Bula do Diazepam (Port. 344 - Lista B1) para o Paciente

Bula do Diazepam (Port. 344 - Lista B1) produzido pelo laboratorio Germed Farmaceutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Diazepam (Port. 344 - Lista B1)
Germed Farmaceutica Ltda - Paciente

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BULA COMPLETA DO DIAZEPAM (PORT. 344 - LISTA B1) PARA O PACIENTE

diazepam

“Medicamento genérico Lei n° 9.787 de 1999”

GERMED FARMACÊUTICA LTDA.

Solução injetável

5 mg/mL

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Solução injetável 5 mg/mL: Embalagens contendo 1 ampola, 3 ampolas ou 5 ampolas de 2 mL.

VIA ENDOVENOSA/INTRAMUSCULAR (EV/IM)

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:

Cada ampola de 2 mL contém:

diazepam................................................................................................10 mg

veículo q.s.p*. .........................................................................................2 mL

* propilenoglicol, benzoato de sódio, álcool benzílico, álcool etílico, ácido benzoico e água para

injetáveis.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Este medicamento é indicado no tratamento da ansiedade, estados epiléticos e convulsivos. No tratamento

da insônia, como relaxante muscular e em medicação pré-anestésica.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O diazepam possui propriedades ansiolíticas (diminui a ansiedade), sedativa (relaxamento e sono),

miorrelaxantes (relaxante muscular), anticonvulsivantes (tratamento e/ou prevenção da convulsão) e

efeitos amnésicos (perda temporária de memória).

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

O diazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) aos

benzodiazepínicos (classe de medicamentos) ou a qualquer um dos produtos que compõe este

medicamento, e a pacientes dependentes de outras drogas, inclusive álcool, exceto neste último caso,

quando utilizado para o tratamento dos sintomas agudos de abstinência (privação). Evitar o uso em

pacientes que apresentem glaucoma de ângulo estreito (aumento da pressão intraocular). Deve ser evitado

por pacientes com insuficiência respiratória grave e síndrome da apneia do sono (pausas na respiração

durante o sono).

O diazepam deve ser utilizado com precaução por pacientes portadores de miastenia gravis (doença

muscular inflamatória) devido ao relaxamento muscular preexistente.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Quando existe insuficiência cardiorrespiratória deve-se ter em mente que sedativos como o diazepam

podem acentuar a depressão respiratória (dificuldade em respirar). Entretanto, o efeito sedativo

(calmante) pode, ao contrário, ter efeito benéfico ao reduzir o esforço respiratório de certos pacientes. Na

hipercapnia (aumento de gás carbônico no sangue) severa crônica, o diazepam só deve ser administrado

caso os benefícios potenciais superem os riscos.

Devem ser adotados cuidados extremos ao se administrar diazepam injetável, em especial por via EV, a

pacientes idosos, pacientes com doenças muito graves e aqueles com reserva pulmonar limitada, pois

existe a possibilidade de ocorrer apneia (pausa na respiração) e/ou parada cardíaca. O uso concomitante

de barbituratos, álcool ou outros agentes depressores do sistema nervoso central, aumenta a depressão

com consequente risco aumentado da ocorrência de apneia. Pacientes idosos ou debilitados devem usar

doses menores.

Devem ser observadas as precauções usuais no caso de pacientes com comprometimento das funções

renal e hepática. O diazepam está também associado a um fenômeno de dependência física e psíquica que

aumenta com a dose e duração do tratamento. Este fenômeno pode resultar numa intensificação da

insônia e da ansiedade no caso de haver uma parada brusca da medicação.

O diazepam não deve ser usado isoladamente no tratamento da depressão ou da ansiedade associada à

depressão porque pode desencadear o suicídio.

Dependência

Pode ocorrer dependência quando da terapia com benzodiazepínicos (por ex.: diazepam). O risco é mais

evidente em pacientes sob uso prolongado, em altas dosagens e particularmente em pacientes

predispostos, com história de alcoolismo, abuso de drogas, forte personalidade ou outros distúrbios

psiquiátricos graves.

No sentido de minimizar o risco de dependência, os benzodiazepínicos só devem ser prescritos após

cuidadosa avaliação quanto à indicação e devem ser administrados por período de tempo mais curto

possível. A continuação do tratamento, quando necessária, deve ser acompanhada bem de perto. A

duração prolongada do tratamento só se justifica após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios.

Abstinência

O início dos sintomas de abstinência (privação) é variável, durando poucas horas a uma semana ou mais.

