Bula do Ekson para o Profissional

Bula do Ekson produzido pelo laboratorio Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Ekson
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO EKSON PARA O PROFISSIONAL

EKSON

(levodopa + cloridrato de benserazida)

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.

Comprimidos

200 mg + 50 mg

Ekson_200+50 mg_BU 02_VPS

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

levodopa + cloridrato de benserazida

USO ORAL

USO ADULTO A PARTIR DE 25 ANOS

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES

Comprimidos 200/50 mg: frasco com 10, 30 ou 60 comprimidos.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Ekson 250 mg contém:

levodopa................................................................200 mg

cloridrato de benserazida.......................................57 mg (equivalente a 50 mg de benserazida)

Excipientes: manitol, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, crospovidona, povidona, dióxido

de silício, docusato de sódio, estearato de magnésio e óxido de ferro vermelho.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Ekson é uma associação das substâncias levodopa e cloridrato de benserazida, indicado para o tratamento de pacientes

com doença de Parkinson.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A levodopa é o tratamento estabelecido para todos os estágios da doença de Parkinson, promovendo melhora

significativa dos sintomas motores e da qualidade de vida dos pacientes.

Este medicamento é uma associação de duas substâncias (levodopa e benserazida), na proporção de 4:1, uma relação

que foi demonstrada ideal em ensaios clínicos e confirmada por experiências subsequentes.

Levodopa + benserazida foi introduzido em 1970 para compensar a depleção da dopamina no estriado como observado

na doença de Parkinson. Um número considerável de estudos clínicos foi conduzido nesses anos para apenas confirmar

e estabelecer a combinação levodopa + cloridrato de benserazida como um tratamento de referência da doença, embora

um número de terapias adjuvantes tenha sido introduzido desde então. Uma revisão recente de Cochrane coletou

resultados de 29 estudos totalizando mais de 5.200 pacientes incluídos nos estudos com levodopa, sendo a maioria deles

se referindo ao levodopa + cloridrato de benserazida.

Nos últimos anos, Katzenschlager et al. conduziram um estudo clínico multicêntrico, comparativo de 3 braços, aberto

pragmático, no grupo de Pesquisa da Doença de Parkinson no Reino Unido. Entre 1985 e 1990, 782 pacientes foram

randomizados para levodopa/inibidor da descarboxilase, levodopa/inibidor da descarboxilase mais selegilina, ou

bromocriptina. O desfecho final foi mortalidade, incapacidade e complicações motoras. A qualidade de vida relacionada

a saúde e função mental foram também avaliadas.

A duração média do acompanhamento na avaliação final foi 14 anos em 166 (21%) dos pacientes sobreviventes que

puderam ser contatados. Após ajustes para as características basais, as pontuações de incapacidade foram melhores no

grupo com levodopa que no grupo da bromocriptina (Webster: 16,6 vs 19,8; p = 0,03; Northwestern University

Disability: 34,3 vs 30,0, p = 0,05). Função física (diferença 20,8; IC 95% 10,0, 31,6; p < 0,001) e pontuação física

resumida (diferença 5,2; IC 95% 0,7, 9,7; p = 0,03) nos 36 itens da pesquisa de qualidade de vida em saúde, avaliada

pelo formulário resumido, foi também superior para levodopa. Diferenças nas taxas de mortalidade, prevalência de

discinesias, flutuações motoras e demência não foram significativamente diferentes entre os grupos.

Os autores concluíram que o tratamento inicial com o agonista dopaminérgico, bromocriptina, não reduz a mortalidade

ou a incapacidade motora e a redução inicial da frequência das complicações motoras não foi sustentada ao longo do

tempo. Eles não encontraram evidências de benefício em longo prazo e de efeitos modificadores da doença clinicamente

relevantes com o tratamento inicial com agonista dopaminérgico e concluíram que a associação de levodopa à

benserazida permanece como o tratamento de primeira escolha para a Doença de Parkinson.

Referências bibliográficas

1. Agid Y. Levodopa:is toxicity a myth? Neurology 1999, 50:858-63.

2. Parkinson Study Group. JAMA 2000; 284:231

3. Gourdreau J., Ahlskog JE. Symptomatic Treatment of Parkinson´s Disease:Levodopa. Pág 713-28. In Parkinson´s Disease. Ebadi

M e Pfeiffer RF eds., CRC Press, Estados Unidos, 2005.

4. Fahn, Oakes, Shoulson et al and The Parkinson Study Group. Levodopa and the progression of Parkinson’s disease. N Engl J Med

2004; 351: 2498-2508.

