Bula do Esc produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ESC( oxalato de escitalopram)
Eurofarma Laboratórios S.A
comprimidos revestidos
10 mg e 20 mg
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RDC Nº 47 de 2009
Esc
Oxalato de escitalopram
VIA ORAL
USO ADULTO
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:
Embalagens com 7, 15, 30 ou 60 comprimidos revestidos de 10 mg.
Embalagens com 30 ou 60 comprimidos revestidos de 20 mg.
Composição:
Cada comprimido revestido de 10 mg contém:
escitalopram (sob a forma de oxalato de escitalopram).................................................. 10 mg*
excipientes**.........................................................................................................1 comprimido
* 10 mg de escitalopram equivalem a 12,77 mg de oxalato de escitalopram.
**Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal,
talco, estearato de magnésio, hipromelose, copovidona, polidextrose, macrogol, triglicerídeo
cáprico, óxido de ferro vermelho e dióxido de titânio.
Cada comprimido revestido de 20 mg contém:
escitalopram (sob a forma de oxalato de escitalopram).................................................. 20 mg*
* 20 mg de escitalopram equivalem a 25,55 mg de oxalato de escitalopram.
cáprico e dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O Esc (oxalato de escitalopram) é indicado para:
• Tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão;
• Tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia;
• Tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG);
• Tratamento do transtorno de ansiedade social (fobia social);
• Tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
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RDC Nº 47 de 2009
ESTUDOS EM ANIMAIS
Em estudos toxicológicos comparativos em ratos, o escitalopram e o citalopram causaram
toxicidade cardíaca, inclusive falência cardíaca, após algumas semanas de tratamento, com
doses que causavam toxicidade generalizada.
A cardiotoxicidade parece estar mais relacionada aos picos de concentrações plasmáticas do
que à exposição sistêmica AUC (área sobre a curva). Os picos de concentrações plasmáticas
nos quais ainda não se observavam efeitos, eram aproximadamente 8 vezes maiores do que os
clinicamente observados enquanto a AUC, para o escitalopram, estava apenas 3 a 4 vezes
maior que a observada durante o uso clínico. Na avaliação do citalopram (mistura racêmica),
os valores da AUC para o S-enantiômero (escitalopram) foram 6 a 7 vezes maiores que os
valores clinicamente observados. Estes achados estão provavelmente relacionados a uma
influência exagerada sobre as aminas biogênicas, isto é, são secundários aos efeitos
farmacológicos primários, resultando em repercussões hemodinâmicas (redução do fluxo
coronário) e isquemia. No entanto, o mecanismo exato de cardiotoxicidade em ratos não é
clara. A experiência clínica com o citalopram, e os dados disponíveis para o escitalopram,
não indicam que estes achados tenham correlação clínica.
Foi observado um aumento dos fosfolipídios em alguns tecidos, como os pulmões, testículos
e fígado, após o tratamento por períodos mais prolongados com escitalopram e citalopram em
ratos. O efeito é reversível após o término do tratamento. Achados no epidídimo e no fígado
foram observadas com exposições semelhantes ao do homem A acumulação de fosfolipídios
(fosfolipidose) em animais tem sido observada e relacionada a muitos medicamentos
anfifílicos catiônicos. Não se sabe se este fato possui algum significado clínico relevante para
o homem.
No estudo de toxicidade do desenvolvimento em ratos, efeitos embriotóxicos (redução do
peso fetal e retardo de ossificação reversível), foram observados após exposições AUC
excessivas às encontradas no uso clínico, porém não foi observado um aumento na freqüência
de malformações. Estudos peri e pós-natal apresentaram uma diminuição da sobrevivência
durante o período de lactação, em exposições AUC excessivas às exposições observadas
clinicamente.
ESTUDOS EM HUMANOS
DEPRESSÃO
Em um estudo de dose fixa, placebo-controlado, duplo-cego, de 8 semanas de duração, o
escitalopram apresentou taxas de resposta e de remissão significativamente maiores que o
placebo (55,3% contra 41,8%; p=0,01 e 47,3% contra 34,9%, respectivamente) 1
.
Em outro estudo de dose fixa, duplo-cego, placebo controlado, de 8 semanas, pacientes que
foram tratados com escitalopram 10mg/dia (n=118), escitalopram 20mg/dia (n=123),
citalopram 40mg/dia (n=125) ou placebo (n=119) 2
. As doses de 10 e 20mg de escitalopram
foram significativamente melhores do que o placebo na redução da pontuação na Escala de
Depressão de Montgomery Asberg (MADRS) a partir da segunda semana (p < 0,05 nas
semanas 2 e 4; p < 0,01 nas semanas 6 e 8)2
Um resultado semelhante foi obtido usando a Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton
(HAM) e nas medidas de melhora e gravidade na Impressão Clínica Global (CGI). Na
Impressão Clínica de Melhora (CGI-I), uma superioridade significativa do escitalopram sobre
o placebo já foi vista a partir da primeira semana para a dose de 10mg/dia e a partir da
segunda semana para a dose de 20mg/dia2
. Na escala de Hamilton – 24 itens (HAM-D), o
escitalopram na dose de 20mg/dia foi significativamente superior ao citalopram na dose de
40mg/dia ao final do estudo. Estes resultados sugerem que o escitalopram está associado a
uma melhora precoce dos sintomas depressivos2
. A taxa de remissão foi significativamente
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maior para o escitalopram 10mg/dia (40%) e 20mg/dia (41%), do que para o placebo (24%)2
A taxa geral de abandono no estudo foi de 24%, sem diferenças significativas entre os grupos
que receberam escitalopram 10mg/dia (20%), escitalopram 20mg/dia (25%), citalopram
40mg/d (25%) ou placebo (25%)2
Na análise unificada de eficácia, o escitalopram produziu efeitos rápidos e duradouros num
subgrupo de pacientes com transtorno depressivo maior (pontuação inicial na MADRS ≥ a
30). O escitalopram proporcionou uma redução estatisticamente significativa dos sintomas já
a partir da primeira semana de tratamento comparado ao placebo (análise LOCF), e mostrou-
se significativamente superior ao placebo ao longo de todo o estudo, exceto na segunda
semana, onde apresentou, no entanto, superioridade numérica (p=0,07) 3
Em um estudo de extensão de 36 semanas, multicêntrico, duplo-cego, com doses flexíveis do
escitalopram 10-20mg/d (n=181) e placebo (n=93), realizado com pacientes respondedores
(MADRS ≤ 12) que realizaram estudo prévio de 8 semanas, duplo-cego, o tempo para recaída
foi significativamente maior para o grupo escitalopram (p=0,13) e o número total de
pacientes que recaíram foi significativamente menor para o grupo escitalopram (26% contra
40% do placebo; p=0,01). Neste estudo, o escitalopram se mostrou eficaz na prevenção de
recaídas e proporcionou melhora continuada no tratamento de manutenção da depressão4
1) Wade A et al. Escitalopram 10 mg-day is Effective and Well Tolerated in a Placebo-
Controlled Study in Depression in Primary Care. Int Clin Psychopharmacol 2002, 17:95-
102.
