Bula do Estradiol + Acetato de Noretisterona produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
estradiol + acetato de noretisterona
LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Comprimidos revestidos
2 mg + 1 mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
“Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999”
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestido de 2mg + 1mg: embalagens com 28 e 84 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido contém:
estradiol.............................................................................................................. 2 mg
acetato de noretisterona....................................................................................... 1 mg
excipiente* q.s.p.................................................................................................. com rev
*lactose monoidratada, crospovidona, povidona, polissorbato 80, estearato de magnésio, Álccol isopropílico, hipromelose +
macrogol, dióxido de titânio, talco, óxido de ferro vermelho, álcool etílico, água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
O estradiol + acetato de noretisterona é indicado para o tratamento dos distúrbios decorrentes da deficiência estrogênica (TRH),
tais como sudorese e ondas de calor, incluindo profilaxia da osteoporose, e atrofia urogenital em pacientes menopausadas há pelo
menos um ano.
O efeito preventivo desta combinação sobre a perda óssea na pós-menopausa foi demonstrado em numerosos estudos clínicos.
Estudos de acompanhamento realizados por 10 anos indicaram aumento na densidade mineral óssea da espinha lombar durante os
três primeiros anos de tratamento e, posteriormente, a preservação da massa óssea. O tratamento com TRH, por período prolongado,
tem igualmente demonstrado reduzir o risco de fraturas periféricas em pacientes na pós-menopausa.
Estudos observacionais e o estudo do “Women’s Health Initiative (WHI)” com estrogênios equinos conjugados (EEC) associados ao
acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que
utilizam TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco.
Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH.
Farmacodinâmica
O estradiol + acetato de noretisterona contém estradiol (estrogênio natural humano) e acetato de noretisterona (progestógeno
sintético). O estradiol fornece reposição hormonal durante e após o climatério e a adição do acetato de noretisterona impede o
desenvolvimento de hiperplasia endometrial.
A maioria dos estudos clínicos demonstra que a administração oral de 17-beta-estradiol associado ao acetato de noretisterona, nas
quantidades contidas em estradiol + acetato de noretisterona, diminui o colesterol total e triglicérides, assim como as
lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C).
Foi demonstrado que o uso prolongado de 17-beta-estradiol associado ao acetato de noretisterona nas quantidades contidas em
estradiol + acetato de noretisterona diminuem significativamente os parâmetros bioquímicos do “turn-over” ósseo.
Farmacocinética
Os estrogênios naturais, tais como o 17-beta-estradiol, são absorvidos rápida e completamente pelo trato gastrintestinal. O estradiol
é metabolizado no fígado e em outros tecidos, em estrona, estriol e outros metabólitos. O estradiol é excretado na bile e reabsorvido
no intestino. Durante esta circulação êntero-hepática ocorre a metabolização do estradiol. 90-95% do estradiol são eliminados na
urina na forma de conjugados de glicuronídios e sulfatos biologicamente inativos.
O acetato de noretisterona é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal e metabolizado à noretisterona, a qual, por sua vez, é
metabolizada e excretada na urina e fezes como conjugados de glicuronídios e sulfatos. Aproximadamente metade da dose
administrada é recuperada na urina nas primeiras 24 horas.
A transformação da noretisterona em etinilestradiol in vivo tem sido descrita há muitos anos, mas não foi determinada
quantitativamente. Estudos recentes confirmaram que a noretisterona é parcialmente metabolizada em etinilestradiol. A partir da
administração oral de um miligrama de acetato de noretisterona em humanos, é formado etinilestradiol em quantidade equivalente a
uma dose oral de aproximadamente 6 mcg.
Uma vez que a estrogenicidade da noretisterona já era conhecida e verificada na prática clínica, a recente descoberta das suas
características metabólicas não modifica as recomendações de uso existentes.
Dados de segurança pré-clínicos
Não há dados de segurança pré-clínicos que possam ser relevantes para o prescritor e que já não estejam descritos em outros itens
desta bula.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que apresentem quaisquer das seguintes condições abaixo:
- gravidez e lactação;
- sangramento vaginal não-diagnosticado;
- diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;
- diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas, dependentes de esteroides sexuais;
- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);
- doença hepática grave;
- tromboembolismo arterial agudo (por exemplo, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral);
- presença de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos ou antecedentes destas condições;
- alto risco de trombose venosa ou arterial;
- hipertrigliceridemia grave;
- hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes do medicamento.
Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso da TRH, a sua utilização deve ser
descontinuada imediatamente.
O estradiol + acetato de noretisterona não pode ser usado como contraceptivo (vide item “Interações medicamentosas").
Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de riscos mencionados a seguir devem ser considerados quando se determina o
risco/benefício do tratamento para cada paciente.
Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra qualquer uma das condições citadas no item
Contraindicações, assim como nas seguintes condições:
- enxaqueca ou cefaleias frequentes com intensidade fora do habitual que ocorram pela primeira vez ou se houver quaisquer outros
sintomas que sejam possíveis sinais prodrômicos de oclusão cerebrovascular;
- recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático que tenham surgido inicialmente durante uma gravidez ou durante o uso
anterior de esteroides sexuais;
- sintomas ou suspeita de um evento trombótico.
No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de riscos descritos a seguir, a análise individual do risco/benefício
deve ser realizada novamente, levando-se em consideração a possível necessidade de descontinuação da terapia.
O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado em mulheres que possuem uma combinação de
fatores de risco ou apresentem um fator de risco individual mais grave. Este risco aumentado pode ser maior que o simples risco
cumulativo de fatores. A TRH não deve ser prescrita quando a avaliação risco/benefício for desfavorável.
Tromboembolismo venoso
Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento do risco relativo de desenvolvimento de
tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício deve
ser cuidadosamente avaliada em conjunto com a paciente quando se prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco
para TEV.
Os fatores de risco geralmente reconhecidos incluem história pessoal ou familiar (a ocorrência de TEV em um familiar em primeiro
grau, em idade relativamente precoce, pode indicar predisposição genética) e obesidade grave. O risco de TEV também aumenta
com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias varicosas no desenvolvimento de TEV.
O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização prolongada, cirurgia de grande porte eletiva ou
pós-traumática ou traumatismo extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobilização, deve-se considerar a
interrupção temporária da TRH.
Tromboembolismo arterial
Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC) combinados com acetato de
medroxiprogesterona (AMP), em esquema de administração contínua, indicaram um possível aumento do risco de cardiopatia
coronariana no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um estudo clínico abrangente, realizado com EEC
administrados isoladamente, indicou um potencial para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com idade entre 50
e 59 anos e nenhum benefício geral na população total estudada. Como resultado secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40%
no risco de acidente vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos realizados com EEC administrados isoladamente ou em
combinação com AMP. Não se sabe se estes dados também se aplicam a outros medicamentos para TRH ou para vias de
administração não-oral.
Doença da vesícula biliar
É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios. Algumas mulheres são predispostas a desenvolver
doenças da vesícula biliar durante a terapia estrogênica.
Demência
Existe evidência limitada, observada em estudos clínicos realizados com produtos contendo estrogênios equinos conjugados (EEC),
de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de provável demência se iniciada em mulheres com idade igual ou
superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado próximo da menopausa, como observado em outros estudos.
Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH.
Tumores
- Câncer de mama
Estudos clínicos e estudos observacionais relataram aumento do risco decâncer de mama diagnosticado em mulheres que usaram
TRH por vários anos. Estes resultados podem ser devido ao diagnóstico precoce, aos efeitos da promoção do crescimento de
tumores preexistentes ou à combinação de ambos.
A estimativa para o risco relativo global de diagnóstico de câncer de mama fornecida em mais de 50 estudos epidemiológicos variou
entre um e dois, na maioria dos estudos.
O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser menor ou possivelmente neutro com medicamentos contendo
somente estrogênios.
Dois extensos estudos clínicos randomizados, realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC) administrados isoladamente ou
em combinação com AMP em uso contínuo, apresentaram riscos estimados de 0,77 (IC 95%: 0,59 – 1,01) ou de 1,24 (IC 95%: 1,01
– 1,54) após 6 anos de TRH. Não se sabe se o risco aumentado também se aplica a outros medicamentos para TRH.
Aumentos similares em diagnóstico de câncer de mama são observados, por exemplo, nos casos de atraso da menopausa natural,
ingestão de bebida alcoólica ou adiposidade.
O aumento do risco desaparece dentro de poucos anos após a descontinuação do uso da TRH.
A maioria dos estudos têm relatado que tumores diagnosticados em usuárias atuais ou recentes de TRH tendem a ser mais bem
diferenciados do que os verificados em nãousuárias.
Dados referentes à localização fora da área da mama não são conclusivos.
A TRH aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar adversamente a detecção radiológica do câncer de mama
em alguns casos.
- Câncer endometrial
A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco de desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma
endometrial. Estudos sugerem que a adição apropriada de progestógeno na terapia elimina esse aumento no risco.
