Bula do Efortil produzido pelo laboratorio Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Abcd
EFORTIL®
(cloridrato de etilefrina)
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
Comprimido 5 mg
Solução oral 7,5 mg/mL
EFORTIL SOLUÇÃO E COMPRIMIDO PROFISSIONAL abcd
Efortil Oral_Bula Profissional CCDS 0079-04/ CS14-00 1
Efortil®
cloridrato de etilefrina
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 5 mg: embalagem com 20 comprimidos
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
Solução oral (gotas) de 7,5 mg/mL: frasco com 20 mL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO ORAL
COMPOSIÇÃO
EFORTIL comprimidos: cada comprimido contém 5 mg de cloridrato de etilefrina, correspondentes a 4,2 mg de
etilefrina.
Excipientes: lactose monoidratada, amido, dióxido de silício, metabissulfito de sódio, óleo de colza hidrogenado e
monoestearato de glicerila.
EFORTIL solução oral: cada mL (15 gotas) contém 7,5 mg de cloridrato de etilefrina (0,5 mg/gota), correspondentes a
6,2 mg de etilefrina.
Excipientes: metilparabeno, propilparabeno, metabissulfito de sódio e água purificada.
EFORTIL é indicado para o tratamento da hipotensão normovolêmica aguda, síncope cardiovascular.
O efeito da etilefrina administrada intravenosamente foi investigado em um estudo em voluntários sãos tendo-se
observado o aumento da frequência de pulso, do débito cardíaco, do volume sistólico, da pressão venosa central e da
pressão arterial média. A resistência vascular periférica começou a cair com a infusão de 1-8 mg de etilefrina, porém
passou a aumentar nas doses mais altas.
Após a administração intravenosa de propranolol 2,5 mg, observou-se acentuada queda na frequência de pulso, no
débito cardíaco, no volume sistólico, na perfusão periférica acompanhado de um ascenção da pressão arterial média.
Estes achados indicam que a etilelfrina tem efeitos tanto β1 como α adrenégico.
Em um estudo randomizado, controlado por placebo, duplo-cego, com comparação de grupos paralelos, multicêntrico
foram observados 3 grupos: (3x5 mg etilefrina, 3x10 mg etilefrina 3xplacebo por dia). O objetivo do estudo foi o de
determinar a eficácia e tolerabilidade de etilefrina no tratamento de hipotensão ortostática sintomática:
a)Tratamento agudo: eficácia e tolerabilidade da dose de 5 e 10 mg de etilefrina;
b)Tratamento crônico: eficácia e tolerabilidade após 14 dias de tratamento com doses diárias de 15 e 30 mg de etilefrina.
A casuística do referido estudo foi de 366 pacientes randomizados: incluídos na análise de eficácia (intenção de
tratamento - ITT): 362 pacientes; 3x10 mg etilefrina: 124 (123); 3x5 mg etilefrina: 121 (119), placebo: 121 (120). Os
principias critérios de inclusão foram: Hipotensão ortostática sintomática, pressão arterial sistólica: redução de pelo
menos 20 mm Hg após 5 min na posição ereta no teste Schellong; frequência cardíaca: aumento não superior a 10
batimentos por minuto 5 min na posição ereta no teste Schellong.
Todos os 3 tratamentos, incluindo o esquema placebo, produziram efeitos clinicamente visíveis sobre a pressão arterial,
com vantagem para o esquema etilefrina, conforme avaliado pela resposta da pressão arterial. Esses efeitos foram
confirmados (e foram mais pronunciados) no julgamento, por parte dos investigadores, dos sintomas associados com a
hipotensão ortostática sintomática (IHBS-A / IHBS/C) e na avaliação global de eficácia.
- Pacientes que responderam ao tratamento: Na análise de “intenção de tratamento” (ITT) do parâmetro primário “taxa
de resposta” 82,9% dos pacientes tratados com 3x10 mg e 78,2% dos pacientes no esquema 3x5mg etilefrina
conseguiram resposta em comparação com 73,3% dos pacientes que responderam no esquema placebo (p=0,087 e
0,451).
O efeito agudo de uma dose adicional isolada de 10 mg de etilefrina após 14 dias de tratamento crônico (4º teste
Schellong) resultou em uma maior taxa de resposta de 88,6% comparado com 82,9% no 2º teste Schellong. O valor-p
para o 4º teste Schellong, comparando o esquema 3x10 mg de etilefrina ao esquema placebo com o Teste Exato de
Fischer (bi-caudal) foi 0,699.
A análise de “intenção de tratamento” (ITT) com 362 pacientes avaliados quanto aos parâmetros secundários revelaram
os seguintes achados chave:
- Pressão arterial sistólica: corresponde aos resultados relacionados com a dose na variável primária responsiva onde os
resultados da pressão arterial sistólica na posição ereta foram dose-dependente, correspondendo a um aumento de 15,0
mm Hg na dose de 10 mg, 13,8 mm Hg na dose de 5 mg, e 12,6 mm Hg no grupo placebo, enquanto a pressão arterial
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sistólica na posição supina tenha mostrado uma ligeira redução de aproximadamente 5 – 7 mm Hg, comparável em
todos os três grupos.
