidol decanoate for schizophrenia. Cochrane Database System Rev. ano 2, 2000.
Propriedades farmacodinâmicas
O haloperidol é um antipsicótico, pertencente ao grupo das butirofenonas. É particularmente eficaz contra os sintomas produtivos das
psicoses, notadamente os delírios e as alucinações. O haloperidol exerce, também, uma ação sedativa em condições de excitação
psicomotora.
O decanoato de haloperidol é o éster do haloperidol com o ácido decanoico. Trata-se de um neuroléptico de ação prolongada, uma vez que o
éster é gradativamente liberado do tecido muscular e, por meio de hidrólise enzimática, o haloperidol penetra na circulação sanguínea. Tal
liberação se faz de forma progressiva, permitindo a obtenção de curvas plasmáticas uniformes sem ocorrência de picos irregulares. A
administração de uma dose adequada produz efeito terapêutico estável, que permanece durante 4 semanas. Verificou-se que, com o
tratamento por decanoato de haloperidol, a medicação antiparkinsoniana associada ao tratamento com neurolépticos pode ser reduzida ou
mesmo suspensa em certos casos.
Em pacientes deprimidos foi observado um efeito de ressocialização.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A administração do decanoato de haloperidol como uma injeção intramuscular de depósito resulta em uma lenta e sustentada liberação de
haloperidol. A concentração plasmática aumenta gradualmente, com um pico de concentração dentro de 3 a 9 dias após a injeção. A
farmacocinética de decanoato de haloperidol após as injeções intramusculares é dose dependente. A relação entre dose e nível plasmático de
haloperidol é aproximadamente linear em doses abaixo de 450 mg.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é de 92%. O haloperidol atravessa a barreira hematoencefálica facilmente.
Metabolismo
O haloperidol é metabolizado por muitas rotas inclusive pelo sistema enzimático do citocromo P450 (principalmente CYP3A4 ou CYP2D6)
e glicuronidação.
Eliminação
Após alcançar o pico de concentração plasmática os níveis plasmáticos caem com uma meia-vida aparente de 3 semanas. A excreção ocorre
40% com a urina e 60% com as fezes. Cerca de 1% do haloperidol ingerido é excretado inalterado com a urina.
Concentração terapêutica
Foi sugerido que a concentração plasmática de haloperidol varia de 4 mcg/L até o limite de 20 a 25 mcg/L para se obter uma resposta
terapêutica.
Os níveis de equilíbrio no plasma são alcançados dentro de 2 a 4 meses em pacientes recebendo injeções mensais.
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Dados pré-clínicos de segurança
Dados não clínicos baseados nos estudos convencionais de tolerabilidade local, toxicidade de doses repetidas, genotoxicidade e
carcinogenicidade não revelaram riscos para humanos. O haloperidol mostrou diminuir a fertilidade em roedores, limitada teratogenicidade,
assim como efeitos embriotóxicos.
O haloperidol tem demonstrado bloquear os canais cardíacos de hERG em muitos estudos in vitro publicados. Em um número de estudos in
vivo, a administração EV do haloperidol em alguns modelos animais tem causado significante prolongamento do intervalo QTc nas doses de
cerca de 0,3 mg/kg EV obtendo Cmáx 3 a 7 vezes maiores do que a concentração efetiva em humanos de 4 a 20 ng/mL. Essas doses
endovenosas que prolongam o intervalo QTc não causaram arritmias. Em alguns estudos, doses maiores do que 1 a 5 mg/kg de haloperidol
EV causaram prolongamento do intervalo QTc e/ ou arritmia ventricular no Cmáx plasmático de 19 a 68 vezes maior do que a concentração
plasmática efetiva em humanos.
Estados comatosos; depressão do sistema nervoso central (SNC) devido ao álcool ou outra droga depressora; doença de Parkinson;
hipersensibilidade ao decanoato de haloperidol ou aos excipientes da fórmula (contém óleo de gergelim); lesão dos gânglios da base.
Mortalidade
Casos raros de morte súbita têm sido reportados em pacientes psiquiátricos que recebem antipsicóticos, incluindo o decanoato de haloperidol.
Pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com medicamentos antipsicóticos possuem aumento no risco de morte. A
análise dos 17 estudos clínicos placebos controlados (duração modal de 10 semanas), mostrou que grande parte dos pacientes que tomam
antipsicóticos atípicos apresentaram risco de morte relacionado ao medicamento entre 1,6 a 1,7 vezes maior do que o grupo de pacientes
tratados com placebo. Durante o período de 10 semanas de estudo controlado, a taxa de morte dos pacientes tratados com o medicamento foi
de cerca de 4,5%, comparada com a taxa de cerca de 2,6% no grupo do placebo. Embora as causas das mortes tenham sido variadas, a
maioria das mortes parece ter sido por razões cardiovasculares (como por exemplo, insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecção
(pneumonia). Estudos observacionais sugerem que de maneira similar aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o tratamento com
antipsicóticos convencionais podem aumentar a mortalidade. Não está clara a extensão em que os achados de o aumento da mortalidade em
estudos observacionais podem ser atribuídos ao medicamento antipsicótico em oposição a algumas características dos pacientes.