- Tumor hepático
Após o uso de hormônios como os contidos em medicamentos destinados à TRH, foram observados, em casos raros, tumores
hepáticos benignos e, mais raramente, tumores malignos que, em casos isolados, ocasionaram hemorragias intra-abdominais com
risco para a vida da paciente. Se ocorrer dor no abdome superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-
abdominal, deve-se incluir tumor hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais.
Outras condições
Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento de hipertensão clínica. Foram relatados
pequenos aumentos na pressão arterial em usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, deve-se
considerar a descontinuação do tratamento em casos individuais de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente
significativa durante a TRH.
Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como as síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor,
necessitam de rigorosa supervisão, sendo que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de alteração nos
indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.
Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides necessitam de acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode
estar associada a um aumento adicional do nível de triglicérides levando ao risco de pancreatite aguda.
Embora a TRH possa ter efeito na resistência periférica à insulina e na tolerância à glicose, geralmente não há necessidade de alterar
o regime terapêutico para pacientes diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem ser cuidadosamente
monitoradas durante a terapia.
Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela estimulação estrogênica durante a TRH, como
sangramento uterino anormal. Se durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente, persistente ou
recorrente, recomenda-se avaliação endometrial.
Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de estrogênios. Caso seja observado este aumento, o
tratamento deve ser descontinuado.
Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH, recomenda-se a descontinuação do tratamento.
Se a paciente apresentar diagnóstico de prolactinoma, é necessário um acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação
periódica dos níveis de prolactina.
Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres com tendência a
cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento.
A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso da TRH.
Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e
que estiverem em terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.
- epilepsia;
- doença benigna da mama;
- asma;
- enxaqueca;
- porfiria;
- otosclerose;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- coreia menor.
Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.
Gravidez e lactação
A TRH é contraindicada durante a gravidez ou lactação. Se ocorrer gravidez durante a utilização de estradiol + acetato de
noretisterona, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente.
Estudos epidemiológicos abrangentes realizados com hormônios esteroides utilizados em contracepção e em terapia de reposição
hormonal não revelaram risco aumentado de malformação congênita em crianças cujas mães utilizaram hormônios sexuais antes da
gravidez, nem efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais foram tomados de forma inadvertida durante a fase inicial da
gestação.
Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite materno.
Consultas / exames médicos
Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter a história clínica detalhada e realizar exame clínico completo,
considerando os itens descritos em “Contraindicações” e “Advertências e precauções”; estes acompanhamentos devem ser repetidos
periodicamente durante o uso da TRH. A frequência e a natureza destas avaliações devem ser baseadas em condutas médicas
estabelecidas e adaptadas a cada usuária, mas, em geral, devem incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos
pélvicos, incluindo citologia cervical de rotina.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas
A contracepção hormonal deve ser descontinuada quando for iniciada a TRH e a paciente deve ser orientada a adotar medidas
contraceptivas não-hormonais, se necessário.
Interações com outros medicamentos
Tratamentos prolongados com fármacos indutores de enzimas hepáticas como, por exemplo, vários anticonvulsivantes e
antimicrobianos podem aumentar a depuração de hormônios sexuais e reduzir a eficácia clínica. Tais propriedades de indução de
enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina e rifampicina, assim como
suspeita-se da existência dessas propriedades também para oxcarbazepina, topiramato, felbamato e griseofulvina. A
indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, 4
semanas após o término da terapia com algum desses fármacos.
Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso concomitante de certos antibióticos (por exemplo,
penicilinas e tetraciclina).
Substâncias que sofrem conjugação substancial como, por exemplo, o paracetamol, podem aumentar a biodisponibilidade do
estradiol pela inibição competitiva do sistema de conjugação durante a absorção.
Em casos individuais, as necessidades de hipoglicemiantes orais ou insulina podem ser alteradas como resultado do efeito sobre a
tolerância à glicose.
Interação com bebidas alcoólicas
A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos níveis de estradiol circulante.
Alterações em exames laboratoriais:
O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das
funções hepática, tiroidiana, adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina de ligação a
corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas, parâmetros do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e
fribrinólise.
O estradiol + acetato de noretisterona deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz e manter
em lugar seco.
O prazo de validade de estradiol + acetato de noretisterona é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
Características organolépticas: Comprimido revestido na cor rosa, circular e biconvexo.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Como iniciar estradiol + acetato de noretisterona
Mulheres que não utilizavam estrogênios ou que estão mudando de um produto combinado contínuo podem iniciar o uso de
estradiol + acetato de noretisterona a qualquer momento.
Para mulheres que estejam mudando de uma TRH contínua sequencial ou cíclica, deve-se completar o ciclo atual da terapia utilizada
antes de iniciar o uso de estradiol + acetato de noretisterona.