2) Burke WJ et al. Fixed-Dose Trial of the Single Isomer SSRI Escitalopram in Depressed
Outpatients. J Clin Psychiatry 2002; 63(4):331-336.
3) Gorman JM et al. Efficacy Comparison of Escitalopram and Citalopram in the
Treatment of Major Depressive Disorder: Pooled Analysis of Placebo-Controlled Trials.
CNS Spectrums 2002; 7:40-44.
4) Rapaport MH et al. Escitalopram Continuation Treatment Prevents Relapse of
Depressive Episodes. J Clin Psychiatry, 2004. 65 (1):44-49.
TRANSTORNO DE PÂNICO COM OU SEM AGORAFOBIA
Um total de 366 pacientes foram randomizados (placebo n=114, citalopram n=112 e
escitalopram n=125) em um estudo duplo-cego de 10 semanas1
. No grupo tratado com
escitalopram, a diminuição na freqüência de ataques de pânico na semana 10, em comparação
ao início (aferida pela Escala Modificada de Pânico e Ansiedade Antecipatória de Sheehan),
foi significativamente superior ao placebo (p=0,04), bem como a diminuição do percentual de
horas diárias de ansiedade antecipatória1. Escitalopram e citalopram reduziram
significativamente a gravidade e os sintomas de transtorno de pânico em comparação ao
placebo ao final do estudo (p ≥ 0,05). O índice de descontinuação por efeitos adversos foi de
6,3% para o escitalopram, 8,4% para o citalopram e 7,6% para o placebo.
1) Stahl S, Gergel I, Li D. Escitalopram in the Treatment of Panic Disorder. –A
Randomized, Double-Blind, Placebo -Controlled Trial; J Clin Psychiatry. 2003,
64(11):1322-1327.
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TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
Em um estudo de 8 semanas, multicêntrico, com doses flexíveis, placebo controlado,
comparou-se o escitalopram 10 a 20 mg/dia (n=158) ao placebo (n=157) em pacientes
ambulatoriais entre 18 e 80 anos de idade, que preenchiam os critérios do DSM-IV para TAG
e apresentavam pontuação maior ou igual a 18 na escala de Avaliação de Hamilton para
Ansiedade (HAM-A). O grupo tratado com o escitalopram demonstrou uma melhora
significativamente maior, quando comparado ao placebo, na pontuação total da HAM-A e
também na pontuação da subescala de ansiedade psíquica da HAM-A desde a 1ª semana até o
final do estudo.Ao final do estudo, as variações na pontuação total da HAM-A foram de -
11,3 para o escitalopram e -7,4 para o placebo (LOCF; p < 0,001). O índice de resposta para
os que completaram o estudo, na semana 8, foi de 68% para o escitalopram e de 41% para o
placebo (p < 0,01) e de 58% (escitalopram) e 38% (placebo) na avaliação LOCF (p <0,01).
O tratamento com o escitalopram foi bem tolerado, com índice de descontinuação por efeitos
adversos sem diferença estatística em comparação ao do placebo (8,9% contra 5,1%,
respectivamente, P=0,27). O escitalopram foi efetivo, seguro e bem tolerado no tratamento
de pacientes com TAG.
1) Davidson JRT, Bose A, Korotzer A, Zheng H. Escitalopram in the treatment of
generalized anxiety disorder: double-blind, placebo controlled, flexible-dose study.
Depression and Anxiety 2004, 19:234–240.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)
Em um estudo de estabelecimento de dose, tanto em 12 semanas (curto prazo) como em 24
semanas (longo prazo), o escitalopram mostrou-se eficaz e bem tolerado nas doses de 5, 10 e
20 mg/dia para o tratamento do transtorno de ansiedade social ¹. Em um outro estudo, duplo-
cego, pacientes com transtorno de ansiedade social foram randomizados para receber placebo
(n=177) ou escitalopram na dose de 10 a 20mg/dia (n=181), por 12 semanas. A medida
primária de eficácia foi a mudança média desde o início na pontuação total da escala de
Liebowitz para Ansiedade Social (LSAS). O estudo mostrou uma superioridade estatística
para o tratamento com o escitalopram em comparação ao placebo na pontuação total da
LSAS (P=0,005). O número de respondedores ao tratamento no grupo escitalopram foi
significativamente maior do que no grupo placebo (54% contra 39%; P < 0,01). A relevância
clínica destes achados foi corroborada pela redução significativa nos componentes
relacionados ao trabalho e às questões sociais na escala de Sheehan de Desadaptação e pela
boa tolerabilidade ao tratamento com o escitalopram². Escitalopram foi eficaz e bem tolerado
no tratamento do transtorno de ansiedade social¹ ².
1) Lader M, Stender K, Bürger V, Nil R. Efficacy and Tolerability of Escitalopram in 12-
and 24-Week Treatment of Social Anxiety Disorder: Randomized, Double-Blind,
Placebo - Controlled, Fixed-Dose Study. Depression and Anxiety 2004, 19:241-248.
1) Kasper S, Stain D, Loft H, Nil R. Escitalopram in the treatment of social anxiety
disorder. Randomised, placebo controlled flexible dosage study. British Journal of
Psychiatry 2005, 186: 222-226.
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)
Em curto-prazo1
(12 semanas), evidenciou-se a separação do escitalopram (20 mg/dia) do
placebo na pontuação total e nas subescalas para obsessões e rituais da escala de Yale-Bocks
(Y-BOCS) e também na pontuação total da NIMH-OCS. Pela análise de casos observados
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(LOCF), tanto o escitalopram 10 mg/dia (p=0,005) como 20 mg/dia (p<0,001) foram
efetivos.