- Sintomas clínicos: os sintomas clínicos avaliados mostraram uma redução clinicamente relevante na “Soma Total da
Pontuação por Paciente” do IHBS-A (8 itens, avaliados pelos sintomas durante cada teste Schellong) e IHBS-C (22
itens, avaliados por períodos de tempo de 14 dias antes do estudo e durante o tratamento), questionários mostrando
vantagens estatisticamente significantes para o esquema etilefrina nos testes de exploração.
- Avaliação global: A avaliação global de eficácia mostrou vantagens marcantes e exploratoriamente significantes na
avaliação de cada esquema etilefrina com 85% dos casos avaliados com “bom” ou “satisfatório”, comparado com
apenas 68% no esquema placebo.
Em conclusão, Todos os 3 tratamentos mostraram uma melhoria clínica da doença durante o período do estudo. Este
efeito clinicamente visível foi mais pronunciado para etilefrina, especificamente no esquema 3x10. Foi também
confirmado e marcantemente mais pronunciado por efeitos distintos no questionário para os pacientes, avaliando os
sintomas clínicos associados à hipotensão ortostática e na avaliação global de eficácia pelos investigadores.
Nos parâmetros subjetivos (os mais importantes critérios para os pacientes acometidos por hipotensão ortostática), as
pontuações dos sintomas e a avaliação global, as vantagens para o tratamento com etilefrina (mais aumentada na maioria
dos casos na dosagem mais alta de etilefrina) foi mais claramente observada do que nos parâmetros objetivos e atingiu
significância exploratória nas análises das diferenças entre grupos.
Assim sendo, os investigadores relataram um bom efeito terapêutico com vantagens clínicas para etilefrina, na
comparação do tratamento com etilefrina ao placebo.
1. Coleman AJ, Leary WP, Asmal AC. The cardiovascular effects of etilefrine. Eur J Clin Pharmacol 1975;8:41-
45.
2. Eberhardt R, Hege H. Efficacy and Tolerability of Etilefrine in Comparison to Placebo in Patients with
Symptomatic, Orthostatic Hypotension.
Farmacodinâmica
EFORTIL contém a etilefrina, um agente simpatomimético de ação direta, com elevada afinidade pelos receptores alfa-
1, beta-1 e beta-2. Por este motivo é capaz de potencializar a contratilidade cardíaca e aumentar o desempenho cardíaco,
elevando o volume sistólico; adicionalmente eleva o tônus venoso e a pressão venosa central, provocando um aumento
do volume sanguíneo circulante. Demonstrou-se um efeito inotrópico positivo em pacientes com função cardíaca normal
ou ligeiramente alterada.
O fármaco eleva a pressão sistólica em maior grau que a diastólica. Consequentemente, em caso de alterações
cardiovasculares funcionais, o fármaco pode proporcionar uma melhora dos sintomas tais como tontura, cansaço e
tendência a desmaio, assim como estabilizar os parâmetros hemodinâmicos.
Farmacocinética
Após a administração intravenosa, a concentração de etilefrina no plasma mostra um declínio biexponencial; a meia
vida da fase alfa é de 6,2 minutos, da fase beta terminal é de 2,2 horas. A eliminação renal de etilefrina e seus
metabólitos foi de 78,2% após 24 horas. O metabólito principal foi etilefrina conjugada com ácido sulfúrico, cuja
eliminação renal foi de 44,4% da dose administrada, dentro de 24 horas. A proporção de etilefrina livre recuperada na
urina foi de 28,3%; o ácido 3-hidroximandélico correspondeu a 3,5% do fármaco eliminado por via renal.
EFORTIL é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao cloridrato de etilefrina e em pacientes com
desregulação hipotensora, a qual produz uma reação hipertensiva ao levantar.
Como ocorre com outros agentes simpatomiméticos, EFORTIL não deve ser administrado a pacientes com:
• hipertensão
• tireotoxicose
• feocromocitoma
• glaucoma de ângulo fechado
• hipertrofia prostática ou adenoma prostático com retenção urinária
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• doença arterial coronária
• insuficiência cardíaca descompensada
• cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica
• estenose das artérias centrais ou válvulas cardíacas
EFORTIL está contraindicado no primeiro trimestre de gravidez e durante a lactação.
EFORTIL está classificado na categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Deve-se proceder com precaução em pacientes com taquicardia, arritmias cardíacas, distúrbios cardiovasculares graves,
diabetes mellitus e com hipertireoidismo.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. Entretanto, os pacientes devem ser
informados de que podem ter efeitos indesejáveis, como tontura, durante o tratamento com EFORTIL injetável. Portanto,
recomenda-se cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas e se os pacientes tiverem tonturas, devem evitar tarefas tais
potencialmente perigosas.
