Bula do Dimenidrin produzido pelo laboratorio Vitapan Industria Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Bula_dimenidrin Vitapan_2014-XXXX-10/14A
Anexo A
Folha de rosto para a bula
Dimenidrin
Dimenidrinato + Cloridrato de Piridoxina
Vitapan Indústria Farmacêutica Ltda.
Solução oral - gotas
25mg/ml + 5mg/ml
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cloridrato de piridoxina
dimenidrinato
APRESENTAÇÃO
Solução Oral (gotas) de 25mg/mL (dimenidrinato) + 5mg/mL (cloridrato de piridoxina): Embalagens com 01 e
50 frascos de 20mL com autogotejador.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL (20 gotas) da solução oral contém:
cloridrato de piridoxina (vitamina B6)..................................................................5mg
dimenidrinato......................................................................................................25mg
Veículo q.s.p.........................................................................................................1mL
Excipiente: Essência de framboesa, sacarina sódica, benzoato de sódio, propilenoglicol, água deionizada, corante
vermelho ponceau 4R.
Cada gota de DIMENIDRIN contém 1,25mg de dimenidrinato e 0,25mg de cloridrato de piridoxina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos em geral, dentre os quais:
- Náuseas e vômitos da gravidez.
- Náuseas, vômitos e tonturas causados pela doença do movimento – cinetose.
- Náuseas e vômitos pós-tratamentos radioterápicos e em pré e pós-operatórios, incluindo vômitos pós-cirurgias
do trato gastrintestinal.
No controle profilático e na terapêutica da crise aguda dos transtornos da função vestibular e ou vertiginosos, de
origem central ou periférica, incluindo labirintites.
O dimenidrinato, presente em DIMENIDRIN, é considerado medicamento de referência na prevenção da
cinetose e no controle da vertigem.1
Sua eficácia clínica está estabelecida há várias décadas2
e seu uso está
comprovado por vários estudos clínicos. O dimenidrinato é eficaz na prevenção e tratamento das náuseas,
vômitos e tontura associados à cinetose.3,4
A eficácia do dimenidrinato foi comprovada em modelo experimental
de indução da cinetose em humanos [rotação em 4 fases (60 a 75 segundos por fase) em um total de 8 minutos].
Dose única oral administrada 20 a 30 minutos antes da indução da cinetose foi mais efetiva que o placebo na
prevenção dos sintomas.3
Outro estudo utilizando metodologia experimental semelhante5
comprovou que a
eficácia do dimenidrinato na prevenção da cinetose foi similar à da ciclizina. Estudos comparativos com
escopolamina transdérmica mostraram eficácia similar na prevenção da cinetose, mas com um melhor perfil de
tolerabilidade.6-8
Seus efeitos centrais permitem que o medicamento seja usado efetivamente no tratamento da vertigem de origem
vestibular ou não vestibular. Um estudo comparativo mostrou redução significante dos sintomas iniciais de
vertigem de qualquer origem, com 87% de eficácia (ausência e/ou melhora significativa dos sintomas).9
O
dimenidrinato foi considerado efetivo em abolir a crise aguda de vertigem na Doença de Meniére.10,11
A
piridoxina reduziu de forma acentuada os sintomas de vertigem e náusea induzidos pela minociclina em testes
vestibulares oculares avaliados por registros craniocorpográficos, assim como as reações vegetativas vestibulares
durante os testes vestibulares.12
O dimenidrinato é eficaz como medicação sintomática nas náuseas e vômitos da gravidez.13
Em estudo de
revisão, demonstrou-se que dimenidrinato e piridoxina são efetivos no tratamento das náuseas e vômitos do
início da gravidez.14
A eficácia da piridoxina na terapia das náuseas e vômitos principalmente relacionadas à
gravidez foi comprovada em estudos duplo-cegos, randomizados, comparativos com placebo e outras drogas,
observando-se uma redução nos escores de náusea e no número de episódios de vômitos com o uso desta
vitamina.15,16
Em um estudo duplo-cego comparativo com placebo, a piridoxina (30 mg/dia) diminuiu os escores
de náusea avaliados por uma escala analógica visual (p=0,0008), assim como o número de episódios de
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vômitos.17
Em outro estudo, 25 mg de piridoxina reduziram significantemente náuseas e vômitos graves das
gestantes, em comparação com um placebo (p<0,01).18
Estudos têm demonstrado que o dimenidrinato é efetivo na redução das náuseas e vômitos pós-operatórios em
mais de 85% dos pacientes. Uma metanálise de estudos randomizados controlados envolvendo mais de 3.000
pacientes indicou que o dimenidrinato é um antiemético de baixo custo e efetivo o qual pode ser utilizado na
profilaxia das náuseas e vômitos do pós-operatório.19
Em relação à eficácia, dimenidrinato é mais eficaz que
placebo e comparável à metoclopramida.20
O dimenidrinato tem sido usado com sucesso nas náuseas e vômitos pós-tratamentos radioterápicos intensivos,
pós-cirurgias do labirinto e nos estados vertiginosos de origem central.21
No pós-operatório de crianças,
dimenidrinato foi considerado tão eficaz quanto ondansetrona na redução de náuseas e vômitos, não tendo sido
observada diferença estatisticamente significante entre os grupos na incidência de qualquer náusea (p=0,434) ou
de eventos adversos (p=0,220).22
Referências bibliográficas:
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Propriedades farmacodinâmicas
O dimenidrinato é o sal cloroteofilinado do anti-histamínico difenidramina. Embora o mecanismo de sua ação
como antiemético, anticinetósico e antivertiginoso não seja conhecido com precisão, foi demonstrada inibição da
estimulação vestibular, agindo primeiro nos otolitos e, em grandes doses, nos canais semicirculares. O
dimenidrinato inibe a acetilcolina nos sistemas vestibular e reticular, responsáveis por náusea e vômito na
doença do movimento. Uma ação sobre a zona de gatilho quimiorreceptora parece estar envolvida no efeito
antiemético, admitindo-se, ainda, que atue no centro do vômito, núcleo do trato solitário e sistema vestibular. Há
tolerância ao efeito depressivo no sistema nervoso central, geralmente ocorrendo após alguns dias de tratamento.