Ekson_200+50 mg_BU 02_VPS

5. Stowe RL, Ives NJ, Clarke C et al. Dopamine agonist therapy in early Parkinson's disease. Cochrane Database Syst Rev. 2008; (2):

CD006564

6. Katzenschlager R, Head J, Schrag A et al. Fourteen-year final report of the randomized PDRG-UK trial comparing three initial

treatments in PD. Neurology. 2008; 71 (7): 474-80

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A dopamina, que age como neurotransmissor no cérebro, não está presente em quantidades suficientes nos gânglios da

base, em pacientes parkinsonianos. A levodopa ou L-dopa (3,4-diidroxi L-fenilalanina) é um intermediário na

biossíntese da dopamina. A levodopa (precursora da dopamina) é usada como uma pró-droga para aumentar os níveis

de dopamina, visto que ela pode atravessar a barreira hematoencefálica, enquanto que a dopamina não consegue. Uma

vez dentro do Sistema Nervosos Central (SNC), a levodopa é metabolizada em dopamina pela L-aminoácido aromático

descarboxilase.

Após sua administração, a levodopa é rapidamente descarboxilada à dopamina, tanto em tecidos extracerebrais como

cerebrais. Deste modo, a maior parte da levodopa administrada não fica disponível aos gânglios da base e a dopamina

produzida perifericamente frequentemente causa efeitos adversos. É, portanto, particularmente desejável inibir a

descarboxilação extracerebral da levodopa. Isso pode ser obtido com a administração simultânea de levodopa e

benserazida, um inibidor da descarboxilase periférica.

O tempo médio estimado para o início da ação terapêutica de Ekson é de aproximadamente 25 minutos, quando o

medicamento for ingerido em jejum.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

A levodopa é absorvida principalmente na região superior do intestino delgado e a absorção é independente do local.

Concentrações plasmáticas máximas são atingidas aproximadamente uma hora após a ingestão de Ekson.

A concentração plasmática máxima (Cmáx) e a extensão de absorção (área sob a curva) da levodopa aumentam

proporcionalmente com a dose (50 - 200 mg de levodopa).

A ingestão de alimentos reduz a velocidade e a extensão de absorção da levodopa. A concentração plasmática máxima é

30% menor e demora mais para ser atingida, quando os comprimidos de levodopa + cloridrato de benserazida são

administrados após uma refeição padrão. A extensão de absorção de levodopa é reduzida em 15%.

Distribuição

A levodopa atravessa a barreira hematoencefálica por um sistema de transporte saturável. Não se liga às proteínas

plasmáticas e seu volume de distribuição é de 57 litros. A área sob a curva de levodopa no líquor é 12% do plasma.

Ao contrário da levodopa, a benserazida em doses terapêuticas não atravessa a barreira hematoencefálica e concentra-se

principalmente em rins, pulmões, intestino delgado e fígado.

Biotransformação

A levodopa é biotransformada por duas vias metabólicas principais (descarboxilação e O-metilação) e duas vias

acessórias (transaminação e oxidação).A descarboxilase de aminoácidos aromáticos converte a levodopa em dopamina.

Os principais produtos finais desta via são o ácido homovanílico e o ácido dihidroxifenilacético.

A catecol-O-metiltransferase metila a levodopa, transformando-a em 3-O-metildopa. Este principal metabólito

plasmático tem uma meia-vida de eliminação de 15 horas e se acumula em pacientes que recebem doses terapêuticas

dos comprimidos de levodopa + cloridrato de benserazida.

A redução da descarboxilação periférica da levodopa, quando administrada em associação à benserazida, se reflete em

níveis plasmáticos mais elevados de levodopa e 3-O-metildopa e níveis mais baixos de catecolaminas (dopamina e

noradrenalina) e ácidos fenolcarboxílicos (ácido homovanílico, ácido dihidroxifenilacético).

A benserazida é hidroxilada a trihidroxibenzilhidrazina na mucosa intestinal e no fígado. Este metabólito é um potente

inibidor da descarboxilase de aminoácidos aromáticos.

Eliminação

Na presença de levodopa-descarboxilase perifericamente inibida, a meia-vida de eliminação da levodopa é de

aproximadamente 1,5 horas. A meia-vida de eliminação é discretamente mais longa (cerca de 25%) em pacientes idosos

(65 a 78 anos de idade) com doença de Parkinson (vide item “Farmacocinética em populações especiais”).

A depuração plasmática da levodopa é de cerca de 430 mL/min.

A benserazida é quase completamente eliminada por biotransformação. Os metabólitos são principalmente excretados

na urina (64%) e, em menor extensão nas fezes (24%).

Farmacocinética em populações especiais

Dados de farmacocinética em pacientes urêmicos e portadores de insuficiência hepática não estão disponíveis.

