Bula do Diamin produzido pelo laboratorio Claris Produtos Farmacêuticos do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DIAMIN
(alanilglutamina)
Claris Produtos Farmacêuticos do Brasil Ltda.
Solução para diluição para infusão
200 mg/mL
1
DIAMINTM
alanilglutamina
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Solução para diluição para infusão de alanilglutamina (200 mg/mL) em embalagens com 1 frasco de vidro
transparente de 50 mL ou de 100 mL.
INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de solução para diluição para infusão contém 200 mg de alanilglutamina.
Excipientes: hidróxido de sódio e água para injetáveis.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DIAMIN é indicado como parte do regime de nutrição parenteral intravenosa, em suplementação a soluções de
aminoácidos para pacientes em situações catabólicas severas, tais como, cirurgias abdominais extensas e
transplante de medula óssea.
Não aplicável
DIAMIN é uma solução altamente estável do dipeptídeo L-alanil-L-glutamina, formado pelos aminoácidos L-
alanina e L-glutamina, ligados covalentemente por uma ligação peptídica, da mesma forma como os
aminoácidos são ligados em uma proteína natural.
Propriedades Farmacodinâmicas
O dipeptídeo L-alanil-L-glutamina é metabolizado em glutamina e alanina, suprindo estes aminoácidos em
solução para infusão de nutrição parenteral. Os aminoácidos liberados fluem como nutrientes para as
respectivas reservas e metabolizados de acordo com as necessidades do organismo.
Várias condições em que a nutrição parenteral é indicada são acompanhadas de depleção de glutamina, que é
neutralizada por regimes de infusão contendo glutamina.
Propriedades Farmacocinéticas
O dipeptídeo L-alanil-L-glutamina é rapidamente metabolizado em alanina e glutamina após a infusão. Em
homens, meias-vida entre 2,4 e 3,8 minutos (4,2 minutos em insuficiência renal terminal) e o clearance
plasmático entre 1,6 e 2,7 L/minuto foram determinados.
A eliminação do dipeptídeo foi acompanhada por um aumento equimolar dos aminoácidos livres
correspondentes. A hidrólise, provavelmente, ocorre exclusivamente no espaço extracelular. A eliminação renal
de L-alanil-L-glutamina sob infusão constante é inferior a 5% e, portanto, igual a da infusão de aminoácidos.
Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade aguda e sub-crônica: uma matriz de testes de dosagem foi conduzida em ratos e cães num período
de 1 a 7 dias. Em ratos, a infusão de 50 mL/kg de peso corpóreo de solução de L-alanil-L-glutamina a 10%,
15%, 20% e 30% durante 4 horas/dia levou a espasmos tônicos, frequência respiratória aumentada e óbito.
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A infusão de solução 10% na dose de 50 mL/kg de peso corpóreo (5 g de L-alanil-L-glutamina/kg peso)
resultou em áreas necróticas no local da injeção, peso corpóreo reduzido e amarelamento dos rins em ratos (6
horas/dia) e um aumento temporário na frequência cardíaca em cães (8 horas/dia).
Investigações foram realizadas em cães (8 horas/dia) e em ratos (6 horas/dia) com 0,5 g e 1,5 g de L-alanil-L-
glutamina/kg de peso corpóreo i.v. durante 13 semanas e com 4,5 g L-alanil-L-glutamina de peso corpóreo i.v.
durante 6 semanas.
Em cães, ocorreu vômito. Com doses elevadas, foram observadas câimbras tônico/tônico-clônicas, salivação
aumentada, ataxia, sedação e lateralização foram observadas.
Potencial carcinogênico e mutagênico: Testes in vitro e in vivo não indicaram potencial mutagênico. Estudos
investigando o potencial carcinogênico não foram realizados. Não são esperados efeitos carcinogênicos.
Toxicidade reprodutiva: estudos em animais não foram observadas indicações de danos teratogênicos (ou
embriotóxicos) e peri/pós-natal até doses de 1,6 g de L-alanil-L-glutamina/kg peso/dia.
Tolerância local: após infusão repetida de L-alanil-L-glutamina/kg (solução 5% e 10%) por 13 semanas,
reações de intolerância ocorreram nos locais de aplicação (inchaço, descoloração, necroses) em ratos e cães a
partir de 0,5 g/kg peso. Histopatologicamente, reações inflamatórias induzidas por substâncias com dermatite
purulenta necroticans (branda a totalmente desenvolvida), osteomalácia da vértebra caudal, tromboflebite e
periflebite foram observadas em ratos. Nos cães, reações inflamatórias perivasculares e, ocasionalmente,
bloqueio venoso foram observados.
