Bula do Dermosalic produzido pelo laboratorio Valeant Farmacêutica do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DERMOSALIC
Pomada dermatológica
dipropionato de betametasona (equivalente a 0,5mg
(0,05%) de betametasona) 0,64 mg/g
acido salicílico (equivalente a 3% de ácido salicílico)
30 mg/g
Solução dermatológica
(0,05%) de betametasona) 0,64 mg/mL
acido salicílico (equivalente a 2% de ácido salicílico)
20 mg/mL
DERMOSALIC
dipropionato de betametasona + ácido salicílico
APRESENTAÇÕES
Pomada dermatológica de dipropionato de betametasona: embalagem contendo uma bisnagas com 30 g.
Solução dermatológica de dipropionato de betametasona: embalagem contendo frasco com 30 mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: DERMATOLÓGICA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada g da pomada dermatológica contém:
dipropionato de betametasona (equivalente a 0,5mg (0,05%) de betametasona)........................0,64 mg
Ácido salicílico (equivalente a 3% de ácido salicílico).......................................................30,00 mg
Excipientes q.s.p .............................................................................................................. 1,0 g
(edetato dissódico di-hidratado, petrolato amarelo e polietileno)
Cada mL da solução dermatológica contém:
Ácido salicílico (equivalente a 2% de ácido salicílico).......................................................20,00 mg
Excipientes q.s.p .............................................................................................................. 1,0 mL
(edetato dissódico di-hidratado, hidróxido de sódio, álcool isopropílico, monococoato de glicerila etoxilado, glicerol e água).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
DERMOSALIC®
Pomada é indicado para o tratamento de dermatoses inflamatórias hiperquerostáticas ou hiperceratóticas responsivas
aos corticosteroides, tais como: psoríase, dermatite atópica crônica, neurodermatite, líquen plano, eczema numular, eczema da mão e
dermatite eczematosa, disidrose, dermatite seborreica do couro cabeludo, ictiose vulgar, condições ictióticas em geral, para o alívio da
inflamação e do prurido nas doenças de pele crônicas que respondem ao tratamento com corticoides de uso tópico, e em outras condições
que apresentam ressecamento e espessamento importantes da pele.
Solução é indicado no tratamento tópico da psoríase e dermatite seborreica do couro cabeludo.
Em um estudo clínico comparativo duplo-cego de quatro semanas de duração, 90 pacientes com psoríase no couro cabeludo receberam
uma das seguintes preparações de corticosteroides: associação de dipropionato de betametasona e ácido salicílico, dipropionato de
betametasona (0,05%) ou acetonida de triancinolona (0,2%) com ácido salicílico (2%) em solução alcoólica. Cada paciente recebeu duas
aplicações diárias de apenas uma das preparações. A associação de dipropionato de betametasona e ácido salicílico mostrou-se mais
efetivo e exibiu início de ação mais rápido que a solução de dipropionato de betametasona (0,05%). A associação de dipropionato de
betametasona e ácido salicílico e a solução de dipropionato de betametasona (0,05%) foram superiores à solução de triancinolona
(0,02%). Não foram observadas reações adversas durante o tratamento com nenhuma das preparações.1
Em outro estudo duplo-cego, a associação de dipropionato de betametasona e ácido salicílico foi comparada à solução de valerato de
betametasona no tratamento da psoríase de couro cabeludo em 78 pacientes durante um período de três semanas. Ambos os tratamentos
foram eficazes, mas a associação de dipropionato de betametasona e ácido salicílico mostrou maior rapidez de início de ação e cura que a
solução de valerato de betametasona. Não foram observadas reações adversas em nenhum grupo. A vantagem da combinação de ácido
salicílico com um corticosteroide foi claramente demonstrada. Essa combinação é preferencialmente indicada nos casos de psoríase no
couro cabeludo com sinais de hiperceratose que dificulta a ação efetiva do corticosteroide.2
