Bula do Dipirona Sódica produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
DIPIRONA MONOIDRATADA
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Solução oral (gotas)
500 mg / mL
Dipirona monoidratada solução oral (gotas)_BU 03_VPS 1
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
dipirona monoidratada
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Solução oral (gotas) 500 mg/ml: frascos com 10 e 20 ml.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES
COMPOSIÇÃO
Cada ml (= 20 gotas) de solução oral de dipirona monoidratada contém:
dipirona monoidratada.........................................................................................................................500 mg
Excipientes: sacarina sódica di-hidratada, metilparabeno, glicerol, edetato dissódico de cálcio di-
hidratado, metabissulfito de sódio, sorbitol, corante amarelo FDC nº 5 e água purificada.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado como analgésico e antipirético.
A eficácia da dipirona xarope foi avaliada em um estudo clínico comparando com xarope de paracetamol
em 120 crianças febris com idade entre 4 e 10 anos. Infecções virais do trato respiratório foram as
principais queixas e as temperaturas de base foram comparáveis em ambos os grupos (38,4° C para a
dipirona e 39,3° C para o paracetamol).
Trinta minutos após uma única dose foi observada redução acentuada na febre com ambas as drogas.
A dipirona pareceu ser significativamente superior ao paracetamol, 1,5 h a 6 h após a ingestão da droga.
O início da ação foi a mesma com ambas as drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo com a
dipirona. A faixa de dose foi 13,2-22,3 mg/kg de dipirona e 15,0-39,2 mg/kg de paracetamol. Altas doses
de paracetamol não resultaram em um maior efeito antipirético. (Adam, 1994)
Propriedades farmacodinâmicas
A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e espasmolítico.
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2
com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirna (4-MAA) e o 4-aminoantipirina (4-AA).
Como a inibição da ciclooxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito
antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de
prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1
do sistema nervoso central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona
inibiria uma outra isoforma da ciclooxigenase, a COX-3.
Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e
geralmente duram cerca de 4 horas.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas as seguintes
informações podem ser fornecidas:
Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-
Nmetilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente
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90%, sendo um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a dipirona é administrada
concomitantemente a alimentos.
Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os
valores de AUC para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os metabólitos
4-N-acetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito
clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os metabólitos. São necessários estudos
adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo
de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo.
O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14%
para AAA.
Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a
dipirona. Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram
excretadas na urina e fezes, respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são
excretados na urina, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ±1% para MAA, 6%
±3% para AA, 26% ±8% para AAA e 23% ±4% para FAA. Após administração oral de dose única de 1 g
de dipirona, o clearance renal foi de 5 mL ±2 mL/min para MAA, 38 mL ±13 mL/min para AA, 61 mL
±8 mL/min para AAA, e 49 mL ±5 mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes
foram de 2,7 ±0,5 horas para MAA, 3,7 ±1,3 horas para AA, 9,5 ±1,5 horas para AAA, e 11,2 ±1,5 horas
para FAA.
Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose hepática, após
administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto
para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente estudados até o momento.
Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda:
As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000 mg/kg de peso
corporal por via oral, aproximadamente 2300 mg de dipirona por kg de peso corporal ou 400 mg de MAA
por kg de peso corporal por via intravenosa.
Os sinais de intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.
Toxicidade crônica:
As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150 mg/kg por dia) e cães (50 mg/kg de
peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas.
Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao longo de um período de 6 meses em ratos e cães:
doses diárias de até 300 mg de peso corporal/kg em ratos e até 100 mg/kg de peso corporal de peso em
cães não causaram sinais de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram alterações
químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço, também foram detectados sinais de anemia e
toxicidade da medula óssea.
Mutagenicidade:
Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto, estudos in vitro e
in vivo com material específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial mutagênico.
Carcinogenicidade:
Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a dipirona não mostrou efeitos
cancerígenos.
Toxicidade reprodutiva:
Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes:
- com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras
pirazolonas (ex. fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex. fenilbutazona, oxifembutazona)
incluindo, por exemplo experiência prévia de agranulocitose com uma destas substâncias;
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- com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou doenças do sistema
hematopoiético;
- que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (isto é urticária, rinite,
angioedema) com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina,
naproxeno;
- com porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria);
- com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise);
- gravidez e lactação (vide Advertências e Precauções – Gravidez e Lactação).
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe imediatamente seu médico em caso de
suspeita de gravidez.