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Uso em casos de insuficiência renal

Ekson é extensamente metabolizado e menos que 10% da levodopa é excretado sem alteração pelos rins.

Dados de farmacocinética com levodopa em pacientes com insuficiência renal não estão disponíveis.

A associação de levodopa + cloridrato de benserazida é bem tolerada por pacientes urêmicos em esquema de

hemodiálise.

Uso em casos de insuficiência hepática

A levodopa é metabolizada principalmente pela descarboxilase (aminoácido aromático) que está presente em

abundância no trato intestinal, nos rins, no coração e também no fígado.

Dados da farmacocinética da levodopa em pacientes com insuficiência hepática não estão disponíveis.

Efeito da idade na farmacocinética da levodopa

Em pacientes parkinsonianos idosos (65 - 78 anos de idade) tanto a meia-vida de eliminação da levodopa como a área

sob a curva (ASC) são aproximadamente 25% superiores do que as observadas nos pacientes jovens (34 - 64 anos de

idade).

O efeito da idade, embora estatisticamente significante, é clinicamente desprezível e é de menor relevância para a

programação das doses.

Estudos Pré-Clínicos

Carcinogenicidade

Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos com Ekson.

Mutagenicidade

Não foi observada mutagenicidade da associação de levodopa e cloridrato de benserazida pelo teste de Ames. Não há

dados adicionais disponíveis.

Fertilidade

Não foram realizados estudos do efeito da associação de levodopa e cloridrato de benserazida sobre a fertilidade em

animais.

Teratogenicidade

Nenhum efeito teratogênico foi demonstrado sobre o desenvolvimento do esqueleto em camundongos (400 mg/Kg),

ratos (600 mg/Kg e 250 mg/Kg) e coelhos (120 mg/Kg e 150 mg/Kg).

Na aplicação de doses tóxicas maternas, observou-se o aumento de mortes intrauterinas nos coelhos e a redução do peso

fetal nos ratos.

Outros

Estudos toxicológicos gerais em ratos demonstraram a possibilidade de distúrbios no desenvolvimento do esqueleto.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Ekson não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à levodopa, à benserazida ou a qualquer

outro componente da formulação.

Ekson não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos. Entretanto, inibidores seletivos

da MAO-B, como a selegilina e rasagilina, ou inibidores seletivos da MAO-A, como a moclobemida, não são

contraindicados. A combinação de inibidores da MAO-A e MAO-B é equivalente a IMAOs não-seletivos e, portanto,

não deve ser administrada concomitantemente com Ekson (vide item “Interações medicamentosas”).

Ekson não deve ser administrado a pacientes com doenças não controladas nas glândulas endócrinas, nos rins, no fígado

e no coração, assim como pacientes com glaucoma de ângulo fechado ou com história anterior de doenças psiquiátricas

graves com componente psicótico.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência de método

contraceptivo adequado (vide item “Gravidez e lactação”). Se ocorrer gravidez durante o tratamento com Ekson, o uso

do medicamento deve ser descontinuado, conforme orientação de seu médico.

Mães em tratamento com Ekson não devem amamentar (vide item “Gravidez e lactação”).

Este medicamento é contraindicado para menores de 25 anos de idade (o desenvolvimento ósseo deve estar

completo).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em indivíduos predispostos.

Ekson_200+50 mg_BU 02_VPS

Em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, recomenda-se medir regularmente a pressão intraocular, pois a levodopa

teoricamente pode aumentar a pressão intraocular.

Se o paciente em tratamento com levodopa necessitar de anestesia geral, a administração de Ekson deve ser continuada

até a cirurgia, exceto no caso do halotano (vide item “Interações medicamentosas”).

Ekson não deve ser interrompido abruptamente. A interrupção abrupta pode produzir quadro semelhante à síndrome

neuroléptica maligna, que se caracteriza por hiperpirexia, instabilidade autonômica, rigidez muscular acentuada e

distúrbios psíquicos (como delirium), com possíveis alterações laboratoriais, incluindo aumento de creatinofosfoquinase

(CPK), e pode ser fatal. Caso ocorram tais sinais ou sintomas, o paciente deverá ser mantido em observação médica, se

necessário, hospitalizado, e receber tratamento sintomático rápido e adequado, que pode incluir a reintrodução de

levodopa, após avaliação apropriada.

O uso de levodopa tem sido associado com sonolência e episódios de sono de início repentino, que tem sido raramente

relatados durante as atividades diárias, sem sinais de aviso ou percepção pelo paciente (vide item “Efeitos sobre a

capacidade de dirigir veículos e operar máquinas”).