Os testes conduzidos em cães com tolerância local após administração única, intra-arterial, paravenosa e
intramuscular não deram indicações de reações não usuais de intolerância com a administração incorreta.
DIAMIN não deve ser administrado a pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 25
mL/minuto), insuficiência hepática grave, acidose metabólica grave ou hipersensibilidade conhecida a
alanilglutamina ou a qualquer um dos excipientes).
A segurança e eficácia de DIAMIN não foram estabelecidas em crianças.
É recomendável o monitoramento regular dos parâmetros de função hepática em pacientes com insuficiência
hepática compensada.
Eletrólitos séricos, osmolaridade sérica, balanço hídrico, relação ácido-base, assim como testes de função
hepática (fosfatase alcalina, ALT e AST) e sintomas de possível hiperamonemia devem ser controlados.
A escolha de uma veia central ou periférica para a administração depende da osmolaridade final da mistura. O
limite geral aceito para a infusão periférica é de cerca de 800 mOsmol/L, entretanto, este pode variar
consideravelmente com a idade e condição geral do paciente e características das veias periféricas.
A experiência com o uso de DIAMIN por períodos maiores que nove dias é limitada.
A dose diária máxima de 2 g de aminoácidos/kg peso corpóreo (PC) não deve ser excedida para a nutrição
parenteral (vide POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
DIAMIN não afeta a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Uso durante a gravidez e lactação
Como atualmente os dados sobre a administração de DIAMIN em mulheres grávidas ou lactantes são
insuficientes a administração não é recomendada.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Não são conhecidas interações medicamentosas até o momento.
DIAMIN deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade. Não
congelar.
DIAMIN tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
DIAMIN é uma solução límpida e incolor. DIAMIN é uma solução para diluição para infusão, não destinada à
administração direta, para utilização única. A solução remanescente não deve ser administrada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
DIAMIN é uma solução para diluição para infusão, não destinada à administração direta, para utilização única.
A solução remanescente não deve ser administrada.
DIAMIN deve ser misturado a uma solução carreadora de aminoácidos ou a um regime de infusão contendo
aminoácidos antes da administração. Uma parte de DIAMIN deve ser misturada com pelo menos 5 partes da
solução carreadora (por exemplo, 100 mL de DIAMIN + pelo menos 500 mL de solução de aminoácidos).
3,5% é a concentração máxima de alanilglutamina durante o tratamento.
A adição de DIAMIN a uma solução carreadora de aminoácidos previamente à aplicação deve ser realizada em
condições assépticas, assegurando que a solução concentrada seja bem dispensada. DIAMIN não deve ser
misturado com outros medicamentos.
A escolha de uma veia central ou periférica para a administração depende da osmolaridade final da mistura. O
limite geral aceito para a infusão periférica é de cerca de 800 mOsmol/L, entretanto, este pode variar
consideravelmente com a idade e condição geral do paciente e características das veias periféricas.
Soluções de misturas com osmolaridade superior a 800 mOsmol/L devem ser infundidas por via venosa central.
A duração do uso não deve exceder 3 semanas.
Posologia
A dose de DIAMIN depende da severidade do estado catabólico e da necessidade de aminoácidos do paciente.
A dose diária máxima de 2 g de aminoácidos/kg peso corpóreo (PC) não deve ser excedida para a nutrição
parenteral. O suprimento de alanina e glutamina via DIAMIN deve ser considerado no cálculo; a proporção de
aminoácidos fornecidos através de DIAMIN não deve ser maior que aproximadamente 20% do fornecimento
total.
Dose diária
1,5 – 2,0 mL de DIAMIN/kg PC (0,3 – 0,4 g de L-alanil-L-glutamina/kg PC). Isto equivale a 100 – 140 mL de
DIAMIN para um paciente de 70 kg.
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Dose diária máxima: 2,0 mL, ou 0,4 g de alanilglutamina do DIAMIN/kg PC.
Ajustes para o fornecimento de aminoácidos através da solução carreadora:
• Requerimento de aminoácidos de 1,5 g/kg PC/dia: 1,2 g de aminoácidos + 0,3 g de alanilglutamina/kg PC.
• Requerimento de aminoácidos de 2,0 g/kg PC/dia: 1,6 g de aminoácidos + 0,4 g de alanilglutamina/kg PC.
A taxa de infusão depende daquela da solução carreadora e não deve exceder 0,1 g de aminoácidos/kg PC/hora.
Não são conhecidas a intensidade e frequência de reações adversas. Se administrado acima da velocidade de
infusão indicada, assim como outras soluções injetáveis, podem ocorrer calafrio, náusea e vômito.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.