A associação de dipropionato de betametasona e ácido salicílico mostrou-se eficaz e bem tolerado no tratamento da psoríase no couro
cabeludo e dermatoses responsivas a corticosteroides. Pacientes foram tratados duas vezes por dia, pela manhã e à noite, com quantidade
de solução suficiente para cobrir toda a área afetada. A avaliação geral após três semanas de tratamento indicou cura (ausência de 100%
de sinais e sintomas) ou significativa melhora na maioria dos pacientes. Houve redução temporária e reversível das concentrações
plasmáticas de cortisol.3
Em um estudo clínico cego, a associação da pomada de dipropionato de betametasona e ácido salicílico foi comparado, em termos de
eficácia e segurança com uma pomada contendo acetato trimetilado de dexametasona 0,1% e ácido salicílico 4% em 110 pacientes com
dermatoses responsivas a esteroides como psoríase e eczema crônico. Ambos os tratamentos foram efetivos e seguros. A associação da
pomada de dipropionato de betametasona e ácido salicílico mostrou-se superior e a taxa de reincidência foi significativamente menor.4
Referências bibliográficas:
1. Fredrikkson I. A clinical comparison of three corticosteroid alcoholic solutions in the treatment of psoriasis of the scalp.
Pharmatherapeutica. 1976;1:252-6.
2. Hillstrom, L., Peterson, L. Studies with betamethasone dipropionate lotion with salicylic acid (Diprosalic®) in psoriasis and seborrheic
eczema of the scalp. Curr Ther Res. 1978;24(1):46-50.
3. Nolting B, Niebauer G, Baran R, et al. nonscalp body lesions – Pooled studies. Data on file.
4. Chattopadhyay SP, Arora PN, Anand S, et al. Betamethasone dipropionate (0.05 percent) plus salicylic acid (3 percent) ointment
versus dexamethasone trimethyl acetate (1 percent) and salicylic acid 4 percent ointments in chronic dermatoses. Indian J Dermatol.
1987;32(2): 41-4.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACÓLÓGICAS
O dipropionato de betametasona é um corticosteroide fluorado sintético que possui ação anti-inflamatória, antipruriginosa e
vasoconstritora.
O ácido salicílico, usado topicamente possui ação queratolítica: promove o amaciamento da queratina, elimina o epitélio cornificado e
descama a epiderme. Dessa forma, a pele se torna mais receptiva à ação bacteriostática e fungicida do ácido salicílico e mais acessível
aos efeitos terapêuticos do dipropionato de betametasona.
Caso ocorra o desenvolvimento de irritação ou sensibilização durante o uso de DERMOSALIC®
, o tratamento deve ser descontinuado.
Em presença de infecção deve ser instituída terapia antimicrobiana.
DERMOSALIC®
é contraindicado em pacientes que apresentem infecções de pele causadas por vírus ou fungos e tuberculose de pele e
em pacientes com infecções de pele causadas por bactérias que não estejam recebendo tratamento concomitante apropriado.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que apresentarem antecedentes de hipersensibilidade a qualquer um
dos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe
imediatamente o seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Categoria de risco no segundo e terceiro trimestres da gravidez – C;
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não
existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Ambas as substâncias (betametasona e ácido acetilsalicílico) não são totalmente compatíveis com aleitamento materno e seus usos
devem ser criteriosos e de acordo com critério médico.
Este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue, pois pode aumentar o risco de sangramento.
Não use este medicamento em crianças ou adolescentes com sintomas gripais ou catapora. O uso de ácido acetilsalicílico pode
causar a Síndrome de Reye, uma doença rara, mas grave.
Se ocorrer irritação ou alergia durante o uso de DERMOSALIC®
, o tratamento deve ser descontinuado e medidas apropriadas devem ser
tomadas.
Qualquer reação adversa proveniente do uso de corticosteroides sistêmicos, inclusive supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal pode
ocorrer com o uso de corticosteroides tópicos, especialmente em crianças.
