Bula do Elô produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
ELÔ
drospirenona + etinilestradiol
EMS S/A
3,00 + 0,03 mg
Comprimido revestido
Forma Farmacêutica e Apresentação
ELÔ é apresentado na forma de comprimidos revestido.
Embalagem contendo 21 comprimidos revestidos.
Embalagem contendo 3 cartelas com 21 comprimidos revestidos.
USO ADULTO
USO ORAL
Composição
Cada comprimido revestido contém:
drospirenona……………………..….......................................................................3,000 mg
etinilestradiol……………………..…......................................................................0,030 mg
excipiente* qsp.........................................................................................................1 com rev
* celulose microcristalina, crospovidona, lactose monoidratada, povidona, estearato de magnésio,
hipromelose, macrogol, óxido de ferro amarelo, talco, dióxido de titânio e água purificada.
INFORMAÇÕES À PACIENTE:
Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante que você leia as informações contidas na bula,
verifique o prazo de validade, o conteúdo e a integridade da embalagem. Mantenha a bula do produto
sempre em mãos para qualquer consulta necessária.
Leia com atenção as informações presentes na bula antes de usar o produto, pois a bula contém
informações sobre os benefícios e os riscos associados ao uso de contraceptivos orais (pílulas que
previnem a gravidez). Você também encontrará informações sobre o uso adequado do contraceptivo e
sobre a necessidade de consultar seu médico regularmente. Converse com seu médico para obter
maiores esclarecimentos sobre a ação e a utilização deste produto.
ELÔ é utilizado para prevenir a gravidez. Este medicamento proporciona também benefícios adicionais:
melhora dos sintomas associados à retenção de líquido, como distensão abdominal (aumento do volume do
abdome), inchaço ou ganho de peso; melhora da acne e redução do excesso de oleosidade da pele e dos
cabelos.
ELÔ é um contraceptivo oral combinado. Cada comprimido revestido contém uma combinação de dois
hormônios femininos: a drospirenona (progestógeno) e o etinilestradiol (estrogênio). Devido às pequenas
concentrações destes hormônios, considera-se ELÔ um contraceptivo combinado de baixa dose.
Os hormônios contidos em ELÔ previnem a gravidez por meio de diversos mecanismos, sendo que os mais
importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção cervical (no colo uterino).
Outras características não-relacionadas com a prevenção da gravidez
Os contraceptivos combinados reduzem a duração e a intensidade do sangramento menstrual, diminuindo o
risco de anemia por deficiência de ferro. A cólica menstrual também pode se tornar menos intensa ou
desaparecer completamente.
Além disso, há evidências de que alguns distúrbios ocorrem com menos frequência em usuárias de
contraceptivos contendo 0,05 mg de etinilestradiol (“pílula de alta dose”), tais como: doença benigna da
mama, cistos ovarianos, infecções pélvicas (doença inflamatória pélvica ou DIP), gravidez ectópica (quando o
feto se fixa fora do útero) e câncer do endométrio (tecido de revestimento interno do útero) e dos ovários.
Para os contraceptivos de baixa dose confirmou-se até o momento que há uma redução da ocorrência de casos
de câncer ovariano e de endométrio.
Um dos hormônios de ELÔ, a drospirenona, possui propriedades especiais que produzem efeitos benéficos,
além da contracepção: prevenção do ganho de peso e de outros sintomas, como distensão abdominal e
inchaço, relacionados à retenção de líquido causada por hormônios presentes tanto em contraceptivos orais
quanto em certos momentos do ciclo menstrual normal. A drospirenona também possui atividade
antiandrogênica, que auxilia na redução da acne (espinhas) e do excesso de oleosidade da pele e dos cabelos.
Estas propriedades especiais fazem da drospirenona um hormônio similar a progesterona (hormônio feminino
que o corpo produz).
Não use contraceptivo oral combinado se você tem qualquer uma das condições descritas a seguir.
Caso apresente qualquer uma destas condições, informe seu médico antes de iniciar o uso de ELÔ.
Ele pode lhe recomendar o uso de outro contraceptivo oral ou de outro método contraceptivo (não hormonal).
