Bula do Envid produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ENVID®
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
Cápsula gelatinosa mole
ácido fólico + acetato de racealfatocoferol
800 mcg + 20 mg
MODELO DE BULA
DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
ENVID
ácido fólico 800 mcg
acetato de racealfatocoferol 20mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES:
Cápsula gelatinosa mole de 800mcg + 20mg em embalagem com 30 cápsulas.
USO ORAL.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
Composição:
ENVID 800mcg + 20mg:
Cápsula Gelatinosa Mole
Cada cápsula contém:
ácido fólico ................................................ 800 mcg
acetato de racealfatocoferol ..................
(vitamina E)
20 mg
Excipientes: gordura vegetal hidrogenada, cera de abelha, lecitina de soja, butilhidroxitolueno,
óleo de soja, corante azul brilhante, dióxido de titânio, gelatina, glicerina, metilparabeno,
propilparabeno e água.
% da IDR*
por cápsula
Adulto
ácido fólico 333%
acetato de racealfatocoferol (vitamina E) 200%
* Ingestão Diária Recomendada
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ENVID está indicado como suplemento vitamínico em doenças crônicas, convalescença e em
situações onde a suplementação de ácido fólico e vitamina E proporcionará benefícios.
A deficiência de ácido fólico está associada às doenças crônicas não-transmissíveis,
complicações na gestação e doenças neurodegenerativas. Uehara e cols 2010 realizaram uma
revisão bibliográfica com objetivo de discutir o papel do ácido fólico na prevenção de doenças,
os aspectos epidemiológicos de sua deficiência, fortificação dos alimentos e suplementação
medicamentosa. A deficiência dessa vitamina é descrita em adolescentes, mulheres em idade
fértil, gestantes e em idosos. Seu alcance pela dieta é difícil, sendo necessária a inclusão de
alimentos fortificados ou suplementos. É importante avaliar o estado nutricional de ácido fólico
dos indivíduos antes e após a adoção dessas estratégias.
Um estudo realizado em 2009 demonstrou que a suplementação com ácido fólico apresenta
eficácia na redução da homocisteinemia. A biodisponibilidade do ácido fólico dos alimentos é
considerada baixa, por isso é improvável que a dieta, utilizada isoladamente, seja suficiente para
aumentar a concentração plasmática de ácido fólico e reduzir a concentração de hcy
(homocisteína). O ácido fólico proveniente da suplementação promove maior redução da
homocisteinemia e aumento do folato plasmático quando comparado ao ácido fólico presente
naturalmente nos alimentos.
Pacientes com deficiência de vitamina E familiar isolada têm os níveis plasmáticos de vitamina
E drasticamente reduzidos e desordens neurológicas como ataxia cerebelar, disartria, ausência
de reflexos nos tendões, perda da sensibilidade proprioceptiva e sinal positivo para Babinski. Os
sintomas associados a essa síndrome podem ser amenizados quando esses pacientes recebem
vitamina E. Outros sintomas de deficiência de vitamina E causados por doenças hepáticas
crônicas, má absorção de gorduras ou abetalipoproteinemia são amenizados pela administração
de altas doses de vitamina E. Nenhuma das doses terapêuticas recomendadas pode ser alcançada
pela dieta alimentar: tais pacientes devem receber a suplementação de vitamina E.
Referências Bibliográficas
1- Uehara, S.K.; Rosa, G. Associação da deficiência de ácido fólico com alterações patológicas
e estratégias para sua prevenção: uma visão crítica. Rev. Nutr., Campinas, Set/Out 2010.
23(5):881-894.
2- Bazzano LA. Folic acid supplementation and cardiovascular disease: the state of the art. Am
J Med Sci . 2009; 338(1):48-9.
3- Tran, K., Wong, J. T., Lee, E., Chan, A. C., and Choy, P. C. Vitamin E potentiates
arachidonate release and phospholipase A2 activity in rat heart myoblastic cells. Biochem.
