Bula do Droperdal produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
DROPERDAL®
droperidol
Solução Injetável 2,5 mg/mL
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
MODELO DE BULA PARA O
PACIENTE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Neuroléptico, Bloqueador alfa adrenérgico – antiemético
FORMA FARMACÊUTICA
Solução Injetável 2,5 mg/mL.
APRESENTAÇÕES
Caixas com 50 ampolas de 1mL (sem conservante).
USO INJETÁVEL – VIA INTRAVENOSA E INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE DOIS ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
droperidol ............................................................................. 2,5 mg
veículo estéril q.s.p. ............................................................... 1 mL
(veículo ampola: ácido tartárico, hidróxido de sódio, água para injetáveis).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O uso de DROPERDAL®
está indicado na redução da incidência de náusea e vômitos associado a procedimentos cirúrgicos
e diagnósticos.
O droperidol é um neuroléptico do grupo das butirofenonas, com acentuada ação tranquilizante e sedativa, potente efeito
antiemético e exerce uma ação bloqueadora adrenérgica com vasodilatação vascular periférica.
Promove a estabilidade das funções cardiovasculares sendo característico seu efeito antiarrítmico nas arritmias provocadas
pela epinefrina.
O efeito aparece dentro de 3 a 10 minutos após a administração intravenosa ou intramuscular, sendo que a duração total do
efeito tranquilizante e sedativo geralmente é de duas a quatro horas.
DROPERDAL®
possui como princípio ativo o droperidol, cuja ação tranquilizante e sedativa é bastante acentuada.
Produz também efeito antiemético, evidenciado pelo antagonismo ao efeito emético da apomorfina em cães.
O droperidol potencializa a ação de outros fármacos depressores do sistema nervoso central. Exerce ação bloqueadora α-
adrenérgica com dilatação vascular periférica, reduz o efeito pressórico da epinefrina e reduz a incidência de arritmias
induzidas por essa catecolamina, mas não previne arritmias cardíacas de outra natureza.
Após aplicação intravenosa ou intramuscular, o início de ação é de 3 a 10 minutos, manifestando sua plenitude em torno de
30 minutos.
A duração dos efeitos sedativos e tranquilizante é cerca de 2 a 4 horas. A alteração da consciência pode persistir ao longo
de 12 horas.
DROPERDAL®
é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo ou aos componentes
da fórmula.
Você deve fazer um eletrocardiograma do coração (ECG) ou informar se você é portador de uma síndrome que se
chama QT longo, antes da administração de droperidol devido ao potencial de causar arritmias cardíacas sérias
(torsade de pointes). Droperidol não deve ser administrado se o intervalo QTc for > 440 mseg para homens e > 450
mseg para mulheres.
Casos de prolongamento do intervalo QT (medida de tempo entre as ondas Q e T no traçado do eletrocardiograma) e/ou
torsades de pointes foram observados em pacientes recebendo droperidol em doses iguais ou inferiores às doses
recomendadas. Alguns casos ocorreram em pacientes que não apresentavam nenhum fator de risco para prolongamento do
QT, e alguns casos foram fatais.
Devido ao potencial para graves efeitos proarrítmicos e óbitos, o droperidol deve ser reservado para uso no tratamento de
pacientes que falharam em apresentar uma resposta aceitável a outros tratamentos adequados, tanto por eficácia insuficiente
quanto por inabilidade em alcançar uma dose eficaz em relação aos efeitos adversos intoleráveis da droga (ver Reações
Adversas, Contraindicações).
Casos de prolongamento do QT e arritmias graves (ex.: torsades de pointes) foram relatados em pacientes tratados com
droperidol. Baseado nesses relatos, todos os pacientes devem ser submetidos a um ECG de 12 derivações antes da
administração de droperidol para determinar se um intervalo de QT prolongado (por exemplo, QT maior que 440 mseg para
homens ou 450 mseg para mulheres) está presente. Se existir um intervalo de QT prolongado, o droperidol não deve ser
utilizado. Para pacientes em que os potenciais benefícios superarem os riscos potenciais de arritmias graves, o
monitoramento do ECG deve ser realizado antes do tratamento, e continuado por 2 a 3 horas após o tratamento completo
para monitorar as arritmias.
O droperidol é contraindicado em pacientes com prolongamento de QT conhecido ou suspeito, incluindo pacientes com
síndrome congênita de QT longo.
O droperidol deve ser administrado com extrema cautela em pacientes que apresentem risco para desenvolvimento de
síndrome do QT prolongado (por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva, bradicardia, uso de diuréticos, hipertrofia
cardíaca, hipocalemia, hipomagnesemia ou administração de outras drogas conhecidas para aumentar o intervalo QT).
Outros fatores de risco podem incluir idade acima de 65 anos, abuso de álcool e uso de agentes como as benzodiazepinas,
anestésicos voláteis e opiáceos intravenosos. A terapia com droperidol deve ser iniciada com dose baixa e aumentada, com
cautela, até a dose necessária para atingir os efeitos desejados.