- história atual ou anterior de coágulo em uma veia da perna (trombose), do pulmão (embolia pulmonar) ou
outras partes do corpo;
- história atual ou anterior de ataque cardíaco ou derrame cerebral, que é causado por um coágulo (de sangue)
ou por um rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro;
- história atual ou anterior de doenças que podem indicar ataque cardíaco (como angina pectoris que causa
uma intensa dor no peito, podendo se irradiar para o braço esquerdo) ou de um derrame (como um episódio
isquêmico transitório ou um pequeno derrame sem efeitos residuais);
- presença de um alto risco para a formação de coágulos arteriais ou venosos (veja item “Contraceptivos e a
trombose” e consulte seu médico que irá decidir se você poderá utilizar ELÔ)
- história atual ou anterior de um certo tipo de enxaqueca acompanhada por sintomas neurológicos focais tais
como sintomas visuais, dificuldade para falar, fraqueza ou adormecimento em qualquer parte do corpo;
- diabetes melitus com comprometimento de vasos sanguíneos;
- história atual ou anterior de doença do fígado (cujos sintomas podem ser amarelamento da pele ou coceira
do corpo todo) e enquanto seu fígado ainda não voltou a funcionar normalmente;
- história atual ou anterior de câncer que pode se desenvolver sob a influência de hormônios sexuais (p.ex.,
câncer de mama ou dos órgãos genitais);
- mau funcionamento dos rins (insuficiência renal grave ou insuficiência renal aguda);
- presença ou antecedente de tumor no fígado (benigno ou maligno);
- presença de sangramento vaginal sem explicação;
- ocorrência ou suspeita de gravidez;
- hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes de ELÔ. O que pode causar, por exemplo,
coceira, erupção cutânea ou inchaço.
Se qualquer um destes casos ocorrer pela primeira vez enquanto estiver tomando contraceptivo oral,
descontinue o uso imediatamente e consulte seu médico. Neste período, outras medidas contraceptivas não-
hormonais devem ser empregadas (veja também o item: “O que devo saber antes de usar este
medicamento?”).
Advertências e Precauções:
Nesta bula estão descritas várias situações em que o uso do contraceptivo oral deve ser descontinuado ou em
que pode haver diminuição da sua eficácia. Nestas situações, deve-se evitar relação sexual ou, então, utilizar
adicionalmente métodos contraceptivos não-hormonais como, por exemplo, preservativo ou outro método de
barreira. Não use os métodos da tabelinha (do ritmo ou Ogino-Knaus) ou da temperatura. Esses métodos
podem falhar, pois os contraceptivos hormonais modificam as variações de temperatura e do muco cervical
que ocorrem durante o ciclo menstrual normal.
ELÔ, como todos os demais contraceptivos orais, não protege contra as infecções causadas pelo HIV (AIDS),
nem contra qualquer outra doença sexualmente transmissível.
É recomendável consultar o médico regularmente para que ele possa realizar os exames clínico geral e
ginecológico de rotina e confirmar se o uso de ELÔ pode ser continuado.
Antes de iniciar o tratamento, converse com o seu médico sobre os riscos e os benefícios de ELÔ.
O uso de contraceptivo combinado requer cuidadosa supervisão médica nas condições descritas abaixo. Essas
condições devem ser comunicadas ao médico antes do início do uso de ELÔ: fumo; diabetes; excesso de peso;
pressão alta; alteração na válvula cardíaca ou alteração do batimento cardíaco; inflamação das veias (flebite
superficial); veias varicosas; qualquer familiar direto que já teve um coágulo (trombose nas pernas, pulmões
(embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do corpo), ataque cardíaco ou derrame em familiar jovem;
enxaqueca; epilepsia (veja o item “ELÔ e outros medicamentos”); aumento do nível sanguíneo de potássio
(por exemplo, devido a problemas no rim) e adicionalmente, utilização de medicamentos diuréticos que
podem aumentar o nível sanguíneo de potássio (pergunte ao seu médico); você ou algum familiar direto tem
ou já apresentou níveis altos de colesterol ou triglicérides (um tipo de gordura) no sangue; algum familiar
direto que tem ou já teve câncer de mama; doença do fígado ou da vesícula biliar; doença de Crohn ou colite
ulcerativa (doença inflamatória crônica do intestino); lupus eritematoso sistêmico (doença do sistema
imunológico); síndrome hemolítico-urêmica (alteração da coagulação sanguínea que causa insuficiência
renal); anemia falciforme; condição que tenha ocorrido pela primeira vez, ou piorado, durante a gravidez ou
uso prévio de hormônios sexuais como, por exemplo, perda de audição, porfiria (doença metabólica), herpes
gestacional (doença de pele) e coreia de Sydenham (doença neurológica); tem ou já apresentou cloasma
(pigmentação marrom-amarelada da pele, especialmente a do rosto). Nesse caso, evite a exposição excessiva
ao sol ou à radiação ultravioleta; angioedema hereditário (estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar
os seus sintomas). Consulte seu médico imediatamente se você apresentar sintomas de angioedema, tais
como: inchaço do rosto, língua e/ou garganta, dificuldade para engolir ou urticária junto com dificuldade para
respirar.