A manutenção da resposta a longo-prazo foi demonstrada em um estudo1 placebocontrolado
de 24 semanas de busca de dose eficaz e em um estudo placebocontrolado de prevenção de
recaídas2
de 24 semanas de duração, que teve uma fase aberta, prévia a de 24 semanas, de 16
semanas de duração.
A longo-prazo, ambos os grupos com 10 mg/dia (p<0,05) e 20 mg/dia (p<0,01) do
escitalopram foram significativamente mais efetivos que o placebo, conforme mensurado
pela medida primária de eficácia, a pontuação total na Y-BOCS, bem como pelas medidas
secundárias, as subescalas de obsessões e rituais da YBOCS e a NIMH-OCS (10 mg/dia
(p<0,01) e 20 mg/dia (p<0,001) do escitalopram).
A manutenção da eficácia e a prevenção das recaídas foram demonstradas para as doses de 10
e 20 mg/dia do escitalopram em pacientes que responderam ao escitalopram em uma primeira
fase de tratamento aberto de 16 semanas e que depois entraram em uma fase de 24 semanas
de prevenção de recaídas (duplo cego, placebo controlado, randomizado). No estudo de
prevenção de recaídas, os grupos em uso do escitalopram 10 mg/dia (p=0,014) e 20 mg/dia
(p<0,001) apresentaram, significativamente, menos recaídas.
Um efeito benéfico significativo na qualidade de vida dos pacientes com TOC foi observado
(aferido pela SF-36 e SDS) nos estudos com o escitalopram nesta população.
1) Stein DJ, Andersen EW, Tonnoir B, Fineberg N. Escitalopram in obsessivecompulsive
disorder: a randomized, placebo-controlled, paroxetine-referenced, fixed-dose, 24-week
study. Curr Med Res Opin. 2007; 23(4):701-11.
2) Fineberg NA, Tonnoir B, Lemming O, Stein DJ. Escitalopram prevents relapse of
obsessive-compulsive disorder. Eur Neuropsychopharmacol. 2007; 17(6-7):430-9.
FARMACODINÂMICA
MECANISMO DE AÇÃO
O escitalopram é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5-HT) de afinidade alta
pelo sítio de ligação primário do transportador de serotonina. Ele também se liga a um sítio
alostérico no transportador de serotonina, com uma afinidade de ligação 1000 vezes menor.
A modulação alostérica do transportador de serotonina potencializa a ligação do
escitalopram ao sítio primário, o que resulta em uma inibição da recaptação de serotonina
mais eficaz.
O escitalopram é isento de afinidade, ou esta é muito baixa, por diversos receptores, o que
inclui 5-HT1A, 5- HT2, dopaminérgicos D1 e D2, α1, α2-, β-adrenoreceptores,
histaminérgico H1, muscarínicos, colinérgicos, benzodiazepínicos e opioides.
A inibição da recaptação de 5-HT é o único mecanismo de ação que explica os efeitos
farmacológicos e clínicos do escitalopram.
O escitalopram é o enantiômero S do racemato (citalopram), ao qual é atribuída a atividade
terapêutica. Estudos farmacológicos demonstraram que o R-citalopram não é somente inerte,
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pois interfere negativamente na potencialização da recaptação de serotonina e, por
conseguinte, nas propriedades farmacológicas do enantiômero S.
EFEITOS FARMACODINÂMICOS
Em um estudo duplo-cego, placebo controlado, de ECG em voluntários sadios, a alteração
em relação ao início do QTc (correção Fridericia) foi de 4,3 ms (90%Cl 2,2-6,4) com uma
dose de 10 mg/dia e 10,7 ms (90%Cl 8,6- 12,8) com uma dose de 30 mg/dia (ver
CONTRAINDICAÇÕES, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS, REAÇÕES ADVERSAS E SUPERDOSE).
FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO
A absorção é quase completa e independe da ingestão de alimentos (Tmax médio de 4 horas
após dosagem múltipla). Tal como acontece com citalopram racêmico, a biodisponibilidade
absoluta do escitalopram é esperado para ser aproximadamente 80%.
DISTRIBUIÇÃO
O volume de distribuição aparente (Vd,β/F) é de cerca de 12 a 26 L/Kg, após administração
oral. A ligação às proteínas plasmáticas é menor que 80% para o escitalopram e seus
principais metabólitos.
BIOTRANSFORMAÇÃO
O escitalopram é metabolizado no fígado em derivados desmetilados e didesmetilados.
Ambos são farmacologicamente ativos. Alternativamente, o nitrogênio pode ser oxidado
formando o metabólito N-óxido. Tanto o composto original como os metabólitos são
parcialmente excretados como glicuronídeos. Após administração de múltiplas doses, as
concentrações médias dos metabólitos desmetilados e didesmetilados geralmente são 28-31%
e < 5% da concentração do escitalopram, respectivamente. A biotransformação do
escitalopram no metabólito desmetilado é mediada pelo CYP2C19. É possível alguma
contribuição das enzimas CYP3A4 e CYP2D6.
ELIMINAÇÃO
A meia-vida de eliminação (T1/2β) após doses múltiplas é de cerca de 30 horas, e o
clearance plasmático oral (Cloral) é de aproximadamente 0,6 l/min. Os principais
metabólitos têm uma meia-vida consideravelmente mais longa.
Assume-se que o escitalopram e seus principais metabólitos são eliminados tanto pela via
hepática como pela renal, sendo a maior parte da dose excretada como metabólitos na urina.
A farmacocinética é linear. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são alcançados em
aproximadamente 1 (uma) semana. As concentrações médias em equilíbrio de 50 nmol/l
(variação de 20 a 125 nmol/l) são alcançadas com uma dose diária de 10 mg.
PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS)
O escitalopram aparentemente é eliminado mais lentamente em pacientes idosos, se
comparados com pacientes mais jovens. Foi observado um aumento de 50% na exposição
sistêmica (AUC) em idosos comparados a pacientes mais jovens (ver POSOLOGIA E
MODO DE USAR).
FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA
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O escitalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com a função hepática reduzida.