Efeitos cardiovasculares
Relatos muito raros de prolongamento do intervalo QT e/ou arritmias ventriculares em adição aos raros casos de morte súbita têm sido
relatados com haloperidol. Eles parecem ocorrer com maior frequência em altas doses e em pacientes predispostos.
Como um prolongamento do intervalo QT tem sido observado durante o tratamento com haloperidol, deve-se ter cautela com os pacientes
que apresentam condições prévias de prolongamento do intervalo QT (síndrome do prolongamento do intervalo QT, hipocalemia,
desequilíbrio eletrolítico, fármacos que prolongam o intervalo QT, doença cardiovascular, histórico familiar de prolongamento do intervalo
QT) especialmente se haloperidol for administrado parenteralmente. O risco de prolongamento de intervalo QT e/ou arritmias ventriculares
podem ser aumentadas em altas doses ou com a administração parenteral, particularmente com a administração endovenosa.
DECAN HALOPER não deve ser administrado por via endovenosa.
Taquicardia e hipotensão também foram relatadas ocasionalmente nos pacientes.
Eventos cerebrovasculares
Em estudos clínicos randomizados, controlados com placebo em população com demência, houve um aumento de aproximadamente 3 vezes
no risco de eventos adversos cerebrovasculares com algum antipsicótico atípico. Em estudos observacionais comparando a taxa de derrame
em pacientes idosos expostos a qualquer antipsicótico com a taxa de derrame em pacientes não expostos a este tipo de medicamentos,
observou-se aumento na taxa de derrame de, aproximadamente, 1,6 a 1,8 vezes dentre os pacientes expostos. Este aumento pode ser maior
com todas as butirofenonas, incluindo o haloperidol. O mecanismo para este aumento do risco é desconhecido. Um aumento do risco não
pode ser excluído para outras populações de pacientes. DECAN HALOPER deve ser usado com precaução em pacientes com risco para
derrame.
Síndrome neuroléptica maligna
Como outros medicamentos antipsicóticos, o decanoato de haloperidol tem sido relacionado com Síndrome Neuroléptica Maligna, resposta
idiossincrática rara caracterizada por hipertermia, rigidez muscular generalizada, instabilidade autonômica, alteração da consciência.
Hipertermia é geralmente um sinal precoce desta síndrome. O tratamento antipsicótico deve ser descontinuado imediatamente e instituídos
terapia de suporte adequada e cuidadoso monitoramento.
Discinesia tardia
Como com todos agentes antipsicóticos, discinesia tardia pode aparecer em alguns pacientes em uso prolongado ou após a descontinuação.
Esta síndrome é principalmente caracterizada por movimentos involuntários rítmicos da língua, face, boca ou mandíbulas. As manifestações
podem ser permanentes em alguns pacientes. A síndrome pode ser mascarada quando o tratamento é restituído, quando há aumento na dose
ou quando há a troca para outro medicamento antipsicótico. O tratamento deve ser descontinuado assim que possível.
Sintomas extrapiramidais
É comum de todos agentes neurolépticos, a ocorrência de sintomas extrapiramidais, tais como tremor, rigidez, hipersalivação, bradicinesia,
acatisia e distonia aguda.
Medicamentos antiparkinsonianos do tipo anticolinérgicos podem ser prescritos se necessário, mas não devem ser prescritos rotineiramente
como medida preventiva. Se a administração concomitante de medicamentos antiparkinsonianos é requerida, esta deve ser mantida após a
interrupção do tratamento com DECAN HALOPER, se sua excreção for mais rápida do que a de haloperidol a fim de evitar o
desenvolvimento ou piora dos sintomas extrapiramidais. O médico precisa estar ciente quanto a um possível aumento da pressão intraocular
quando anticolinérgicos, incluindo agentes antiparkinsonianos, são administrados concomitantemente com DECAN HALOPER.
Convulsão
Tem sido relatado que o decanoato de haloperidol pode desencadear convulsões. Recomenda-se precaução nos pacientes com uma história
conhecida de epilepsia ou com pré-disposição a convulsões (por exemplo, abstinência ao álcool e lesões cerebrais).
Hepatobiliares
Como decanoato de haloperidol é metabolizado pelo fígado, deve-se ter cautela em pacientes com doença hepática. Casos isolados de
anormalidades na função hepática ou hepatite, mais frequentemente colestática, foram relatados.