Se algum destes casos ocorrer pela primeira vez, reaparecer ou agravar-se enquanto você estiver tomando
contraceptivo, fale com seu médico.
Contraceptivos e a trombose
A trombose é a formação de um coágulo sanguíneo que pode interromper a passagem do sangue nos vasos.
Algumas vezes, a trombose ocorre nas veias profundas das pernas (trombose venosa profunda). O
tromboembolismo venoso (TEV) pode se desenvolver se você estiver tomando ou não uma pílula. Ele
também pode ocorrer se você estiver grávida. O coágulo pode se soltar das veias onde foi formado e deslocar-
se para as artérias pulmonares, causando a embolia pulmonar. Os coágulos sanguíneos também podem ocorrer
muito raramente nos vasos sanguíneos do coração (causando o ataque cardíaco). Os coágulos ou a ruptura de
um vaso no cérebro podem causar o derrame.
Estudos de longa duração sugerem que pode existir uma ligação entre o uso de pílula (também chamada de
contraceptivo oral combinado ou pílula combinada, pois contém dois diferentes tipos de hormônios femininos
chamados estrogênios e progestógenos) e um risco aumentado de coágulos arteriais e venosos, embolia,
ataque cardíaco ou derrame. A ocorrência destes eventos é rara.
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso é mais elevado durante o primeiro ano de uso. Este
aumento no risco está presente em usuárias de primeira vez de contraceptivo combinado e em usuárias que
estão voltando a utilizar o mesmo contraceptivo combinado utilizado anteriormente ou outro contraceptivo
combinado (após 4 semanas ou mais sem utilizar pílula). Dados de um grande estudo sugerem que o risco
aumentado está principalmente presente nos 3 primeiros meses.
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso em usuárias de pílulas contendo baixa dose de estrogênio
(<0,05 mg de etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs, que não estejam
grávidas e permanece menor do que o risco associado à gravidez e ao parto.
Muito ocasionalmente, os eventos tromboembólicos arteriais ou venosos podem causar incapacidade grave
permanente, podendo provocar risco para a vida da usuária ou podem inclusive ser fatais.
O tromboembolismo venoso se manifesta como trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar e pode
ocorrer durante o uso de qualquer contraceptivo hormonal combinado.
Em casos extremamente raros, os coágulos sanguíneos também podem ocorrer em outras partes do corpo
incluindo fígado, intestino, rins, cérebro ou olhos.
Se ocorrer qualquer um dos eventos mencionados a seguir, interrompa o uso da pílula e contate seu médico
imediatamente se notar sintomas de:
- trombose venosa profunda, tais como: inchaço de uma perna ou ao longo de uma veia da perna, dor ou
sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando você estiver em pé ou andando, sensação
aumentada de calor na perna afetada, vermelhidão ou descoloramento da pele da perna;
- embolia pulmonar, tais como: início súbito de falta inexplicável de ar ou respiração rápida, tosse de início
abrupto que pode levar a tosse com sangue, dor aguda no peito que pode aumentar com a respiração profunda,
ansiedade, tontura grave ou vertigem, batimento cardíaco rápido ou irregular. Alguns destes sintomas (por
exemplo, falta de ar, tosse) não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como eventos mais
comuns ou menos graves (por exemplo, infecções do trato respiratório);
- tromboembolismo arterial (vaso sanguíneo arterial bloqueado por um coágulo que se deslocou)
- derrame, tais como: diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, de forma súbita a face, braço
ou perna, especialmente em um lado do corpo, confusão súbita, dificuldade para falar ou compreender;
dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura,
perda de equilíbrio ou de coordenação, dor de cabeça repentina, intensa ou prolongada, sem causa conhecida,
perda de consciência ou desmaio, com ou sem convulsão;
- coágulos bloqueando outros vasos arteriais, tais como: dor súbita, inchaço e ligeira coloração azulada
(cianose) de uma extremidade, abdome agudo;
- ataque cardíaco, tais como: dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou estufamento no peito,
braço ou abaixo do esterno; desconforto que se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braços, estômago;
saciedade, indigestão ou sensação de asfixia, sudorese, náuseas, vômitos ou tontura, fraqueza extrema,
ansiedade ou falta de ar, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares.
