Bula do Diazepam (Port 344/98 lt B1) produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
diazepam
União Química Farmacêutica Nacional S.A.
Solução injetável
5 mg/mL
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Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável 5 mg/mL: embalagem contendo 50 ampolas de 2 mL.
USO ENDOVENOSO/INTRAMUSCULAR (EV/IM)
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL contém:
diazepam................................................................................................5 mg
Veículos: ácido benzoico, álcool benzílico, álcool etílico, benzoato de sódio, propilenoglicol e água para
injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é indicado no tratamento da ansiedade, estados epiléticos e convulsivos. No tratamento
da insônia, como relaxante muscular e em medicação pré-anestésica.
O diazepam possui propriedades ansiolíticas (diminui a ansiedade), sedativa (relaxamento e sono),
miorrelaxantes (relaxante muscular), anticonvulsivantes (tratamento e/ou prevenção da convulsão) e efeitos
amnésicos (perda temporária de memória).
O diazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) aos benzodiazepínicos
(classe de medicamentos) ou a qualquer um dos produtos que compõe este medicamento, e a pacientes
dependentes de outras drogas, inclusive álcool, exceto neste último caso, quando utilizado para o
tratamento dos sintomas agudos de abstinência (privação). Evitar o uso em pacientes que apresentem
glaucoma de ângulo estreito (aumento da pressão intraocular). Deve ser evitado por pacientes com
insuficiência respiratória grave e síndrome da apneia do sono (pausas na respiração durante o sono).
O diazepam deve ser utilizado com precaução por pacientes portadores de miastenia gravis (doença
muscular inflamatória) devido ao relaxamento muscular preexistente.
Quando existe insuficiência cardiorrespiratória deve-se ter em mente que sedativos como o diazepam
podem acentuar a depressão respiratória (dificuldade em respirar). Entretanto, o efeito sedativo (calmante)
pode, ao contrário, ter efeito benéfico ao reduzir o esforço respiratório de certos pacientes. Na hipercapnia
(aumento de gás carbônico no sangue) severa crônica, o diazepam só deve ser administrado caso os
benefícios potenciais superem os riscos.
Devem ser adotados cuidados extremos ao se administrar diazepam injetável, em especial por via EV, a
pacientes idosos, pacientes com doenças muito graves e aqueles com reserva pulmonar limitada, pois existe
a possibilidade de ocorrer apneia (pausa na respiração) e/ou parada cardíaca. O uso concomitante de
barbituratos, álcool ou outros agentes depressores do sistema nervoso central, aumenta a depressão com
consequente risco aumentado da ocorrência de apneia. Pacientes idosos ou debilitados devem usar doses
menores.
Devem ser observadas as precauções usuais no caso de pacientes com comprometimento das funções renal
e hepática. O diazepam está também associado a um fenômeno de dependência física e psíquica que
aumenta com a dose e duração do tratamento. Este fenômeno pode resultar numa intensificação da insônia e
da ansiedade no caso de haver uma parada brusca da medicação.
O diazepam não deve ser usado isoladamente no tratamento da depressão ou da ansiedade associada à
depressão porque pode desencadear o suicídio.
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Dependência
Pode ocorrer dependência quando da terapia com benzodiazepínicos (por ex.: diazepam). O risco é mais
evidente em pacientes sob uso prolongado, em altas dosagens e particularmente em pacientes predispostos,
com história de alcoolismo, abuso de drogas, forte personalidade ou outros distúrbios psiquiátricos graves.
No sentido de minimizar o risco de dependência, os benzodiazepínicos só devem ser prescritos após
cuidadosa avaliação quanto à indicação e devem ser administrados por período de tempo mais curto
possível. A continuação do tratamento, quando necessária, deve ser acompanhada bem de perto. A duração
prolongada do tratamento só se justifica após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios.
Abstinência
O início dos sintomas de abstinência (privação) é variável, durando poucas horas a uma semana ou mais.