ADVERTÊNCIAS
Agranulocitose induzida pela dipirona é uma casualidade de origem imunoalérgica, durável por pelo
menos 1 semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave que implique em risco para a vida,
podendo ser fatal. Não é dose dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento.
Todos os pacientes devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e consultar seu médico
imediatamente se alguns dos seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados a neutropenia,
ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de
neutropenia (menos de 1500 neutrófilos/mm3) o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a
contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis
normais.
Pancitopenia: em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma
completa monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores.
Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem
sinais e sintomas sugestivos de discrasias do sangue (mal estar geral p. ex., infecção, febre persistente,
hematomas, sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos contendo dipirona.
Choque anafilático: essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a dipirona deve
ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma (vide Contraindicações).
Reações cutâneas graves: reações cutâneas com risco para a vida, como síndrome de
Stevens – Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) têm sido relatadas com o uso de dipirona.
Se desenvolverem sinais ou sintomas de SSJ ou NET (tais como exantema progressivo muitas vezes com
bolhas ou lesões da mucosa), o tratamento com a dipirona deve ser descontinuado imediatamente e não
deve ser retomado. Os pacientes devem ser avisados dos sinais e sintomas e acompanhados de perto para
reações de pele, particularmente nas primeiras semanas de tratamento.
PRECAUÇÕES
Reações anafiláticas/anafilactoides
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas severas
relacionadas à dipirona (vide Contraindicações):
- pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa concomitante;
- pacientes com urticária crônica;
- pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes que reagem até mesmo a pequenas
quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros,
lacrimejamento e rubor pronunciado da face. A intolerância ao álcool pode ser indicativa da síndrome de
asma analgésica prévia não diagnosticada;
- pacientes com intolerância a corantes (ex. tartrazina) ou a conservantes (ex. benzoatos).
Antes da administração de dipirona, os pacientes devem ser questionados especificamente. Em pacientes
que estão sob risco potencial para reações anafiláticas, este medicamento só deve ser administrado após
cuidadosa avaliação dos possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se a dipirona for
administrada em tais circunstâncias, é requerido que seja realizado sob supervisão médica e em locais
onde recursos para tratamento de emergência estejam disponíveis.
Reações hipotensivas isoladas
A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide Reações
Adversas). Essas reações são possivelmente dose dependentes e ocorrem com maior
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probabilidade após administração parenteral.
Para evitar as reações hipotensivas graves desse tipo:
- reverter a hemodinâmica (problemas do sistema circulatório) em pacientes com hipotensão pré-
existente, em pacientes com redução dos fluidos corpóreos ou desidratação ou com instabilidade
circulatória ou insuficiência circulatória incipiente;
- deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.
Nestes pacientes, a dipirona deve ser utilizada com extrema cautela e a administração em tais
circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica.
Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação) para reduzir o risco de
reação hipotensiva.
A dipirona só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em pacientes nos quais a
diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença cardíaca coronariana
severa ou estenose dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja
evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
A dipirona atravessa a barreira placentária. Não existem evidências de que o medicamento seja prejudicial
ao feto: a dipirona não apresentou efeitos teratogênicos em ratos e coelhos, e fetotoxicidade foi observada
apenas com doses elevadas que foram maternalmente tóxicas. Entretanto, não existem dados clínicos
suficientes sobre o uso da dipirona durante a gravidez.
Recomenda-se não utilizar este medicamento durante os primeiros 3 meses da gravidez. Seu uso durante
o segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício
pelo médico.
A dipirona não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez, uma vez que, embora a
dipirona seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro
do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do
recém-nascido não pode ser excluída.
Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada durante e por até
48 horas após a administração deste medicamento.
Populações especiais
Pacientes idosos: em pacientes idosos deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal
estarem prejudicadas.
Crianças: menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com dipirona.
É recomendada supervisão médica quando se administra dipirona a crianças pequenas.
Outros grupos de risco: vide Contraindicações e Advertências.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade de se concentrar e reagir é conhecido.
Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades para se
concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo risco em situações onde estas habilidades são
de importância especial (por exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente quando álcool foi
consumido.
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem apresentar um risco especial para
reações semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras imunologicamente mediadas, ou seja, reações
alérgicas (ex. agranulocitose) à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a
outras pirazolonas ou pirazolidinas.
Atenção diabéticos: este medicamento contém açúcar (sacarose), portanto, deve ser usado com cautela
em portadores de Diabetes. Recomenda-se a administração da solução oral (gotas) ao invés de solução
oral.