O uso de etilefrina durante competição atlética pode levar a resultados positivos em testes para o uso de substâncias não
clínicas, por exemplo, substâncias para melhor o desempenho atlético.
Este medicamento pode causar doping.
Fertilidade, gravidez e lactação
EFORTIL está contraindicado no primeiro trimestre da gravidez e somente deverá ser utilizado durante o segundo e
terceiro trimestres após cuidadosa avaliação sobre os riscos e benefícios do tratamento. A etilefrina pode prejudicar a
perfusão útero-placentária e provocar um relaxamento uterino. Como não se pode excluir a possibilidade de o fármaco
passar para o leite materno, EFORTIL está contraindicado durante o período de lactação.
Não foram realizados estudos pré-clínicos com etilefrina com relação à fertilidade. Não foram realizados estudos sobre
Os efeitos de EFORTIL podem ser potencializados pela administração concomitante de guanetidina,
mineralocorticoides, reserpina, hormônios tireoidianos, simpatomiméticos ou outras substâncias com atividade
simpatomimética (como antidepressivos tricíclicos, inibidores da MAO, anti-histamínicos).
Os hidrocarbonetos alifáticos halogenados em anestésicos inalatórios e glicosídeos cardíacos em doses mais elevadas
podem aumentar os efeitos dos agentes simpatomiméticos sobre o coração, provocando, assim, o desenvolvimento de
arritmias cardíacas.
A di-hidroergotamina aumenta a absorção enteral de EFORTIL, aumentando a sua ação. A atropina pode potencializar o
efeito de EFORTIL e aumentar a frequência cardíaca.
O efeito dos medicamentos hipoglicemiantes pode ser diminuído.
Agentes bloqueadores adrenérgicos (alfa-bloqueadores e beta-bloqueadores) podem suprimir parcial ou totalmente os
efeitos da etilefrina. O tratamento com beta-bloqueadores pode induzir bradicardia reflexa.
Manter em temperatura ambiente (15 ºC e 30 ºC), protegido da luz e da umidade. O prazo de validade de EFORTIL
injetável é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
EFORTIL injetável se apresenta em ampolas de vidro âmbar, com um líquido claro, de incolor à quase incolor,
praticamente isento de partículas. Odor perceptível.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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Se for indicado o uso intravenoso, deve-se preferir a aplicação por meio de infusão gota a gota. EFORTIL injetável não
é compatível com solução de levulose.
Infusão intravenosa: a dose deve ser regulada de forma que se consiga atingir os valores de frequência do pulso e de
pressão arterial requeridos e deve ser determinada separadamente para cada paciente. Recomenda-se que os pacientes
que recebem infusão intravenosa sejam tratados em uma unidade de cuidados intensivos, com monitorização regular de
ECG, pressão arterial e pressão venosa central.
Recomendam-se as seguintes velocidades de infusão:
Adultos e crianças maiores de 6 anos: 0,4 mg/min (0,2-0,6 mg/min)
Crianças de 2 a 6 anos: 0,2 mg/min (0,1-0,4 mg/min)
Crianças menores de 2 anos: 0,1 mg/min (0,05-0,2 mg/min)
Para a infusão deve-se utilizar solução fisiológica de NaCl, solução de Ringer com lactato, solução de glicose a 5% ou
solução de xilitol a 10% sem nenhum aditivo suplementar.
Injeção intravenosa: em casos graves de colapso circulatório, EFORTIL pode ser administrado por injeção intravenosa
lenta. Em adultos deve-se administrar a metade do conteúdo de uma ampola de 10 mg (=0,5 ml); as doses para crianças
devem ser correspondentemente menores.
Injeção intramuscular e subcutânea:
Adultos: 1 ml
Crianças de 6 a 14 anos: 0,7-1 ml
Crianças de 2 a 6 anos: 0,4-0,7 ml
Crianças menores de 2 anos: 0,2-0,4 ml
Caso necessário, a dose deve ser repetida a intervalos de 1-3 horas.
Dose diária máxima: em geral, não devem ser excedidas as seguintes doses diárias máximas:
Adultos e crianças maiores de 6 anos: 50 mg
Crianças de 2 a 6 anos: 40 mg
Crianças menores de 2 anos: 30 mg
• Reação comum (>1/100 e <1/10): cefaleia.
• Reação incomum (>1/1.000 e <1/100): ansiedade, insônia, tremor, inquietação, tontura, arritmia, taquicardia,
palpitação, náusea.
• Reação com frequência desconhecida (não foi possível calcular com base nos dados disponíveis):
hipersensibilidade (reação alérgica), angina pectoris, aumento da pressão arterial, hiperidrose.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária- NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.