Absorção sistêmica de corticosteroides tópicos e do ácido salicílico pode ser maior no tratamento de áreas corpóreas extensas ou com o
uso de curativos oclusivos. A aplicação do ácido salicílico em feridas abertas deve ser evitada. Nestes casos, deverão ser tomadas as
precauções necessárias, assim como quando houver previsão de tratamento prolongado, especialmente em crianças.
Não deve ser usado nos olhos, nem em outras superfícies mucosas.
Uso pediátrico - os pacientes pediátricos podem apresentar maior suscetibilidade do que os pacientes adultos à supressão do eixo
hipotálamo-hipófise-suprarrenal induzida pelos corticoides tópicos ou exógenos, em função da maior absorção devido à grande proporção
da área de superfície corporal para o peso corporal.
Outras reações que podem ocorrer em crianças que utilizam DERMOSALIC®
são: síndrome de Cushing; retardo do crescimento; retardo
no ganho de peso; hipertensão intracraniana, que inclui fontanela tensa, cefaleia e papiledema bilateral. Achados de supressão adrenal em
crianças incluem baixas concentrações de cortisol plasmático e ausência de resposta à estimulação com ACTH. Manifestações de
hipertensão intracraniana incluem cefaleia e papiledema bilateral.
Deve-se restringir o uso prolongado em crianças de todas as faixas etárias, bem como o uso de curativos oclusivos.
Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos.
Uso em idosos - Como a pele das pessoas idosas é mais delgada em função da idade, alguns efeitos colaterais são mais propensos de
ocorrer nesses pacientes. Dessa forma, corticosteroides tópicos devem ser usados com pouca frequência, por períodos curtos, ou sob
rigorosa supervisão médica em pacientes idosos. O uso de corticosteroides tópicos de baixa potência pode ser necessário para alguns
pacientes.
Categoria de risco D para gravidez se usado no primeiro trimestre e categoria de risco C para gravidez se usado no segundo e
terceiro trimestres.
Ambas as substâncias (betametasona e ácido acetilsalicílico) não são totalmente compatíveis com aleitamento materno e seus usos
devem ser criteriosos e de acordo com critério médico.
Uso durante a gravidez e a lactação - A segurança do uso de DERMOSALIC®
em mulheres grávidas ainda não foi completamente
comprovada. Assim, o produto deve ser usado durante a gravidez unicamente quando os benefícios justifiquem o risco potencial ao feto.
Este produto não deve ser usado em pacientes grávidas em grandes quantidades ou por períodos prolongados.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação medica ou do cirurgião-dentista.
Informe imediatamente o seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Por não se saber se a administração tópica de corticosteroides pode resultar em absorção sistêmica suficiente para produzir quantidades
detectáveis no leite materno, deve-se decidir entre descontinuar a lactação ou interromper o tratamento, levando em conta a importância
do tratamento para a mãe.
Durante o período e aleitamento materno ou doação de leite humano só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico
Interações medicamento - medicamento:
Não foram relatadas interações medicamentosas clinicamente relevantes com a utilização do produto de maneira adequada.
Interações medicamento - exame laboratorial:
• Função da adrenal é avaliada pela estimulação da corticotropina (ACTH), medida através do cortisol ou 17 hidrocorticoides livres na
urina por 24 horas, ou pela medida de cortisol plasmático e da função do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA): pode ocorrer
decréscimo se ocorrer absorção significativa de corticosteroide, especialmente em crianças.
• Contagem total de eosinófilos: ocorre um decréscimo caso diminua a concentração plasmática de cortisol.
• Glicose: concentrações na urina e no sangue podem aumentar se ocorrer absorção significativa de corticosteroide, devido à atividade
hiperglicemiante dos corticosteroides.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da úmidade.