Seu médico irá verificar se, por exemplo, você possui um risco maior de desenvolver trombose devido a
combinação de fatores de risco ou talvez um único fator de risco muito alto. No caso de uma combinação de
fatores de risco, o risco pode ser mais alto que uma simples adição de dois fatores individuais. Se o risco for
muito alto, seu médico não irá prescrever o uso da pílula (veja item “Quando não devo usar este
medicamento?”).
O risco de coágulo arterial ou venoso (por exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, ataque
cardíaco) ou derrame aumenta:
- com a idade;
- se você estiver acima do peso;
- se qualquer familiar direto seu teve um coágulo (trombose nas pernas, pulmão (embolia pulmonar) ou
qualquer outra parte do corpo), ataque cardíaco ou derrame em idade jovem, ou se você ou qualquer familiar
tiver ou suspeitar de predisposição hereditária. Neste caso você deve ser encaminhada a um especialista antes
de decidir pelo uso de qualquer contraceptivo hormonal combinado. Certos fatores sanguíneos que podem
sugerir tendência para trombose venosa ou arterial incluem resistência a proteína C ativada, hiper-
homocisteinemia, deficiência de antitrombina III, proteína C e proteína S, anticorpos antifosfolipídios
(anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico);
- com imobilização prolongada (por exemplo, durante o uso de gesso ou tala em sua (s) perna (s)), cirurgia de
grande porte, qualquer intervenção cirúrgica em membros inferiores ou trauma extenso. Informe seu médico.
Nestas situações, é aconselhável descontinuar o uso da pílula (em casos de cirurgia programada você deve
descontinuar o uso pelo menos 4 semanas antes) e não reiniciá-lo até, pelo menos, duas semanas após o total
restabelecimento;
- tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade, o risco torna-se ainda maior,
especialmente em mulheres com idade superior a 35 anos). Descontinue o consumo de cigarros durante o uso
de pílula, especialmente se tem mais de 35 anos de idade;
- se você ou alguém de sua família tem ou teve altos níveis de colesterol ou triglicérides;
- se você tem pressão alta. Se você desenvolver pressão alta durante o uso de pílula, seu médico poderá pedir
que você descontinue o uso;
- se você tem enxaqueca;
- se você tem distúrbio da válvula do coração ou certo tipo de distúrbio do ritmo cardíaco.
Imediatamente após o parto, as mulheres têm risco aumentado de formação de coágulos, portanto pergunte ao
seu médico quando você poderá iniciar o uso de pílula combinada após o parto.
Contraceptivos e o câncer
O câncer de mama é diagnosticado com uma frequência um pouco maior entre as usuárias dos contraceptivos
orais, mas não se sabe se esse aumento é devido ao uso do contraceptivo. Pode ser que esta diferença esteja
associada à maior frequência com que as usuárias de contraceptivos orais consultam seus médicos. O risco de
câncer de mama desaparece gradualmente após a descontinuação do uso do contraceptivo hormonal
combinado. É importante examinar as mamas regularmente e contatar o médico se você sentir qualquer
caroço nas mamas.
Em casos raros, foram observados tumores benignos de fígado e, mais raramente, tumores malignos de fígado
nas usuárias de contraceptivos orais. Em casos isolados esses tumores podem causar hemorragias internas
com risco para a vida da paciente.
Consulte imediatamente o seu médico, caso você sinta dor abdominal intensa.
O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV (papilomavírus
humano). Alguns estudos indicaram que o uso prolongado de contraceptivos orais pode contribuir para este
risco aumentado, mas continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser
atribuída aos efeitos concorrentes, por exemplo, da realização de exame cervical e do comportamento sexual,
incluindo a utilização de contraceptivos de barreira.
Os tumores mencionados acima podem provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais.
ELÔ, a gravidez e a amamentação
Você não deve usar ELÔ quando há suspeita de gravidez ou durante a gestação.
