Bula do Difenidrin produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Difenidrin®
(cloridrato de difenidramina)
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
Solução injetável
50 mg/mL – ampola de 1 mL
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
DIFENIDRIN®
cloridrato de difenidramina
APRESENTAÇÃO:
Solução injetável de:
- 50 mg/mL em caixa com 25 ampolas de 1 mL
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO:
50 mg/mL
Cada mL de solução injetável contém:
cloridrato de difenidramina ..................................................... 50 mg
Veículo estéril q.s.p. ................................................................ 1 mL
(veículo estéril: hidróxido de sódio, água para injetáveis)
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DIFENIDRIN®
é um anti-histamínico H1, de primeira geração, manifestando atividade anticolinérgica, indicado para
melhorar as reações alérgicas ao sangue ou plasma, em anafilaxia, como adjunto da epinefrina.
É indicado na prevenção de reações anafilactóides ou alérgicas durante cirurgia em pacientes alérgicos.
Tem sido usado na forma de solução injetável para o controle de sintomas agudos e para outras condições alérgicas não
complicadas quando a terapia oral está impossibilitada ou é contraindicada.
Esta forma é também usada no tratamento de náuseas, no tratamento de vertigem, náusea ou vômito da cinetose.
Indicado para a síndrome de Parkinson quando tratamento oral é impossível ou contraindicado, como nos seguintes casos:
em idosos que não toleram substâncias mais potentes, em casos leves em grupos de outra idade e em casos de parkinsonismo
em combinação com agentes anticolinérgicos de ação central.
Os anti-histamínicos são considerados terapia de suporte no caso de reações anafiláticas, sendo úteis para o controle de
manifestações cutâneas e cardiovasculares. Utiliza-se a difenidramina, um anti-histamínico H1 de primeira geração, utilizado
tanto para tratamento das reações alérgicas em caso de anafilaxia, quanto profilaticamente, 1 hora antes da administração de
material radiográfico contrastado para exame radiográfico em caráter emergencial 1,2
.
Difenidramina é utilizada em profilaxia nas reações anafiláticas e anafilactoides desencadeadas por anestésicos,
procedimento radiológico e quimioterapia3
A difenidramina é utilizada na prevenção e no tratamento de náuseas e vômitos no pós-operatório4
A combinação de difenidramina com outros fármacos mostrou-se altamente eficaz na prevenção de náuseas e vômitos na
quimioterapia com cisplatina5
Difenidramina mostrou-se eficaz na redução de tremores essenciais para pacientes com doença de Parkinson (DP) e em casos
de parkinsonismo em combinação com agentes anticolinérgicos de ação central6
Referencias:
1
Scharman E.J., Erdman A.R., Wax P.M., Chyka P.A., et al. PRACTICE GUIDELINE. Diphenhydramine and
Dimenhydrinate Poisoning: an Evidence-Based Consensus Guideline for Out-of-Hospital Management. Clinical
Toxicology, 2006; 44:205–223.
2
Lieberman P, Nicklas RA, Oppenheimer J, KempSF and Lang DM. The diagnosis and management of anaphylaxis practice
parameter: 2010 Update. J Allergy Clin Immunol 2010;126:477-80.
3
Maddox T.G. Adverse Reactions to Contrast Material: Recognition, Prevention, and Treatment. American Family
Physician, 2002; 66(7); 1229-1234; Raut C.P. et al. Incidence of Anaphylactoid Reactions to Isosulfan Blue Dye during
Breast Carcinoma Lymphatic Mapping in Patients Treated with Preoperative Prophylaxis. Cancer Society, 2005;
104(4); 692-699.
4
Voigt M, Fröhlich CW, Waschke KF, Lenz C, Göbel U, Kerger H. Prophylaxis of postoperative nausea and vomiting in
elective breast surgery. J Clin Anesth. 2011 Sep; 23(6):461-8;
5
Sridhar K.S., Donnelly E. Combination antiemetics for cisplatin chemotherapy. Cancer. 1988 Apr 15;61(8):1508-17;
Kovac A.L. Prevention and treatment of postoperative nausea and vomiting. Drugs. 2000 Feb;59(2):213-43.