Em pacientes com alterações da função hepática leve e moderada, (classificação de Child-
Pugh A e B) a meia-vida do escitalopram foi aproximadamente duas vezes mais longa e as
concentrações em equilíbrio foram em média 60% maiores quando comparados a pacientes
com função hepática normal.(ver POSOLOGIA E MODO DE USAR).
FUNÇÃO RENAL REDUZIDA
Observou-se um aumento da meia-vida e aumentos menores na exposição (AUC) em
pacientes com função renal reduzida (clearance de creatinina entre 10-53 ml/min). As
concentrações plasmáticas dos metabólitos não foram estudadas, porém podem ser elevadas
(ver POSOLOGIA E MODO DE USAR).
POLIMORFISMO
Foi observado que pacientes com problemas na metabolização pela isoenzima CYP2C19
apresentam uma concentração plasmática de escitalopram duas vezes maior quando
comparados com pacientes sem problemas. Nenhuma mudança significativa na exposição foi
observada em pacientes com problemas na metabolização pela isoenzima CYP2D6 (ver
POSOLOGIA E MODO DE USAR).
O Esc (oxalato de escitalopram) é contraindicado em pacientes que apresentam
hipersensibilidade ao escitalopram ou a qualquer um de seus componentes (ver
COMPOSIÇÃO).
O tratamento concomitante com IMAO (inibidores da monoaminoxidase) não-seletivos
irreversíveis é contraindicado devido ao risco de síndrome serotoninérgica com agitação,
tremor, hipertermia, etc. (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
A combinação de escitalopram com IMAO-A (ex.: moclobemida) reversíveis ou linezolida
(IMAO não-seletivo reversível) é contraindicada devido ao risco de síndrome
serotoninérgica. (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
O Esc (oxalato de escitalopram) é contraindicado em pacientes diagnosticados com
prolongamento do intervalo QT ou síndrome congênita do QT longo.
O Esc (oxalato de escitalopram) é contraindicado em uso concomitante com
medicamentos que causam prolongamento do intervalo QT. (ver “INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”)
USO DURANTE A GRAVIDEZ E A LACTAÇÃO
Categoria de risco B: Os dados clínicos da utilização de oxalato de escitalopram durante a
gravidez são limitados.
Nos estudos em animais, observaram-se efeitos embriotóxicos (redução do peso fetal e
pequeno atraso na ossificação) com a exposição ao oxalato de escitalopram , mas não houve
efeito sobre a viabilidade do feto e não há ocorrência de aumento na incidência de
malformações.
O escitalopram é excretado no leite materno. Mulheres em fase de amamentação não devem
ser tratadas com escitalopram. Em situações onde não for possível retirar o medicamento
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devido à gravidade do quadro clínico materno, substituir o aleitamento materno pelos leites
industrializados específicos para recém-nascidos.
Recém-nascidos devem ser observados se o uso maternal do escitalopram continuou até
estágios mais avançados da gravidez, particularmente no terceiro trimestre. Se o escitalopram
é usado até ou próximo ao dia do nascimento, efeitos de descontinuação no recém-nascido
são possíveis.
Se o Esc (oxalato de escitalopram) for usado durante a gravidez, não interromper
abruptamente. A
descontinuação deverá ser gradual. As seguintes reações foram observadas nos recé-
nascidos, após o uso do medicamento nos últimos meses de gravidez: dificuldade
respiratória, cianose, apneia, convulsões, instabilidade térmica, dificuldade de alimentação,
vômitos, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, agitação, irritabilidade,
letargia, choro constante, sonolência e dificuldade para dormir. Esses efeitos também podem
ser indicativos de síndrome serotoninérgica ou retirada abrupta do medicamento durante a
gravidez. Na maioria dos casos, tais complicações começam imediatamente ou brevemente
(<24 horas) após o parto.
Dados epidemiológicos sugerem que o uso de ISRS durante a gravidez, especialmente no
final da gravidez, podem aumentar o risco de hipertensão pulmonar persistente do recém-
nascido (HPPN). O risco observado foi aproximadamente de 5 casos a cada 1000 gestantes.
Na população em geral 1 a 2 casos de HPPN ocorrem em cada 1000 gestantes.
Não usar Esc (oxalato de escitalopram) durante a gravidez, a menos que a necessidade
seja clara e seja avaliado cuidadosamente o risco-benefício do uso deste medicamento.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES
GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA
As seguintes advertências e precauções aplicam-se à classe terapêutica dos ISRSs (Inibidores
Seletivos da Recaptação de Serotonina).
ACATISIA / AGITAÇÃO PSICOMOTORA
O uso de ISRS e IRSN tem sido associado ao desenvolvimento de acatisia, caracterizada por
uma inquietude desagradável ou desconfortável e necessidade de se movimentar associada a
incapacidade de ficar sentado ou em pé, parado.
Quando ocorre é mais comum nas primeiras semanas de tratamento. Os pacientes que
desenvolverem estes sintomas podem piorar dos mesmos com o aumento da dose.
ANSIEDADE PARADOXAL
Alguns pacientes com transtorno do pânico podem apresentar sintomas de ansiedade
intensificados no início do tratamento com antidepressivos. Esta reação paradoxal geralmente
desaparece dentro de 02 semanas durante o tratamento contínuo. Recomenda-se uma dose
inicial baixa para reduzir a probabilidade de um efeito ansiogênico paradoxal (ver
POSOLOGIA E MODO DE USAR).
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA
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Recomenda-se precaução se o escitalopram for usado concomitantemente com medicamentos
com efeitos serotoninérgicos, tais como o sumatriptano ou outros triptanos, como tramadol e
triptofano. Em casos raros, a síndrome serotoninérgica sido relatada em pacientes em uso de
ISRSs concomitantemente com medicamentos serotoninérgicos. Uma combinação de
sintomas, como agitação, tremor, mioclonia e hipertermia pode indicar o desenvolvimento
dessa condição. Se isso ocorrer, o tratamento com ISRS e os medicamentos serotoninérgicos,
deve ser interrompido imediatamente e iniciado tratamento sintomático.
Em combinação com selegilina (inibidor irreversível da MAO-B), cuidado é requerido
devido ao risco de síndrome serotoninérgica.
CONVULSÕES
Os ISRS podem diminuir o limiar convulsivo. Aconselha-se precaução quando administrada
com outros medicamentos capazes de diminuir o limiar convulsivo (antidepressivos, por
exemplo (tricíclicos, ISRS) neurolépticos (fenotiazinas, tioxantenos butirofenonas)
mefloquina, bupropiona e tramadol).