Se você suspeitar da possibilidade de estar grávida durante o uso de ELÔ, consulte seu médico o mais rápido
possível. Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes não revelaram risco aumentado de malformações
congênitas em crianças nascidas de mulheres que tenham utilizado COC antes da gestação. Também não
foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão acidental de COCs no início da gestação.
“Categoria X (Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo
clara evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente) – Este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.”
De modo geral, o uso de ELÔ durante a amamentação não é recomendado. Se desejar tomar contraceptivo
oral durante a amamentação, converse primeiramente com seu médico.
ELÔ e outros medicamentos
O uso de alguns medicamentos pode exercer uma influência nos níveis sanguíneos de ELÔ, podendo reduzir
a eficácia deste produto ou causar sangramentos inesperados. Estes incluem:
- medicamentos usados para o tratamento de:
- epilepsia (p.ex., primidona, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato, felbamato);
- tuberculose (p.ex., rifampicina);
- AIDS e Hepatite C (também chamados de inibidores das proteases e inibidores não nucleosídios da
transcriptase reversa); - infecções fúngicas (griseofulvina, antifúngicos azólicos, por exemplo, itraconazol,
voriconazol, fluconazol, cetoconazol);
- infecções bacterianas (antibióticos macrolídios, por exemplo, claritromicina, erotromicina);
- determinadas doenças cardíacas, pressão sanguínea alta (bloqueadores dos canais de cálcio, por exemplo,
verapamil, diltiazem);
- artrites, artroses (etoricoxibe);
- medicamentos que contenham Erva de São João (usada principalmente para o tratamento de estados
depressivos).
- suco de toranja (grapefruit)
ELÔ, pode interferir na eficácia de outros medicamentos como, por exemplo:
- ciclosporina
- antiepilético lamotrigina
- melatonina
- midazolam
- teofilina
- tizanidina
Existe a possibilidade teórica de ocorrer um aumento de potássio no sangue em usuárias de ELÔ que tomem,
ao mesmo tempo, outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio no sangue. Tais
medicamentos incluem antagonistas dos receptores de angiotensina II, diuréticos (medicamentos que
estimulam a eliminação de urina) que podem aumentar o nível de potássio no sangue e antagonistas da
aldosterona. Entretanto, em estudos realizados com mulheres que tomam drospirenona (combinada com
estradiol) junto com um inibidor da enzima conversora de angiotensina (um medicamento para pressão) ou
indometacina (um anti-inflamatório), observou-se que não houve diferença significativa nos níveis sanguíneos
de potássio.
Alterações em exames laboratoriais
Se você precisar fazer algum exame de sangue ou outro teste laboratorial, informe ao seu médico ou ao
laboratório que você está tomando ELÔ, pois os contraceptivos orais podem afetar os resultados de alguns
exames.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram conduzidos estudos e não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar
máquinas em usuárias de COCs.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Também informe a qualquer outro médico ou dentista, que venha a lhe prescrever outro medicamento, que
você está tomando ELÔ. Pode ser necessário o uso adicional de um método contraceptivo e, neste caso, seu
médico lhe dirá por quanto tempo deverá usá-lo.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Manter à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características Organolépticas
Comprimido revestido na cor amarelo, circular e biconvexo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Quando usados corretamente, o índice de falha dos contraceptivos orais combinados é de aproximadamente
1% ao ano (uma gestação a cada 100 mulheres por ano de uso). O índice de falha pode aumentar quando há
esquecimento de tomada dos comprimidos ou quando estes são tomados incorretamente, ou ainda em casos de
vômitos dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido ou diarreia intensa, bem como interações
medicamentosas.
A cartela de ELÔ contém 21 comprimidos revestidos. No verso da cartela encontra-se indicado o dia da
semana em que você deve tomar cada comprimido. Tome um comprimido por dia, aproximadamente à
mesma hora, com auxílio de um pouco de líquido, se necessário.
Siga a direção das flechas, acompanhando a ordem dos dias da semana, até que você tenha tomado todos os
21 comprimidos. Quando você terminar os comprimidos da cartela, faça uma pausa de 7 dias. Nesse período,
cerca de 2 a 3 dias após a ingestão do último comprimido de ELÔ, deve ocorrer sangramento semelhante ao
menstrual (sangramento por privação hormonal).
Inicie nova cartela no oitavo dia, independentemente de ter parado ou não o sangramento.