J. 1996; 319, 385–391.
3. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS
Ácido fólico - Propriedades Farmacodinâmicas: O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel
sendo pouco armazenada no organismo. É essencial para as reações metabólicas específicas no
meio celular e está envolvida em um grande número de processos bioquímicos essenciais para a
vida. A deficiência de ácido fólico está associada às doenças crônicas não transmissíveis,
complicações na gestação e doenças neurodegenerativas. Essas deficiências resultam na
biossíntese prejudicada de DNA e RNA, reduzindo dessa forma a divisão celular, que é mais
visível nas células com taxas de multiplicação rápida. Os primeiros sinais de deficiência nos
seres humanos incluem hipersegmentação nuclear dos leucócitos polimorfonucleares
circulantes, seguidos por anemia megaloblástica e, então fraqueza geral, depressão e
polineuropatias. O ácido fólico é importante para as reações de metilação do ácido
desoxirribonucléico, prevenção da hiper-homocisteinemia e atua como antioxidante. A
deficiência de ácido fólico esta presente em adolescentes, mulheres em idade fértil, gestantes e
em idosos.
Propriedades Farmacocinéticas: A absorção oral é boa, com uma biodisponibilidade de 76% -
93%. O ácido fólico absorvido por um processo ativo, primariamente na parte proximal do
intestino delgado. Há uma pequena absorção no jejuno e praticamente nenhuma no íleo distal. A
absorção é prejudicada em portadores de doença celíaca e não sofre alterações na gravidez.
Após a absorção, os folatos são rapidamente transportados aos tecidos na forma de
CH3H4PteGlu, apresentando grande afinidade por proteínas plasmáticas. Essa afinidade ocorre
também com os análogos não metilados. O fígado recebe cerca de 50% dos folatos absorvidos e
a concentração nos eritrócitos varia de 0,175 a 0,316 mcg/ml. A metabolização é
predominantemente hepática. Após a administração oral, a droga é convertida na forma ativa, 5-
metiltetrahidrofolato. Essa conversão ocorre principalmente no fígado e não durante a absorção
pela mucosa intestinal. A excreção renal é de cerca de 30%, ocorrendo também uma importante
excreção biliar. O ácido fólico é excretado no leite materno, porém não apresenta risco para o
neonato, ao contrário, supre as necessidades do mesmo.
Vitamina E - Propriedades Farmacodinâmicas: A ação antioxidante da vitamina E repara os
danos causados pelos radicais livres nas membranas celulares. A vitamina E protege os ácidos
graxos poli-insaturados, atuando na membrana fosfolipídica e nas lipoproteínas circulantes. Os
radicais peroxil reagem rapidamente com a vitamina E, formando o correspondente
hidroperóxido orgânico e o radical tocoferoxil. O radical tocoferoxil, por sua vez, interage com
outros compostos antioxidantes, como o ácido ascórbico, que restauram o tocoferol.
Propriedades Farmacocinéticas: A biodisponibilidade quando administrada por via oral é
variável. A presença da bile é necessária para que a vitamina E seja absorvida pelo trato
intestinal. A absorção da vitamina E por via oral é variável em recém-nascidos de baixo peso e
aparentemente depende da idade gestacional, idade pós-natal, absorção relativa de gorduras e do
grau de hidrólise intestinal da forma acetato.
Alimentos gordurosos aumentam a absorção da vitamina E. O tecido adiposo é o principal local
de armazenamento de vitamina E. A concentração no líquido cefalorraquidiano praticamente
não aumenta com a suplementação. Já na retina, a concentração é maior que na membrana
coroide e no humor vítreo e pode ser aumentada com a suplementação. Os isômeros do alfa-
tocoferol são incorporados pelas lipoproteínas. A vitamina E pouco atravessa a placenta, sendo
a concentração no plasma fetal um quinto do plasma materno. O principal local de
metabolização é o fígado, com cerca de 70 a 80%. Os principais metabólitos são os
glicuronídeos do ácido tocoferônico. A excreção principal se dá pela bile, com cerca de 70 a
80%. A excreção renal é baixa. Com relação ao leite materno, a excreção é segura para o
lactente.
ENVID é contraindicado a pacientes com história prévia de sensibilidade ao ácido fólico ou aos
componentes da fórmula. A vitamina E, quando utilizada dentro da IDR, não apresenta
contraindicações. O ácido fólico é contraindicado no tratamento da anemia perniciosa e também
da anemia megaloblástica.
Este medicamento pode ser usado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou
do cirurgião-dentista.