Descontinuar o escitalopram em paciente que apresente convulsões pela primeira vez ou se
há um aumento na freqüência das convulsões (em pacientes com diagnóstico prévio de
epilepsia).Evitar o uso dos ISRSs em pacientes com epilepsia instável e monitorar os
pacientes com epilepsia controlada, sob orientação médica.
DIABETES
Em pacientes diabéticos, o tratamento com ISRSs poderá alterar o controle glicêmico,
possivelmente devido à melhora dos sintomas depressivos. Pode ser necessário um ajuste na
dose de insulina e/ou hipoglicemiantes orais em uso.
ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT)
A experiência clínica no uso combinado de ISRSs e ECT é limitada, portanto recomenda-se
cautela.
ERVA DE SÃO JOÃO
A utilização concomitante de ISRSs e produtos fitoterápicos contendo Erva de São João
(Hypericum perforatum) pode resultar no aumento da incidência de reações adversas (ver
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
EFEITOS NA CAPACIDADE DE DIRIGIR OU OPERAR MÁQUINAS
O escitalopram não afeta a função intelectual nem o desempenho psicomotor. No entanto,
conforme ocorrem com outras drogas psicotrópicas, os pacientes devem ser alertados quanto
ao risco de uma interferência na sua capacidade de dirigir automóveis e de operar máquinas.
DURANTE O TRATAMENTO, NÃO DIRIJA VEÍCULOS OU OPERE MÁQUINAS,
ATÉ SABER SE O ESC (OXALATO DE ESCITALOPRAM) AFETA VOCÊ. SUA
HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS
HEMORRAGIA
Há relatos de sangramentos cutâneos anormais, tais como equimoses e púrpura, com o uso
dos ISRSs. Recomenda-se seguir a orientação do médico no caso de pacientes em tratamento
com ISRSs concomitantemente com medicamentos conhecidos por afetar a função de
plaquetas (p.ex. antipsicóticos atípicos e fenotiazinas, a maioria dos antidepressivos ciclicos,
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aspirina e medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), e em pacientes com
conhecida tendência a sangramentos).
O uso concomitante com drogas anti-inflamatórias não-esteroidais (AINEs) pode aumentar
a tendência a sangramentos (ver REAÇÕES ADVERSAS).
HIPONATREMIA
Hiponatremia, provavelmente relacionada a secreção inapropriada de hormônio antidiurético
(SIADH), foi relatada como efeito adverso raro com o uso de ISRS.
Geralmente se resolve com a descontinuação do tratamento. Deve-se ter cautela com
pacientes de risco, como idosos, cirróticos ou em uso concomitante de medicamentos que
sabidamente podem causar hiponatremia.
MANIA
Utilizar os ISRSs com orientação do médico em pacientes com um histórico de
mania/hipomania. Descontinuar os ISRSs em qualquer paciente que entre em fase maníaca.
SINTOMAS DE DESCONTINUAÇÃO
Sintomas de descontinuação quando o tratamento é interrompido são comuns, especialmente
se a descontinuação for abrupta (ver REAÇÕES ADVERSAS). Em estudos clínicos, os
eventos adversos durante a descontinuação do tratamento ocorreram em aproximadamente
25% dos pacientes tratados com escitalopram e 15% dos pacientes que tomaram placebo.
O risco de sintomas de descontinuação depende de vários fatores incluindo duração do
tratamento, dose de terapia e a taxa de redução da dose. Tonturas, distúrbios sensoriais
(incluindo parestesia e sensações de choque elétrico), distúrbios do sono (incluindo insônia e
sonhos vívidos), agitação ou ansiedade, náusea e/ou vômitos, tremor, confusão, sudorese,
cefaleia, diarreia, palpitações, instabilidade emocional, irritabilidade e distúrbios visuais, são
as reações mais comumente relatadas. Geralmente estes sintomas são leves a moderados,
entretanto, em alguns pacientes podem ser de intensidade grave. Eles geralmente ocorrem nos
primeiros dias de descontinuação do tratamento, mas já houve relatos muito raros de
sintomas em pacientes que inadvertidamente esqueceram uma dose. Geralmente, esses
sintomas são autolimitados e normalmente desaparecem em 2 semanas, embora em alguns
pacientes possam ser prolongados (2-3 meses ou mais). Sendo assim, recomenda-se que a
dose do escitalopram seja reduzida gradualmente quando o tratamento for descontinuado
durante um período de várias semanas ou meses, de acordo com a necessidade do paciente
(ver POSOLOGIA E MODO DE USAR).
SUICÍDIO/PENSAMENTOS SUICIDAS OU PIORA CLÍNICA
A depressão está associada com um aumento dos pensamentos suicidas, atos de auto-
flagelação e suicídio (eventos relacionados ao suicídio). Este risco persiste até que ocorra
uma remissão significativa da doença. Como não há uma melhora expressiva nas primeiras
semanas de tratamento, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados até que uma
melhora significativa ocorra. É observado na prática clínica um aumento do risco de suicídio
no início do tratamento, quando há uma pequena melhora parcial.
Outras doenças psiquiátricas para as quais o escitalopram é indicado também podem estar
associadas a um aumento do risco de suicídio ou eventos a ele relacionados. Estas doenças
podem ser co-mórbidas à depressão. As mesmas precauções indicadas nos casos de
tratamento dos pacientes com depressão devem ser aplicadas quando são tratados pacientes
com outros transtornos psiquiátricos.
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Os pacientes com histórias de tentativas de suicídio e/ou com ideação suicida, ambas prévias
ao início do tratamento, são conhecidos por apresentar um risco maior para tentativas de
suicídio e devem ser monitorados cuidadosamente durante o tratamento antidepressivo. Uma
meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo de medicamentos antidepressivos
em pacientes adultos com distúrbios psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de
comportamento suicida com antidepressivos comparado com o placebo em pacientes com
menos de 25 anos de idade. Deverá ser realizada monitorização cuidadosa dos pacientes, em
especial aqueles de alto risco. Eles deverão ter acompanhamento do tratamento,
especialmente no início e após alterações de dose.