Testes laboratoriais

Recomenda-se controle hematológico e de função hepática durante o tratamento.

Em pacientes diabéticos, monitorar com regularidade a glicemia e fazer os ajustes necessários na dose de

hipoglicemiantes.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Pacientes tratados com levodopa e que apresentam sonolência e/ou episódios de sono de início repentino devem ser

advertidos para evitar dirigir veículos ou se engajar em atividades onde a desatenção pode colocá-los ou outros em risco

de ferimento grave ou morte (por exemplo, operar máquinas) até que os episódios recorrentes e sonolência sejam

resolvidos. Além disso, uma redução da dosagem ou término da terapia deve ser considerada.

Medicamentos dopaminérgicos

Vício em jogos de azar, libido aumentada e hipersexualidade têm sido relatados em pacientes com doença de Parkinson

tratados com agonistas da dopamina. Não há relação causal estabelecida entre Ekson, o qual não é um agonista da

dopamina, e estes eventos. Entretanto, recomenda-se precaução, pois Ekson é um medicamento dopaminérgico.

Potencial para dependência da droga ou abuso

Um pequeno subgrupo de pacientes com doença de Parkinson sofre de distúrbio cognitivo e comportamental que pode

ser diretamente atribuído ao aumento da ingestão da medicação sem prescrição médica e ao aumento das doses

requeridas para tratar os seus distúrbios motores.

Gravidez e lactação

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência de método

contraceptivo adequado (vide item “Contraindicações”).

Como a passagem de benserazida para o leite materno é desconhecida, mães em tratamento com Ekson não devem

amamentar, pois a ocorrência de malformações do sistema esquelético da criança, não pode ser excluída.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes com insuficiência renal e hepática

Vide item “Características Farmacológicas”.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações farmacocinéticas

A associação do anticolinérgico triexifenidil com comprimidos de Ekson reduz a taxa, mas não a extensão de absorção

de levodopa.

Sulfato ferroso reduz a concentração plasmática máxima e a área sob a curva de levodopa em 30 a 50%. As alterações

farmacocinéticas observadas durante a coadministração de sulfato ferroso parecem ser clinicamente significantes em

alguns, mas não em todos os pacientes.

A metoclopramida aumenta a taxa de absorção de levodopa.

A domperidona pode aumentar a biodisponibilidade da levodopa através da estimulação do esvaziamento gástrico.

Interações farmacodinâmicas

Neurolépticos, opioides e medicamentos anti-hipertensivos contendo reserpina inibem a ação de Ekson.

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Ekson não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos. Se Ekson for administrado a

pacientes em uso de IMAOs não-seletivos irreversíveis, deve-se aguardar um intervalo mínimo de 2 semanas entre a

interrupção do IMAO e o início do tratamento com levodopa. Caso contrário, podem ocorrer efeitos adversos como

crise hipertensiva (vide item “Contraindicações”). IMAOs-B seletivos, como a selegilina e rasagilina, e IMAOs-A

seletivos, como a moclobemida, podem ser prescritos a pacientes em tratamento com Ekson; recomenda-se reajustar as

doses de levodopa, conforme as necessidades individuais dos pacientes, em termos de tolerabilidade e eficácia. A

combinação de inibidores seletivos de MAO-A e MAO-B é equivalente ao uso de IMAOs não-seletivos, e não deverá

ser administrada juntamente ao Ekson.

Ekson não deve ser administrado concomitantemente com simpatomiméticos (como epinefrina, norepinefrina,

isoproterenol ou anfetamina os quais estimulam o sistema nervoso simpático), pois a levodopa pode potencializar seus

efeitos. Se houver necessidade de administração concomitante, é essencial monitoração rigorosa do sistema

cardiovascular e pode ser necessária redução da dose do simpatomimético.

A associação com outros produtos como anticolinérgicos, amantadina, selegilina, bromocriptina e agonistas

dopaminérgicos é permitida; entretanto, tanto os efeitos desejados como os efeitos adversos podem ser intensificados.

Pode ser necessária redução da dose de levodopa ou do outro antiparkinsoniano. Quando iniciado o tratamento

adjuvante com inibidor da COMT, pode ser necessária redução da dose de Ekson. Anticolinérgicos não devem ser

retirados abruptamente quando se iniciar tratamento com Ekson, pois o efeito da levodopa não é imediato.

A levodopa pode alterar os resultados de testes laboratoriais para catecolaminas, creatinina, ácido úrico e glicose.