6
Gonzalez F. Diphenhydramine may be useful as a palliative treatment for patients dying with Parkinson's disease
and tremors: a case report and discussion. Am J Hosp Palliat Care. 2009 Dec-2010 Jan; 26(6):474-5. Epub 2009 Aug 21.
O cloridrato de difenidramina é um anti-histamínico H1, de primeira geração, com efeitos colaterais anticolinérgicos e
sedativos. Os anti-histamínicos parecem competir com a histamina pelos locais do receptor H1 sobre as células efetoras.
Assim impedem, mas não revertem, as respostas mediadas só pela histamina. O mecanismo pelo qual alguns anti-
histamínicos exercem seus efeitos antieméticos, anticinetóticos e antivertiginosos não está devidamente esclarecido. Os
referidos efeitos talvez se devam às ações anticolinérgicas centrais destes fármacos. O efeito antidiscinético do
DIFENIDRIN®
no parkinsonismo parece ser consequência da inibição central das ações da acetilcolina. Na forma de
solução injetável, ocorre rápido início de ação. O cloridrato de difenidramina é amplamente distribuído pelo corpo, incluindo
o SNC. Uma porção da droga é excretada inalterada na urina, enquanto o restante é metabolizado pelo fígado. Por sua vez,
por via oral, após a administração do DIFENIDRIN®
, a concentração sérica máxima é atingida em 1 a 2 horas. A eliminação
é principalmente urinária. Recuperam-se 5 a 15% da droga sob a forma inalterada de 50 a 65% sob a forma de metabólitos
conjugados. A meia-vida plasmática é de cerca de 6 horas. A duração da ação é de 4-6 horas. Ocorre excreção de
difenidramina através do leite materno.
Este medicamento é contraindicado para uso por recém-nascidos ou prematuros e durante a lactação.
Nos casos de hipersensibilidade ao cloridrato de difenidramina e outros anti-histamínicos de estrutura química similar.
Também é contraindicado em: asma aguda, obstrução do colo da bexiga, hipertrofia prostática sintomática, insuficiência
hepática, predisposição à retenção urinária, predisposição ao glaucoma de ângulo estreito, úlcera péptica estenosante,
obstrução piloroduodenal.
Devido ao risco de necrose local, o produto não deve ser usado como anestésico local.
O cloridrato de difenidramina tem ação similar à da atropina e portanto, deve ser usado com cuidado em pacientes com
história de asma brônquica, pressão intra-ocular aumentada, hipertireoidismo, doença cardiovascular ou hipertensão.
Deve-se dar especial atenção para não se dirigir veículos nem operar máquinas e também não ingerir bebidas alcoólicas, pois
intensificam o efeito depressor, assim como, não ingerir outros depressores do SNC como os hipnóticos, sedativos,
tranquilizantes.
Não deve ser usado em lactantes, porque pequenas quantidades são excretadas no leite materno e podem provocar excitação
ou irritabilidade nos lactentes.
Somente deve ser usado durante a gravidez após a avaliação da relação risco-benefício.
Os inibidores da MAO prolongam e intensificam os efeitos anticolinérgicos provocando secura da boca e das vias
respiratórias.
Risco na gravidez – Categoria B: Cloridrato de difenidramina deve ser administrado durante a gravidez somente
quando os benefícios da terapia superam os riscos potenciais para o feto e seu uso deve ser limitado a curto prazo.
Administrar somente sob a prescrição de um profissional de saúde.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos teratogênicos não foram observados em estudos com animais.