Os doentes (e familiares dos doentes) devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar
qualquer piora clínica, comportamento suicida ou pensamentos e mudanças incomuns no
comportamento e buscar ajuda médica imediatamente se estes sintomas aparecerem.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Para o uso em idosos, crianças e outros grupos de risco, ver “POSOLOGIA E MODO DE
USAR”.
DOENÇA CORONARIANA
Devido à limitada experiência clínica, recomenda-se cautela em pacientes com doença
coronariana.
PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT
Escitalopram mostrou causar um aumento do prolongamento do intervalo QT dose-
dependente. Casos de prolongamento do intervalo QT e arritmia ventricular, incluindo
Torsades de Pointes foram relatados durante o período de pós-comercialização do produto,
predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemia, ou com
prolongamento QT ou com outras doenças cardíacas pré-existentes (ver
CONTRAINDICAÇÕES, INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, REAÇÕES
ADVERSAS, SUPERDOSE E PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS).
Recomenda-se precaução nos pacientes que apresentam bradicardia significativa, ou que
sofreram infarto agudo do miocárdio recentemente ou com insuficiência cardíaca
descompensada.
Distúrbios eletrolíticos como hipocalemia e hipomagnesemia aumentam o risco de arritmias
malignas e devem ser tratados antes do início do tratamento com o escitalopram.
Uma revisão do ECG deve ser considerada antes do início do tratamento com o escitalopram
nos pacientes que apresentam doença cardíaca estável.
Se ocorrerem sinais de arritmia cardíaca durante o tratamento com escitalopram o tratamento
INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS COMBINAÇÕES CONTRA-INDICADAS:
Inibidores Não-Seletivos Irreversíveis da MAO (Monoaminoxidase)
Foram registrados casos de reações graves em pacientes em uso de um ISRS combinado a um
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RDC Nº 47 de 2009
inibidor da monoaminoxidase (IMAO) não-seletivo irreversível, e em pacientes que
descontinuaram recentemente o tratamento com ISRSs e iniciaram o tratamento com IMAO
(ver CONTRAINDICAÇÕES). Em alguns casos os pacientes desenvolveram a síndrome
serotoninérgica (ver REAÇÕES ADVERSAS).
Não usar escitalopram em combinação com IMAOs irreversíveis não-seletivos. Iniciar o uso
do escitalopram 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO irreversível. Iniciar o
tratamento com um IMAO irreversível não-seletivo no mínimo 7 dias após a suspensão do
tratamento com escitalopram.
Inibidor Seletivo Reversível da MAO-A (Moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a combinação de escitalopram com inibidores
da MAO-A, como a moclobemida, é contraindicada (ver CONTRAINDICAÇÕES). Se a
combinação for considerada necessária, deve ser iniciado com a dose mínima recomendada e
a monitoração clínica deve ser reforçada.
Inibidor Não- Seletivo Reversível da MAO (Linezolida)
O antibiótico linezolida é um inibidor não- seletivo reversível da MAO e não seve ser
administrado em pacientes em tratamento com o escitalopram. Se a combinação for
considerada necessária, deve ser iniciado com a dose mínima recomendada e sob
monitoração clínica (ver CONTRAINDICAÇÕES).
Inibidor Seletivo Irreversível da MAO-B (Selegilina)
Em combinação com selegilina (inibidor irreversível da MAO-B), recomenda-se cautela
devido ao risco de síndrome serotoninérgica. Doses de selegilina até 10mg diárias foram
coadministradas com segurança associadas ao escitalopram.
Prolongamento do Intervalo QT
Não foram realizados estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos entre o escitalopram e
outros medicamentos que prolongam o intervalo QT. Entretanto, não se pode descartar um
efeito aditivo entre esses medicamentos e o citalopram. Desta forma, a coadministração do
citalopram e medicamentos que prolongam o intervalo QT, como antirrítmicos Classes IA e
III, antipsicóticos (ex.: derivados da fenotiazina, pimozida e haloperidol), antidepressivos
tricíclicos, alguns agentes antimicrobianos (ex.: esparfloxacina, moxifloxacino, eritromicina
IV, pentamidina e antimaláricos particularmente halofantrina), alguns anti-histamínicos
(astemizol e mizolastina) etc, é contraindicado.
COMBINAÇÕES QUE EXIGEM PRECAUÇÃO QUANDO UTILIZADAS:
Drogas De Ação Serotoninérgica
A administração concomitante com outras drogas de ação serotoninérgica (por ex., tramadol,
sumatriptano) pode levar ao aparecimento da síndrome serotoninérgica.
Medicamentos Que Diminuem O Limiar Convulsivo
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ISRSs podem diminuir o limiar convulsivo. Recomenda-se cautela no uso concomitante do
escitalopram e outros medicamentos capazes de diminuir o limiar convulsivo (por ex.,
antidepressivos (tricíclicos), neurolépticos (fenotiazinas, tioxantenos e butirofenonas),
mefloquina, bupropiona e tramadol).
Lítio, Triptofano
Houve relatos de aumento de reações quando foram administrados ISRSs concomitantemente
com lítio ou triptofano, sendo assim, o uso concomitante de ISRSs com essas drogas deve
realizado sob orientação médica.
Erva De São João
O uso concomitante de ISRS e produtos fitoterápicos que contenham a Erva de São João
(Hypericum perforatum) pode resultar num aumento da incidência de reações adversas (ver
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Hemorragia
Alterações nos efeitos anticoagulantes podem ocorrer quando o escitalopram é combinado
com anticoagulantes orais. Pacientes em uso de anticoagulantes orais devem ter a coagulação
monitorada cuidadosamente quando o tratamento com o escitalopram for iniciado ou
interrompido (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).O uso concomitante de
medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINE) pode aumentar tendências
hemorrágicas (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Álcool
Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o escitalopram e o
álcool. Entretanto, assim como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso
Central, a combinação com álcool não é recomendada.
INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS
Efeito de medicamentos na farmacocinética do escitalopram.
O metabolismo do escitalopram é mediado principalmente pela enzima CYP2C19. As
enzimas CYP3A4 e a CYP2D6 também contribuem, embora em menor escala. A
metabolização do principal metabólito do escitalopram, o S-desmetilescitalopram (S-DCT)
parece ser parcialmente catalisada pela enzima CYP2D6.