Dose
Tomar um comprimido rosa por dia.
Administração
Cada cartela contém o tratamento para 28 dias.
O tratamento é contínuo, isto é, após terminar a cartela atual, deve-se iniciar a próxima no dia seguinte, sem intervalo entre as
mesmas. Os comprimidos devem ser ingeridos com pequena quantidade de líquido, sem mastigar.
Os comprimidos devem ser ingeridos todos os dias, preferencialmente no mesmo horário.
Comprimidos esquecidos
Se ocorrer o esquecimento de um comprimido, deve-se ingeri-lo o quanto antes. Se o atraso for de mais de 24 horas, nenhum
comprimido adicional deve ser ingerido. Pode ocorrer sangramento se houver o esquecimento de vários comprimidos.
Padrão de sangramento
O estradiol + acetato de noretisterona é adequado apenas para pacientes cuja menopausa tenha ocorrido há pelo menos um ano,
isto é, que tenham apresentado seu último sangramento menstrual natural há pelo menos um ano. Se estradiol + acetato de
noretisterona for administrado durante o período da perimenopausa, a probabilidade de ocorrer sangramento de escape irregular é
bastante elevada devido à possível atividade hormonal cíclica dos ovários.
O tratamento com estradiol + acetato de noretisterona destina-se a promover a terapia de reposição hormonal com ausência de
sangramento cíclico, porém pode ocorrer sangramento nos primeiros ciclos de uso. Esse sangramento pode ser imprevisível, mas é
pouco provável que seja excessivo. As pacientes devem ser orientadas com relação a este fato e também informadas que o
sangramento deverá diminuir significativamente, cessando por completo na maioria dos casos.
Informações adicionais para populações especiais:
- Crianças e adolescentes
O estradiol + acetato de noretisterona não é indicado para o uso em crianças e adolescentes.
- Pacientes idosas
Não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosas. Para mulheres com 65 anos ou mais, vide item
“Advertências e precauções”.
- Pacientes com disfunção hepática
O estradiol + acetato de noretisterona não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção hepática. O estradiol +
acetato de noretisterona é contraindicado em mulheres com doença hepática grave (vide item “Contraindicações”).
- Pacientes com disfunção renal
O estradiol + acetato de noretisterona não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção renal. Dados disponíveis não
sugerem a necessidade de ajuste de dose nesta população de pacientes.
“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.”
As reações adversas mais graves que estão associadas à utilização da terapia de reposição hormonal estão citadas no item
“Advertências e precauções”.
Outras reações adversas que foram reportadas em usuárias da terapia de reposição hormonal (dados pós-comercialização), mas para
as quais a associação com estradiol + acetato de noretisterona não foi confirmada e nem descartada são:
Classificação por sistema
corpóreo MedDRA v. 8.0
Comum
(≥1/100, <1/10)
Incomum
(≥1/1.000, <1/100)
Raro
(≥1/10.000, <1/1.000)
Distúrbios no sistema
imunológico
Reação de
hipersensibilidade
Distúrbios metabólicos e
nutricionais
Aumento ou diminuição do
peso corporal
Distúrbios psiquiátricos Estados depressivos Ansiedade,diminuição ou
aumento da libido
Distúrbios no sistema nervoso Cefaleia Tontura Enxaqueca
Distúrbios nos olhos Distúrbios visuais Intolerância às lentes de
contato
Distúrbios cardíacos Palpitações
Distúrbios Gastrintestinais Dor abdominal, náusea Dispepsia Distensão abdominal,
vômito
Distúrbios cutâneos e nos tecidos
subcutâneos
Erupção cutânea, prurido Eritema nodoso, urticária Acne, hirsutismo
musculoesquelético e tecido
conectivo
Cãibras musculares
Distúrbios no sistema reprodutivo
e nas mamas
Sangramento uterino/vaginal,
incluindo gotejamento (as
irregularidades do
sangramento geralmente
desaparecem com a
continuação do tratamento)
Dor e sensibilidade nas
mamas
Dismenorreia, secreção
vaginal, síndrome
semelhante a rémenstrual,
aumento das mamas
Distúrbios e condições gerais do
local da administração
Edema Fadiga
Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado (versão 8.0) para descrever uma determinada reação. Sinônimos ou condições
relacionadas não foram listados, mas também devem ser considerados.
Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode induzir ou exacerbar sintomas de angioedema (vide
“Advertências e precauções”).
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br , ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”
Estudos de toxicidade aguda não indicaram risco de reações adversas agudas em caso de ingestão acidental de um múltiplo da dose
terapêutica diária. Não existe um antídoto específico e o tratamento deve ser sintomático.
“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”