Cloridrato de difenidramina atravessa a placenta humana. Sinais de toxicidade e sintomas de abstinência foram relatados em
lactantes após altas doses. Durante a gravidez, o cloridrato de difenidramina não é considerado o anti-histamínico de escolha
para o tratamento da rinite alérgica ou náuseas e vômitos.
Pacientes idosos: Os idosos são mais suscetíveis aos efeitos anticolinérgicos das drogas uma vez que há um declínio da
atividade colinérgica endógena que ocorre com a idade.
Usar com cautela em idosos, pois podem apresentar maior risco de vertigens, sedação excessiva, síncope, estados
confusionais tóxicos e hipotensão. A redução da dosagem pode ser necessária.
Uso em pacientes pediátricos: em pacientes pediátricos, especialmente, anti-histamínicos em superdose podem causar
alucinações, convulsões ou morte. Como nos adultos, os anti-histamínicos podem diminuir estado de alerta mental em
O cloridrato de difenidramina tem efeitos aditivos quando usa-se concomitantemente o álcool ou depressores do SNC como
hipnóticos, sedativos, tranquilizantes.
Os inibidores da MAO prolongam e intensificam os efeitos anticolinérgicos (como a secura) dos anti-histamínicos.
Os anti-histamínicos podem aumentar o efeito arritmogênico de agentes psicóticos (fenotiazinas): acetofenazina,
clorpromazina, mesoridazina, flufenazina, promazina, prometazina.
Os inibidores (Moderados) da CYP2D6 como a difenidramina podem diminuir o metabolismo de substratos da CYP2D6
como: amitriptilina, captopril, tamoxifeno, betaxolol.
Os inibidores (Moderados) da CYP2D6 como a difenidramina podem diminuir o efeito terapêutico de substratos da CYP2D6
como: codeína, tramadol, oxicodona.
Etanol: evite o consumo de álcool, pois pode aumentar a depressão do SNC.
Ervas: evite valeriana, erva de S. João, kava kava, gotu kola, pois podem aumentar a depressão do SNC.
Conserve a embalagem fechada, em temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C, protegida da luz. O produto não deve ser
congelado.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem. Não utilize medicamento vencido.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
Solução límpida e praticamente isenta de partículas, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dosagem deve ser individualizada de acordo com as necessidades e a resposta do paciente.
Uso Pediátrico acima de 2 anos: Em crianças a dose deve ser de 5 mg/kg/24 horas em 3 ou 4 doses divididas e
administradas por via IV a uma taxa geralmente não superior a 25mg/min ou IM profunda.
Não deve ser usado em recém-nascidos ou crianças prematuras.
Uso Adulto: Para adultos a dose deve ser de 10 a 50 mg via IV a uma taxa geralmente não superior a 25mg/min ou IM
profunda ou até 100 mg, se necessário.
A dose máxima diária é de 400 mg.
Pacientes Idosos: Os idosos são mais suscetíveis aos efeitos anticolinérgicos das drogas uma vez que há um declínio da
atividade colinérgica endógena que ocorre com a idade. Iniciar com doses menores às recomendadas para adultos.
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Geral: urticária, erupção cutânea (rash), choque anafilático, fotossensibilidade, transpiração excessiva, calafrios, secura da
boca, nariz e garganta.
Cardiovascular: hipotensão, dor de cabeça, palpitações, taquicardia, extra sístoles.
Hematológico: anemia hemolítica, trombocitopenia, agranulocitose.
Neurológico: sedação, sonolência, tonturas, alteração na coordenação, fadiga, confusão, agitação, excitação, nervosismo,
tremores, irritabilidade, insônia, euforia, parestesia, visão turva, diplopia, vertigem, zumbidos, labirintite aguda, neurite,
convulsões.
Gastrintestinal: Desconforto epigástrico, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, constipação.
Geniturinário: frequência urinária, micção difícil, retenção urinária, menstruação precoce.
Respiratório: espessamento das secreções brônquicas, sensação de aperto no peito ou garganta, chiado no peito e congestão
nasal.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.