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Sistema endócrino
A tiroxina pode facilitar a toxicidade do DECAN HALOPER.
A terapia antipsicótica em pacientes com hipertiroidismo deve ser apenas administrada com bastante cautela e precisa sempre ser
acompanhada por terapia para manter o estado tiroidiano.
Efeitos hormonais dos medicamentos antipsicóticos neurolépticos incluem: hiperprolactinemia, que pode causar galactorreia, ginecomastia,
oligorreia ou amenorreia. Casos muito raros de hipoglicemia e síndrome de secreção inapropriada de ADH foram relatados.
Tromboembolismo venoso
Casos de tromboembolismo venoso (TEV) foram relatados com medicamentos antipsicóticos. Já que pacientes tratados com antipsicóticos
frequentemente apresentam fatores de risco adquiridos para TEV, todos os fatores de risco possíveis para TEV devem ser identificados antes
e durante o tratamento com DECAN HALOPER e medidas preventivas devem ser tomadas.
Iniciação do tratamento
Recomenda-se que os pacientes que forem considerados para o tratamento com DECAN HALOPER tomem previamente haloperidol oral,
para excluir a possibilidade de uma sensibilidade inesperada ao haloperidol.
Pacientes com depressão
Como com todos os agentes antipsicóticos, o DECAN HALOPER não deve ser utilizado sozinho quando a depressão é predominante. Ele
deve ser combinado com antidepressivos para tratar aquelas condições em que depressão e psicose coexistem.
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
DECAN HALOPER pode reduzir a capacidade de atenção, principalmente com altas doses e no início do tratamento, redução essa que pode
ser potencializada pela ingestão de bebidas alcoólicas. O paciente deve ser aconselhado a não dirigir veículos ou operar máquinas durante a
terapêutica, pelo menos até que se conheça seu grau de suscetibilidade individual.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.
Gravidez (categoria C) e lactação
Gravidez
Estudos em animais demonstraram um efeito teratogênico do haloperidol (ver “Dados pré-clínicos de segurança” no item “3. Características
farmacológicas”).
Recém-nascidos expostos a medicamentos antipsicóticos (incluindo haloperidol) durante o terceiro trimestre de gravidez correm o risco de
apresentar sintomas extrapiramidais e/ou de retirada, que podem variar em gravidade após o parto. Estes sintomas em recém-nascidos podem
incluir agitação, hipertonia, hipotonia, tremor, sonolência, dificuldade respiratória ou distúrbios alimentares.
Não têm sido demonstrados aumentos significativos nas anormalidades fetais em estudos populacionais amplos com o uso de decanoato de
haoperidol. Houve casos isolados de defeitos neonatais após a exposição fetal ao decanoato de haloperidol em combinação com outras
drogas. DECAN HALOPER somente deverá ser utilizado durante a gravidez se os potenciais benefícios justificarem o risco potencial ao
feto.
Lactação
O decanoato de haloperidol é excretado no leite materno. Se o uso do DECAN HALOPER for considerado essencial, os benefícios da
amamentação devem ser avaliados contra os possíveis riscos. Sintomas extrapiramidais têm sido observados em lactentes de mulheres
tratadas com decanoato de haloperidol.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em crianças
Como com outros antipsicóticos, deve-se ter cautela ao prescrever haloperidol a pacientes que utilizem medicamentos que prolonguem o
intervalo QT.
O haloperidol é metabolizado por muitas vias, incluindo glicuronidação e por enzimas do sistema do citocromo P450 (particularmente
CYP3A4 ou CYP2D6). A inibição destas rotas do metabolismo por outras drogas ou diminuição da atividade enzimática da CYP2D6 pode
aumentar as concentrações de haloperidol e o risco de ocorrer eventos adversos, incluindo prolongamento do intervalo QT. Em estudos
farmacocinéticos, o aumento leve ou moderado das concentrações de haloperidol foi relatado quando o haloperidol foi administrado
concomitantemente com drogas caracterizadas como substratos ou inibidoras da isoenzimas CYP3A4 ou CYP2D6, tais como: itraconazol,
nefazodona, buspirona, venlafaxina, alprazolam, fluvoxamina, quinidina, fluoxetina, sertralina, clorpromazina e prometazina. A diminuição
da atividade enzimática da CYP2D6 pode resultar no aumento das concentrações de haloperidol. O aumento do intervalo QTc foi observado
quando o haloperidol foi dado em associação com os metabólitos inibidores do cetoconazol (400 mg/dia) ou paroxetina (20 mg/dia). Pode ser
necessário reduzir a dose do haloperidol.
Deve-se ter cautela quando utilizar associações que causem desequilíbrio eletrolítico.