Nos casos menos graves, os sintomas da abstinência podem restringir-se a tremor, agitação, insônia,

ansiedade, cefaleia (dor de cabeça) e dificuldade de concentração. Entretanto, podem ocorrer outros

sintomas de abstinência, tais como sudorese (suor), espasmos muscular (contração involuntária dos

músculos) e abdominal, alterações na percepção e, mais raramente delírio e convulsões. Na ocorrência de

sintomas de abstinência, é necessário um acompanhamento médico bem próximo e apoio para o paciente.

A interrupção abrupta deve ser evitada e deve ser adotado um esquema de retirada gradual.

Gravidez e amamentação

O diazepam e seus metabólitos atravessam a barreira placentária e atingem o leite materno. A

administração contínua de benzodiazepínicos durante a gravidez pode originar hipotensão (redução da

pressão arterial), diminuição da função respiratória e hipotermia (baixa temperatura corporal) no recém-

nascido.

Sintomas de abstinência em recém-nascidos têm sido ocasionalmente relatados com o uso de

benzodiazepínicos. Cuidados especiais devem ser observados quando o diazepam é utilizado durante o

trabalho de parto, quando altas doses podem provocar irregularidades no trabalho cardíaco do feto e

hipotonia, dificuldade de sucção, hipotermia no neonato. Antes da decisão de administrar diazepam

durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre – como deveria ocorrer sempre com outras

drogas – os possíveis riscos para o feto devem ser comparados com os benefícios terapêuticos esperados

para a mãe.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Pediatria

Deve-se lembrar que o sistema enzimático envolvido no metabolismo da droga não está totalmente

desenvolvido no recém-nascido (especialmente em prematuros). O álcool benzílico, presente na fórmula

do produto, pode provocar lesões irreversíveis no recém-nascido, principalmente em prematuros. Por isso,

para estes pacientes, o diazepam injetável só pode ser usado caso não estejam disponíveis alternativas

terapêuticas.

Idosos

A eliminação pode ser prolongada nos idosos, e consequentemente, a concentração plasmática pode

demorar a atingir o estado de equilíbrio dinâmico (steady state).

Devem ser adotados cuidados extremos ao se administrar diazepam injetável a idosos, em especial por via

EV, pois existe a possibilidade de ocorrer apneia e/ou parada cardíaca.

Interações medicamentosas

Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não ranitidina) retarda o

clearance (depuração) do diazepam. Existem igualmente estudos mostrando que a disponibilidade

metabólica da fenitoína é afetada pelo diazepam. Por outro lado, não existem interferências com os

antidiabéticos, anticoagulantes e diuréticos comumente utilizados. Se o diazepam é usado

concomitantemente com outros medicamentos de ação central, tais como: neurolépticos, tranquilizantes,

antidepressivos, hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos e anestésicos, os efeitos destes medicamentos

podem potencializar ou serem potencializados pelo diazepam. O uso simultâneo com levodopa pode

diminuir o efeito terapêutico da levodopa.

Interferência em exames laboratoriais

Pode ocorrer elevação das transaminases e da fosfatase alcalina.

Interferência na capacidade de dirigir e operar máquinas

Os pacientes, particularmente os motoristas e as pessoas que operam máquinas, devem estar atentos aos

riscos de sonolência e tontura associados com esta medicação.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade

e atenção podem estar prejudicadas.

Outras interações

Este medicamento não deve ser consumido concomitantemente com bebidas alcoólicas, pois pode

aumentar os efeitos indesejáveis do medicamento e do álcool.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Manter à temperatura ambiente (15° à 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico: solução límpida, incolor a levemente amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você

observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. As doses usuais diárias recomendadas a

seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem de

doses mais elevadas.

As doses parenterais recomendadas para adultos e adolescentes variam de 2 a 20 mg IM ou EV,

dependendo do peso corporal, indicação e gravidade dos sintomas. Em algumas indicações (tétano, por

exemplo) podem ser necessárias doses mais elevadas.

A administração endovenosa de diazepam deve ser lenta (0,5 a 1 mL/minuto), pois a administração

excessivamente rápida pode provocar apneia; instrumental de reanimação deve estar disponível para

qualquer eventualidade.

Instruções posológicas especiais

Anestesiologia

- Pré-medicação: 10 a 20 mg IM (crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg), uma hora antes da indução anestésica;

- Indução anestésica: 0,2 a 0,5 mg/kg EV;

- Sedação basal antes de procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou intervenções: 10 a 30 mg EV

(crianças: 0,1 a 0,2 mg/kg);

O melhor método para adaptar a posologia às necessidades de cada paciente consiste em se administrar

uma dose inicial de 5 mg (1 mL), ou 0,1 mg/kg, e doses subsequentes de 2,5 mg a cada 30 segundos (ou

0,05 mg/kg) até que haja oclusão palpebral.