Isto significa que, em cada mês, você estará sempre iniciando uma nova cartela no mesmo dia da semana e
que ocorrerá o sangramento por privação mais ou menos nos mesmos dias da semana.
Início do uso de ELÔ
- Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior Inicie o uso de ELÔ no
primeiro dia de menstruação, ou seja, tome o comprimido indicado com o dia da semana que corresponde ao
primeiro dia de sangramento. Por exemplo, se a sua menstruação começar na sexta-feira, tome o comprimido
indicado para “sexta-feira” no verso da cartela, seguindo a ordem dos dias. A ação contraceptiva de ELÔ
inicia-se imediatamente. Não é necessário utilizar adicionalmente outro método contraceptivo.
- Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel vaginal ou adesivo transdérmico
(contraceptivo) para ELÔ
Comece a tomar ELÔ após o término da cartela do outro contraceptivo que você estava usando. Isso significa
que não haverá pausa entre as cartelas. Se o contraceptivo que estava tomando apresenta comprimidos
inativos, ou seja, sem princípio ativo, inicie a tomada de ELÔ após a ingestão do último comprimido ativo do
contraceptivo. Caso não saiba diferenciar os comprimidos ativos dos inativos, pergunte ao seu médico.
Você pode iniciar também o uso de ELÔ mais tarde, no máximo no dia seguinte ao último dia de pausa do
comprimido anterior, ou no dia seguinte após ter tomado o último comprimido inativo do contraceptivo
anterior. Se a paciente estiver mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve começar
preferencialmente no dia da retirada do último anel ou adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia previsto para a
próxima aplicação.
Se você seguir essas instruções, não será necessário utilizar adicionalmente um outro método contraceptivo.
- Mudando da minipílula para ELÔ
Nesse caso, você deve parar de usar a minipílula e começar a tomar ELÔ no dia seguinte, no mesmo horário.
Junto com ELÔ, utilize um método contraceptivo de barreira (por exemplo, preservativo) caso você tenha
relação sexual nos 7 primeiros dias de uso de ELÔ.
- Mudando de contraceptivo injetável, do implante ou do Sistema Intrauterino (SIU) com liberação de
progestógeno para ELÔ
Inicie o uso de ELÔ na data prevista para a próxima injeção ou no dia de extração (retirada) do implante ou
do SIU. Adicionalmente, utilize um método contraceptivo de barreira (por exemplo, preservativo) caso tenha
- ELÔ e o pós-parto
No pós-parto, seu médico poderá aconselhá-la a esperar por um ciclo menstrual normal antes de iniciar o uso
de ELÔ. Às vezes, você pode antecipar o uso de ELÔ com o consentimento do médico. Se você estiver
amamentando, fale primeiramente com seu médico.
- ELÔ e o pós-aborto
Consulte seu médico.
Informações adicionais para populações especiais
- Crianças
ELÔ é indicado apenas para uso após a menarca (primeira menstruação).
- Pacientes idosas
ELÔ não é indicado para uso após a menopausa.
- Pacientes com insuficiência hepática
ELÔ é contraindicado em mulheres com doença hepática grave. Veja itens “Quando não devo usar este
medicamento?” e “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
- Pacientes com insuficiência renal
ELÔ é contraindicado em mulheres com insuficiência renal grave ou insuficiência renal aguda. Veja itens
“Quando não devo usar este medicamento?” e “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
O que devo fazer em caso de distúrbios gastrintestinais (no estômago e nos intestinos), como vômitos ou
diarreia intensa?
Se ocorrerem vômitos ou diarreia intensa, as substâncias ativas do comprimido podem não ter sido absorvidas
completamente. Se ocorrerem vômitos no período de 3 a 4 horas após a ingestão do comprimido, é como se
tivesse esquecido de tomá-lo. Portanto, siga o mesmo procedimento indicado no item “O que devo fazer
quando eu me esquecer de usar este medicamento?”. Consulte seu médico em quadros de diarreia intensa.
O que devo fazer em caso de sangramento inesperado?
Como ocorre com todos contraceptivos orais, pode surgir, durante os primeiros meses de uso, sangramento
intermenstrual (gotejamento ou sangramento de escape), isto é, sangramento fora da época esperada. Neste
caso, você pode usar absorventes higiênicos.