A piridoxina faz parte do grupo de compostos hidrossolúveis denominados vitamina B6 e é o mais usado
clinicamente. É convertida no fígado, principalmente, em fosfato de piridoxal, uma coenzima envolvida em
numerosas transformações metabólicas de proteínas e aminoácidos, na biossíntese dos neurotransmissores
GABA, serotonina e dopamina, atuando, também, como um modulador das ações dos hormônios esteróides,
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através da interação com receptores esteróides complexos. Sua ação trófica sobre o tecido nervoso lhe confere
utilidade terapêutica nos casos em que existe uma degeneração coclear com comprometimento vestibular.
O dimenidrinato demonstra sua eficácia como medicação sintomática nas náuseas e vômitos da gravidez,
principalmente quando administrado juntamente com o cloridrato de piridoxina (vitamina B6). A zona de gatilho
quimiorreceptora e o centro do vômito no bulbo parecem estar também envolvidos na fisiopatologia das náuseas
e vômitos da gravidez. No entanto, a base do processo fisiopatológico permanece indefinida; admite-se que
existam vários fatores etiológicos (multifatorial), entre eles a deficiência da vitamina B6. Agindo no fígado, a
piridoxina opõe-se à formação de substâncias tóxicas provenientes especialmente do metabolismo das proteínas;
tais substâncias funcionam como fatores predisponentes aos vômitos.
Propriedades farmacocinéticas
O dimenidrinato é bem absorvido após a administração oral e o início de sua ação ocorrer 15 a 30 minutos após
sua administração oral. A duração da ação persiste por 4 a 6 horas. Não há dados sobre a distribuição de
dimenidrinato nos tecidos, uma vez que ele é extensivamente metabolizado no fígado; não há dados sobre
possíveis metabólitos. A eliminação do dimenidrinato, assim como outros antagonistas H1, é mais rápida em
crianças do que em adultos e mais lenta nos casos de insuficiência hepática grave. É excretado no leite materno
em concentrações mensuráveis, mas não existem dados sobre seus efeitos em lactentes.
A piridoxina é rapidamente absorvida no jejuno por difusão passiva. O pico de concentração se dá após 1,25
horas da administração oral. É metabolizada no fígado primariamente em fosfato de piridoxal (metabólito
principal e forma ativa da vitamina), sendo liberado na corrente sangüínea, onde se liga à albumina. Os músculos
são o principal sítio de armazenamento. Outro metabólito ativo é o fosfato de piridoxamina. A taxa de excreção
renal é de 35% a 63%. O ácido 4-piridóxico é a forma primária inativa da vitamina excretada na urina. Outra
forma de excreção da piridoxina é através da bile (2%). A excreção no leite materno é segura. A meia-vida de
eliminação da piridoxina é de 15 a 20 dias.
Hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula.
O dimenidrinato é contra-indicado para pacientes porfíricos.
DIMENIDRIN é contra-indicado para menores de 2 anos.
Como o produto pode causar sonolência, recomenda-se cuidado no manejo de automóveis e máquinas.
Recomenda-se não utilizar o produto quando da ingestão de álcool, sedativos e tranqüilizantes, pois o
dimenidrinato pode potencializar os efeitos neurológicos dessas substâncias.
Cuidados devem ser observados em pacientes asmáticos, com glaucoma, enfisema, doença pulmonar crônica,
dispnéia e retenção urinária (condições que podem ser agravadas pela atividade anticolinérgica).
Em pacientes com insuficiência hepática aguda, deve ser considerada redução da dose, uma vez que o
dimenidrinato é intensamente metabolizado pelo fígado.
O dimenidrinato pode mascarar os sintomas de ototoxicidade secundária ao uso de drogas ototóxicas. Pode ainda
exacerbar desordens convulsivas.