Efeitos de outros medicamentos sobre o haloperidol
Tratamentos por períodos prolongados com medicamentos indutores enzimáticos tais como carbamazepina, fenobarbital e rifampicina, em
associação ao DECAN HALOPER, podem reduzir significativamente os níveis plasmáticos do haloperidol. Neste caso, a dose ou intervalo
de dose de DECAN HALOPER deverá ser reajustada, quando necessário. Após interrupção do tratamento com tais fármacos, pode ser
necessária a redução das doses de DECAN HALOPER.
O valproato de sódio, medicamento sabidamente inibidor da glicuronidação, não afeta as concentrações plasmáticas do haloperidol.
Efeito do haloperidol em outros medicamentos
Como ocorre com todos os neurolépticos, o DECAN HALOPER pode aumentar a depressão do sistema nervoso central produzida por outros
agentes depressores do SNC, incluindo álcool, hipnóticos, sedativos ou analgésicos potentes. Tem sido relatado um efeito aumentado sobre o
SNC quando combinado com a metildopa.
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O decanoato de haloperidol pode antagonizar a ação da adrenalina e de outros agentes simpatomiméticos e reverter os efeitos dos agentes
bloqueadores adrenérgicos, tal como a guanetidina, sobre a diminuição da pressão sanguínea.
O decanoato de haloperidol pode prejudicar os efeitos antiparkinsonianos da levodopa.
O haloperidol é um inibidor da CYP2D6. O decanoato de haloperidol inibe a metabolização de antidepressivos tricíclicos, aumentando,
portanto, os níveis plasmáticos destas drogas.
Outras formas de interação
Em casos raros, os seguintes sintomas foram relatados durante o uso concomitante de lítio e decanoato de haloperidol: encefalopatia,
sintomas extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna, distúrbios do tronco cerebral, síndrome cerebral aguda e coma.
Muitos destes sintomas são reversíveis. Ainda não foi estabelecido se estes casos representam uma entidade clínica distinta. De qualquer
forma, recomenda-se que naqueles pacientes que estejam sendo tratados concomitantemente com lítio e DECAN HALOPER, o tratamento
seja interrompido imediatamente no caso de ocorrência de tais sintomas.
Houve relatos de que o decanoato de haloperidol é antagonista do anticoagulante fenidiona.
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C); proteger da luz.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho)
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: líquido oleoso límpido, cor amarelo claro a levemente laranja.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
DECAN HALOPER somente pode ser usado por adultos e é aplicado por via intramuscular nas nádegas, uma vez ao mês. Como a resposta
individual a DECAN HALOPER pode ser variável, é necessário ajuste da dose de acordo com a resposta do paciente.
DECAN HALOPER é recomendado para uso em pacientes psicóticos crônicos que requerem terapia antipsicótica parenteral. Estes pacientes
devem ser previamente estabilizados com a medicação antipsicótica, antes de considerar a conversão para o DECAN HALOPER.
DECAN HALOPER deve ser usado apenas em adultos e foi formulado para fornecer terapia por um mês na maioria dos pacientes após uma
única injeção por via intramuscular profunda na região glútea. Uma vez que a administração de volumes maiores que 3 mL é desconfortável
para o paciente, tais volumes de injeção não são recomendados. DECAN HALOPER não deve ser administrado por via endovenosa.
Como a resposta individual a fármacos neurolépticos pode ser variável, a dose deve ser determinada individualmente, sendo iniciada e
titulada de uma forma melhor sob supervisão clínica cuidadosa. A dose inicial individual dependerá da gravidade da sintomatologia e da
quantidade de medicação oral necessária para manter o paciente antes de iniciar o tratamento de depósito (DEPOT).
DECAN HALOPER deve ser injetado por via intramuscular profunda. A dose normal pode ser calculada a partir da dose oral de
haloperidol ou da dose equivalente de outros neurolépticos. A cada quatro semanas deve ser administrada uma dose correspondente a cerca
de 20 vezes a dose oral diária de haloperidol, expressa em miligramas. De modo geral, na prática clínica, pode-se estabelecer que uma dose
de 1 a 3 mL (50 a 150 mg) a cada quatro semanas é suficiente para condições psicóticas de grau leve a moderado. Nos casos mais graves,
necessita-se de doses mais elevadas, podendo-se chegar até 6 mL (300 mg). De acordo com a evolução dos sintomas, as doses podem ser
aumentadas ou diminuídas nas injeções subsequentes.
Uso em idosos e em pacientes debilitados
DECAN HALOPER pode ser utilizado em idosos e em pacientes debilitados, porém é recomendável iniciar o tratamento com doses baixas,
por exemplo, 12,5 – 25 mg a cada 4 semanas, aumentando a dose apenas de acordo com a resposta do paciente.