Nos casos menos graves, os sintomas da abstinência podem restringir-se a tremor, agitação, insônia,
ansiedade, cefaleia (dor de cabeça) e dificuldade de concentração. Entretanto, podem ocorrer outros
sintomas de abstinência, tais como sudorese (suor), espasmos muscular (contração involuntária dos
músculos) e abdominal, alterações na percepção e, mais raramente delírio e convulsões. Na ocorrência de
sintomas de abstinência, é necessário um acompanhamento médico bem próximo e apoio para o paciente. A
interrupção abrupta deve ser evitada e deve ser adotado um esquema de retirada gradual.
Gravidez e amamentação
O diazepam e seus metabólitos atravessam a barreira placentária e atingem o leite materno. A
administração contínua de benzodiazepínicos durante a gravidez pode originar hipotensão (redução da
pressão arterial), diminuição da função respiratória e hipotermia (baixa temperatura corporal) no recém-
nascido. Sintomas de abstinência em recém-nascidos têm sido ocasionalmente relatados com o uso de
benzodiazepínicos. Cuidados especiais devem ser observados quando o diazepam é utilizado durante o
trabalho de parto, quando altas doses podem provocar irregularidades no trabalho cardíaco do feto e
hipotonia, dificuldade de sucção, hipotermia no neonato. Antes da decisão de administrar diazepam durante
a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre – como deveria ocorrer sempre com outras drogas –
os possíveis riscos para o feto devem ser comparados com os benefícios terapêuticos esperados para a mãe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Pediatria
Deve-se lembrar que o sistema enzimático envolvido no metabolismo da droga não está totalmente
desenvolvido no recém-nascido (especialmente em prematuros). O álcool benzílico, presente na fórmula do
produto, pode provocar lesões irreversíveis no recém-nascido, principalmente em prematuros. Por isso, para
estes pacientes, o diazepam injetável só pode ser usado caso não estejam disponíveis alternativas
terapêuticas.
Idosos
A eliminação pode ser prolongada nos idosos, e consequentemente, a concentração plasmática pode
demorar a atingir o estado de equilíbrio dinâmico (steady state).
Devem ser adotados cuidados extremos ao se administrar diazepam injetável a idosos, em especial por via
EV, pois existe a possibilidade de ocorrer apneia e/ou parada cardíaca.
Interações medicamentosas
Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não ranitidina) retarda o clearance
(depuração) do diazepam. Existem igualmente estudos mostrando que a disponibilidade metabólica da
fenitoína é afetada pelo diazepam. Por outro lado, não existem interferências com os antidiabéticos,
anticoagulantes e diuréticos comumente utilizados. Se o diazepam é usado concomitantemente com outros
medicamentos de ação central, tais como: neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos, hipnóticos,
anticonvulsivantes, analgésicos e anestésicos, os efeitos destes medicamentos podem potencializar ou
serem potencializados pelo diazepam. O uso simultâneo com levodopa pode diminuir o efeito terapêutico
da levodopa.
Interferência em exames laboratoriais
Pode ocorrer elevação das transaminases e da fosfatase alcalina.
Interferência na capacidade de dirigir e operar máquinas
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Os pacientes, particularmente os motoristas e as pessoas que operam máquinas, devem estar atentos aos
riscos de sonolência e tontura associados com esta medicação.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
atenção podem estar prejudicadas.
Outras interações
Este medicamento não deve ser consumido concomitantemente com bebidas alcoólicas, pois pode aumentar
os efeitos indesejáveis do medicamento e do álcool.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C).
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: líquido límpido, incolor a levemente amarelado, isento de partículas estranhas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. As doses usuais diárias recomendadas a
seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem de doses
mais elevadas.
As doses parenterais recomendadas para adultos e adolescentes variam de 2 a 20 mg IM ou EV,
dependendo do peso corporal, indicação e gravidade dos sintomas. Em algumas indicações (tétano, por
exemplo) podem ser necessárias doses mais elevadas.