Pertencendo ao grupo dos anti-histamínicos, o dimenidrinato pode ocasionar, tanto em adultos como em
crianças, uma diminuição na acuidade mental e, particularmente em crianças pequenas, excitação.
Gravidez e lactação: o dimenidrinato é considerado seguro para uso durante a lactação. Assim como outros
antagonistas H1, o dimenidrinato é excretado no leite materno em quantidades mensuráveis. Entretanto, não há
dados avaliando os efeitos do fármaco em lactentes de mães em uso da medicação. Em geral, os anti-
histamínicos são relativamente seguros para administração no período de lactação, no entanto é o médico quem
deve avaliar a necessidade do seu uso, da suspensão do uso da medicação ou da interrupção da amamentação.
Categoria B de Risco na Gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes pediátricos: DIMENIDRIN solução oral (Gotas) não deve ser administrado a menores de 2 anos.
Pacientes idosos: não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do produto por pacientes idosos.
Portanto, eles devem utilizar dose semelhante à dose dos adultos acima de 12 anos.
Na insuficiência renal: não é necessária redução da dose na disfunção renal, uma vez que pouco ou nenhum
fármaco é excretado inalterado pela urina.
Na insuficiência hepática: deve ser considerada redução da dose em pacientes com insuficiência hepática aguda,
Pode ocorrer potencialização dos depressores do sistema nervoso central, como os tranquilizantes,
antidepressivos, sedativos. Evitar o uso concomitante com inibidores da monoaminoxidase e levodopa. Evitar o
uso com medicamentos ototóxicos, pois pode mascarar os sintomas de ototoxicidade.
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O uso concomitante da piridoxina e contraceptivos orais, hidralazina, isoniazida ou penicilamina pode aumentar
as necessidades de piridoxina.
O dimenidrinato pode causar uma elevação falso-positiva nos níveis de teofilina, quando a teofilina é medida
através de alguns métodos de radioimunoensaio.
Ingestão concomitante com outras substâncias: evitar o uso do produto concomitantemente a bebidas alcoólicas,
pois o dimenidrinato pode potencializar os efeitos neurológicos do álcool. Não há restrições quanto ao uso do
produto com alimentos.
Conservar o produto à temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
DIMENIDRIN tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
DIMENIDRIN é uma solução límpida, avermelhada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
DIMENIDRIN pode ser administrado imediatamente antes ou durante as refeições.
Posologia:
A posologia é de 1,25 mg de dimenidrinato/kg de peso corporal. A posologia diária máxima recomendada para é
de 75 mg/dia para crianças menores de 6 anos , de 150 mg para crianças de 6 a 12 anos e de 400 mg para adultos
acima de 12 anos.
Adultos e crianças a partir de 2 anos de idade: 1 gota/kg de peso corporal (equivalente a 1,25 mg de
dimenidrinato/kg) ou a critério médico, não excedendo a dose máxima diária, conforme a tabela abaixo:
Não administre medicamentos diretamente na boca das crianças, utilize uma colher para pingar as gotinhas.
Atenção: o frasco de DIMENIDRIN solução oral (gotas) vem acompanhado de uma tampa e um gotejador de
fácil manuseio.
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Em caso de viagem, DIMENIDRIN deve ser utilizado de maneira preventiva, com pelo menos meia hora de
antecedência.
Na insuficiência hepática: deve ser considerada redução da dose em pacientes com insuficiência hepática aguda,
uma vez que o dimenidrinato é intensamente metabolizado pelo fígado.
Este medicamento pode causar as seguintes reações adversas:
Reação muito comum (> 1/10): sedação e sonolência.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): cefaléia.
Reação muito rara (< 1/10.000): relatos isolados de erupção cutânea fixa e púrpura anafilática
O dimenidrinato pertence a uma classe de anti-histamínicos que também pode causar efeitos anti-muscarínicos,
como por exemplo, visão turva, boca seca e retenção urinária. Outras reações adversas que podem ser causadas
por esta classe de medicamentos são: tontura, insônia e irritabilidade. Porém, especificamente para o
dimenidrinato, a documentação de tais sintomas na literatura científica é pobre ou inexistente.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Em casos da ingestão de uma dose excessiva da medicação (superdose), podem ocorrer os seguintes sintomas:
sonolência intensa, taquicardia ou disritmia, dispnéia e espessamento da secreção brônquica, confusão,
alucinações, convulsões, podendo chegar à depressão respiratória e coma.
Não se conhece um antídoto específico. Devem ser adotadas as medidas habituais de controle das funções vitais
e tratamento sintomático de suporte: administração de oxigênio e de fluidos intravenosos; lavagem gástrica;
redução da absorção (carvão ativado – 30g/240 ml de água); indução do vômito (cautela para evitar aspiração);
controlar a pressão arterial (vasopressores - dopamina ou noradrenalina; não usar adrenalina); nas convulsões
usar um benzodiazepínico IV. Na depressão respiratória e coma, podem ser necessários procedimentos de
ressuscitação (não utilizar estimulantes/analépticos, pois podem causar convulsões).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.