O prazo de validade do DERMOSALIC®
pomada é de 36 meses e o de DERMOSALIC®
solução é de 24 meses após a data de sua
fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e valida de vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
DERMOSALIC®
apresenta-se como uma pomada dermatológica de cor branca.
solução apresenta-se como uma solução tópica incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO DERMATOLÓGICO
Antes de usar DERMOSALIC®
pomada, bata levemente a bisnaga em uma superfície plana e macia com a tampa virada para cima para
que o conteúdo do produto vá para a parte inferior da bisnaga evitando desperdício ao se retirar a tampa.
Aplicar uma fina camada do produto sobre a região afetada, de manhã e à noite (de 12 em 12 horas). Em alguns pacientes, o
medicamento poderá ser aplicado menos vezes, de acordo com a orientação médica. A duração do tratamento também deve ser
determinada por critério médico.
DERMOSALIC®
solução. Aplique duas vezes ao dia, pela manhã e à noite (de 12h em 12h). Em alguns pacientes, o medicamento poderá
ser aplicado menos vezes, de acordo com a orientação médica. A duração do tratamento também deve ser determinada por critério
médico.
Deve-se aplicar uma quantidade de DERMOSALIC®
suficiente para cobrir a área afetada, massageando levemente o local após sua
aplicação.
Como ocorre com todas as preparações tópicas de corticosteroides altamente ativas, o tratamento deverá ser suspenso logo que a afecção
dermatológica seja controlada.
Em alguns pacientes, a frequência das aplicações pode ser reduzida de acordo com a evolução do quadro dermatológico.
Em estudos clínicos, a associação da pomada e da solução de dipropionato de betametasona e ácido salicílico foram bem tolerados.
Nos estudos de tratamento de lesões do couro cabeludo com a associação da solução de dipropionato de betametasona e ácido salicílico,
alguns pacientes relataram sensação de queimação durante aplicação e apenas um paciente relatou sensação de dor. Ambas as reações
adversas desapareceram após os dias iniciais do tratamento.
As seguintes reações adversas locais têm sido relatadas com o uso de corticosteroides tópicos:
Reações incomuns (entre 0,1% e 1%): ardor, prurido, irritação, infecção cutânea, inflamação cutânea, telangiectasias, equimoses,
foliculite.
Reações raras (entre 0,01% e 0,1%): estrias atróficas, hipertricose, erupções acneiformes, úlcera cutânea, urticária, hipopigmentação da
pele, hiperestesia, alopecia, dermatite por pele seca, vesículas, eritema e irritação na pele.
Reações cuja incidência não está determinada: dermatite perioral, dermatite alérgica de contato, maceração da pele, miliária,
exantema, descamação da pele (laminar e perilesional) e parestesia.
As seguintes reações adversas podem ocorrer mais frequentemente quando se faz uso de curativo oclusivo: maceração da pele, infecção
secundária, atrofia da pele, estrias e miliária.
A aplicação contínua de preparações contendo ácido salicílico pode causar dermatite.
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O uso excessivo e prolongado de corticosteroides tópicos pode suprimir a função do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, resultando em
insuficiência suprarrenal secundária e em manifestações de hipertireoidismo, inclusive síndrome de Cushing.
Os sintomas de hipercorticismo são geralmente reversíveis. Caso necessário deve-se tratar o desequilíbrio eletrolítico. Em casos de
toxicidade crônica, é indicada a retirada gradativa do esteroide.
O uso excessivo de preparações tópicas contendo ácido salicílico pode causar sintomas de salicilismo. O tratamento do salicilismo é
sintomático. O uso de salicilato deve ser imediatamente descontinuado.
Os sintomas de hipercorticismo (excesso de corticosteroides no sangue) são geralmente reversíveis. Caso necessário, o médico irá tratar o
desequilíbrio eletrolítico (alterações em alguns íons presentes no sangue, como sódio e potássio). Em casos de toxicidade corticosteroide
crônica, ele deverá solicitar uma retirada gradativa do corticosteroide.
Devem ser tomadas medidas para a rápida eliminação corpórea de salicilato. Administrar bicarbonato de sódio por via oral para
alcalinizar a urina e forçar a diurese.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA