Bula do Diálise Peritoneal produzido pelo laboratorio Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
DIÁLISE PERITONEAL 1,5%
HALEX ISTAR
SISTEMA FECHADO
SOLUÇÃO PARA DIÁLISE PERITONEAL
(15 + 5,04 + 5,61 + 0,24 + 0,15) mg/mL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Diálise Peritoneal 1,5%
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Solução para Diálise Peritoneal: glicose anidra , lactato de sódio, cloreto de sódio, cloreto de cálcio dihidratado, cloreto de magnésio
hexaidratado (15 + 5,04 + 5,61 + 0,24 + 0,15) mg/mL.
Caixa contendo 10 bolsas plásticas de 1000 mL
Caixa contendo 06 bolsas plásticas de 2000 mL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: PERITONEAL E INDIVIDUALIZADA
SISTEMA FECHADO – ISTARBAG®
(PVC) E BLOWPACK®
(PE)
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém:
glicose anidra (D.C.B.: 04485) ..................................................... 15,00 mg
lactato de sódio ( D.C.B.: 00278) ................................................... 5,04 mg
cloreto de sódio (D.C.B.: 02421) .................................................... 5,61 mg
cloreto de cálcio di-hidratado (D.C.B.: 02370) ....................................... 0,24 mg
cloreto de magnésio hexaidratado (D.C.B.: 02400) ................................ 0,15 mg
Excipientes: ácido cítrico monoidratado, metabissulfito de sódio, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
Conteúdo Eletrolítico
cálcio (Ca++) ................................................................................ 3,3mEq/L
magnésio (Mg++).......................................................................... 1,5mEq/L
sódio (Na+)................................................................................ 141,0mEq/L
cloreto (Cl-)................................................................................ 100,8mEq/L
lactato ......................................................................................... 45,0 mEq/L
Osmolaridade: 372,44mOsm/L
Conteúdo Calórico: 51Kcal/L
pH: 5,0 a 6,5
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- Hipercalcemia,
- Hiperpotassemia,
- Intoxicação com agentes dialisáveis,
- Edema intratável,
- Insuficiência renal aguda,
Diálise peritoneal 1,5%
Glicose anidra , lactato de sódio, cloreto de sódio, cloreto de cálcio dihidratado, cloreto de
magnésio hexaidratado (15 + 5,04 + 5,61 + 0,24 + 0,15) mg/mL.
- Necrose tubular aguda,
- Glomerulonefrite aguda,
- Complicação obstétrica,
- Incompatibilidade transfusional,
- Insuficiência renal crônica, exacerbação da enfermidade renal crônica, como terapêutica dialisante crônic,.
- Intoxicação exógena de bicloreto de mercúrio, tetracloreto de carbono, sulfamida, salicilato, álcool etílico, álcool metílico,
barbitúricos, etc.
- Intoxicações endógenas, coma hepático e uremia.
Segundo a Europen Pharmacopeia 5.0, a solução para diálise peritoneal (DP) contém uma concentração de eletrólitos próxima a
composição do plasma, podendo conter glicose ou outro agente osmótico em concentrações variadas. A concentração dos
componentes, em mEq/L, podem se apresentar na seguinte faixa: sódio (125 a 150), pótassio (0 a 45), cálcio (0 a 5,0), magnésio
(0,50 a 3,0), acetato ou lactato ou bicarbonato (30 a 60), cloreto (90 a 120) e glicose (25 a 250 mmol/L).
Conforme Ansari (2011) as indicações para DP podem ser divididas em dois grupos: fatores renais e fatores não- renais. Os fatores
incluem: tratamento da lesão renal aguda, pacientes instáveis hemodinamicamente, presença de sangramento ou condição
hemorrágica que impeça o acesso vascular para hemodiálise, paciente com dificuldade para acesso vascular, remoção de toxinas de
alto peso moléculas (10 kD). Já os fatores não renais incluem: pancreatite aguda, significante hipotermia ou hipertermia,
insuficiência cardíaca refratária, insuficiência hepática, infusão de fármacos ou nutrientes como terapia de suporte em pacientes
doentes graves.
De acordo com Lobato (2000) a insuficiência renal aguda é a principal indicação para a utilização de DP, sendo que a mesma
também é indicada em intoxicações agudas, em distúrbios e metabólicos severos (acidose metabólica, hipercalcemia e
hipercalemia), pancreatite, hipertermia e hipotermia.
Conforme Palmer (2013) soluções de DP contendo alta concentração de sódio (> 140 mEq/L) tem demonstrado eficácia e boa
tolerância em episódios de hipotensão.
Em um estudo realizado por Cohen (1963), durante um período de 11 meses foram executados 18 procedimentos de DP no Hospital
Cívico de Hamilton. A DP foi realizada devido a diversas causas, como: glomerulonefrite crônica, pilonefrite crônica, nefrose do
néfron inferior, intoxicação por salicitalato, intoxicação por álcool metílico, intoxicação por barbiturato, cirrose alcoólica, coma
hepático e sangramento esofageal, sendo que os pacientes apresentaram boa recuperação e menor tempo de hospitalização.
Coles e colaboradores (1997) realizaram um estudo com 47 pacientes apresentando: glomerulonefrite (n=14), causa não
determinada de insuficiência renal (n=13), nefrosclerose hipertensiva (n=6), rim policístico (n= 16), nefrite intestinal (n=4),
pielonefrite (n=1) e outras causas (n=3). Os pacientes foram divididos em três grupos, sendo um grupo recebeu solução de DP
contendo lactato, o outro grupo solução contendo bicarbonato e o terceiro grupo solução contendo lacatao + bicarbonato. Todos os
fluidos de diálise utilizados foram eficientes nos diversos tratamento e em corrigir a acidose urêmica.
Segundo Ansari (2011) a DP pode trazer algumas complicações, como: peritonite por bactérias gram-positivas e gram-negativas, dor
no local da incisão, perfuração de órgãos, sangue no dialisado e insuficiência respiratória.
Conforme Gault (1973) a hipernatermia é uma complicação relativamente comum durante a DP. A maioria das soluções de diálise
contém 140 mEq/L de sódio. A redução desta concentração para 132 mEq/L de sódio, mesma concentração de sódio utilizada na
hemodiálise, alivia este tipo de problema.
De acordo com Teitelbaum & Burkart (2003) a utilização de soluções de DP contendo bicarbonato podem estar associadas com
muitos problemas, incluindo a precipitação de carbonatos de cálcio e magnésio.
Segundo Lee & Chan, 1999, a concentração alta de glicose na solução de DP pode levar a hiperglicemia, hiperinsulinemia e
diminuição do glucagon plasmático.
Portanto, baseando-se na pesquisa realizada, podemos afirmar que a solução para diálise peritoneal com conteúdo eletrolítico de
cálcio (3,3 mEq/L ou 1,65 mmol/L), magnésio (1,5 mEq/L ou 0,75 mmol/L), sódio (141 mEq/L ou mmol/L), cloreto (100,8 mEq/L
ou mmol/L) e lactato (45 mEq/L ou mmol) é eficaz no tratamento de alterações renais, distúrbios metabólicos severos (acidose
metabólica, hipercalcemia, hipercalemia) e intoxicação exógena e endógena. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados
para que complicações como peritonite, alterações metabólicas e insuficiência respiratória sejam evitadas.
As soluções para diálise são preparações de composição variada, que contém os eletrólitos, cálcio, magnésio, sódio, cloreto, lactato
e glicose, podendo conter também acetato e potássio. Estas soluções permitem a remoção seletiva de substâncias tóxicas, de
eletrólitos séricos, uréia, ácido úrico, creatinina e de líquidos excessivos do organismo. A administração da solução para diálise
peritoneal permite a troca de íons entre a solução e o sangue do paciente, o que ocorre através das membranas da cavidade
peritoneal. Além disso, a presença da glicose na formulação e a hiperosmolaridade das soluções para diálise permitem a remoção de
fluídos excessivos do plasma na cavidade peritoneal do paciente.
O produto fornece ao organismo, os íons necessários à sua recuperação, hidratando e desintoxicando as células afetadas. A glicose
age também como desintoxicante e energética.
Este medicamento é contraindicado nos casos de:
- Processo infeccioso generalizado,
- Peritonite generalizada,
- Tumores intra-abdominais.
Gravidez: Categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
5. ADVERTÊNCIAS E PECAUÇÕES
Cautela deve ser tomada, no que concerne às alterações eletrolíticas e ácido-básicas, potencialmente introduzidas pela solução para
diálise.
Deve-se ter cuidado com a administração da solução para diálise peritoneal em pacientes com determinadas condições abdominais,
tais como: peritonite química ou bacteriana, processos infecciosos localizados no abdômen, lesões abdominais, traumatismos,
cirurgia abdominal recente, sangramento peritoneal em pacientes com hiperidratação. Além disso, as concentrações dos eletrólitos
do plasma de pacientes com falha renal aguda devem ser monitoradas regularmente durante o procedimento.
O risco de infecções deve ser minimizado pelo uso de técnicas assépticas durante o procedimento e sua finalização. Se peritonites
ocorrerem, os estudos de identificação e da sensibilidade dos microrganismos isolados devem ser instituídos, para determinar a
escolha e a dosagem dos antibióticos a serem usados. Os antibióticos de amplo-espectro podem ser indicados, antes mesmo da
identificação do microrganismo envolvido na infecção. Além disso, quantidades significativas de proteínas, aminoácidos e
vitaminas podem ser perdidas durante a diálise, e a terapia de reposição deve ocorrer sempre que necessário.
A segurança na gravidez e lactação não foi estabelecida, portanto, a utilização das soluções para diálise peritoneal nestes casos deve
ser cautelosa e determinada pelo profissional médico.
Pacientes Idosos: Nos pacientes idosos todo medicamento deve ser administrado com cautela e sob prescrição médica, pois
Não há. Em determinadas situações estas soluções para diálise podem ser utilizadas para a correção de hipercalemias. Neste caso, a
adição do cloreto de potássio (até 4 mEq/L) pode conseqüentemente ser indicada para impedir a hipocalemia severa nos pacientes.
No entanto, alguns aditivos podem ser incompatíveis e a incompatibilidade deve ser investigada, antes que qualquer adição de
substâncias e/ou medicamentos seja realizada. A técnica asséptica deve ser utilizada ao introduzir os aditivos. Após a adição, a
solução deverá ser misturada e imediatamente utilizada, não podendo ser armazenada.
Mantenha o produto em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade a partir da data de fabricação: 24 meses (Blowpack®
) e 36 meses (Istarbag®
).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, usar imediatamente, pois este medicamento é de caráter estéril, não se pode em hipótese a guarda e conservação das
soluções utilizadas, devendo as mesmas serem descartadas. Antes de serem administradas as soluções para diálise devem ser
inspecionadas visualmente para se observar a presença de partículas, turvação na solução, fissuras e quaisquer violações na
embalagem primária. Não utilizar se detectado partículas ou algum tipo de precipitado.
Este medicamento é um líquido, límpido, incolor e inodoro. Isento de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIAE MODO DE USAR
Via de administração: uso exclusivo peritoneal e individualizado, não deve ser administrado por outras vias. Estas soluções devem
ser visualmente inspecionadas antes da administração.
Uso adulto.
O tratamento é sintomático e de suporte, sendo que o médico responsável pela supervisão do tratamento determina as doses, a
freqüência do tratamento, a duração da interrupção e o volume da troca da solução para cada paciente individualmente.
Duração do tratamento a critério médico.
Pequenas gotículas entre a bolsa e a sobrebolsa podem estar presentes e é característico do produto e processo produtivo.
Alguma opacidade do plástico da bolsa pode ser observada devido ao processo de esterilização. Isto é normal e não afeta a
qualidade ou segurança da solução. A opacidade irá diminuir gradualmente.
As reações adversas decorrentes da administração da solução para diálise peritoneal podem estar relacionadas à própria solução, aos
problemas mecânicos, à contaminação do equipamento ou à técnica imprópria na colocação do cateter. As complicações do
procedimento incluem dor abdominal, sangramento, peritonites químicas e bacterianas (dor abdominal e distensão abdominal) e
infecção subcutânea em torno de um cateter peritoneal (febre, sudorese, calafrios e náuseas). Cautela deve ser tomada no que
concerne às alterações eletrolíticas e ácido-básicas, potencialmente introduzidas com a solução para diálise. As reações adversas
relacionadas à solução podem incluir, além de desequilíbrios do líquido e do eletrólito, hipovolemia (diminuição do volume
circulante de sangue), hipotensão (pressão arterial baixa), hipertensão (pressão arterial alta), e hiperidratação.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O uso excessivo de soluções para Diálise Peritoneal 1,5% poderá ocasionar uma remoção significativa de água do paciente. Neste
caso, dever-se-á estabelecer uma terapia de reposição de acordo com as necessidades e eletrólitos. Pode haver também ganho de
glicose com conseqüentes alterações metabólicas e ganho de peso. As medidas para controle da glicemia e controle de ganho
calórico devem ser estabelecidas a critério médico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.