Bula do Deposteron para o Profissional

Bula do Deposteron produzido pelo laboratorio Ems Sigma Pharma Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Deposteron
Ems Sigma Pharma Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO DEPOSTERON PARA O PROFISSIONAL

Deposteron

cipionato de testosterona

EMS SIGMA PHARMA LTDA

Solução I.M.

100 mg/ ml

MODELO DE BULA – PROFISSIONAL

APRESENTAÇÕES

Solução oleosa injetável 100 mg/ml em embalagem com 3 ampolas de 2 ml

USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS

USO I.M.

COMPOSIÇÃO

Cada ampola contém:

cipionato de testosterona........................................200 mg

veículo oleoso q.s.p. ..............................................2 ml

*álcool benzílico, benzoato de benzila, óleo de amendoim.

1. INDICAÇÕES

Deposteron®

é indicado para homens na terapia de reposição de testosterona nos casos de hipogonadismo masculino primário ou

secundário.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O hipogonadismo masculino é uma das mais comuns síndromes endocrinológicas. Dados de literatura disponíveis que a

administração intramuscular do cipionato de testosterona em base oleosa são muito utilizadas no tratamento do hipogonadismo

masculino. A terapia de reposição androgênica é utilizada para induzir e manter as características sexuais secundárias normais.

(DARBY, E.; ANAWALT, B.D. Male Hypogonadism - An Update on Diagnosis and Treatment. Treat Endocrinol, 2005.

MATSUMOTO, A.M. Hormonal terapy of Male Hypogonadism. Clinical Andrology, 1994.)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Deposteron®

é uma solução injetável para uso intramuscular que contém em sua formulação o cipionato de testosterona.

é uma solução injetável de base oleosa, permitindo assim, a uma liberação prolongada da testosterona, e a base de

éster, que permite rápida liberação de testosterona livre na circulação.

A testosterona, principal androgênio natural, é responsável pelo crescimento e desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e

manutenção dos caracteres sexuais secundários. Estes efeitos incluem o crescimento e maturação da próstata, vesículas seminais,

pênis e escroto; desenvolvimento e distribuição de pêlos, como a barba, púbis, tórax e pêlos axilares; alargamento da laringe e

espessamento das cordas vocais; alterações da massa muscular e distribuição da gordura corporal.

A testosterona é o hormônio esteróide androgênico mais importante no sexo masculino produzido nos testículos e no córtex adrenal.

A secreção insuficiente de testosterona resulta no hipogonadismo masculino caracterizado por baixas concentrações séricas de

testosterona. Os sintomas associados ao hipogonadismo masculino incluem, entre outros, impotência e diminuição da libido, fadiga,

depressão, assim como, ausência ou desenvolvimento incompleto ou regressão das características sexuais masculinas.

A administração exógena de androgênios melhora os níveis deficientes de testosterona endógena e os sintomas relacionados ao

hipogonadismo.

Farmacocinética

Absorção:

Os ésteres de testosterona são menos polares do que a testosterona livre, sendo, portanto, absorvidos de modo mais lento quando

administrados por via intramuscular em veículo oleoso, prolongando-se, desta forma, o tempo de intervalo entre as doses. Por isso,

deve ser administrado em intervalos de duas a quatro semanas.

Distribuição:

Aproximadamente 98% da testosterona sérica circulante encontra-se ligada à globulina ligadora de testosterona-estradiol ou ligadora

de hormônios sexuais (SHBG). Cerca de 2%, encontra-se na forma livre.

Geralmente, a quantidade deste hormônio sexual ligado a globulina no plasma irá determinar a distribuição de testosterona entre a

fração livre e a conjugada. A fração da testosterona livre irá determinar a sua meia-vida.

A meia-vida do cipionato de testosterona quando administrado por via intramuscular é de cerca de oito dias.

Metabolismo:

Uma pequena porcentagem da testosterona é convertida em metabólitos, biologicamente ativos, em determinados tecidos;

entretanto, a maioria é convertida em metabólitos inativos, excretados pelos rins e vias biliares.

A inativação da testosterona ocorre predominantemente no fígado.

Eliminação:

Cerca de 90% da testosterona é eliminada na urina na forma de conjugados de ácido glucurônico e ácido sulfúrico da testosterona e

seus metabólitos. Cerca de 6% é excretada nas fezes, principalmente na forma não conjugada.

4. CONTRA-INDICAÇÕES

Deposteron®

é contra-indicado nas seguintes condições:

− Hipersensibilidade a qualquer componente da formulação;

− Carcinoma androgênio-dependentes de próstata ou de glândula mamária do homem;

− Insuficiência cardíaca, hepática ou renal.

O uso de Deposteron®

é contra-indicado em mulheres e crianças.

Este medicamento é contra-indicado para uso por mulheres.

Este medicamento é contra-indicado para crianças ou adolescentes com idade inferior a 18 anos.

Este medicamento é contra-indicado para uso por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Hipercalcemia pode ocorrer em pacientes imobilizados. Nesse caso, o tratamento deve ser interrompido.

O uso prolongado de doses elevadas de androgênios (principalmente a 17-alfa-alquil andrógenos) têm sido associadas com o

desenvolvimento de adenomas hepáticos, carcinoma hepatocelular e hepatite de peliose.

Deve-se ter precaução em pacientes predispostos a edemas. Os edemas, com ou sem insuficiência cardíaca congestiva, podem

causar complicações sérias em pacientes com doenças cardíaca, renal ou hepática pré-existente.

Pacientes em tratamento podem desenvolver ginecomastia.