Em caso de hipotensão, devem estar prontamente disponíveis soluções parenterais ou outros meios necessários à solução do
problema.
Assim como outras drogas depressoras do sistema nervoso central, pacientes sob o efeito de DROPERDAL®
devem ter um
controle clínico adequado.
No caso de DROPERDAL®
ser administrado associado à fentanila, o médico anestesista deve estar familiarizado com as
propriedades especiais dos princípios ativos de cada produto, particularmente os diferentes períodos de duração de ação.
Nessas condições devem estar disponíveis equipamentos adequados e um antagonista morfínico.
• A dose inicial de DROPERDAL®
deve ser apropriadamente reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com
cada caso;
• DROPERDAL®
, quando utilizado como complemento da anestesia regional, o médico anestesista deve levar em
consideração que esse tipo de anestesia, através de bloqueio simpático, pode provocar vasodilatação periférica e
hipotensão, que podem ser potencializadas pela ação do produto;
• Em caso de hipotensão, deve ser considerada a possibilidade de ocorrência de hipovolemia, que será controlada por
medidas apropriadas incluindo, caso necessário, o uso de agentes vasopressores que não seja a epinefrina;
• Em caso de diminuição da pressão arterial pulmonar, tal fato deve ser levado em consideração quando, em procedimentos
diagnósticos, esse parâmetro estiver sendo avaliado;
deve ser administrado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
USO NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
A segurança do uso de DROPERDAL®
, nos períodos de gravidez e lactação, quanto a possíveis efeitos colaterais, não está
estabelecida. Portanto, nesses períodos, o produto só deve ser empregado a critério médico, levando-se em consideração a
relação risco-benefício.
USO EM CRIANÇAS
Ainda não está estabelecida a segurança do uso de DROPERDAL®
em crianças menores de 2 anos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso concomitante com outros agentes depressores do sistema nervoso central tais como barbitúricos, tranquilizantes,
narcóticos ou agentes anestésicos gerais, proporcionará efeitos aditivos ou potencializadores. Nesses casos, a dose de
DROPERDAL®
deverá ser reduzida. Outros medicamentos também interagem com o DROPERDAL®
: Acetofenazina,
Bepridil, Bromperidol, Cisaprida, Clozapina, Dronedarona, Levometadil, Mesoridazina, Molindona, Perfenazina,
Pimozide, Pipamperone, Remoxiprida, Sparfloxacina, Tioridazina, Tiaprida, Triflupromazina e Ziprasidona.
Conservar o produto em temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, protegido da luz.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, sendo que após este prazo de validade o produto pode não
apresentar mais efeito terapêutico. Não utilize medicamento vencido.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: solução límpida, essencialmente livre de partículas, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA
À critério médico, levando-se em conta alguns fatores como idade, peso corporal, estado geral, doenças de base, uso
concomitante de outros medicamentos e tipo de procedimento cirúrgico ou diagnóstico, além da anestesia realizada.
Os sinais vitais e ECG devem ser monitorizados rotineiramente.
Dose usual em crianças maiores de 2 anos
Doses entre 0,02 a 0,075mg/kg são suficientes na prevenção e tratamento da náusea e vômitos pós-operatórios em
crianças.2, 3
Pacientes idosos
Não foram encontrados dados relacionando a idade aos efeitos do droperidol em pacientes idosos.
Uma vez que este medicamento é administrado por um profissional da saúde em ambiente hospitalar, não deverá ocorrer
esquecimento do seu uso.
DROPERDAL®
é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos mais comuns, como sedação e sonolência, são dose-
dependentes e desaparecem com a descontinuação do uso. Devido à baixa incidência dos relatos espontâneos de reações
adversas, os dados de pós-comercialização são insignificantes.
Incidência de Reações em Estudos Clínicos Controlados
Duas grandes revisões sistemáticas foram realizadas e demonstram os seguintes dados relacionados aos eventos adversos:
Tabelas I e II: Reações adversas em estudos clínicos controlados, com incidência ≥ 2% dos pacientes e com maior
frequência com uso de DROPERDAL®
do que com placebo:
Outras manifestações adversas foram relatadas, porém, em menor incidência, e todas as doses dependentes: 10,11
Reação Comum (> 1/100 e < 1/10): taquicardia, ansiedade, acatisia.
Reação Incomum (> 1/1.000 e < 1/100): sintomas extrapiramidais, depressão respiratória.
Reação Rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): angioedema e agranulocitose.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária Estadual – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
FONTE:
2-Henzi I, Sonderegger J, Tramer MR. Efficacy, dose-response and adverse effect of droperidol for prevention of
postoperative nausea and a vomiting. Can J Anesth 2000, 47(6), 537-551.
3- McKeage K, Simpson D, Wagstaff A J Intravenous Droperidol: A Review of its Use in the Management of
Postoperative Nausea and Vomiting Drugs 2006; 66 (16): 2123-2147.
10- Micromedex.
11- Kao LW, Kirk MA, Evers SR Droperidol, QT Prolongation, and Sudden Death: What Is the Evidence? Ann Emerg
Med. 2003;41:546-558.