Gerais – o ácido fólico não é a terapia apropriada para anemia perniciosa e anemias
megaloblásticas causadas por deficiência de vitamina B12.
Este medicamento é recomendado para mulheres em idade fértil, nas doses indicadas. Para
administração em outras faixas etárias e pacientes idosos, recomenda-se procurar orientação
médica.
Gravidez – O ácido fólico quando administrado a gestantes em doses inferiores a 0,8 mg/dia é
considerado seguro. A vitamina E pouco atravessa a placenta, sendo a concentração no plasma
fetal um quinto do plasma materno.
Dentro destas posologias, ambos são classificados como categoria A de risco na gravidez, ou
seja, absolutamente seguros. Este medicamento pode ser usado durante a gravidez desde que
sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação – o ácido fólico é excretado no leite materno, porém não apresenta risco para o
neonato, ao contrário, supre as necessidades do mesmo. Com relação ao leite materno, a
Vitamina E: Colestipol, anticonvulsivantes, pancreatina e sulfasalazina podem diminuir a
absorção do ácido fólico. Colestiramina, colestipol e orlistat podem diminuir a absorção da
vitamina E. Os anticoncepcionais podem diminuir a absorção do ácido fólico e as reservas de
vitamina E.
Ácido fólico: Fenitoína: o uso concomitante com anticonvulsivantes, como a fenitoína, interfere
na absorção e armazenamento do ácido fólico. Por outro lado, também ocorre um decréscimo na
concentração do anticonvulsivante.
Pancreatina: enzimas pancreáticas podem interferir na absorção de folatos. Sendo assim,
pacientes fazendo uso de pancreatina podem necessitar uma suplementação de folatos.
Pirimetamina: o uso concomitante de pirimetamina e ácido fólico pode aumentar o risco de
supressão da medula óssea.
Sulfasalazina: a administração concomitante de sulfasalazina com ácido fólico pode causar
diminuição na absorção dos folatos.
Colestiramina: a administração conjunta diminui a absorção da vitamina E.
Colestipol: pequena diminuição de absorção da vitamina E.
Dicumarínicos e Warfarina: a administração conjunta com vitamina E em doses acima de 300
mg/dia pode prolongar o tempo de protrombina, aumentando o risco de sangramento.
Orlistate: pode inibir a absorção da vitamina E em cerca de 60%. Pacientes que fazem uso de
Orlistate devem ser orientados para uma suplementação vitamínica.
Mantenha ENVID em temperatura ambiente (15 a 30ºC), protegido da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características do medicamento: cápsula oval de cor azul opaco, contendo suspensão oleosa
amarelo opaca com pontos alaranjados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento deve ser administrado somente pela via recomendada (oral) para evitar riscos
desnecessários.
Ingerir a cápsula inteira com água. Evitar o contato da cápsula com a umidade.
Posologia: Recomenda-se a ingestão diária de uma cápsula de ENVID, contendo 800
microgramas de ácido fólico e 20 miligramas de vitamina E.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
As reações adversas são raras e estão relacionadas a doses mais elevadas. Para o ácido fólico,
estão relacionadas a doses acima de 5 mg/dia . Para a vitamina E, as reações adversas podem
aparecer com doses superiores a 800 UI, o equivalente a 80 vezes a IDR.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Vitamina E: a vitamina E quando empregada dentro da IDR é bastante segura. Algumas reações
adversas podem aparecer, porém com doses superiores a 800 UI, o equivalente a 80 vezes a
IDR. Esses sintomas são: náuseas, flatulências, cólicas e diarreia.
Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Ácido fólico: as reações adversas são raras e estão relacionadas a doses mais elevadas. Existem
relatos na literatura que doses acima de 15 mg/dia podem causar alterações no SNC,
ocasionando distúrbios do sono, excitabilidade e irritabilidade. Do mesmo modo, doses acima
de 5 mg/dia estão relacionadas com alguns distúrbios gastrointestinais, como náuseas, distensão
abdominal e flatulência. Também são descritos alguns casos de reações dermatológicas, como
eritema e prurido. Doses elevadas também podem comprometer a absorção intestinal do zinco.
IDR. Esses sintomas são: visão turva, cefaleia, aumento da glândula mamária, fraqueza e
sangramento em pacientes que já tenham diminuição de vitamina K.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.