O resultado para o teste de Coombs pode dar falso-positivo nos pacientes em tratamento com Ekson. Em anestesia geral

com halotano, deve-se descontinuar o uso de Ekson 12 a 48 horas antes da intervenção cirúrgica, pois variações da

pressão arterial e/ou arritmias podem ocorrer. O tratamento com Ekson pode ser retomado após a cirurgia, com

reintrodução gradual e elevação da dose até o nível posológico anterior.

Observa-se redução do efeito, quando Ekson é ingerido com uma refeição rica em proteínas.

A administração concomitante de antipsicóticos com propriedades bloqueadoras dos receptores dopaminérgicos,

principalmente antagonistas dos receptores D2, pode antagonizar os efeitos antiparkinsonianos da levodopa +

benserazida. A levodopa pode reduzir os efeitos antipsicóticos dessas drogas, portanto, estas devem ser coadministradas

com precaução.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). Proteger da luz e umidade.

Prazo de validade

Ekson possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Ekson é um comprimido rosa, circular, monossectado em cruz.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Ekson deve ser administrado por via oral. Sempre que possível, Ekson deve ser tomado no mínimo 30 minutos antes ou

1 hora após as refeições. Efeitos adversos gastrintestinais, que podem ocorrer principalmente nos estágios iniciais do

tratamento, podem ser controlados, em grande parte, com a ingestão de Ekson com um pequeno lanche (por exemplo,

biscoitos) ou líquido, ou com o aumento gradativo da dose.

Modo de administração

Os comprimidos de Ekson devem ser engolidos sem mastigar. Eles podem ser partidos (são birranhurados) para facilitar

a deglutição e o ajuste posológico.

Posologia

Dose usual

O tratamento com Ekson deve ser iniciado gradualmente; a dose deve ser estabelecida individualmente e aumentada

gradativamente até otimização do efeito. Portanto, as recomendações posológicas a seguir devem ser consideradas

como sugestões.

Tratamento inicial

Ekson_200+50 mg_BU 02_VPS

Nos estágios iniciais da doença de Parkinson, é recomendável iniciar o tratamento com ¼ de comprimido de Ekson, três

a quatro vezes ao dia. Assim que se confirmar a tolerabilidade ao esquema inicial, a dose pode ser aumentada

lentamente, de acordo com a resposta do paciente.

A otimização do efeito em geral é obtida com uma dose diária de Ekson correspondente a faixa de 300 - 800 mg de

levodopa + 75 - 200 mg de benserazida, dividida em três ou mais administrações. Podem ser necessárias quatro a seis

semanas para se atingir o efeito ideal. Se forem necessários incrementos adicionais, estes devem ser realizados em

intervalos mensais.

Tratamento de manutenção

A dose média de manutenção é de ½ comprimido de Ekson (125 mg), três a seis vezes ao dia, ou seja, de 300 mg a 600

mg de levodopa ao dia. O número ideal de administrações (não inferior a três) e sua distribuição ao longo do dia devem

ser titulados para um efeito ideal.

Instruções posológicas especiais

As doses devem ser aumentadas com cuidado em todos os pacientes. Pacientes em uso de outros agentes

antiparkinsonianos podem receber Ekson. Entretanto, com a evolução do tratamento com Ekson e os efeitos

terapêuticos tornando-se aparentes, pode ser necessário reduzir ou retirar gradualmente os outros medicamentos.

Pacientes com grandes flutuações (variações) no efeito do medicamento ao longo do dia (fenômeno on-off) devem

receber doses individuais menores e mais frequentes.

Os pacientes devem ser cuidadosamente observados quanto a possíveis sintomas psiquiátricos indesejáveis.

Uso em pacientes com insuficiência renal

No caso de insuficiência renal leve ou moderada não é necessária a redução de dose.

9. REAÇÕES ADVERSAS

VP/VPS - 200 MG + 50 MG COM CT

FR VD AMB X 10

- 200 MG + 50 MG COM CT

FR VD AMB X 30

10. SUPERDOSE

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas de superdose são qualitativamente similares aos efeitos adversos de Ekson em doses terapêuticas,

mas é provável que sejam mais graves. Superdose pode levar a: efeitos adversos cardiovasculares (por exemplo,

arritmia cardíaca), distúrbios psiquiátricos (por exemplo, confusão e insônia), efeitos gastrintestinais (por exemplo,

náusea e vômitos) e movimentos involuntários anormais.

Tratamento

Monitorar os sinais vitais do paciente e instituir medidas de suporte de acordo com o estado clínico do paciente.

Determinados pacientes podem necessitar de tratamento sintomático para efeitos cardiovasculares (por exemplo,

antiarrítmicos) ou efeitos no sistema nervoso central (por exemplo, estimulantes respiratórios e neurolépticos).

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.