A administração concomitante do escitalopram com o omeprazol 30mg diárias (inibidor da
CYP2C19) resulta em um aumento das concentrações plasmáticas de escitalopram de
aproximadamente 50%.
A administração concomitante de escitalopram com a cimetidina 400mg 2 vezes ao dia
(inibidor de enzimas de potência moderada) resultou em um aumento das concentrações
plasmáticas de escitalopram de aproximadamente 70%.Recomenda-se precaução na
administração concomitante de escitalopram e cimetidina. Pode ser necessário um ajuste da
dose.
É necessário cautela na administração concomitante de escitalopram com inibidores da
CYP2C19 (por ex.: omeprazol, azomeprazol, fluvoxamina, lanzoprazol, ticlopidina) ou
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cimetidina..Poderá ser necessária a redução da dose do escitalopram baseada na monitoração
dos efeitos colaterais durante o tratamento concomitante
Efeito do escitalopram na farmacocinética de outros medicamentos.
O escitalopram é um inibidor moderado da enzima CYP2D6. Quando coadministrada com
medicamentos cuja metabolização seja catalisada por esta enzima, como por exemplo,
antiarrítmicos, neurolépticos, etc., pode ser necessário o ajuste da dose. A administração
concomitante com a desipramina ou metoprolol (substratos da CYP2D6) resultou em um
aumento dobrado dos níveis plasmáticos destes medicamentos. Estudos in vitro
demonstraram que o escitalopram poderá também causar uma leve inibição da CYP2C19.
Recomenda-se cautela no uso concomitante de medicamentos que são metabolizados pela
CYP2D6
Conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).
Proteger a embalagem da luz e umidade.
O prazo de validade do Esc (oxalato de escitalopram) é de 24 meses e encontra-se gravado na
embalagem externa. Em caso de vencimento, inutilizar o produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
ASPECTO FÍSICO DESTE MEDICAMENTO
O Esc (oxalato de escitalopram) comprimidos revestidos de 10 mg: Comprimido oblongo, cor
rosa.
O Esc (oxalato de escitalopram) comprimidos revestidos de 20 mg: Comprimido oblongo, cor
branca.
CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
O Esc (oxalato de escitalopram) não tem cheiro ou gosto.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e
você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS
CRIANÇAS
INSTRUÇÕES DE USO
Os comprimidos do Esc (oxalato de escitalopram) são administrados por via oral, uma única
vez ao dia. Os comprimidos do Esc (oxalato de escitalopram) podem ser tomados em
qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Engolir os comprimidos com água, sem
mastigá-los.
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RDC Nº 47 de 2009
POSOLOGIA
TRATAMENTO DA DEPRESSÃO E PREVENÇÃO DE RECAÍDAS
A dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da resposta individual, a dose pode ser aumentada
de 10 até um máximo de 20 mg diários. Usualmente 2-4 semanas são necessárias para obter
uma resposta antidepressiva. Após remissão dos sintomas, tratamento por pelo menos 6
meses é requerido para consolidação da resposta.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO COM OU SEM AGORAFOBIA
Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg na primeira semana de tratamento, antes de se
aumentar a dose para 10 mg por dia, para evitar a ansiedade paradoxal que pode ocorrer
nesses casos. Aumentar a dose até um máximo de 20 mg por dia, dependendo da resposta
individual do paciente. A eficácia máxima é atingida após aproximadamente 03 meses. O
tratamento é de longa duração.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
A dose inicial usual é de 10mg/dia. Dependendo da resposta individual do paciente, a dose
pode ser aumentada para um máximo de 20 mg/dia.
Recomenda-se um tratamento pelo período de 03 meses para a consolidação da resposta. O
tratamento de respondedores por um período de 06 meses pode ser utilizado para a prevenção
de recaídas e deverá ser considerado como uma opção para alguns pacientes; os benefícios do
tratamento com o Esc (oxalato de escitalopram) devem ser reavaliados periodicamente.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)
A dose usual é de 10 mg/dia. Para o alívio dos sintomas são necessárias de 02 a 04 semanas
de tratamento, geralmente. Dependendo da resposta individual, ou aumentar até um máximo
de 20 mg/dia.
Recomenda-se tratar por um período de 03 meses para a consolidação da resposta. O
O Transtorno de Ansiedade Social é uma doença crônica, e recomenda-se o tratamento por
um período de 03 meses para a consolidação da resposta. O tratamento de longo prazo foi
avaliado por 06 meses e pode ser considerado para a prevenção de recaídas; os benefícios do
tratamento devem ser reavaliados regularmente.
O Transtorno de Ansiedade Social é uma terminologia bem definida de diagnóstico de uma
doença específica, e não deve ser confundido com timidez excessiva. A farmacoterapia
somente é indicada se a doença interferir significativamente nas atividades sociais e
profissionais.
Não há dados comparativos entre a farmacoterapia e a terapia cognitiva comportamental. A
farmacoterapia é parte da estratégia terapêutica global.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)
A dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da resposta individual, decrescer a dose para 5
mg/dia ou aumentar até um máximo de 20 mg/dia.
O TOC é uma doença crônica e os pacientes devem ser tratados por um período mínimo que
assegure a ausência de sintomas. A duração do tratamento deverá ser avaliada
individualmente e poderá ser de diversos meses ou mais. Os benefícios do tratamento e a
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dose devem ser reavaliados regularmente.
PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS DE IDADE)
Considerar a dosagem inicial de 5mg uma vez ao dia. Dependendo da resposta individual do
paciente a dose pode ser aumentada até 10 mg diariamente. (ver FARMACOCINÉTICA).
A eficácia de oxalato de escitalopram no tratamento do Transtorno de Ansiedade Social não
foi estudada em pacientes idosos.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES (<18 ANOS)
O Esc (oxalato de escitalopram) não deve ser usado no tratamento de crianças e adolescentes
com menos de 18 anos (ver FARMACOCINÉTICA).
ESTE MEDICAMENTO NÃO É RECOMENDADO EM CRIANÇAS
FUNÇÃO RENAL REDUZIDA
Não é necessário ajuste da dose em pacientes com disfunção renal leve ou moderada.
recomenda-se cautela em pacientes com a função renal gravemente reduzida (clearance de
creatinina < 30 ml/min.) (ver FARMACOCINÉTICA).
FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA
Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg/dia durante as 02 primeiras semanas do tratamento
em pacientes com comprometimento hepático leve ou moderado. Dependendo da resposta
individual de cada paciente, aumentar para 10 mg/dia. Recomenda-se cautela e cuidados
extras na titulação da dose em pacientes com comprometimento hepático severo (ver
FARMACOCINÉTICA).
PACIENTES COM PROBLEMAS NA METABOLIZAÇÃO PELA CYP2C19
Para os pacientes com problemas conhecidos de metabolização pela enzima CYP2C19,
recomenda-se uma dose inicial de 5 mg/dia durante as primeiras 02 semanas de tratamento.
Dependendo da resposta individual de cada paciente, aumentar a dose para 10 mg/dia (ver
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
A duração do tratamento varia de indivíduo para indivíduo, mas geralmente tem duração
mínima de aproximadamente 06 meses. Pode ser necessário um tratamento mais prolongado.
A doença latente pode persistir por um longo período de tempo. Se o tratamento for
interrompido precocemente os sintomas podem voltar.
SINTOMAS DE DESCONTINUAÇÃO
A interrupção abrupta do tratamento deve ser evitada. Ao interromper o tratamento com o
Esc (oxalato de escitalopram), reduzir gradualmente a dose durante um período de 01 a 02
semanas, para evitar possíveis sintomas de descontinuação (ver ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES e REAÇÕES ADVERSAS). Se reações intoleráveis ocorrerem após a
redução da dose ou interrupção do tratamento, o retorno da dose anteriormente prescrita pode
ser considerado, Em seguida, o médico pode continuar reduzindo a dose, porém mais
gradualmente.
ESQUECIMENTO DA DOSE
A meia-vida do oxalato de escitalopram é de aproximadamente 30 horas, fato que, associado
à obtenção da concentração de estado de equilíbrio após o período de 05 meias vidas, permite
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que o esquecimento da ingestão da dose diária possa ser contornado com a simples supressão
daquela dose, retomando no dia seguinte a prescrição usual.
"Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado."
As reações adversas são mais frequentes durante a primeira ou segunda semana de tratamento
e, geralmente, diminuem de intensidade e freqüência com a continuação do tratamento.
As reações adversas sabidamente relacionadas aos ISRS e que foram reportadas para o
escitalopram tanto nos estudos clínicos placebo-controlados quanto nos como relatos de
eventos espontâneos após a comercialização do medicamento, estão listadas a seguir, por
classes de sistemas orgânicos e frequência.
As frequências foram retiradas dos estudos clínicos; não são corrigidas pelo placebo. As
freqüências foram definidas como: muito comum (>1/10), comum (>1/100 a <1/10),
incomum (.>1/1000 e <1/100), raro (>1/10000 e <1/1000), muito raro (<1/10000),
desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais).
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1
Os casos de ideação suicida e comportamentos suicidas foram relatados durante a terapia
com escitalopram ou logo após a descontinuação do tratamento.
2
Estes dois eventos têm sido relatadas para a classe terapêutica dos ISRSs.
Efeitos de Classe
Estudos epidemiológicos, conduzidos principalmente em pacientes com 50 anos de idade e
mais velhos, mostra um aumento do risco de fraturas ósseas em doentes tratados com ISRS e
ADT. O mecanismo que leva a este risco é desconhecido.
Sintomas de descontinuação observados na interrupção do tratamento
É comum que a descontinuação dos ISRS/IRSN (particularmente quando abrupta) cause
sintomas de descontinuação. Tonturas, alterações da sensoriais (inclui parestesias e sensação
de choques elétricos), alterações do sono (inclui insônia e sonhos vívidos), agitação ou
ansiedade, náusea e/ou vômitos, tremores, confusão, sudorese profusa, cefaleia, diarréia,
palpitações, instabilidade emocional, irritabilidade e alterações visuais são as reações mais
comumente relatadas. Geralmente, esses eventos são de intensidade leve a moderada e auto-
limitados, porém em alguns pacientes podem ser graves e/ou prolongados. Quando o
tratamento com o escitalopram não for mais necessário, recomenda-se fazer uma
descontinuação gradual, com diminuição progressiva da dose (ver POSOLOGIA E MODO
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DE USAR).
Prolongamento do Intervalo QT
Casos de prolongamento do intervalo QT e arritmia ventricular, o que inclui Torsades de
Pointes, foram relatados durante o período de comercialização, predominantemente em
pacientes do sexo feminino, com hipocalemia ou com prolongamento do intervalo QT pré-
existente causado por outras doenças cardíacas (ver CONTRAINDICAÇÕES,
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS,
REAÇÕES ADVERSAS, SUPERDOSE E PROPRIEDADES
FARMACODINÂMICAS).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
Toxicidade
Os dados clínicos sobre superdose com escitalopram são limitados e muitos casos envolvem
overdoses concomitante a outras drogas. Na maioria dos casos leves ou sem sintomas têm
sido relatados. Os casos fatais de overdose escitalopram foram raramente relatadas com
escitalopram sozinho, a maioria dos casos envolveram overdose de medicamentos
concomitantes. Doses entre 400 e 800 mg de escitalopram já foi ingerido sem qualquer
sintoma grave.
Sintomas
Os sintomas vistos em overdose de escitalopram incluem sintomas relacionados
principalmente ao sistema nervoso central (variando de tontura, tremor e agitação de raros
casos de síndrome serotoninérgica, convulsão e coma), o sistema gastrointestinal (náuseas /
vômitos) e o sistema cardiovascular (taquicardia, hipotensão, prolongamento do intervalo QT
e arritmia) e equilíbrio das condições eletrolíticas (hipocalemia, hiponatremia).
CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE
Não existe um antídoto específico. Estabelecer e manter a viabilidade das vias aéreas,
assegurando uma adequada oxigenação e ventilação. Realizar uma lavagem gástrica após a
ingestão oral, assim que possível. Recomenda-se a monitorar os sinais cardíacos e vitais, em
conjunto com medidas de suporte sintomático gerais.
É recomendável o monitoramento do ECG em casos de superdose, em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva/ bradiarritmias, em pacientes que utilizam
concomitantemente medicamentos que prolongam o intervalo QT ou com alteração de
metabolismo (p. ex. insuficiência hepática).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 704 3876 , se você precisar de mais orientações.
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RDC Nº 47 de 2009