Continue a tomar os comprimidos, pois, em geral, o sangramento intermenstrual cessa espontaneamente, uma
vez que seu organismo tenha se adaptado ao contraceptivo oral (geralmente, após 3 meses de tomada dos
comprimidos). Caso o sangramento não cesse continue mais intenso ou reinicie, consulte o seu médico.
O que devo fazer se não ocorrer o sangramento?
Se você tomar todos os comprimidos sempre no mesmo horário e não houve vômito, diarreia intensa ou uso
concomitante de outros medicamentos é pouco provável que esteja grávida. Continue tomando ELÔ
normalmente.
Caso não ocorra sangramento por dois meses seguidos, você pode estar grávida. Consulte imediatamente seu
médico. Não inicie nova cartela de ELÔ até que a suspeita de gravidez seja afastada pelo seu médico.
Quando posso interromper o uso de ELÔ?
Você pode parar o uso de ELÔ a qualquer momento. Porém, não pare de tomá-lo sem o conhecimento do seu
médico.
Se você não quer engravidar após parar de usar ELÔ, consulte o seu médico para que ele possa indicar outro
método contraceptivo.
Se desejar engravidar, recomenda-se que você espere por um ciclo menstrual natural (sem o uso de
contraceptivo). Converse com o seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se houver um atraso de menos de 12 horas do horário habitual, a proteção contraceptiva de ELÔ é mantida.
Tome o comprimido que você esqueceu assim que lembrar e tome o próximo comprimido no horário habitual.
Se houver um atraso de mais de 12 horas do horário habitual, a proteção contraceptiva de ELÔ pode ficar
reduzida, especialmente se o esquecimento da tomada ocorrer no começo ou no final da cartela. Veja abaixo
como proceder em cada caso específico.
- Se você esquecer de tomar 1 comprimido na primeira semana de uso
Tome o comprimido que você esqueceu, assim que lembrar (inclui-se a possibilidade de tomar dois
comprimidos de uma só vez) e continue a tomar os próximos comprimidos no horário habitual. Utilize
método contraceptivo adicional (método de barreira – por exemplo, preservativo) durante os próximos 7 dias.
Se você teve relação sexual na semana anterior ao esquecimento da tomada do comprimido, há possibilidade
de engravidar. Comunique o fato imediatamente ao seu médico.
- Se você esquecer de tomar 1 comprimido na segunda semana de uso
Tome o comprimido que você esqueceu assim que lembrar (inclui-se a possibilidade de tomar dois
comprimidos de uma só vez) e continue a tomar os próximos comprimidos no horário habitual. A proteção
contraceptiva de ELÔ está mantida. Não é necessário utilizar método contraceptivo adicional.
- Se você esquecer de tomar 1 comprimido na terceira semana de uso
Escolha uma das duas opções abaixo, sem a necessidade de utilizar método contraceptivo adicional:
1) Tome o comprimido que você esqueceu assim que lembrar (inclui-se a possibilidade de tomar dois
comprimidos de uma só vez) e continue a tomar os próximos comprimidos no horário habitual. Inicie a nova
cartela assim que terminar a atual, sem que haja pausa entre uma cartela e outra. É possível que o
sangramento ocorra somente após o término da segunda cartela. No entanto, pode ocorrer sangramento do
tipo gotejamento ou de escape enquanto estiver tomando os comprimidos.
2) Deixe de tomar os comprimidos da cartela atual, faça uma pausa de até 7 dias, contando inclusive o dia no
qual esqueceu de tomar o comprimido e inicie uma nova cartela. Caso deseje manter o mesmo dia da
semana para início de tomada, a pausa pode ser menor do que 7 dias. Por exemplo: se você iniciou a cartela
na quarta-feira e esqueceu-se de tomar o comprimido na sexta-feira da última semana, você pode começar a
nova cartela na quarta-feira da semana seguinte ao esquecimento, desta forma, você fará uma pausa de apenas
5 dias. Veja esquema ilustrativo abaixo:
Exemplo em caso de esquecimento:
Mais de 1 comprimido esquecido
Se você esquecer de tomar mais de um comprimido de uma mesma cartela, consulte seu médico. Quanto mais
comprimidos sequenciais forem esquecidos, menor será o efeito contraceptivo.
Se não ocorrer sangramento por privação hormonal (semelhante à menstruação) no intervalo de pausa de 7
dias, pode ser que esteja grávida.