A administração endovenosa de diazepam deve ser lenta (0,5 a 1 mL/minuto), pois a administração
excessivamente rápida pode provocar apneia; instrumental de reanimação deve estar disponível para
qualquer eventualidade.
Instruções posológicas especiais
Anestesiologia
- Pré-medicação: 10 a 20 mg IM (crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg), uma hora antes da indução anestésica;
- Indução anestésica: 0,2 a 0,5 mg/kg EV;
- Sedação basal antes de procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou intervenções: 10 a 30 mg EV
(crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg);
O melhor método para adaptar a posologia às necessidades de cada paciente consiste em se administrar uma
dose inicial de 5 mg (1 mL), ou 0,1 mg/kg, e doses subsequentes de 2,5 mg a cada 30 segundos (ou 0,05
mg/kg) até que haja oclusão palpebral.
Ginecologia e obstetrícia
Eclampsia: durante a crise convulsiva: 10 a 20 mg EV; doses adicionais segundo as necessidades, por via
EV ou gota/gota (até 100 mg/24 horas).
Tétano: 0,1 a 0,3 mg/kg EV a intervalos de 1 a 4 horas ou gota/gota (3 a 4 mg/kg/24 horas);
simultaneamente a mesma dose pode ser administrada por sonda nasogástrica.
Estado de mal epiléptico: 0,15 a 0,25 mg/kg EV (eventualmente gota/gota). Repetir, se necessário, após 10
a 15 minutos. Dose máxima: 3 mg/kg/24 horas.
Estados de excitação: ansiedade aguda, agitação motora, delirium tremens: dose inicial de 0,1 a 0,2 mg/kg
EV. Repetir a intervalos de 8 horas até o desaparecimento dos sintomas agudos; a seguir, prosseguir o
tratamento por via oral.
Atenção: administrar a solução injetável de diazepam separadamente, pois ela é incompatível com as
soluções aquosas de outros medicamentos (precipitação do princípio ativo).
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Perfusão: o diazepam permanece estável em solução de glicose a 5% ou 10% ou em solução isotônica de
cloreto de sódio, desde que se misture rapidamente o conteúdo das ampolas (máximo 4 mL) ao volume
total de solução (mínimo 250 mL), utilizando a mistura após o preparo.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESSE MEDICAMENTO?
Como este é um medicamento de uso restrito a hospitais, o plano de tratamento é definido pelo médico que
acompanha o caso. Se você não receber uma dose deste medicamento, o médico deverá redefinir a
programação do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral, estão relacionados com a dose administrada.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): confusão
mental, amnésia anterógrada (perda de memória passada), depressão, diplopia (visão dupla), disartria
(articulação imperfeita da palavra), cefaleia (dor de cabeça), hipotensão (diminuição da pressão arterial),
variações nos batimentos do pulso, depressão circulatória, parada cardíaca, incontinência urinária, aumento
ou diminuição da libido, náusea, secura da boca ou hipersalivação, rash cutâneo (coloração avermelhada na
pele, urticária), fala enrolada, tremor, retenção urinária, tonteira e distúrbios de acomodação visual.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
elevação das transaminases e da fosfatase alcalina assim como icterícia. Têm sido descritas reações
paradoxais tais como: excitação aguda, ansiedade, distúrbios do sono e alucinações. Quando estes últimos
ocorrem, o tratamento com diazepam deve ser interrompido.
Particularmente após administração endovenosa rápida, podem ocorrer: trombose venosa, flebite,
irritação local, edema ou, menos frequentemente, alterações vasculares.
Veias de pequeno calibre não devem ser escolhidas para a administração, devendo-se evitar principalmente
a administração intra-arterial e o extravasamento do medicamento.
A administração intramuscular pode ocasionar dor local, acompanhada, em alguns casos, de eritema na
região da aplicação; é relativamente comum hipersensibilidade dolorosa.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.