Ginecologia e obstetrícia

Eclampsia: durante a crise convulsiva: 10 a 20 mg EV; doses adicionais segundo as necessidades, por via

EV ou gota/gota (até 100 mg/24 horas).

Tétano: 0,1 a 0,3 mg/kg EV a intervalos de 1 a 4 horas ou gota/gota (3 a 4 mg/kg/24 horas);

simultaneamente a mesma dose pode ser administrada por sonda nasogástrica.

Estado de mal epiléptico: 0,15 a 0,25 mg/kg EV (eventualmente gota/gota). Repetir, se necessário, após

10 a 15 minutos. Dose máxima: 3 mg/kg/24 horas.

Estados de excitação: ansiedade aguda, agitação motora, delirium tremens: dose inicial de 0,1 a 0,2 mg/kg

EV. Repetir a intervalos de 8 horas até o desaparecimento dos sintomas agudos; a seguir, prosseguir o

tratamento por via oral.

Atenção: administrar a solução injetável de diazepam separadamente, pois ela é incompatível com as

soluções aquosas de outros medicamentos (precipitação do princípio ativo).

Perfusão: o diazepam permanece estável em solução de glicose a 5% ou 10% ou em solução isotônica de

cloreto de sódio, desde que se misture rapidamente o conteúdo das ampolas (máximo 4 mL) ao volume

total de solução (mínimo 250 mL), utilizando a mistura após o preparo.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do

tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESSE MEDICAMENTO?

Como este é um medicamento de uso restrito a hospitais, o plano de tratamento é definido pelo médico

que acompanha o caso. Se você não receber uma dose deste medicamento, o médico deverá redefinir a

programação do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):

cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral, estão relacionados com a dose administrada.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): confusão

mental, amnésia anterógrada (perda de memória passada), depressão, diplopia (visão dupla), disartria

(articulação imperfeita da palavra), cefaleia (dor de cabeça), hipotensão (diminuição da pressão arterial),

variações nos batimentos do pulso, depressão circulatória, parada cardíaca, incontinência urinária,

aumento ou diminuição da libido, náusea, secura da boca ou hipersalivação, rash cutâneo (coloração

avermelhada na pele, urticária), fala enrolada, tremor, retenção urinária, tonteira e distúrbios de

acomodação visual.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

elevação das transaminases e da fosfatase alcalina assim como icterícia. Têm sido descritas reações

paradoxais tais como: excitação aguda, ansiedade, distúrbios do sono e alucinações. Quando estes últimos

ocorrem, o tratamento com diazepam deve ser interrompido.

Particularmente após administração endovenosa rápida, podem ocorrer: trombose venosa, flebite,

irritação local, edema ou, menos frequentemente, alterações vasculares.

Veias de pequeno calibre não devem ser escolhidas para a administração, devendo-se evitar

principalmente a administração intra-arterial e o extravasamento do medicamento.

A administração intramuscular pode ocasionar dor local, acompanhada, em alguns casos, de eritema na

região da aplicação; é relativamente comum hipersensibilidade dolorosa.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis

pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

DESTE MEDICAMENTO?

Os sintomas de superdosagem manifestam-se por extrema intensificação dos efeitos do produto como:

sedação, relaxamento muscular, sono profundo ou excitação paradoxal. Na maioria dos casos é necessária

apenas observação dos sinais vitais ou reversão pelo antagonista flumazenil.

Intoxicações graves podem levar ao coma, arreflexia, depressão cardiorrespiratória e apneia exigindo

tratamento apropriado (ventilação, suporte cardiovascular). Nos casos de intoxicações graves por

quaisquer benzodiazepínicos (com coma ou sedação grave) recomenda-se o uso do antagonista específico,

o flumazenil, na dose inicial de 0,3 mg EV, com incrementos de 0,3 mg a intervalos de 60 segundos, até

reversão do coma. No caso dos benzodiazepínicos de meia-vida longa pode haver recidiva da sedação,

portanto, recomenda-se o uso de flumazenil por infusão endovenosa de 0,1 a 0,4 mg/hora, gota a gota, em

glicose a 5% ou cloreto de sódio 0,9%, juntamente com os demais processos de reanimação, desde que o

flumazenil não reverta a depressão respiratória. Nas intoxicações mistas, o flumazenil também pode ser

usado para diagnóstico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e

leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar

de mais orientações.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA

USO RESTRITO A HOSPITAIS

Bula do Diazepam (Port. 344 - Lista B1)
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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.