Consulte seu médico antes de iniciar uma nova cartela.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
Como ocorre com todo medicamento, você pode ter reações desagradáveis com o uso de ELÔ.
Reações graves
As reações graves associadas ao uso do contraceptivo, assim como os sintomas relacionados, estão descritos
nos itens “O que devo saber antes de usar este medicamento?”, “Contraceptivos e a trombose” e
“Contraceptivos e o câncer” e “Quando não devo usar este medicamento?”. Leia estes itens com atenção e
não deixe de conversar com o seu médico em caso de dúvidas, ou imediatamente quando achar apropriado.
Outras possíveis reações
Observaram-se as seguintes reações em usuárias de ELÔ:
- Reações adversas comuns (entre 1 e 10 em cada 100 usuárias podem ser afetadas): instabilidade emocional
(alterações de humor), depressão/ estados depressivos, diminuição ou perda da libido (diminuição ou perda do
desejo sexual), enxaqueca, náuseas, dor nas mamas, sangramento uterino inesperado (sangramento entre
períodos menstruais), sangramento vaginal (sangramento não específico do trato genital).
- Reações adversas raras (entre 1 e 10 em cada 10.000 usuárias podem ser afetadas): eventos
tromboembólicos arteriais e venosos*
* Frequência estimada a partir de estudos epidemiológicos envolvendo um grupo de usuárias de
contraceptivos orais combinados.
A frequência foi limítrofe a muito rara.
Os termos eventos tromboembólicos arterial e venoso abrangem: qualquer bloqueio ou coágulo em uma veia
periférica profunda, coágulos que percorrem o sistema venoso do sangue (p.ex., no pulmão é conhecido como
embolia pulmonar ou como infarto pulmonar), ataque cardíaco causado por coágulos, derrame causado por
um bloqueio do fornecimento de sangue para o cérebro ou no cérebro.
Reações adversas relatadas com o uso da pílula, com frequência desconhecida são: eritema multiforme (uma
condição da pele caracterizada por manchas vermelhas, coceira ou manchas de pele com áreas inchadas).
Descrição das reações adversas selecionadas:
As reações adversas com baixa frequência ou com início tardio dos sintomas relatadas no grupo de usuárias
de contraceptivo oral combinado estão listadas abaixo, veja também itens “Quando não devo usar este
medicamento?” e “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
Contraceptivos e o câncer:
- A frequência de diagnósticos de câncer de mama é ligeiramente maior em usuárias de CO. Como o câncer
de mama é raro em mulheres abaixo de 40 anos o aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral de
câncer de mama. A causalidade com uso de COC é desconhecida,
- Tumores no fígado (benigno e maligno)
Outras condições:
- eritema nodoso (uma condição de pele caracterizada por nódulos vermelhos dolorosos);
- mulheres com hipertrigliceridemia (aumento de gordura no sangue resultando em um risco aumentado de
pancreatite em usuárias de COCs);
- hipertensão;
- ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com o uso de COC não é conclusiva: icterícia
(pigmentação amarelada da pele) e/ou prurido relacionado à colestase (fluxo biliar bloqueado); formação de
cálculos biliares, uma condição metabólica chamada de porfiria, lúpus eritematoso sistêmico (uma doença
crônicaautoimune), síndrome hemolítico urêmica, uma condição neurológica chamada Coreia de Sydenham,
herpes gestacional (um tipo de condição de pele que ocorre durante a gravidez), otosclerose – relacionada à
perda de audição;
- em mulheres com angioedema hereditário (caracterizado por inchaço repentino, por exemplo, dos olhos,
boca, garganta, etc), estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas de angioedema;
- distúrbios das funções do fígado;
- alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica à insulina;
- doença de Crohn, colite ulcerativa;
- cloasma;
- hipersensibilidade (incluindo sintomas como rash cutânea da pele, urticária).
Interações:
O uso de alguns medicamentos pode afetar a ação dos contraceptivos orais, reduzindo a eficácia destes
produtos ou pode causar sangramentos inesperados (p.ex., medicamentos que contenham Erva de São João ou
medicamentos usados para o tratamento da epilepsia, da tuberculose, da AIDS e de outras infecções), veja
item “ELÔ e outros medicamentos”.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Em especial se essas reações forem graves ou persistentes, ou se houver mudança no seu estado de saúde que
possa estar relacionada ao uso de ELÔ.