O uso de androgênios é desaconselhável para melhorar a performance atlética. Devido aos riscos potenciais de eventos adversos

sérios, Deposteron®

não deve ser usado com este propósito.

Precauções:

Pacientes com hipertrofia benigna prostática podem desenvolver obstrução uretral aguda. Priapismo ou estimulação sexual

excessiva podem ser desenvolvidas. O uso prolongado ou dosagens excessivas de cipionato de testosterona podem acarretar no

surgimento de oligospermia. Em caso de surgimento de alguns dos efeitos citados anteriormente, deve-se interromper o tratamento e

iniciá-lo com uma dosagem menor.

Deposteron®

não deve ser utilizado por via intravenosa.

Como todas as soluções oleosas, Deposteron®

deve ser administrado por via intramuscular. As reações de curta duração

(necessidade de tossir, acessos de tosse, dificuldade respiratória) que ocorrem em casos isolados durante ou imediatamente após a

administração parenteral de soluções oleosas podem ser comprovadamente evitadas, administrando o medicamento de forma

extremamente lenta.

Carcinogênese:

Dados animais: A testosterona têm sido testado em camundongos e ratos através da implantação subcutânea. O implante induz o

aparecimento de tumor cervical-uterino em camundongos. Não existem evidências de que a administração parenteral de testosterona

em algumas linhagens de camundongos aumente sua suceptibilidade a hepatoma. A testosterona pode também aumentar o número

de tumores e diminuir o grau de diferenciação química de carcinoma de fígado em ratos.

Dados humanos: Não há relatos de carcinoma hepatocelular em pacientes submetidos ao tratamento androgênico a longo prazo.

Gravidez: Efeitos teratogênicos. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

Lactação: O uso de cipionato de testosterona não é recomendado durante a lactação.

Idosos, crianças e outros grupos de risco: Pacientes idosos tratados com androgênios podem apresentar risco mais elevado de

desenvolvimento de hiperplasia prostática e carcinoma prostático, embora não existam evidências clínicas conclusivas. Por esta

razão, exames de próstata e de sangue são freqüentemente realizados antes de prescrever andrógenos para homens acima de 40 anos.

Os exames devem ser repetidos durante o tratamento.

Não existem dados de ensaios clínicos que sustentem a utilização de Deposteron®

em crianças e adolescentes com menos de 18

anos de idade. Nas crianças, a testosterona, além de causar masculinização, pode acelerar o crescimento e o amadurecimento ósseo,

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

− Anticoagulantes orais: pode ser necessário um ajuste na dosagem de anticoagulantes orais, já que existem relatos na literatura

de que a testosterona e seus derivados aumentam a atividade desses agentes. Independentemente deste achado e como regra geral, as

limitações da utilização de injeções intramusculares nos pacientes com anormalidades adquiridas ou hereditárias da coagulação

sangüínea devem ser sempre observadas;

− Oxifenbutazona: A administração concomitante com andrógenos pode resultar em um aumento dos níveis séricos da

oxifenbutazona;

− Insulina: Os androgênios podem intensificar os efeitos hipoglicemiantes da insulina causando a diminuição nos níveis de

glicemia. Portanto, pode ser necessário uma redução na dosagem do agente hipoglicemiante.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Nao use medicamento com o prazo de validade vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Deposteron®

apresenta-se como uma solução oleosa límpida, na cor amarela e isenta de partículas estranhas.

possui gosto e odor característico.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Deposteron®

deve ser administrado exclusivamente por via intramuscular. Deve ser aplicado profundamente no músculo glúteo. A

aplicação deve ser feita lentamente.

O uso da agulha ou seringa úmida pode causar turvação na solução, o que não afeta, entretanto, a efetividade do medicamento.

Se porventura ocorrer a formação de cristais nas ampolas, o aquecimento e agitação podem proporcionar a redissolução imediata.

Deve-se verificar a presença de partículas estranhas na solução antes da administração.

Agite bem antes de usar.

deve ser aplicado profundamente e lentamente por via intramuscular no músculo glúteo.

A terapia de reposição deve ser instituída com a administração de 200 mg de cipionato de testosterona a cada 2 semanas, capaz de

manter níveis suficientes de testosterona sem levar ao acúmulo.

É aconselhável medir os níveis séricos de testosterona no final de um intervalo entre as administrações. Níveis séricos inferiores aos

valores considerados normais indicam a necessidade de um intervalo menor entre as injeções. Em caso de níveis séricos elevados,

deve-se considerar um aumento do intervalo entre a administração de duas injeções.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer as seguintes reações adversas com o uso de androgênios:

− Sistema endócrino e urológico: ginecomastia e freqüência aumentada de ereções. A oligospermia pode ocorrer com o uso de

altas doses;

− Pele e anexos: alterações cutâneas, hirsutismo, alopecia, seborréia e acne;

− Sistema metabólico: retenção de sódio, cloreto, água, potássio, cálcio e fosfatos inorgânicos;

− Sistema gastrintestinal: náusea, icterícia colestática, valores alterados nos exames laboratoriais hepáticos, raramente

neoplasmas hepáticos e hepatite peliose (vide ADVERTÊNCIAS);

− Sistema sanguíneo e linfático: sangramentos em pacientes em tratamento com anticoagulantes orais e policitemia;

− Sistema nervoso: aumento ou diminuição da libido, dor de cabeça, ansiedade, depressão e parestesia generalizada;

− Gerais: inflamação e dor no local da administração intramuscular.

O tratamento com medicamentos contendo testosterona em altas doses comumente interrompe ou reduz a espermatogênese, o que

também reduz o tamanho dos testículos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.