Medicamento-medicamento: a dipirona pode causar redução dos níveis plasmáticos de ciclosporina. As
concentrações da ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a dipirona é administrada
concomitantemente.
A administração concomitante da dipirona com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade do
metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando administrados
concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser usada com precaução em pacientes que tomam
baixa dose de ácido acetilsalicílico para cardioproteção.
A dipirona pode causar a redução na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto, recomenda-se
cautela quando a dipirona e a bupropiona são administradas concomitantemente.
Medicamento-alimentos: não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e
dipirona.
Medicamento-exames laboratoriais: não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de
dipirona em exames laboratoriais.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24
meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Líquido límpido, rosado, de odor característico e isento de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MODO DE USAR
Recomenda-se que, para a administração da solução oral, seja utilizado o copo medida que acompanha o
frasco na embalagem. Não é necessário agitar o produto.
POSOLOGIA
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das
condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia
satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou
retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à
retirada da medicação.
Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 10 a 20 mL em administração única ou até o máximo de 20 mL,
4 vezes ao dia.
As crianças devem receber a dipirona conforme seu peso, seguindo a orientação deste esquema:
Peso
(média de idade)
Dose Solução oral (em mL)*
5 a 8 kg (3 a 11 meses) Dose única
Dose máxima diária
1,25 a 2,5
10 (4 tomadas x 2,5 mL)
9 a 15 kg (1 a 3 anos) Dose única
2,5 a 5
20 (4 tomadas x 5 mL)
16 a 23 kg (4 a 6 anos) Dose única
3,75 a 7,5
30 (4 tomadas x 7,5 mL)
24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose única
5 a 10
40 (4 tomadas x 10 mL)
31 a 45 kg (10 a 12 anos) Dose única
7,5 a 15
60 (4 tomadas x 15 mL)
46 a 53 kg (13 a 14 anos) Dose única
8,75 a 17,5
70 (4 tomadas x 17,5 mL)
* utilizar copo medida.
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Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com este
medicamento.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser
repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima.
Não há estudos dos efeitos da dipirona administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança
e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Populações especiais
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona
seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento no
curto prazo não é necessária redução da dose.
Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal ou
hepática.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e
renal estarem prejudicadas.
Para pacientes diabéticos, recomenda-se a administração da solução oral (gotas) ao invés de solução
oral. Os carboidratos contidos em 5 ml de solução oral correspondem a 3,5 de glicose.
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (≥ 1/10)
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10)
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100)
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
Reação muito rara (< 1/10.000)
Distúrbios cardíacos
Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou
anafilactoides. Engloba conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).
Distúrbios do sistema imunológico
A dipirona pode causar choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se tornar graves
com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após
NOVALGINA ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões sem complicações.
Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de dipirona ou
horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a
administração.
Normalmente, reações anafiláticas/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou
nas mucosas (tais como: prurido, ardor, rubor, urticária, edema), dispneia e, menos frequentemente,
doenças/sintomas gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas severas com urticária generalizada, angioedema grave
(até mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas, queda da pressão sanguínea
(algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório.
Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma
de ataques asmáticos.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Além das manifestações de mucosas e cutâneas de reações anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima,
podem ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema, e, em casos
isolados, síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea na pele e
mucosas) ou síndrome de Lyell ou Necrólise Epidérmica Tóxica (síndrome bolhosa rara e grave,
caracterizada clinicamente por necrose em grandes áreas da epiderme. Confere ao paciente aspecto de
grande queimadura) (vide “Advertências”). Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos
suspeitos.
Distúrbios do sangue e sistema linfático
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Anemia aplástica, agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos fatais, leucopenia e trombocitopenia.
Estas reações são consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo após
NOVALGINA ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex. orofaríngea, anorretal,
genital), inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto,
em pacientes recebendo terapia com antibiótico, os sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A
taxa de sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de nódulos
linfáticos é tipicamente leve ou ausente.
Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de
petéquias na pele e membranas mucosas.
Distúrbios vasculares
Reações hipotensivas isoladas
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas
(possivelmente por mediação farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações
anafiláticas/anafilactoides); em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da
pressão sanguínea.
Distúrbios renais e urinários
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença renal, pode ocorrer piora
aguda da função renal (insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria ou proteinúria.
Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda.
Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina. Isso pode ocorrer devido à
presença do metabólito ácido rubazônico, em baixas concentrações.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.